XAVIER MR; VACARI AM; MAGALHÃES GO; DE BORTOLI SA. Características biológicas de Podisus nigrispinus alimentado com Plutella xylostella e folha de couve. 2010. Horticultura Brasileira 28: S751-S758. Características biológicas de Podisus nigrispinus alimentado com Plutella xylostella e folha de couve. Matheus Rocha Xavier 1 ; Alessandra Marieli Vacari 1 ; Gustavo Oliveira de Magalhães 1 ; Sergio Antonio De Bortoli 1 1 FCAV/Unesp Dep. Fitossanidade Laboratório de Biologia e Criação de Insetos (LBCI), Via de acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n 14884-900 Jaboticabal SP, matheusrochaxavier@hotmail.com; amvacari@gmail.com; godemagalhaes@uol.com.br; bortoli@fcav.unesp.br. RESUMO O objetivo desse trabalho foi avaliar características biológicas de Podisus nigrispinus predando larvas e pupas de Plutella xylostella com e sem a presença de folha de couve no recipiente de criação. Utilizou-se 60 ninfas no experimento, e estas foram provenientes da criação massal do Laboratório de Biologia e Criação de Insetos (LBCI) do Departamento de Fitossanidade da FCAV/UNESP. Essas ninfas foram mantidas em sala climatizada a 25±1 C, fotofase de 12 horas e UR de 70±10%, sendo acondicionadas em recipientes (10 ninfas por recipiente) plásticos transparentes de 1000 ml. Foram utilizadas larvas e pupas de P. xylostella oriundas da criação massal do LBCI para alimentação dos predadores. As presas e a folha foram repostas diariamente quando também se fazia a assepsia dos recipientes. O fornecimento de água foi realizado por meio de um tubo anestésico (odontológico) fixado na tampa do recipiente. Foram avaliados todos os aspectos biológicos ao longo do ciclo do inseto. Independente do tipo de presa e da presença ou ausência de folha de couve no recipiente de criação, a fecundidade das fêmeas apresentaram valores semelhantes. Mas em relação ao período de oviposição, que foi de 41,9 dias para os predadores alimentados com pupas mais folha de couve e 21,6 dias quando alimentados com larvas mais folha, verificou-se que foi necessária praticamente metade do período de oviposição para que as fêmeas colocassem o mesmo número de ovos quando alimentadas com larvas mais folha de couve. Desse modo conclui-se que, os dados biológicos obtidos indicam que larvas e pupas de P. xylostella são presas adequadas para P. nigrispinus e que a utilização de larvas mais folhas de couve otimizam a criação massal desse predador. Palavras-chave: controle biológico, percevejo predador, biologia de insetos. ABSTRACT Biological characteristics of Podisus nigrispinus fed on Plutella xylostella and kale leaf. The objective of the work was to evaluate biological characteristics of Podisus nigrispinus preying larvae and pupae of Plutella xylostella with and without the presence kale leaf in rearing recipient. It was used 60 nymphs in the experiment, and these were coming to mass rearing of the Laboratório de Biologia e Criação de Insetos (LBCI) of the Departament of Fitossanidade of FCAV/Unesp. Those nymphs were maintained in room acclimatized (25±1ºC, photophase of 12 hours and RH of 70±10%), being placed plastic recipients (10 nymphs for recipient) of 1000 ml. Larvae and pupae of P. xylostella from LBCI mass rearing were Hortic. bras., v. 28, n. 2 (Suplemento - CD Rom), julho 2010 S 751
