MILITÂNCIA E FISCALIZAÇÃO NO DIA DAS ELEIÇÕES E QUESTÕES CRIMINAIS. Seguem abaixo algumas orientações úteis para o DIA DAS ELEIÇÕES.



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Transcrição:

MILITÂNCIA E FISCALIZAÇÃO NO DIA DAS ELEIÇÕES E QUESTÕES CRIMINAIS Companheir@s Militantes/Fiscais, Bom Dilma! Seguem abaixo algumas orientações úteis para o DIA DAS ELEIÇÕES. Cada militante/fiscal é extremamente importante neste dia das eleições, não só pelo peso do seu voto, mas, principalmente, pela sua capacidade de convencimento objetivando buscar a adesão de outros eleitores ao projeto do PT, que vem mudando a realidade dos brasileiros, materializado na figura do maior presidente que o Brasil já teve, o companheiro Lula. Faz-se necessária, dessa forma, a continuidade com avanço, garantindo-se a eleição de Dilma Rousseff no próximo dia 31. Além de contribuir significativamente para a lisura do processo eleitoral, fornecendo as condições para a vitória, o militante e o fiscal devem tomar algumas precauções acerca de sua atuação no dia das eleições. Lembramos que qualquer militante pode ser um fiscal das eleições, ainda que não esteja credenciado, pois poderá denunciar eventuais irregularidades para um fiscal credenciado ou para o próprio funcionário da Justiça Eleitoral. Dessa forma, elaboramos algumas orientações para que sejam observadas no dia das eleições. Forte abraço e até a vitória! Coordenação do Jurídico Dilma 13 JOSÉ EDUARDO CARDOZO MÁRCIO LUIZ SILVA Coligação PT/PMDB/PSB/PCdoB/PDT/PRB/PR/PTC/PTN/PSC SHS Quadra 2 Bloco H subsolo Hotel Brasília Imperial Brasília -DF CEP 70.312-000 Fone: (61) 3105-0800/Fax.: (61) 3105-0838 E -mail: jurídico.dilma13@gmail. com

ESCLARECIMENTOS, SITUAÇÕES E ATITUDES A SEREM ADOTADAS 1) Os Partidos Políticos poderão fiscalizar a votação e a apuração? Sim. Cada partido ou coligação poderá nomear 2 (dois) fiscais junto a cada mesa receptora, funcionando um de cada vez. 2) Quais os procedimentos iniciais e os horários para a abertura dos trabalhos de votação na seção eleitoral? O horário de votação vai das 8 horas às 17 horas em todo o país. Às 17 horas, serão recolhidos os títulos dos eleitores que se encontrarem na fila, para os quais serão distribuídas senhas. É importante porém que o fiscal chegue à seção eleitoral às 7 horas, para acompanhar o processo de instalação da seção e o início da votação, apresentando-se para o presidente e demais mesários de forma cordial. O fiscal deverá vistoriar a instalação da seção, solicitando, caso já não esteja sendo efetivado, a emissão da zerésima, que é um documento emitido pelo presidente da Mesa Receptora de Votos antes do início da votação. Após a emissão da zerésima o fiscal poderá comprovar que não existe nenhum voto registrado na urna eletrônica. Ao final da votação, o fiscal acompanhará todos os procedimentos para a emissão do boletim de urna, devendo solicitar ao presidente da Mesa Receptora de Votos uma via do boletim a ser impresso. Temos em cada seção o resultado daquela urna registrado em disquete, que é encaminhado para totalização, deve-se ter atenção à retirada do disquete e o procedimento de encaminhamento deste para o fórum onde serão totalizados os votos. 2

