CONTEXTUALIZAÇÃO DO ENSINO DA QUÍMICA NO NÍVEL MÉDIO: Motivando alunos da EJA para leitura e interpretação de artigos científicos

Documentos relacionados
XVIII ENDIPE Didática e Prática de Ensino no contexto político contemporâneo: cenas da Educação Brasileira

A PERCEPÇÃO DOS ALUNOS NO ENSINO MÉDIO E SUPERIOR SOBRE O USO DE JOGOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DO QUÍMICA

Palavras-chave: Ensino de Química; Contextualização; Laboratório de Química; Conceitos Científicos; Experimentação. 1. INTRODUÇÃO

Palavras-chave: Química, Ensino-aprendizagem, Experimentação, Contextualização.

UMA VISÃO SOBRE JOGOS LÚDICOS COMO MÉTODO FACILITADOR PARA O ENSINO DE QUÍMICA

ALMANAQUE DE PALAVRAS CRUZADAS: APRENDENDO QUÍMICA COM AS PALAVRAS

EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: UMA ANÁLISE SOBRE PERCEPÇÃO DOS ALUNOS

As contribuições das práticas laboratoriais no processo de Ensino-Aprendizagem na área de Química

DIFICULDADES RELATADAS POR ALUNOS DO ENSINO MÉDIO NO PROCESSO DE ENSINO DE QUÍMICA: ESTUDO DE CASO DE ESCOLAS ESTADUAIS EM GRAJAÚ, MARANHÃO 1

PERCEPÇÃO DE PROFESSORES QUANTO AO USO DE ATIVIDADES PRÁTICAS EM BIOLOGIA

O USO DA HISTÓRIA DA MATEMÁTICA POR PROFESSORES NO ENSINO FUNDAMENTAL

O SABER PEDAGÓGICO E A INTERDISCIPLINARIDADE COMO PRÁTICA DE ENSINO APRENDIZAGEM 1

A EJA EM MINHA VIDA: ESTUDO DAS POTENCIALIDADES EM APRENDER QUÍMICA

Aula 5 OFICINAS TEMÁTICAS NO ENSINO MÉDIO. Rafael de Jesus Santana Danilo Almeida Rodrigues

DESENHO E PINTURA COMO INSTRUMENTOS PEDAGÓGICOS NA APRENDIZAGEM DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL. Resumo

O PIBID E OS JOGOS LÚDICOS COMO METODOLOGIA ALTERNATIVA DO ENSINO-APRENDIZAGEM DA QUÍMICA NO NÍVEL MÉDIO: JOGO DAS TRÊS PISTAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS SÃO GABRIEL

Formação de professores do Ensino Médio MATEMÁTICA Caderno V

O PAPEL DO LABORATÓRIO NO PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA

A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA): UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA O ESTUDO DE SOLUÇÕES UTILIZANDO UMA ABORDAGEM DO COTIDIANO

Universidade Estadual do Maranhão-Uema

AS DIFICUDADES NO ENSINO DA MATEMÁTICA PARA ALUNOS SURDOS NA EREM MACIEL MONTEIRO NO MUNICÍPIO DE NAZARÉ DA MATA, PE

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DAS FUNÇÕES INORGÂNICA EM UMA ESCOLA ESTADUAL DO MUNICÍPIO DE ESPERANÇA- PB

Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) Centro de Ciências Exatas e Tecnologia (CCET) Curso de Licenciatura em Química

A TABELA PERIÓDICA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA PÚBLICA

PROPOSTA DE EXPERIMETANÇÃO PARA O ENSINO DE QUÍMICA NO ENSINO MÉDIO: PREPARAÇÃO DE PERFUME

Palavras-chave: Aprendizagem. Experimentação. Descoberta.

