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Fls. 9 8 Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 7ª RF Solução de Consulta nº 1 - Data 4 de janeiro de 2010 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS REB - REDUÇÃO A ZERO DA ALÍQUOTA DA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP E A COFINS - VIGÊNCIA A redução a zero da alíquota da COFINS incidente sobre a receita bruta de venda no mercado interno de materiais e equipamentos, inclusive partes, peças e componentes, destinados ao emprego na construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações registradas ou préregistradas no Registro Especial Brasileiro aplica-se aos fatos geradores ocorridos a partir de 18/09/2008 Dispositivos Legais: Lei nº 9.432, de 1997; Decreto nº 2.256, de 1997; Lei nº 10.865, de 2004, artigos 8º e 28; MP nº 428, de 2008, artigo 3º; Lei nº 11.774, de 2008, artigo 3º; Decreto nº 5.171, de 2004; Decreto nº 6.887, de 2009 ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP REB - REDUÇÃO A ZERO DA ALÍQUOTA DA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP E A COFINS - VIGÊNCIA A redução a zero da alíquota da Contribuição para o PIS/PASEP incidente sobre a receita bruta de venda no mercado interno de materiais e equipamentos, inclusive partes, peças e componentes, destinados ao emprego na construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações registradas ou pré-registradas no Registro Especial Brasileiro aplica-se aos fatos geradores ocorridos a partir de 18/09/2008 Dispositivos Legais: Lei nº 9.432, de 1997; Decreto nº 2.256, de 1997; Lei nº 10.865, de 2004, artigos 8º e 28; MP nº 428, de 2008, artigo 3º; Lei nº 11.774, de 2008, artigo 3º; Decreto nº 5.171, de 2004; Decreto nº 6.887, de 2009 ASSUNTO: REGIMES ADUANEIROS INEFICÁCIA PARCIAL - REB - DRAWBACK PARA EMBARCAÇÃO - RECONHECIMENTO DE DIREITO A concessão do regime de drawback nas modalidades suspensão e isenção é de competência da Secretaria de Comércio Exterior- SECEX, dependendo da prévia habilitação do interessado, através, respectivamente, 1

Fls. 10 do Siscomex ou de Ato Concessório, a qual está condicionada ao atendimento dos requisitos e condições estabelecidos na legislação posta. Falece, assim, competência à RFB, e, conseqüentemente, à essa SRRF07, para manifestação em relação ao questionamento da interessada quanto à possibilidade de utilizar o Drawback para Embarcação. Dispositivos Legais: Portaria Secex nº 25, de 2008, artigos 63, 64 e 67; Decreto nº 6.759, de 2009, artigos 386, 393 e 394 Relatório XXXXXXX, acima identificado, tendo como ramo de atividade a construção e reparos navais, formula consulta a esta Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil, na qual pretende ter esclarecidas as seguintes questões: a) Se poderia desde já usufruir da redução a zero das alíquotas do Pis e da Cofins na aquisição de materiais e equipamentos, inclusive partes, peças e componentes, destinados ao emprego na construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações registradas ou préregistradas no Registro Especial Brasileiro, prevista na Lei nº 11.774, de 2008, que alterou o artigo 28, inciso X, da Lei nº 10.865, de 2004, ainda que esteja pendente de regulamentação, uma vez que o beneficio já constava desta ultima lei? b) Se poderia usufruir do regime de Drawback na modalidade Embarcação, que suspende a incidência dos tributos na importação de mercadorias utilizadas na industrialização de embarcações, destinadas ao mercado interno, conforme artigo 52, inciso IV da Portaria Secex nº 25, de 2008? Fundamentos 2 Através da Lei nº 9.432, de 08/01/1997, que dispõe sobre o transporte aquaviário e dá outras providências, foi instituído o Registro Especial Brasileiro - REB, como medida de apoio ao desenvolvimento da Marinha Mercante nacional (artigo 11). A regulamentação da matéria se deu através do Decreto nº 2.256, de 17/06/1997, sendo assegurados desde então às atividades de construção, conversão e modernização de embarcações brasileiras, operadas por empresas brasileiras de navegação, que optativamente se inscrevessem no regime, tratamento diferenciado de natureza fiscal e financeira. 3 No esteio desta regulamentação, e com base no 9º do artigo 11 da Lei nº 9.432, de 1997, que dispôs ser a construção, a conservação, a modernização e o reparo de embarcações pré-registradas ou registradas no REB, para todos os efeitos legais e fiscais, 2