used to feeding the predators. Those preys and leaf were replaced daily when it was also made the recipients asepsis. The supply of water was accomplished through an anesthetic tube fastened in the cover of the recipient. It was appraised all the biological aspects along the cycle of the insect. Independent of the prey type and of the presence or absence of kale leaf in the rearing recipient, the fecundity of the females presented similar values. But in relation of the oviposition period, that was to 41.9 days to the predators fed on pupae more kale leaf and 21.6 days when fed on larvae more leaf, it was verified that was practically necessary half of the oviposition period so that the females placed the same number of eggs when fed on larvae more kale leaf. By the results was verified that larvae and pupae of P. xylostella are preys appropriate for P. nigrispinus and that the use of larvae more kale leaves optimizes the mass rearing of the predator. Keywords: biological control, predatory stinkbug, insects biology. Plutella xylostella (Linnaeus, 1758) (Lepidoptera: Plutellidae), a traça-das-crucíferas, é considerada praga-chave das brassicáceas. O repolho é atacado pela traça-das-crucíferas desde a formação da cabeça até a colheita, sendo que o nível de dano está próximo a 20% de plantas infestadas (Vacari et al., 2008). O uso de inseticidas tem sido o método mais utilizado no combate à P. xylostella e, existe no mercado uma vasta gama de produtos registrados à escolha, sendo os principais produtos pertencentes a grupos como piretróides e organofosforados (Vacari et al., 2008). Entretanto, são caros e em alguns casos ineficazes e perigosos se usados de forma intensiva e incorreta, o que pode ocasionar resistência da praga, contaminação do ambiente e intoxicação humana. Essa situação torna evidente a necessidade de métodos de controle alternativos, menos tóxicos e adequados às condições socioeconômicas dos agricultores brasileiros (Oliveira et al. 2003). Existem vários registros de resistência aos inseticidas utilizados (Czepak et al., 2005), inclusive a produtos biológicos como por exemplo a base de Bacillus thuringiensis (Castelo Branco & Gatehouse, 1997). Porém, existem várias alternativas de controle, dentre as quais o controle biológico, sendo que, insetos entomófagos como os predadores do gênero Podisus possuem grande potencial como agente de controle de pragas, principalmente para espécies da ordem Lepidoptera (Vacari, 2006). Sendo assim, o objetivo do trabalho foi avaliar as características biológicas de Podisus nigrispinus (Dallas, 1851) (Hemiptera: Pentatomidae) alimentado com P. xylostella e folha de couve. MATERIAL E MÉTODOS Os experimentos foram realizados no LBCI, e mantidos em sala climatizada a 25±1 C, UR 70±10% e fotofase de 12 horas. Sessenta ninfas de P. nigrispinus de segundo instar foram acondicionadas em seis potes de plástico transparente de 1000 ml, sendo colocadas dez ninfas por pote. Foram oferecidos aos predadores como alimento folha de couve, lagartas de quarto estádio e pupas de P. xylostella. Foram realizados cinco tratamentos: larvas mais folha, pupas mais folha, somente larvas, somente pupas e somente folha. A folha de couve foi colocada em um tubo (anestésico odontológico) contendo água e chumaço de algodão para fixação da folha, sendo posteriormente acoplada na tampa do pote plástico. A água foi oferecida também em tubo (anestésico odontológico) com chumaço de algodão em sua Hortic. bras., v. 28, n. 2 (Suplemento - CD Rom), julho 2010 S 752