UMA PRÁTICA DIFERENCIADA NO ESTUDO DA TABELA PERIÓDICA COM ALUNOS DA 1º SÉRIE DO ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA PÚBLICA NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE

DESENVOLVIMENTO DE UM MANUAL PARA O LABORATÓRIO DE FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO

ESTÁGIO CURRICULAR DE GESTÃO EM AMBIENTE ESCOLAR: FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Decanato Acadêmico

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM QUIMICA DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO NA ESCOLA CÔNEGO ADERSON GUIMARÃES JÚNIOR

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS NOS CURRÍCULOS OFICIAIS: A DICOTOMIA ENTRE O PRESCRITO E O VIVIDO NO ENSINO DE CIÊNCIAS

O EMPREGO DE ATIVIDADES LÚDICAS COMO MOTIVADOR PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM

O ENSINO DA MATEMÁTICA EM SALA DE AULA: UM ESTUDO DIDÁTICO-REFLEXIVO COM UMA TURMA DO 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

A TECNOLOGIA COMO PROPULSORA DE APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS. Aline Reis de Camargo Universidade Federal de Pelotas - UFPEL

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: O PENSAR E O FAZER NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES

UTILIZAÇÃO DE UM JOGO DIDÁTICO COMO RECURSO AUXILIAR NAS AULAS DE TABELA PERIÓDICA POR ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL.

CARTOGRAFIA ESCOLAR: UMA EXPERIÊNCIA DO PIBID DE GEOGRAFIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA DOCENTE: ALESSANDRA ASSIS DISCENTE: SILVIA ELAINE ALMEIDA LIMA DISCIPLINA: ESTÁGIO 2 QUARTO SEMESTRE PEDAGOGIA

ENSINO DE QUÍMICA E SEU PAPEL NA EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA. (*) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará.

O INCENTIVO A LEITURA: A IMPORTÂNCIA PARA OS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

MEMO PERIÓDICO: UM JOGO DIDÁTICO NO CONTEÚDO DE TABELA PERIÓDICA Apresentação: Pôster

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO AVALE DO ACARAU A MÚSICA NO ENSINO DA GEOGRAFIA

A QUÍMICA NO COTIDIANO, UM INCENTIVO A BUSCA PELAS CIÊNCIAS EXATAS

LINGUAGEM CIENTÍFICA QUÍMICA: UM DESAFIO PARA O PROFESSOR NA SUA CARREIRA DOCENTE. 2

Unidades de Aprendizagem: refletindo sobre experimentação em sala de aula no ensino de Química

A INFLUÊNCIA DOS JOGOS LÚDICOS NO ENSINO DE QUÍMICA: UMA ABORDAGEM DO PIBID SOBRE TABELA PERIÓDICA

Professor ou Professor Pesquisador

Universidade Federal do Pará Campus Universitário Marajó-Breves Faculdade de Matemática PROJETO DE EXTENSÃO EDUCAÇÃO MATEMÁTICA NO APOIO

A PRÁTICA DA LEITURA E DA ESCRITA NOS ANOS INICIAIS. Acadêmica de Pedagogia Andreza de Freitas Mendes. Professora Silandra Badch Rosa

A participação no PIBID e a formação de professores da Pedagogia experiência na educação de jovens e adultos

REFLEXÃO DOCENTE SOBRE A FORMAÇÃO OFERECIDA NO MUNICIPIO DE FORTALEZA

UMA ANÁLISE DO PROGRAMA DE JOVENS E ADULTOS NA CONCEPÇÃO DE PROFESSORES (AS) E ALUNOS (AS) DO INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO CAMPUS IMPERATRIZ

A RELEVÂNCIA DO LÚDICO NO ENSINO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL

A TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA NO ENSINO DA MATEMÁTICA E DA ESTATÍSTICA

UM PANORAMA DOS TRABALHOS APRESENTADOS NOS CONGRESSOS NACIONAIS DE EDUCAÇÃO (CONEDU) SOBRE A EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS

O ESTUDO A INTRODUÇÃO DE BIOQUÍMICA NO ENSINO MÉDIO ATRAVÉS DOS ALIMENTOS: UMA ABORDAGEM A LIPIDIOS, CARBOIDRATOS E PROTEÍNAS.