Fls. 11 equiparadas à operação de exportação, foram instituídas uma série de desonerações tributárias em benefício dos estaleiros navais, executores destas atividades (II, IPI, Pis e Cofins) 4 Feitas tais considerações de ordem geral, passa-se ao exame dos dois questionamentos da interessada. REB REDUÇÃO A ZERO DA ALÍQUOTA DA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP E A COFINS - VIGÊNCIA 5 A Lei nº 10.865, de 2004 ao introduzir em nosso sistema tributário o Pis/Pasep- Importação e a Cofins-Importação, em linha com a política de incentivo ao setor naval, cuidou de reduzir a zero a alíquota das referidas contribuições na hipótese de importação de partes peças e componentes, destinados ao emprego na conservação, modernização e conversão de embarcações registradas no Registro Especial Brasileiro (artigo 8º, 12, inciso I), prevendo no 13, inciso II do mesmo artigo que a utilização do benefício poderia vir a ser objeto de regulamentação, o que veio a ocorrer por meio do Decreto nº 5.171, de 06/08/2004. 6 Desta forma, esclarece-se à consulente que, ao contrário do que afirma, a Lei nº 10.865, de 2004, em sua redação original, não contemplou a redução a zero da alíquota da Contribuição para o Pis/Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita bruta de tais bens no mercado interno, tratadas em seu artigo 28, mas tão somente, como mencionado acima, a do Pis/Pasep-Importação e da Cofins-Importação (artigo 8º). 7 A partir do advento da MP nº 428, de 12/05/2008, houve alteração desse quadro, conforme a seguir reproduzido: Art.3 o Os arts. 8 o, 28 e 40 da Lei n o 10.865, de 30 de abril de 2004, passam a vigorar com a seguinte redação: Art.8º...... 12... I - partes, peças e componentes, destinados ao emprego na construção, conservação, modernização e conversão de embarcações registradas ou préregistradas no Registro Especial Brasileiro;... (NR) Art. 28....... X- partes, peças e componentes, destinados ao emprego na construção, conservação, modernização e conversão de embarcações registradas ou préregistradas no Registro Especial Brasileiro. Parágrafo único. O Poder Executivo regulamentará o disposto nos incisos IV e X do caput deste artigo. (NR) 8 Como se verifica, além de alterar a redação do inciso I, do 12 do artigo 8º da Lei nº 10.865, de 2004, para nele incluir também as partes, peças e componentes destinados ao emprego na construção de embarcações pré-registradas no REB, a MP nº 428, de 2008 incluiu no artigo 28 da referida Lei, o inciso X, passando a receita bruta decorrente da venda, 3

Fls. 12 no mercado interno, de partes, peças e componentes, destinados ao emprego na construção, conservação, modernização e conversão de embarcações registradas ou pré-registradas no Registro Especial Brasileiro a ser contemplada com a redução a zero das alíquotas do Pis/Pasep e da Cofins. Note-se que embora o artigo 3º da MP nº 428, de 2008 tenha vigido desde a data de sua publicação no DOU (13/05/2008), foi dado ao inciso X do artigo 28 da Lei nº 10.865, de 2004, por força do disposto no parágrafo único, o tratamento de norma de eficácia limitada, a depender de regulamentação. 9 A Lei nº 11.774, de 17/09/2008 (DOU de 18/09/2008), resultado da conversão da MP nº 428, de 2008, deu nova redação ao inciso I do 12 do artigo 8º e ao inciso X do artigo 28 da Lei nº 10.865, de 2004, conforme a seguir reproduzido: Art. 3 o Os arts. 8 o, 28 e 40 da Lei n o 10.865, de 30 de abril de 2004, passam a vigorar com a seguinte redação: Art. 8 o...... 12.... I - materiais e equipamentos, inclusive partes, peças e componentes, destinados ao emprego na construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações registradas ou pré-registradas no Registro Especial Brasileiro;... XVII - produtos classificados no código 8402.19.00 da Nomenclatura Comum do Mercosul-NCM, para utilização em Usinas Termonucleares - UTN geradoras de energia elétrica para o Sistema Interligado Nacional.... (NR) Art. 28....... X - materiais e equipamentos, inclusive partes, peças e componentes, destinados ao emprego na construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações registradas ou pré-registradas no Registro Especial Brasileiro;... XIV - produtos classificados na posição 87.13 da Nomenclatura Comum do Mercosul-NCM. Parágrafo único. O Poder Executivo regulamentará o disposto nos incisos IV, X, XIII e XIV do caput deste artigo. (NR) 10 Ao tempo da protocolização da presente consulta (07/05/2009), não havia ainda sido efetivada a regulamentação do inciso X do artigo 28 da Lei nº 10.865, de 2004. Conseqüentemente, o benefício nele contemplado não poderia ser usufruído. 