extremidade que foi fixado na tampa do pote plástico. Tanto as folhas, quanto a água e as lagartas foram repostas diariamente. Foi acompanhado o desenvolvimento das ninfas até a fase adulta obtendo-se as seguintes características biológicas: consumo, duração e viabilidade nos diferentes estádios, e peso de ninfas de 5 o estádio com até um dia. Os adultos obtidos foram separados por sexo para formação de casais, que foram confinados em potes plásticos, sendo colocado um casal por pote, até a formação de doze casais. Foram obtidas as seguintes características biológicas: período de pré-ovoposição, período de ovoposição, período de pós-ovoposição, longevidade de machos e fêmeas, número de posturas por fêmea, número de ovos por postura e fecundidade (número total de ovos por fêmea). Todos os ovos obtidos foram coletados e acondicionados em placas de Petri (6 cm x 2 cm) para determinação do período de incubação e viabilidade, sendo que nessas placas havia um chumaço de algodão umedecido fixado na tampa para evitar a inviabilização dos ovos. Os dados obtidos foram submetidos ao teste de Kolmogorov e Barttlet, quanto à normalidade e homogeneidade de variância, respectivamente, e foram realizadas as transformações necessárias para atender aos requisitos da análise de variância (ANOVA). Em seguida, os resultados foram submetidos à análise de variância pelo PROC ANOVA do SAS Institute (2002), e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey, a 1,25% de probabilidade, quando significativas pela ANOVA. RESULTADOS E DISCUSSÃO Ninfas de P. nigrispinus alimentadas apenas com folha não conseguiram completar a fase ninfal, sendo que das 60 ninfas confinadas, 19 morreram ainda no segundo estádio (viabilidade de 68,33%) e o restante no terceiro, tendo duração do segundo estádio média de 7,47 dias. Essa baixa viabilidade pode ser justificada pelo fato de se tratar de um predador zoofitófago, que necessita de material animal em sua dieta. Em pesquisa semelhante, Evangelista Junior et al. (2004) observaram resultados de viabilidade ninfal para o segundo estádio de P. nigrispinus na condição de escassez total de presas na presença de algumas plantas daninhas menores do que os obtidos nessa pesquisa, sendo de 17,8; 12,8; 5,6; 4,2 e 2,8%, para de Gossypium hirsutum, Bidens pilosa, Ageratum conyzoides, Desmodium tortuosum e Euphorbia heterophylla, respectivamente, enquanto Amaranthus hybridus e Ricinus communis não possibilitaram a passagem das ninfas para o terceiro ínstar. Com o fornecimento de presas, durante o desenvolvimento ninfal de P. nigrispinus ocorreram diferenças significativas provocadas pelo tipo de presa e também pela presença ou ausência de folha (Tabela 1). As durações do segundo, terceiro e quarto estádio foram menores para ninfas que predaram larvas de quarto estádio, diferindo daquelas que predaram pupas. No entanto, a duração do quinto estádio foi maior para ninfas que predaram larvas e larvas mais folha (2,8 e 2,0 dias), diferindo daquelas que predaram pupas e pupas mais folha (0,9 e 1,1 dias). Para o período ninfal como um todo, o fornecimento somente de larvas ou larvas mais folha de couve proporcionaram menor período, o que favorece maior número de gerações anuais. Oliveira et al. (2002) em pesquisa semelhante, também constataram que a presença de folha de algodoeiro diminui o período ninfal dos predadores e verificaram 13,7 dias na presença da folha mais presa (Tenebrio molitor) e 16,1 dias na ausência da folha. Hortic. bras., v. 28, n. 2 (Suplemento - CD Rom), julho 2010 S 753
