SILAGEM DE CEREAIS FORRAGEIROS

Documentos relacionados
Rendimento e caraterísticas agronômicas de soja em sistemas de produção com integração lavoura-pecuária e diferentes manejos de solo

Potencial de Rendimento de Cereais de Inverno de Duplo Propósito

Henrique Pereira dos Santos 1 ; Renato Serena Fontaneli 2 ; Silvio Tulio Spera 3 & Jane Rodrigues de Assis Machado 4

ANÁLISE DE RISCO DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO COM PASTAGENS ANUAIS DE INVERNO, SOB SISTEMA PLANTIO DIRET0 1. Resumo

PRODUÇÃO DE CULTIVARES DE AZEVÉM NO EXTREMO OESTE CATARINENSE. Palavras-chave: Lolium multiflorum L., Produção de leite, Pastagem de inverno.

ANÁLISE ECONÔMICA DE SISTEMAS DE MANEJO DE SOLO E DE ROTA CÃO COM CULTURAS ,(, PRODUTORAS DE GRAOS NO INVERNO E NO VERÃO

DESEMPENHO AGRONÔMICO DE GIRASSOL EM SAFRINHA DE 2005 NO CERRADO NO PLANALTO CENTRAL

CONVERSÃO E BALANÇO ENERGÉTICO DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE GRÃOS COM PASTAGENS ANUAIS DE INVERNO, SOB PLANTIO DIRET0 1. Resumo

Comunicado. Técnico. Acadêmico de Agronomia da UPF e bolsista de Iniciação Científica do CNPq 3

Comunicado. Embrapa Trigo e UPF , Passo Fundo, RS, Brasil. *Autor para correspondência.

Rendimento de grãos de soja em sistemas de produção de grãos com pastagens anuais de inverno e perenes, Introdução

ESTABELECIMENTO E MANEJO DE CEREAIS DE DUPLO- PROPÓSITO

Composição Bromatológica de Partes da Planta de Cultivares de Milho para Silagem

EFEITOS DE SUCESSÕES DE CULTURAS EM PLANTIO DIRETO SOBRE A SOJA CULTIVADA EM SISTEMAS DE ROTAÇÃO DE CULTURAS, DURANTE DEZ ANOS, EM GUARAPUA VA, PR

Produção e Composição Bromatológica de Cultivares de Milho para Silagem

Comportamento de genótipos de canola em Maringá em 2003

Comportamento Agronômico de Cultivares de Sorgo Forrageiro em Jataí - Goiás 1

MOMENTO DE APLICAÇÃO DE NITROGÊNIO EM COBERTURA EM TRIGO: QUALIDADE TECNOLÓGICA E RENDIMENTO DE GRÃOS

BOLETIM TÉCNICO nº 19/2017

EVOLUÇÃO DO CONSÓRCIO MILHO-BRAQUIÁRIA, EM DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

ÉPOCAS DE PLANTIO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE NO MUNICÍPIO DE UBERABA, MG *

CARACTERÍSTICAS BIOMÉTRICAS DE VARIEDADES DE MILHO PARA SILAGEM EM SISTEMA DE PRODUÇÃO ORGÂNICA NO SUL DE MG

Palavras-chave: Integração Lavoura-pecuária; Desenvolvimento Forrageiro; Ccrescimento de Plantas. 1. INTRODUÇÃO

ANÁLISE ECONÔMICA DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO MISTOS: GRÃOS, CULTURA DE COBERTURA E PECUÁRIA,

Gessi Ceccon, Luís Armando Zago Machado, (2) (2) (3) Luiz Alberto Staut, Edvaldo Sagrilo, Danieli Pieretti Nunes e (3) Josiane Aparecida Mariani

PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA EM AMBIENTES E POPULAÇÕES DE BRAQUIÁRIAS

QUALIDADE E VALOR NUTRITIVO DE FORRAGEM

INTEGRAÇÃO LAVOURA- PECUÁRIA NO NORTE DO PARANÁ

ENSAIO PRELIMINAR DE CEVADA, ENTRE RIOS - GUARAPUAVA/PR

Dano de geada nos estádios vegetativos do trigo em Guarapuava, invernos 2010 e 2011

l«x Seminário Nacional

Comunicado Técnico. Avaliação de aveia quanto a produção de folhas e colmos na matéria seca