11 Contudo, em 25/06/2009, tal lacuna legislativa foi superada, com a edição do Decreto nº 6.887 (DOU de 26/06/2009), que dentre outros, alterou o Decreto nº 5.171, de 06/08/2004, para regulamentar os dispositivos da Lei nº 10.865, de 2004 aqui tratados. 4

Fls. 13 12 Reproduz-se, a seguir, os artigos 4º e 6º-A do Decreto nº 5.171, de 2004, que, com as alterações do Decreto nº 6.887, de 2009, regulamentaram os benefícios de redução a zero das alíquotas do Pis/Pasep-Importação e da Cofins-Importação e do Pis/Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita bruta, previstos, respectivamente, no inciso I do 12 do artigo 8º e no inciso X do artigo 28 da Lei nº 10.865, de 2004: Art.4 o Ficam reduzidas a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP- Importação e da COFINS-Importação nas operações de importação de: I-partes, peças e componentes destinados ao emprego na conservação, modernização e conversão de embarcações registradas no Registro Especial Brasileiro, quando os serviços forem realizados em estaleiros navais brasileiros; (Vigência) I-materiais e equipamentos, inclusive partes, peças e componentes, destinados ao emprego na construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações registradas ou pré-registradas no Registro Especial Brasileiro; (Redação dada pelo Decreto nº 6.887, de 2009) Art.6 o -A.Ficam reduzidas a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a receita bruta de venda no mercado interno de materiais e equipamentos, inclusive partes, peças e componentes, destinados ao emprego na construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações registradas ou pré-registradas no Registro Especial Brasileiro. (Incluído pelo Decreto nº 6.887, de 2009) 13 Relevante mencionar que, por força do artigo 7º do Decreto nº 6.887, de 2009 as regulamentações através dele promovidas produziram efeito a partir de 18/09/2008, retroagindo, portanto, à data da publicação da Lei nº 11.774, de 2008. REB DRAWBACK PARA EMBARCAÇÃO RECONHECIMENTO DE DIREITO 14 A Portaria Secex nº 25, de 27/11/2008, citada pela consulente, ao dispor sobre as operações de comércio exterior, trata em seus artigos 50 a 151 do regime aduaneiro especial de drawback. Reproduz-se, abaixo, os artigos diretamente aplicáveis ao questionamento da interessada quanto à possibilidade de se beneficiar do regime quando da importação de mercadorias a serem utilizadas na industrialização de embarcações destinadas ao mercado interno ( Drawback para Embarcação ): Seção I Aspectos Gerais do Regime Subseção I Considerações Iniciais Art. 50. O regime aduaneiro especial de drawback pode ser aplicado nas seguintes modalidades, no âmbito da SECEX: I - suspensão do pagamento dos tributos exigíveis na importação de mercadoria a ser exportada após beneficiamento ou destinada à fabricação, complementação ou acondicionamento de outra a ser exportada; a- esta modalidade poderá ser concedida para o regime especial do drawback verde-amarelo, que conjuga importações, com o tratamento conferido pelo 5

Fls. 14 Decreto-Lei nº 37, de 18 de novembro de 1966, e Decreto nº 4543, de 2002, e aquisições no mercado interno para incorporação em produto a ser exportado, de que trata o 1º do art. 59 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003. II - isenção dos tributos exigíveis na importação de mercadoria, em quantidade e qualidade equivalente à utilizada no beneficiamento, fabricação, complementação ou acondicionamento de produto exportado. a) esta modalidade também poderá ser concedida, desde que devidamente justificada, para importação de mercadoria equivalente, adequada à realidade tecnológica, com a mesma finalidade da originalmente importada, observados os