A presença ou ausência de folha não influenciaram a viabilidade de P. nigrispinus em nenhum estádio ninfal, sendo que a viabilidade total também não sofreu grande influência, tendo apenas pequenas alterações entre valores, que variaram de 73,3 a 85,0% (Tabela 1). Em pesquisa semelhante, Moreira et al. (1998) obtiveram viabilidade ninfal de 67% alimentando ninfas com lagartas de D. juno juno, e Vacari et al. (2007) observaram que, ao predar lagartas de D. saccharalis, a viabilidade foi de 89%. Como foram oferecidas larvas de quarto estádio e pupas de P. xylostella ad libitum, foi observado também o consumo de presas pelas ninfas, que aumentou com a mudança de estádio. Durante o segundo e terceiro estádio, o consumo foi maior para ninfas que foram alimentadas apenas com larvas (Tabela 1). Já no quarto estádio, o consumo foi semelhante entre os tratamentos que não utilizaram folha (1,9 larva e 1,5 pupa) e semelhante também entre os que utilizaram folha (1,0 larvas mais folha e 0,7 pupas mais folha), independentemente do tipo de presa que foi utilizado. No quinto estádio houve maior consumo quando o inseto foi alimentado somente com larvas, sendo o consumo de 2,8 presas por dia. O consumo total foi significativamente maior para P. nigrispinus predando apenas larvas. Já com relação à presença da folha, esta contribuiu para a redução do consumo de presas, tanto para larvas (15,2), quanto para pupas (12,4), sendo que na sua ausência foram consumidas 32,7 larvas e 18,6 pupas. Com a presença da folha, o inseto pode ter conseguido nutrientes quando se alimentou da planta, que fizeram com que ele tivesse necessidade de consumir menor número de presas. Valores inferiores, exceto para período ninfal total, foram observados por Vivan et al. (2002) com consumo de 1,8; 2,4; 2,9; 2,7 e 43,1 larvas de T. absoluta para o segundo, terceiro, quarto, quinto e período ninfal total de P. nigrispinus, respectivamente. O maior consumo durante o período ninfal total de P. nigrispinus alimentado com T. absoluta pode estar relacionado com a maior duração dessa fase de desenvolvimento com aquela presa. Tais resultados indicam efeito benéfico da adição de folhas de couve para criação massal desses predadores em laboratório, haja vista que, na presença de folha a viabilidade ninfal foi satisfatória e, o período ninfal e o consumo de presas foram menores. O que proporciona menor tempo de uma geração e o menor custo de produção desses insetos, que segundo Otuka (2008) está diretamente relacionado ao número de presas consumidas. As fêmeas alimentadas com larvas e pupas de P. xylostella na presença ou não de folha de couve tiveram desempenho reprodutivo semelhante, exceto para o período de incubação, que foi maior para P. nigrispinus predando pupa mais folha (5,9 dias) (Tabela 2). Não foi observada diferença significativa entre o número total de posturas por fêmea, ovos por postura, ovos por dia, fecundidade (ovos por fêmea) e fertilidade (média da viabilidade dos ovos colocados por fêmea ao longo de sua longevidade). Oliveira et al. (2002), em trabalho semelhante, obtiveram quantidades menores de ovos, ovos por dia e fertilidade quando alimentaram P. nigispinus com pupas de T. molitor na presença de folha de algodoeiro (348,1 ovos, 21,0 ovos por dia e 74% de fertilidade) e tomateiro (372,4 ovos, 16,8 ovos por dia e 61% de fertilidade). Os períodos de pré-oviposição e oviposição das fêmeas de P. nigispinus alimentadas com larvas e pupas de P. xylostella na presença ou não de folha de couve foram significativos, sendo que fêmeas que tiveram como presas larvas na presença de folha apresentaram os menores períodos de pré-oviposição e oviposição, para o período de pós-oviposição não houve diferença significativa entre os diferentes tratamentos (Tabela 3). Oliveira et al. (2002) Hortic. bras., v. 28, n. 2 (Suplemento - CD Rom), julho 2010 S 754