3) Algumas informações que o fiscal deve ter para esclarecer o eleitor e atuar em caso de problemas. O eleitor poderá votar com uma cola onde conste o nome da Dilma e do Governador(a) que irá votar, caso haja segundo turno para essa eleição também. A relação contendo nome e número dos candidatos deverá estar em uma lista afixada nas escolas pela Justiça Eleitoral no dia da eleição. Caso a relação não esteja afixada na seção, o fiscal deverá requisitar ao funcionário da Justiça Eleitoral a sua afixação. Caso seja exigido, deverá escrever uma solicitação de próprio punho e pegar o recebido do funcionário. Para votar o eleitor deverá levar apenas um documento de identificação oficial com foto. Não há traje específico para o eleitor votar. Ele pode votar trajando "short", bermuda, camiseta regata, boné, sandália ou descalço. O eleitor não poderá ingressar na cabina de votação portando aparelhos de telefonia celular, máquinas fotográficas e filmadoras. Quando estiver na cabina de votação o eleitor não poderá ser orientado pelos mesários ou pelos fiscais. 4) Quem tem preferência para votar? Têm prioridade para votar os eleitores com mais de 65 anos, os enfermos, os deficientes físicos e mulheres grávidas ou lactantes. Também têm prioridade os candidatos, os juízes e seus auxiliares de serviço, promotores públicos e funcionários quando a serviço da Justiça Eleitoral, policiais militares em serviço, fiscais e delegados de partidos. 5) O que devo saber sobre as urnas eletrônicas? Se houver falha na urna eletrônica deve-se solicitar a substituição por outra do mesmo tipo. Na impossibilidade de sua substituição por outra é utilizado o sistema tradicional de votos, havendo cédulas de papel, a serem confeccionadas de maneira tal que, dobradas, resguardem o sigilo do voto sem que seja necessário o emprego de cola para fechá-las. 3

Ocorrendo votação por cédulas, a apuração desses votos é feita na urna eletrônica, sendo os votos lidos um a um e registrados na urna. Ao final é expedido o boletim de urna apresentando o resultado da votação naquela seção. Se faltar energia elétrica o funcionamento da Urna Eletrônica não será comprometido, pois ela possui uma bateria interna e, se necessário, poderá, também, ser utilizada bateria automotiva. Reclamações sobre a urna, relacionadas a não estar aparecendo a foto dos candidatos. Geralmente isto não ocorre, o que se passa é que a tela da urna pode estar ruim e não mostra corretamente e com nitidez as fotografias dos candidatos. Também pode ocorrer que a posição da urna fique com incidência direta da luz do sol que não permite que o eleitor verifique a fotografia. 6) E sobre justificativa do voto, o que devo saber? Se o eleitor estiver, no dia da eleição, na sua cidade, que é diferente daquela relativa ao seu domicílio eleitoral, deverá dirigir-se a um funcionário da Justiça Eleitoral para solicitar gratuitamente o formulário de requerimento de justificativa eleitoral, preenchê-lo obrigatoriamente com o número do título e entregá-lo, no dia da eleição, em qualquer local de votação. O formulário também estará disponível na internet no site do TRE do estado. Se o eleitor não formalizar a justificativa no dia da eleição, deverá comparecer ao seu Cartório Eleitoral, no prazo de 60 dias a contar da data da eleição, munido dos documentos que comprovem o motivo da ausência. Neste último caso, o eleitor preencherá no Cartório um requerimento dirigido ao Juiz e aguardará a resposta. O prazo de 60 dias é contado a partir de cada turno. Portanto, 1º e 2º turnos têm prazos diferentes. 4