ATIVIDADES EXPERIMENTAIS E INVESTIGATIVAS: UMA PROPOSTA PARA O ENSINO DE ELETROQUÍMICA

IDEIAS SOBRE PLANO DE AULA

MATERIAIS DO COTIDIANO X ELEMENTOS QUIMICOS

ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO DO LICENCIADO EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS

TABELA INTERATIVA: UMA PROPOSTA DE ATIVIDADE PRÁTICA PARA A CONTEXTUALIZAÇÃO DA QUÍMICA NA ESCOLA

Diários de Pesquisa Visual - dispositivos para pensar a formação inicial em artes visuais

O USO DA COTIDIANIZAÇÃO COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DE QUÍMICA ORGÂNICA NO ENSINO MÉDIO

RELAÇÃO ENTRE A CONTEXTUALIZAÇÃO E A EXPERIMENTAÇÃO ACERCA DAS QUESTÕES DO ENEM EM QUÍMICA

Projeto: Sala ambiente e Grafite. Cajado Temático

INVESTIGAÇÃO NO ENSINO MÉDIO: PESQUISA ESCOLAR EM DISCUSSÃO 1

OFICINA TEMÁTICA: A EXPERIMENTAÇÃO NA FORMAÇÃO DOCENTE

CURRÍCULO, TECNOLOGIAS E ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA: UMA ANÁLISE DO POTENCIAL DA ROBÓTICA EDUCACIONAL NO ENSINO POR INVESTIGAÇÃO.

IMAGENS COMO RECURSO FACILITADOR NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DE BOTÂNICA PARA ALUNOS SURDOS

MATEMÁTICA, AGROPECUÁRIA E SUAS MÚLTIPLAS APLICAÇÕES. Palavras-chave: Matemática; Agropecuária; Interdisciplinaridade; Caderno Temático.

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

O USO DE VÍDEOS NAS AULAS DE GEOGRAFIA NA SEGUNDA FASE DO ENSINO FUNDAMENTAL

A PROVINHA BRASIL SOB A ÓTICA DOS PROFESSORES ALFABETIZADORES

A INTERDISCIPLINARIDADE COMO EIXO NORTEADOR NO ENSINO DE BIOLOGIA.

PIBID CONECTADO: FERRAMENTA AUXILIADORA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE QUÍMICA

QUALIDADE DO ENSINO DE QUÍMICA NA MODALIDADE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EM ESCOLAS PÚBLICAS DA CIDADE DE MASSARANDUBA PB

IV Jornada de Didática III Seminário de Pesquisa do CEMAD A PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES SOBRE PLANEJAMENTO E A AÇÃO DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de ciências, Metodologias, Palestra educativa.

A docência no ensino superior: a formação continuada do professor-formador e a reflexão crítica da sua ação docente

A FÍSICA ALÉM DO QUADRO NEGRO

Eixo Temático 3-Currículo, Ensino, Aprendizagem e Avaliação

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO EDUCACIONAL NO PROCESSO DO ENSINO DE BIOLOGIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA

PROJETO: OPERAÇÕES COM NÚMEROS DECIMAIS

A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

CONTRIBUIÇÕES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA PARA A FORMAÇÃO DOCENTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Entenda o BNCC Base Nacional Comum Curricular

SITUAÇÃO DE ESTUDO EM AULAS DE QUÍMICA: SOLUÇÕES QUÍMICAS E SIGNIFICAÇÃO CONCEITUAL DA ELETRONEGATIVIDADE 1

OFICINA INTEGRADA COM LICENCIANDOS DE BIOLOGIA E QUÍMICA. SOLOS: NECESSÁRIO OU NÃO PARA NOSSA SOBREVIVÊNCIA?.

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL VOLTADA À INCLUSÃO SOCIAL

FORMAÇÃO INICIAL NOS CURSOS DE LICENCIATURA E PEDAGOGIA: QUAL O SEU IMPACTO NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DE UM BOM PROFESSOR?

LABORATÓRIO DE MATEMÁTICA: UMA FERRAMENTA IMPRESCINDÍVEL PARA A APRENDIZAGEM DA DISCIPLINA

OS JOVENS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EM BUSCA DA SUPERAÇÃO NO PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO

Jonatas Pereira de Lima (1); Maria de Fátima Camarotti (2) INTRODUÇÃO

APROXIMANDO A MATEMÁTICA DA REALIDADE DO EDUCANDO

UTILIZANDO OS MATERIAIS DIDÁTICOS: MARCADOR TRIGONOMÉTRICO E QUADRO CIDEPE NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE TRIGONOMETRIA EM ESCOLAS DA CIDADE DE GOIAS