obtiveram 6 dias e 21 dias para pré-oviposição e oviposição para P. nigispinus alimentado com pupas de T. molitor na presença de folha de algodão e, na presença de folha de tomateiro tendo como presa pupas de T. molitor obtiveram 5,1 dias para pré-oviposição e 21,3 dias para oviposição. Independente do tipo de presa e da presença ou ausência de folha de couve no recipiente de criação, a fecundidade das fêmeas apresentaram valores semelhantes. Mas em relação ao período de oviposição, que foi de 41,9 dias para os predadores alimentados com pupas mais folha de couve e 21,6 dias quando alimentados com larvas mais folha, verificou-se que foi necessária praticamente metade do período de oviposição para que as fêmeas colocassem o mesmo número de ovos quando alimentadas com larvas mais folha de couve. Desse modo conclui-se que, os dados biológicos obtidos indicam que larvas e pupas de P. xylostella são presas adequadas para P. nigrispinus e que a utilização de larvas mais folhas de couve otimizam a criação massal desse predador. REFERÊNCIAS CASTELO BRANCO M; GATEHOUSE AG. 1997. Insecticide resistance in Plutella xylostella (Lepidoptera: Yponomeutidae) in the Federal District, Brazil. Anais da Sociedade Entomológica do Brasil 26: 75-79. CZEPAK C; FERNANDES PM; SANTANA HG; TAKATSUKA FS; ROCHA CL. 2005. Eficiência de inseticidas para o controle de Plutella xylostella (Lepidoptera: Plutellidae) na cultura do repolho. Pesquisa Agropecuária Tropical 35: 129-131. EVANGELISTA JUNIOR WS; GONDIM JUNIOR MGC; TORRES JB; MARQUES EJ. 2004. Fitofagia de Podisus nigrispinus em algodoeiro e plantas daninhas. Pesquisa Agropecuária Brasileira 39: 413-420. MOREIRA LA; ZANUNCIO JC; MOLINA-RUGAMA AJ. 1998. Dados biológicos de Podisus nigrispinus (Dallas) alimentado com a lagarta do maracujazeiro Dione Juno Juno (Cramer). Anais da Sociedade Entomológica do Brasil 27: 645-647. OLIVEIRA JEM; TORRES JB; CARRANO-MOREIRA AM; BARROS R. 2002. Efeitos das plantas de algodoeiro e do tomateiro, como suplemento alimentar, no desenvolvimento e na reprodução do predador Podisus nigrispinus (Dallas) (Heteroptera: Pentatomidae). Neotropical Entomology 31: 101-108. OLIVEIRA RC; PRATISSOLI D; BUENO AF. 2003. Efeito de Azadirachta indica (Nim) sobre o parasitismo de Trichogramma pretiosum (Hymenoptera: Trichogrammatidae) em ovos de Anagasta kuehniella (Lepidoptera: Pyralidae). Revista Ecossistema 28: 75-79. OTUKA A. 2008. Biologia e custo de produção do percevejo Podisus nigrispinus (Dallas, 1851) (Heteroptera: Pentatomidae) criado com diferentes presas. 2008. 93 f. Trabalho de Conclusão de curso (Agronomia) Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal. SAS Institute. 2002. SAS/STAT User s Guide, version 9.00 TS level 2MO. SAS Institute Inc., Cary, NC. Hortic. bras., v. 28, n. 2 (Suplemento - CD Rom), julho 2010 S 755
VACARI AM. 2006. Podisus nigrispinus (Dallas, 1851) (Heteroptera: Pentatomidae): efeito do alimento e da temperatura de armazenamento de ovos no desenvolvimento do inseto. 2006. 