respectivos coeficientes técnicos de utilização, ficando o valor total da importação limitado ao valor da mercadoria substituída. Art. 51. Compete ao DECEX a concessão do regime de drawback, compreendidos os procedimentos que tenham por finalidade sua formalização, bem como o acompanhamento e a verificação do adimplemento do compromisso de exportar. Subseção II Abrangência do Regime Art. 52. Poderão ser concedidas as seguintes operações especiais: I - drawback genérico: concedido exclusivamente na modalidade suspensão. Caracteriza-se pela discriminação genérica da mercadoria a importar e o seu respectivo valor; II - drawback sem cobertura cambial: concedido exclusivamente na modalidade suspensão. Caracteriza-se pela não cobertura cambial, parcial ou total, da importação; III - drawback intermediário: concedido na modalidade suspensão e isenção. Caracteriza-se pela importação de mercadoria, por empresas denominadas fabricantes-intermediários, destinada a processo de industrialização de produto intermediário a ser fornecido a empresas industriais-exportadoras, para emprego na industrialização de produto final destinado à exportação; IV - drawback para embarcação: concedido na modalidade suspensão e isenção. Caracteriza-se pela importação de mercadoria utilizada em processo de industrialização de embarcação, destinada ao mercado interno, conforme o disposto no 2º do art. 1º da Lei nº 8.402, de 8 de janeiro de 1992, nas condições previstas no Anexo "C" desta Portaria; Art. 54. O regime de drawback poderá ser concedido a: (...) VIII - mercadoria utilizada em processo de industrialização de embarcação, destinada ao mercado interno, nos termos da Lei nº 8.402, de 1992, nas condições previstas no Anexo "C" desta Portaria 1º - Os incisos VI e VII não se aplicam ao produto adquirido no mercado interno, quando se referir a drawback verde amarelo, de que trata o inciso VI do art. 52. 2º - Os incisos VIII e IX não se aplicam ao drawback verde-amarelo, de que trata o inciso VI do art. 52. 6

Fls. 15 Art. 55. Não poderá ser concedido o regime de drawback para: I - importação de mercadoria utilizada na industrialização de produto destinado ao consumo na Zona Franca de Manaus e em áreas de livre comércio localizadas em território nacional; II - exportação ou importação de mercadoria suspensa ou proibida; III - exportações conduzidas em moedas não conversíveis, inclusive moedaconvênio, contra importações cursadas em moeda de livre conversibilidade; e IV - importação de petróleo e seus derivados, exceto coque calcinado de petróleo. Art. 56. A concessão do regime não assegura a obtenção de cota de importação ou de exportação para produtos sujeitos a contingenciamento, bem como não exime a importação e a exportação da anuência prévia de outros órgãos ou entidades, quando exigível. Art. 57. As operações vinculadas ao regime de drawback estão sujeitas, no que couber, às normas gerais de importação e exportação. Habilitação no Regime Art. 63. As empresas interessadas em operar no regime de drawback, nas modalidades de suspensão e isenção, deverão estar habilitadas em operar em comércio exterior nos termos, limites e condições estabelecidos na legislação pertinente. Art. 64. A habilitação ao regime de drawback far-se-á mediante requerimento da empresa interessada, sendo: I - na modalidade suspensão - por intermédio de módulo específico drawback do SISCOMEX, disponível no ambiente WEB, por meio da página eletrônica www.desenvolvimento.gov.br; e II - na modalidade isenção - por meio de formulário próprio. 1º Na modalidade isenção, deverão ser utilizados os seguintes formulários, disponíveis nas dependências bancárias habilitadas ou confeccionados pelos interessados, observados os padrões especificados: I - Pedido de Drawback; II - Aditivo ao Pedido de Drawback; III - Anexo ao Ato Concessório ou Aditivo; e IV - Relatório Unificado de Drawback. 2º Deverá ser observado, obrigatoriamente, o disposto no Anexo "E" desta Portaria. Art. 67. O ato concessório de drawback será efetivado no prazo máximo de 30 (trinta) dias corridos, contados a partir da data do registro no SISCOMEX, se na modalidade suspensão, ou de sua apresentação no Banco do Brasil, quando na modalidade isenção, desde que apresentado de forma adequada e completa. 15 O Regulamento Aduaneiro, aprovado pelo Decreto nº 6.759, de 05/02/2009, ao tratar do regime aduaneiro especial de drawback, dispõe: 7