A CONTEXTUALIZAÇÃO COMO AGENTE FACILITADOR NO PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA

343 de 665 VIII SEMINÁRIO DE PESQUISA EM ESTUDOS LINGUÍSTICOS ISSN

A MONITORIA COMO INSTRUMENTO FACILITADOR DE APRENDIZAGEM

Transcrição:

CONTEXTUALIZAÇÃO DO ENSINO DA QUÍMICA NO NÍVEL MÉDIO: Motivando alunos da EJA para leitura e interpretação de artigos científicos Magna Macêdo Fernandes 1, Rodson Regi de Sousa Correia 2 1 Discente de graduação em Licenciatura em Química - IFMA. e-mail: macedomag@hotmail.com; 2 Professor do Curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal do Maranhão IFMA. e-mail: rodson.correia@ifma.edu.br RESUMO: O presente artigo mostra a importância da interpretação dos termos científicos aos educandos do Ensino Médio, na modalidade EJA, para o processo de aquisição e letramento do ensino da Química no meio escolar. Para isso, o ensino da química precisa estar ligado ao cotidiano do discente por meio de palavras que lhe sejam mais familiares. Do contrário, como resultado, têm-se alunos que irão apresentar dificuldades nos significados dos termos científicos. Formando desta forma, uma barreira para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. Palavras chave: aprendizagem, disciplina e escola. INTRODUÇÃO O conhecimento que o ser humano adquiriu durante anos, surgiu principalmente da necessidade que homem sentia de se comunicar com mais facilidade. Nos dias de hoje, para alguns autores, o conhecimento é considerado infinito, ou seja, sempre haverá durante toda a vida algo a mais a se pesquisar, melhorar, descobrir e inventar. Pois independente da situação, a vida na terra se encontrará em novas perspectivas que deverão ser idealizadas e sempre haverá espaço para quem deseja buscar a verdade sobre os fatos. Os processos de conhecimento são contínuos, os quais sempre irá haver novas ideias de como produzir algo com mais eficiência e/ou apenas de melhorar o que já é conhecido. Diante disso, o ser humano não se satisfaz com um conhecimento qualquer e tem sempre a curiosidade de saber o porquê, obtendo assim, resultados positivos no aprimoramento de seu conhecimento.

A leitura é um instrumento de suma importância para o indivíduo compreender o mundo ao qual ele vive. Entendendo-se que a aprendizagem é algo construído socialmente, a leitura dos artigos científicos de química envolve os discentes para a desconstrução das dificuldades encontradas durante o processo de aprendizagem. Deste modo, PONTES et all (2008) nos diz que: Muitos alunos demonstram dificuldades no aprendizado de química. Na maioria das vezes, não conseguem perceber o significado ou a importância do que estudam. Os conteúdos são trabalhados de forma descontextualizada, tornando-se distantes da realidade e difíceis de compreender, não despertando o interesse e a motivação dos alunos. Além disso, os professores de química demonstram dificuldades em relacionar os conteúdos científicos com eventos da vida cotidiana, priorizando a reprodução do conhecimento, a cópia e a memorização, esquecendo, muitas vezes, de associar a teoria com a prática. (PONTES et al, 2008, p.01) Com isto, a modalidade de educação de jovens e adultos (EJA), pauta-se em considerar o perfil de seus alunos. No cotidiano escolar da Educação de Jovens e Adultos (EJA) é comum vermos questionamentos por parte dos educandos acerca do motivo de se estudar tal disciplina. Já que para eles, a mesma não lhes será necessária nem na vida pessoal quanto mais na vida profissional no qual envolvam uma atividade não relacionada à área de química. E o que verificamos, é um verdadeiro distanciamento entre as aulas de química ministradas em sala de aula com a realidade do aluno. Por isso, a preocupação em desenvolver atividades que despertem o interesse deste aluno. Então, é indispensável que docentes e sociedade institucional educativa criem situações que permitam o aluno da EJA, o desenvolvimento de habilidades socialmente expressivas a estes educandos (MENDES e CAMPOS, 2005). Logo, cresce cada vez mais a necessidade de contextualizar o aprendizado em química e dos termos científicos, já que a mesma é necessária para que os educandos possam atribuir sentido e significado as palavras e cabe ao educador na modalidade EJA, buscar novas maneiras e formas de repesar em uma aprendizagem expressiva para esta freguesia. Consequentemente, o objetivo deste artigo é mostrar a importância da interpretação dos termos científicos aos educandos do Ensino Médio na modalidade EJA, para que o processo de aquisição e letramento do ensino e aprendizagem da Química ocorra naturalmente no meio escolar. E, mostrar a transcrição de termos científicos da maneira mais simples irá facilitar a compreensão do aluno.