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Rendimento e valor nutritivo de cereais de inverno de duplo propósito: forragem verde e silagem ou grãos

PROJETO DE PESQUISA DESENVOLVIDO NO CURSO DE BACHARELADO DE AGRONOMIA DA UERGS- UNIDADE DE TRÊS PASSOS 2

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MILHO EM FUNÇÃO DA DENSIDADE DE SEMEADURA, NO MUNÍCIPIO DE SINOP-MT

Ensaio Intermediário de Cevada

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1573

ANÁLISE DE RISCO DE SISTEMAS DE MANEJO DE SOLO E DÊ ROTA CÃO COM CULTURAS PRODUTORAS DE GRÃOS NO INVERNO E NO VERÃO

Avaliação de cultivares de milho para produção de silagem em Felixlândia, MG

VIABILIDADE DO TRIGO CULTIVADO NO VERÃO DO BRASIL CENTRAL

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE FEIJOEIRO COMUM NO ESTADO DE GOIÁS

fontes e doses de nitrogênio em cobertura na qualidade fisiológica de sementes de trigo

Resposta de Cultivares de Milho a Variação de Espaçamento Entrelinhas.

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

COMPORTAMENTO AGRONÔMICO DE CULTIVARES DE TRIGO NO MUNICÍPIO DE MUZAMBINHO MG

Gramíneas Forrageiras

Avaliação da performance agronômica do híbrido de milho BRS 1001 no RS

ENSAIO ESTADUAL DE SORGO SILAGEIRO 2015/2016

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE VARIEDADES E HÍBRIDOS DE SORGO FORRAGEIRO NO OESTE DA BAHIA

18 PRODUTIVIDADE DA SOJA EM FUNÇÃO DA

CEVADA IRRIGADA NO CERRADO: DESEMPENHO DE GENÓTIPOS

EFEITO DA DESFOLHA DA PLANTA DO MILHO NOS COMPONENTES DE PRODUTIVIDADE

MANEJO DA PASTAGEM ANUAL DE INVERNO AFETANDO A EMERGÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO MILHO EM SUCESSÃO 1. INTRODUÇÃO

16 EFEITO DA APLICAÇÃO DO FERTILIZANTE FARTURE

FERTILIDADE E MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO EM SISTEMAS DE PRODUÇÃO COM INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA SOB PLANTIO DIRETO

MILHO SAFRINHA SOLTEIRO E CONSORCIADO COM POPULAÇÕES DE BRAQUIÁRIA EM SEMEADURA TARDIA

ESTABILIDADE DE GENÓTIPOS DE FEIJOEIRO COMUM NO ESTADO DE GOIÁS PARA PRODUTIVIDADE DE GRÃOS, CICLO 2005/2006 1

AVALIAÇÃO DE SISTEMAS DE SUCESSÃO TRIGO-SOJA EM PASSO FUNDO/RS

VIABILIDADE ECONÔMICA DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO MISTO (LEITE E GRÃOS) COM USO DE TRIGO DUPLO PROPÓSITO, 2010 A 2012

CARACTERIZAÇÃO DE GRUPOS DE GENÓTIPOS DE MILHO SAFRINHA AVALIADOS EM DOURADOS, MS

Produtividade do Sorgo Forrageiro em Diferentes Espaçamentos entre Fileiras e Densidades de Plantas no Semi-Árido de Minas Gerais

Av. Ademar Diógenes, BR 135 Centro Empresarial Arine 2ºAndar Bom Jesus PI Brasil (89)

RESULTADOS DO ENSAIO NACIONAL DE MILHO EM CONDIÇÕES DE SAFRINHA, EM MATO GROSSO DO SUL, 2008

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MILHO SAFRINHA NO MUNICÍPIO DE SINOP-MT

PP = 788,5 mm. Aplicação em R3 Aplicação em R5.1. Aplicação em Vn

Desempenho agronômico de trigo cultivado para grãos e duplo propósito em sistemas de integração lavoura pecuária

Desempenho do Consórcio Milho-braquiária: Populações de Plantas e Modalidades de Semeadura de Urochloa brizantha cv. Piatã

DIFERENTES ESTRATÉGIAS DE SUCESSÃO TRIGO-SOJA PARA MANUTENÇÃO DA VIABILIDADE DAS CULTURAS NO SUL DO BRASIL

V Semana de Ciência e Tecnologia do IFMG campus Bambuí V Jornada Científica 19 a 24 de novembro de 2012

VALORES DE FÓSFORO, CÁLCIO, MAGNÉSIO, OBTIDO NA PLANTA DO MILHO SEM ESPIGAS EM CONSÓRCIO COM FORRAGEIRAS 1.