Fls. 16 Art.386.A concessão do regime, na modalidade de suspensão, é de competência da Secretaria de Comércio Exterior, devendo ser efetivada, em cada caso, por meio do SISCOMEX. Art.393.A concessão do regime, na modalidade de isenção, é de competência da Secretaria de Comércio Exterior, devendo o interessado comprovar a exportação de produto em cujo beneficiamento, fabricação, complementação ou acondicionamento tenham sido utilizadas mercadorias importadas equivalentes, em qualidade e quantidade, àquelas para as quais esteja sendo pleiteada a isenção. Art.394.O regime será concedido mediante ato concessório do qual constarão: I-valor e especificação da mercadoria exportada; II - especificação e classificação fiscal na Nomenclatura Comum do Mercosul das mercadorias a serem importadas, com as quantidades e os valores respectivos, estabelecidos com base na mercadoria exportada; e III - valor unitário da mercadoria importada, utilizada no beneficiamento, fabricação, complementação ou acondicionamento da mercadoria exportada. Parágrafo único.a Secretaria de Comércio Exterior poderá estabelecer outros requisitos que devam constar no ato concessório. 16 Do acima transcrito, conclui-se que a concessão do regime de drawback nas modalidades suspensão e isenção é de competência da Secretaria de Comércio Exterior- SECEX, dependendo da prévia habilitação do interessado, através, respectivamente, do Siscomex ou de Ato Concessório, a qual está condicionada ao atendimento dos requisitos e condições estabelecidos na legislação posta. 17 Assim, foge à competência da Secretaria da Receita Federal do Brasil, e, portanto, dessa SRRF07, qualquer manifestação em relação ao questionamento da interessada quanto à possibilidade de utilizar o Drawback para Embarcação, razão pela qual, deve ser declarada a ineficácia da consulta em relação à esta matéria. Conclusão 18 À vista de todo o exposto, soluciona-se a presente consulta de forma a esclarecer a interessada que: a) A redução a zero das alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a receita bruta de venda no mercado interno de materiais e equipamentos, inclusive partes, peças e componentes, destinados ao emprego na construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações registradas ou pré-registradas no Registro Especial Brasileiro aplica-se aos fatos geradores ocorridos a partir de 18/09/2008; b) A concessão do regime de drawback nas modalidades suspensão e isenção é de competência da Secretaria de Comércio Exterior- SECEX, dependendo da prévia habilitação do interessado, através, respectivamente, do Siscomex ou de Ato Concessório, a qual está condicionada ao atendimento dos requisitos e 8

Fls. 17 condições estabelecidos na legislação posta. Assim, falece competência à RFB, e portanto, a essa SRRF07, para manifestação em relação ao questionamento da interessada quanto à possibilidade de utilizar o Drawback para Embarcação, razão pela qual, proponho seja declarada a ineficácia da consulta em relação à esta matéria. À consideração superior Concordo com o entendimento proposto Ordem de Intimação APROVO. Desta solução de consulta não cabe recurso nem pedido de reconsideração, salvo recurso especial de divergência ao Sr. Coordenador-Geral de Tributação, mediante prova inequívoca da divergência com relação a outra solução adotada, em matéria idêntica e com base em idêntico dispositivo legal. Declaro, para todos os efeitos legais, por falta de competência para a apreciação da matéria, a ineficácia parcial da consulta em apreço no que diz respeito ao reconhecimento do direito à utilização do regime aduaneiro especial de drawback aplicável à industrialização de embarcação destinada ao mercado interno. Restitua-se o presente processo ao Seort da DRF/NITERÓI/RJ para que seja dada ciência ao interessado, mediante entrega de cópia desta decisão. Findo o rito administrativo deve o órgão preparador providenciar o arquivamento do presente processo. MARCOS LUIS ACCIARIS VALLE DA SILVA Chefe da Divisão de Tributação Portaria de Delegação de Competência nº 306, de 24/05/2007 (DOU 30/05/2007) 9