MATERIAL E MÉTODOS Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, fundamentada em pesquisas de autores que discutem sobre a contextualização da química na modalidade EJA, para leitura e interpretação dos termos usados nos artigos científicos, e, integradas a estudos no âmbito científico técnico profissional como também a comunidade acadêmica. As discussões expostas no contexto deste trabalho, mostram como os artigos científicos são recheados de uma riquíssima aprendizagem tanto para o docente quanto também para o discente durante as aulas. Proporcionando desta forma, um despertar para a busca de novas fontes de pesquisa aos alunos, além do gosto para a ciência, que embora se tenha certo mistério, acaba por fascinar a todos que a desvenda a clareza contida na linguagem científica. RESULTADOS E DISCUSSÃO Fernández (1998, p. 115) ressalva que as reflexões sobre o estado atual do processo ensino-aprendizagem nos permite identificar um movimento de ideias de diferentes correntes teóricas sobre a profundidade do binômio ensino e aprendizagem ideias de diferentes correntes teóricas sobre a profundidade do binômio ensino e aprendizagem fazendo que a contextualização do ensino seja repensada em práticas educacionais que visam envolver o educando e que o mesmo desenvolva habilidades técnicas científicas. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade contida na LDB 9.394/96 especificamente em seu art.37 que diz: A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria (BRASIL, 1996, p.15). Portanto, a EJA é voltada para jovens, adultos e idosos que apresentam defasagem em seu grau de escolaridade. A leitura e escrita devem ser trabalhadas em conjunto nas aulas de químicas, sem ambas, fica praticamente impossível o entendimento do aluno. Tendo em vista, que o público da EJA são geralmente pessoas que estiveram ausentes da sala de aula por um longo período. Pois os estudantes são incapazes de interpretar questões e problemas de Física, Química, Matemática etc., devido às deficiências na capacidade de interpretação de enunciados (Francisco Junior e cols., 2008).

Os periódicos científicos estão recheados por uma gama de conhecimentos e também de palavras técnicas que podem causar no aluno um certo desconforto por o mesmo não ser familiarizado com o vocabulário ali empregado. Assim, o educador precisa conhecer um pouco da realidade dos alunos ao estudarem os conteúdos propostos, caso contrário, o discente não terá nenhum interesse pela aula e até mesmo não irá se propor a buscar afundo o conhecimento das palavras propriamente ditas para que estas lhe tornem familiares. Os alunos da EJA que apresentam dificuldades na aprendizagem de química geralmente são alunos que não conseguem visualizar o significado ou a relação aquele conteúdo terá em seu dia a dia. Com isto, o que se verifica é que a escola foi a que menos evoluiu, tendo permanecido, ao longo do tempo, embebida numa antiquada e inadequada pedagogia que não atende à realidade e às necessidades atuais de seus alunos (MENEGOLLA, 1995) Tornar uma aula mais dinâmica e interativa proporciona ao aluno a chave para romper barreiras dos termos encontrados em textos científicos, uma vez que os autores depreenderam que, nos textos produzidos, alguns estudantes fazem uso de recursos linguísticos como analogias, intercalações, indagações, apresentando outros elementos para seu texto, no sentido de tornar mais compreensível suas ideias (JUNIOR, 2010). E para que haja aprendizagem do ensino de química, faz-se necessário que os discentes compreendem os termos técnicos e as transformações diversas em seus conceitos e fórmulas, pois só assim o aluno estará motivado e terá o seu interesse despertado quando conseguir se familiarizar com esta ciência. Reforçando o que disse Maldaner e Zanon (2007): Os alunos, partindo de aspectos de suas vivências, compreendem processos químicos relacionados ao tema, ao mesmo tempo em que são levados a refletir sobre grandes questões temáticas vinculadas a contextos sociais, buscando a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, por meio da discussão de atitudes e valores (MALDANER e ZANON, 2007, p.78) O letramento e a forma como o professor desenvolve o seu conteúdo em sala de aula faz toda a diferença na vida do educando. Este pode tanto ser estimulado a buscar novas perspectivas enquanto voltada ao ensino da química ou desprezá-la quando a mesma não é transmitida ao aluno de forma contextualizada ao seu cotidiano. Schnetzler (2010), a maioria das pesquisas nos últimos anos tem destacado a contextualização e a importância da aprendizagem com significado. Igualmente, valorizar o conhecimento do aluno e correlaciona-lo com a sua