7) É permitida a manifestação individual e silenciosa da preferência do cidadão por partido político, coligação ou candidato, incluída a que se contenha no próprio vestuário ou que se expresse no porte de bandeira ou de flâmula ou pela utilização de adesivos em veículos ou objetos de que tenha posse (Art. 49 da Resolução TSE nº 23.191/2009). Assim, pode o eleitor entrar na seção para votar com bandeira, flâmula, banner, adesivos autocolantes (praguinhas, melequinhas, etc), broches, em suas vestes, desde que esteja sozinho e de forma silenciosa. Também pode ir vestido com camisa do PT ou outra camisa com inscritos contendo o nome e número da candidata Dilma, desde que produzida de forma artesanal e personalizada pelo próprio eleitor. Importante que o eleitor mantenha-se em silêncio quanto à sua preferência sem gritar ou falar palavras de ordem que demonstrem que está pedindo votos para a Dilma ou atacando o candidato adversário. Da mesma forma, vale destacar que essa manifestação silenciosa deve ser individual, pois se o eleitor entra em grupo em uma seção eleitoral, todos com camisas semelhantes, na cor vermelha ou até mesmo do partido, ai poderá ser enquadrado pela Justiça Eleitoral como crime de boca de urna. 8) É vedada, durante todo o dia da votação e em qualquer local público ou aberto ao público, a aglomeração de pessoas portando os instrumentos de propaganda de modo a caracterizar manifestação coletiva, com ou sem utilização de veículos (Art. 49, 1º da Resolução TSE nº 23.191/2009 e artigo 39-A, 1º, da Lei 9.504/1997). Também não poderá haver aglomeração de pessoas com bandeiras da candidata ou do PT, vestindo camisetas padronizadas, contendo ou não propaganda eleitoral (ex.: todos de camisetas vermelhas iguais contendo adesivos da Dilma, com bandeiras, em uma esquina próxima de um prédio público que abrigue seções eleitorais). Por outro lado, não poderá haver carreata, ou situação similar com carros, motos ou bicicletas, contendo bandeiras ou fazendo barulho com buzinas, 5

músicas, ou gritando palavras de ordem em qualquer local da cidade, pois caracteriza manifestação coletiva. 9) É proibido aos servidores, aos mesários, escrutinadores ou a aquele que esteja trabalhando nas eleições, o uso de vestuário ou objeto que contenha qualquer propaganda de partido político, coligação ou candidato, no recinto das seções eleitorais e juntas apuradoras (Art. 49, 2º da Resolução TSE nº 23.191/2009 e artigo 39-A, 2º da Lei 9.504/1997). Se o fiscal verificar essa situação, deve se dirigir diretamente ao mesário e informar que a conduta dele é proibida pela lei, pedindo educadamente para que ele retire a propaganda. Caso o mesário insista em permanecer afrontando a lei, cabe ao fiscal chamar o funcionário da Justiça Eleitoral para reclamar sobre o fato. Todavia é importante que produza provas do fato antes disso, de forma discreta. Pode chamar outras pessoas para testemunharem, verem o que ele viu, ou até mesmo fazer filmagem ou fotografia, sempre adotando cautelas para evitar violência mútua. Também é importante que o fiscal, a cada votação de um eleitor, verifique a cabine de votação para evitar que coloquem adesivos ou qualquer outro tipo de propaganda eleitoral naquele espaço. Não poderá existir no âmbito do prédio público (geralmente escolas) qualquer tipo de adesivo, cartaz, faixa ou outro tipo de propaganda, devendo reclamar sobre o fato com o funcionário da Justiça Eleitoral. 10) Aos fiscais partidários, nos trabalhos da votação, só será permitido que, em suas vestes utilizadas, constem o nome e a sigla do partido político ou coligação a que sirvam (Art. 49, 3º da Resolução TSE nº 23.191/2009 e artigo 39-A, 3º da Lei 9.504/1997). O fiscal da coligação poderá vestir camisa com a estrela com o nome do PT ou o nome por extenso, não poderá constar número. Se o fiscal verificar essa situação nos fiscais do adversário, deve se dirigir diretamente ao presidente da seção e exigir providências. Caso o mesário 6

não faça nada, cabe ao fiscal chamar o funcionário da Justiça Eleitoral para reclamar sobre o fato. QUESTÕES CRIMINAIS RELACIONADAS AO DIA DAS ELEIÇÕES A prática conhecida como boca de urna propaganda eleitoral no dia da eleição não é admitida pela legislação eleitoral e inclusive constitui crime punível pelo art.39, 5º, da Lei 9.504/97 com detenção de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de cinco mil a quinze mil UFIR. Este informativo tem o objetivo de esclarecer advogados e coordenadores jurídicos sobre a jurisprudência a respeito da boca de urna e os procedimentos com ela relacionados. 1. TEMPO A boca de urna é vedada no dia da eleição. A propaganda eleitoral até as 22 horas do dia anterior é permitida. Art. 10, 6º, Resolução 23.191/09 do TSE: Até as 22 horas do dia que antecede a eleição, serão permitidos distribuição de material gráfico, caminhada, carreata, passeata ou carro de som que transite pela cidade divulgando jingles ou mensagens de candidatos (Lei nº 9.504/97, art. 39, 9º). 2. COMPORTAMENTO É proibida a distribuição de material em locais públicos ou a tentativa de arregimentar eleitores no dia da eleição. É VEDADO deixar material em local público acessível ao eleitor (ex. sobre mesas na rua). Mesmo que não haja distribuição, o comportamento equivale à boca de urna. 7