BALANÇO ENERGÉTICO DE SISTEMAS DE ROTAÇÃO OU SUCESSÃO DE CULTURAS, ENVOLVENDO TRIGO E SOJA, EM PLANTIO DIRETO

MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM BRAQUIÁRIAS EM ESPAÇAMENTO NORMAL E REDUZIDO

ÉPOCAS DE SEMEADURA DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA *

GIRASSOL EM SAFRINHA NO CERRADO DO DISTRITO FEDERAL: DESEMPENHO DE GENÓTIPOS EM

APLICAÇÃO TARDIA DE NITROGÊNIO EM GENÓTIPOS DE TRIGO DA EMBRAPA

DENSIDADE DE SEMEADURA E POPULAÇÃO INICIAL DE PLANTAS PARA CULTIVARES DE TRIGO EM AMBIENTES DISTINTOS DO PARANÁ

ADENSAMENTO DE SEMEADURA EM TRIGO NO SUL DO BRASIL

Caraterísticas agronômicas de híbridos experimentais e comerciais de milho em diferentes densidades populacionais.

Aregião sul-brasileira apresenta similaridades

11 EFEITO DA APLICAÇÃO DE FONTES DE POTÁSSIO NO

CALAGEM, GESSAGEM E MANEJO DA ADUBAÇÃO EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis

COMPORTAMENTO DE DIFERENTES GENÓTIPOS DE MAMONEIRA IRRIGADOS POR GOTEJAMENTO EM PETROLINA-PE

15 AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS SEED E CROP+ EM

Arranjo espacial de plantas em diferentes cultivares de milho

DESEMPENHO DE CULTIVARES DE SOJA REGISTRADAS PARA CULTIVO NO RIO GRANDE DO SUL, NA SAFRA DE 1998/99

Avaliação de cultivares de milheto 1

ANÁLISE CONJUNTA DOS ENSAIOS REGIONAL E BRASILEIRO DE LINHAGENS DE AVEIA BRANCA CONDUZIDOS ENTRE 2008 E 2011

ESTRATÉGIAS DE APLICAÇÃO E FONTES DE FERTILIZANTES NA CULTURA DA SOJA 1

EFICIÊNCIA AGRONÔMICA E VIABILIDADE TÉCNICA DO PROGRAMA FOLIAR KIMBERLIT EM SOJA

Comportamento Agronômico de Progênies de Meios-Irmãos de Milheto Cultivados em Sinop MT 1

RELATÓRIO DE PESQUISA 11 17

MANEJO DE RESTOS CULTURAIS DE MILHO PARA PLANTIO DIRETO DE TRIGO. Resumo

ÉPOCAS DE SEMEADURA DE MILHO SAFRINHA SOLTEIRO E CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE HÍBRIDOS COMERCIAIS DE MILHO UTILIZADOS PARA SILAGEM

Avaliação de cultivares de milho para produção de silagem em Patrocínio, MG

ÉPOCAS DE PLANTIO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE PARA A REGIÃO DO PONTAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DA SOJA EM FUNÇÃO DOS SISTEMAS DE CULTIVO E VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO RESUMO

DESEMPENHO FORRAGEIRO DE CULTIVARES DE AVEIA E AZEVÉM COM DUAS DOSES DE ADUBAÇÃO NITROGENADA NAS CONDIÇÕES DE CLIMA E SOLO DE GIRUÁ, RS, 2012

Ajuste de prática de manejo de plantas de centeio e triticale para a maximização do rendimento de grãos e forragem

Transcrição:

SILAGEM DE CEREAIS FORRAGEIROS KRAEMER, A. 1 ; PAZINATO, A.C. 1.; FONTANELI, Ren. S. 2 ; FONTANELI, Rob. S. 3 ; SANTOS H. P. dos 4 ; NASCIMENTO JUNIOR, A. do 5 ; CAIERÃO, E 6 ; MINELLA, E 7. A agropecuária sul-brasileira está atrelada à sazonalidade das pastagens nativas e perenes cultivadas de verão, e mantidas durante o outono-inverno, e ao fato das forrageiras anuais de inverno, especialmente aveia preta, ainda não estarem aptas ao pastejo durante o início do outono, período com a baixa oferta de forragem (SANTOS et al., 2002). Assim, o uso de silagem na suplementação de rebanhos nos períodos de baixa oferta de forragem, vem se tornando cada vez mais importante para estabilidade de produção, seja de leite ou carne. O experimento foi realizado na Área Experimental do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo, em Passo Fundo, em solo classificado como Latossolo Vermelho Distrófico típico (STRECK et al., 2002), no ano agrícola de 2008. A região apresenta, longitude (28 15 S), latitude (52 24 W), pluviosidade anual média de 1780 mm, temperatura anual média de 17,5 ºC, e altitude média de 684 m. O presente estudo teve por objetivo avaliar genótipos de cereais forrageiros quanto ao potencial de rendimento de silagem. Foram utilizados três 1 Acadêmica de Agronomia da UPF e estagiária da Embrapa Trigo. Bolsista IC-CNPq Email: andreia_kraemer@yahoo.com.br 2 Eng. Agr., Ph.D., Embrapa Trigo, UPF e Bolsista CNPq-PQ. E-mail: renatof@cnpt.embrapa.br 3 Eng.Agr., Dr. UERGS e UPF Email: roberto@upf.br 4 Eng. Agr., Dr., Embrapa Trigo e E-mail: hpsantos@cnpt.embrapa.br. 5 Eng. Agr., Dr., Embrapa Trigo. E-mail: alfredo@cnpt.embrapa.br. 6 Eng. Agr., M.Sc., Embrapa Trigo. E-mail: caierao@cnpt.embrapa.br. 7 Eng. Agr., Ph.D., Embrapa Trigo e Bolsista CNPq-PQ. E-mail: eminella@cnpt.embrapa.br.

genótipos de cevada (BRS Mariana, BRS Marciana e BRS 225), quatro genótipos de triticale (Embrapa 53, BRS 148, BRS 203 e BRS Minotauro), seis genótipos de aveia (UPF 18, UPF 20, Agro Zebu, IPFA 99001, IPFA 99012 e aveia preta Ucrânia), dois genótipos de centeio (BR 1 e BRS Serrano) e cinco genótipos de trigo (BRS Figueira, BRS Tarumã, BRS Guatambu, BRS Umbu e BRS 277). O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com três repetições. As parcelas foram compostas de sete fileiras de plantas com 5,0 m de comprimento, espaçadas de 0,2 m, em resteva de soja, semeadas no mês de abril com semeadora Sêmina, sendo a adubação feita com 300 kg.ha -1 fórmula N-P 2 O 5 -K 2 O, 5-25-25. Aos 60 dias após a semeadura, quando as plantas apresentavam aproximadamente 30 cm de altura, foi realizado um corte mecânico para estimativa da biomassa seca acumulada até o final do outono. O corte foi realizado em toda a parcela, utilizando-se a colhedora de forragem Winterstiger, observando-se a altura de resteva de 7,0 cm. A forragem colhida foi pesada a campo e retirada uma amostra para determinação do teor de MS. A avaliação da MS foi realizada pela diferença de peso da amostra fresca e após secagem do material em estufa a 60 ºC até o peso constante. O segundo corte, para ensilar, foi realizado no estádio de grão pastoso a massa firme, realizado com foices, manualmente, em metade de cada parcela. A forragem foi pesada no momento da colheita e dela foi retirada amostra para determinação do teor de MS no momento da ensilagem. Após o corte e pesagem o material foi triturado em moinho forrageiro, sendo fragmentado por esse processo em partículas de 1,0 a 5,0 cm e acondicionado em silos experimentais de PVC, com 100mm de diâmetro x 0,5-0,7 m altura. As variáveis analisadas foram submetidas a análise de variância ao nível de 5% de probabilidade de erro, sendo as que apresentaram resultados significativos foram comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade de erro (Tabela 1).