realidade, faz com que se tenha uma conexão da disciplina com os periódicos científicos. Na medida em que o aluno conhece os termos técnicos e a sua relevância para a ciência mais este passa a ter facilidade em compreendê-los. Portanto, partindo do princípio de que a didática tem como objetivo o processo de ensino, cabe a nós, professores, o compromisso para aplicação de métodos pedagógicos que incentivem e despertem o interesse do aluno para aprendizagem da Química (ROSENAU; FIALHO, 2008, p. 22). A construção no processo de ensino e aprendizagem é de fato essencial na vida tanto do docente quanto do discente. E para que se tenha uma comunicação de ambos os lados professor e alunos devem andar lado a lado na recontextualização do conhecimento científico e isso só será possível quando os estudantes conseguem enriquecer o seu vocabulário com os significados dos conceitos científicos trabalhados em sala de aula. CONCLUSÕES A química em si é fascinante e trabalha-la na modalidade EJA exige uma atenção especial para com o aluno. Termos científicos são essenciais conforme a área profissional e principalmente nos periódicos científicos. No entanto, cabe ao professor da turma envolver os alunos no método de ensino e aprendizagem da maneira mais natural possível, e, principalmente fazer com este aluno busque os significados destes termos em seu contexto social onde ele é inserido. Havendo desta forma, um desenvolvimento educacional que torna à aprendizagem do educando mais significativa seja na vida pessoal ou profissional. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 196. Disponível em: <ftp://ftp.fnde.gov.br>. Acesso em: 19 de set de 2016. FRANCISCO JUNIOR, W.E.; FERREIRA, L.H. e HARTWIG, D.R. A dinâmica de resolução de problemas: analisando episódios em sala de aula. Ciências & Cognição, v. 13, p. 82-99, 2008 FERNÁNDEZ. Fátima Addine. Didática y optimización del processo de enseñanzaaprendizaje. IN: Instituto Pedagógico Latinoamericano y Caribeño La Havana Cuba, 1998.

FIALHO, Neusa N.; ROSENAU, Luciana dos Santos; Didática e Avaliação da Aprendizagem em Química. 20 ED.Ibpex: CURITIBA, 2008. JUNIOR, Wilmo Ernesto Francisco. Estratégias de Leitura e Educação Química: Que relações? Química Nova na Escola. vol. 32, n 4, (p. 220-226) nov, 2010. MALDANER, Otavio A.; ZANON, Lenir B.; Fundamentos e Propostas de Ensino de Química para a Educação Básica no Brasil. 1 ed. Ijuí: UNIJUÍ, 2007. MENDES, Amanda Sanches A; CAMPOS, Luciana M. Lurnadi. Materiais didáticos como facilitadores dos processos de ensino e aprendizagem: o ensino de ciências naturais na educação de jovens e adultos. Congresso de Extensão Universitária, 3., 2005, Águas de Lindólia. Anais... São Paulo: PROEX; UNESP, 2005. p. 109 Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/143706>.acesso em: 12 dez 2017 MENEGOLLA, Maximiliano. E agora aluno? Petrópolis: Vozes, 1995 PONTES et al. O Ensino de Química no Nível Médio: Um Olhar a Respeito da Motivação. XIV Encontro Nacional de Ensino de Química (XIV ENEQ). UFPR, 21 a 24 de julho de 2008. Curitiba/PR. Disponível em: < http://www.quimica.ufpr.br>. Acesso em: 19 set 2016. SCHNETLZER, R. Apontamentos sobre a história do ensino de química no Brasil. In: SANTOS, W.L.P. e MALDANER, O.A. (Orgs). Ensino de química em foco. Ijuí: Ed. Unijuí, 2010, p. 51-75. (Coleção Educação em Química)