63 f. Dissertação (Mestrado em Entomologia Agrícola) - Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal. VACARI A M; OTUKA AK; DE BORTOLI SA. 2007. Desenvolvimento de Podisus nigrispinus (Dallas, 1851) (Hemiptera: Pentatomidae) alimentado com lagartas de Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) (Lepidoptera: Crambidae). Arquivos do Instituto Biológico 74: 259-265. VACARI AM; VOLPE, HXL; GOULART RM; VIANA CLTP; BENVENGA SR; CARVALHO JS; THULER RT; DE BORTOLI SA. 2008. Integração de métodos de controle de pragas em hortaliças: experiência prévia para uma aplicação segura. In: ARAUJO ES; VACARI AM; CARVALHO JS; GOULART RM; CAMPOS AP;VOLPE HXL. ed. Tópicos em Entomologia Agrícola. Ribeirão Preto: Maxicolor Gráfica e Editora, 2008. p. 84-99. VIVAN LM; TORRES JB; VEIGA AFSL; ZANUNCIO JC. 2002. Comportamento de predação e conversão alimentar de Podisus nigrispinus sobre a traça-do-tomateiro. Pesquisa Agropecuária Brasileira 37: 581-587. Hortic. bras., v. 28, n. 2 (Suplemento - CD Rom), julho 2010 S 756
Tabela 1. Período (dias), viabilidade (%) e consumo diário (número de larvas e pupas) de cada estádio ninfal e total de Podisus nigrispinus alimentado com alimentado com larvas e pupas de Plutella xylostella e folha de couve (duration and viability of the nymphal period and rate predation of Podisus nigrispinus fed on larvae and pupae of Plutella xylostella and kale leaf). Unesp, Jaboticabal, 2010. Presas Durações Período n 2 o n 3 o n 4 o n 5 o n ninfal (dias) Larvas 60 3,5±0,11b 1 56 3,4±0,05b 53 2,7±0,24c 52 2,8±0,26a 60 15,5±0,31c Larvas + folha 60 2,4±0,18c 56 3,3±0,09b 54 3,1±0,16bc 54 2,0±0,07b 60 16,0±0,38c Pupas 60 4,3±0,12a 50 4,2±0,18a 46 4,1±0,24ab 44 0,9±0,05c 60 21,3±0,48a Pupas + folha 60 3,6±0,13ab 53 4,3±0,12a 52 4,8±0,27a 53 1,1±0,08c 60 18,6±0,73b F 31,02 18,13 16,9 46,01 28,48 P <0,0001 <0,0001 <0,0001 <0,0001 <0,0001 Viab. ninfal Viabilidades (%) Larvas 60 93,3±4,94a 56 95,0±2,24a 53 98,3±1,66a 52 93,3±2,11a 60 80,0±5,77a Larvas + folha 60 93,3±4,21a 56 96,6±3,33a 54 100±0,00a 54 95,0±3,41a 60 85,0±5,00a Pupas 60 83,3±6,14a 50 93,3±3,33a 46 96,6±2,11a 44 100±0,00a 60 73,3±8,43a Pupas + folhas 60 88,3±4,77a 53 98,3±1,66a 52 98,3±1,66a 53 96,6±2,11a 60 83,3±4,94a F 0,89 0,61 0,74 1,55 0,78 P 0,4639 0,6174 0,5402 0,2329 0,5202 Consumo Cons. total Larvas 60 1,2±0,03a 56 1,0±0,03a 53 1,9±0,13a 52 2,8±0,26a 60 32,7±2,22a Larvas + folha 60 0,3±0,02b 56 0,5±0,04b 54 1,0±0,09b 54 1,9±0,07b 60 15,2±0,59bc Pupas 60 0,3±0,03b 50 0,6±0,04b 46 1,5±0,10a 44 0,9±0,04c 60 18,6±0,94b Pupas + folha 60 0,3±0,02b 53 0,4±0,03b 52 0,7±0,06b 53 1,1±0,08c 60 12,4±0,77c F 192,49 41,76 28,23 46,01 53,68 P <0,0001 <0,0001 <0,0001 <0,0001 <0,0001 1 1 Médias nas colunas seguidas da mesma letra não diferem significativamente (teste de Tukey; P>0,0125) ( means followed by the same letter in the column do not differ significantly (Tukey test; P>0.05)). Hortic. bras., v. 28, n. 2 (Suplemento - CD Rom), julho 2010 S 757
Tabela 2. Características reprodutivas de Podisus nigrispinus alimentado com larvas e pupas de Plutella xylostella and folha de couve (reproductive characteristics of Podisus nigrispinus fed on larvae and pupae of Plutella xylostella and kale leaf). Unesp, Jaboticabal, 2010. Presas n Postura/fêmea Ovos/postura Ovos/dia Fecundidade Fertilidade (%) Período incubação (dias) Larvas 12 18,0±2,78a 1 24,3±1,34a 26,6±1,81a 455,6±76,93a 80,2±1,81a 5,6±0,05b Larvas + folha 12 16,7±2,92a 26,0±1,70a 27,7±1,85a 463,6±88,36a 79,6±4,05a 5,2±0,08c Pupas 12 16,8±1,85a 21,9±0,82a 23,5±0,86a 362,4±34,38a 81,2±2,63a 5,5±0,03b Pupas + folha 12 21,9±1,82a 23,2±0,75a 24,4±0,69a 493,1±32,04a 80,3±3,49a 5,9±0,03a F 1,19 1,65 1,51 0,72 0,07 35,34 P 0,3230 0,1906 0,2251 0,5459 0,9774 <0,0001 1 1 Médias nas colunas seguidas da mesma letra não diferem significativamente (teste de Tukey; P>0,0125) ( means followed by the same letter in the column do not differ significantly (Tukey test; P>0.05)). Hortic. bras., v. 28, n. 2 (Suplemento - CD Rom), julho 2010 S 758