Houve diferença significativa (P< 0,05) para as variáveis massa seca de 1º corte/forragem verde (MS1), massa seca de 2ºcorte/ silagem (MS2) e para teor de MS de 2º corte/ silagem (PMS2), para a variável teor de MS 1º corte/forragem (PMS1) não foi detectada diferença significativa entre os materiais, sendo que a média para os tratamentos foi 15,71 (Tabela 1). Embora a cultivar de centeio BR 1 tenha sido destaque para o 1º corte/foragem (MS1), foi superior apenas a aveia preta IPFA 99001 e Ucrânia (Tabela 1). O teor de MS do primeiro corte não diferiu entre tratamentos e a média foi de 15,7% (Tabela 1). Entretanto, para o 2º corte houve diferença entre os genótipos, e embora o teor de MS médio foi de 32,2%, na faixa desejável para uma boa fermentação. Amplitude foi entre 21,65% para aveia preta Agro Zebu e 42,5% para trigo BRS Umbu, demonstrando que a aveia preta estava com excesso de umidade e o trigo BRS Umbu estava acima do desejável (38%, (Tabela 1). O rendimento de biomassa seca ensilada teve como destaques o triticale BRS 148 com 9,7 t MS.ha -1 e a aveia preta Ucrânia com 9,64 t MS.ha -1, mas que superaram apenas a cevada BRS 225 com 5,4 t MS.ha -1 (Tabela 1). Assim, é possível obter bons rendimentos de silagem durante o inverno, de cereais de inverno de duplo propósito, diferidos após um ciclo de pastejo no fim do outono. Os teores de MS obtidos na maioria dos genótipos, entre 30 e 40%, possibilitam boa compactação e fermentação, resultando, geralmente em silagem bem fermentada com todas as espécies testadas. Referências Bibliográficas SANTOS, H. P. dos; FONTANELI, R. S.; BAIER, A. C.; TOMM, G. O. Principais forrageiras para integração lavoura-pecuária, sob plantio direto, nas Regiões Planalto e Misssões do Rio Grande do Sul. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2002, 142 p.

STRECK E. V.; KÄMPF, N.; DALMOLIN, R. S. D.; KLAMT, E.; NASCIMENTO, P. C. do; SCHEINEIDER, P. Solos do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: EMATER/RS: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2002. 126 p.

Tabela 1. Massa seca (MS) e percentual de matéria seca (PMS %) dos cortes para pasto (MS1) e para ensilagem (MS2) de genótipos de cereais de inverno. Passo Fundo, 2009. Tratamentos Variáveis MS1 PMS1 MS2 PMS2 kg.ha -1 % kg.ha -1 % Cevada BRS Marciana 856 abc 14,3ns 6.457 ab 33,3 abcde Cevada BRS Mariana 903 ab 14,5 6.871 ab 32,6 bcde Cevada BRS 225 529 abc 14,1 5.365 b 31,9 bcde Trigo BRS Figueira 715 abc 16,5 7.736 ab 38,2 ab Trigo BRS Tarumã 560 abc 16,9 7.230 ab 33,3 abcde Trigo BRS Guatambu 384 abc 16,8 8.466 ab 35,1 abc Trigo BRS Umbu 603 abc 17,3 9.022 ab 42,4 a Trigo BRS 277 463 abc 16,5 6.866 ab 34,4 abcd Centeio BRS Serrano 544 abc 15,9 9.558 ab 28,2 cdef Centeio BR 1 940 a 14,1 8.400 ab 34,5 abcd Triticale BRS 148 667 ab 15,1 9.683 a 34,1 abcd Triticale BRS 203 570 abc 14,7 8.987 ab 33,4 abcde Triticale BRS Minotauro 609 abc 14,5 9.566 ab 38,5 ab Triticale Embrapa 53 622 abc 15,1 7.372 ab 32,5 bcde Aveia branca UPF 18 549 abc 13,5 8.056 ab 25,3 def Aveia branca UPF 20 333 abc 18,7 7.552 ab 31,2 bcde Aveia preta IPFA 99001 273 c 18,8 8.392 ab 24,5 ef Aveia preta IPFA 99012 615 abc 15,1 7.565 ab 27,3 cdef Aveia preta Agro Zebu 560 abc 16,7 9.248 ab 21,6 f Aveia preta Ucrânia 291 bc 14,9 9.641 a 31,8 bcde Média 578,9 15,7 8.102 32,24 C.V. (%) 34,87 12,9 16,81 9,39 Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Tukey (P>0,05). ns = não significativo