NÃO é proibido o transporte de material de um local a outro, em veículos ou mesmo em sacolas ou bolsas. O ato proibido é a distribuição. Em suma, o art. 39, 5º, da Lei 9504/97 pune TRÊS CONDUTAS NO DIA DA ELEIÇÃO: (i) o uso de alto-falantes e amplificadores de som, ou a promoção de comício ou carreata; (ii) a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna; (iii) a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos. 3. CONCEITOS E APLICAÇÃO PELA JURISPRUDÊNCIA Para que ocorra o delito apontado, o autor do fato deve ter a vontade livre e consciente de realizar propaganda vedada, com o fim de influir na vontade do eleitor. 1 Vale frisar que se considera cometido o crime no MOMENTO em que se dá a propaganda irregular, ou seja, MESMO que o eleitor não aceite a propaganda ilícita realizada ou que o(a) candidato(a) seja ou não eleito(a). 2 NÃO configura boca de urna a entrega de material no interior das sedes dos partidos e comitês eleitorais 3 (Res. 21.235/02 e Res. 21.224, art. 6º, ambas do TSE). 1. O TRE-SP já se manifestou pela absolvição de indivíduo que, no local e dia da votação, portava camiseta com propaganda, mas não tinha consciência de que, como isso, poderia realizar uma propaganda vedada. Trata-se de pessoas simples que foram vítimas, pois, agraciados com uma camiseta, estavam na movimentação popular, como é peculiar aos jovens. O recorrente tinha, à época, dezenove anos. Trata-se de lavrador, com baixo nível de instrução (primeiro grau incompleto). Com certeza não tinha, como afirma, consciência de estar praticando ato ilícito. Aliás, nem sequer consta de que tivesse sido advertido a retirar-se do pátio da escola, ou de que a prática seria vedada. (TRE-SP, Recurso Criminal nº. 1778, Rel. Eduardo Muylaert, j. 23.8.2004). V. também: CAMARGO, Suzana. Crimes Eleitorais, 2ª edição, São Paulo, Revista dos Tribunais, 2006, p. 198. 2. Ademais, o Tribunal Superior Eleitoral firmou entendimento de que o crime de boca de urna independe da obtenção do resultado, que, no caso, seria o aludido convencimento ou coação do eleitor: (...) (TSE, HC nº. 669/RJ, Rel. Min. Carmen Lúcia, DJe. 19.5.2010, p. 27). No mesmo sentido, os julgados do TSE: AG nº 7678, Rel. Min. Caputo Bastos, DJ 1.8.2007; Ag 1974, Rel. Min. Nelson Jobim, 23.11.1999; RHC nº 20, Rel. Min. Néri da Silveira, 5.11.1998; HC nº 312, Rel. Min. Costa Leite, 1.4.1997. Confiram-se ainda os julgados do TRE-SP, Rel. Juiz José Roberto Pacheco di Francesco, nos seguintes Recursos Criminais: nº 1694, DOE 6.2.2003; nº 1664, DOE 27.8.2002; nº 1704, DOE 13.3.2003; nº 1688, DOE 5.11.2002. 3. Trancamento da ação penal Crime Art. 39, 5º, II, da Lei 9.504/07 Distribuição de propaganda política no dia da eleição Boca-de-urna Inexistência Atipicidade. 1. A entrega de material de campanha a cabos eleitorais, no interior de residência, não 8

Obs.1: conforme a Consulta nº. 552/DF, do TSE, a chamada propaganda de boca de urna NÃO se confunde com a captação de sufrágio. Aquela se caracteriza pela coação que inibe a vontade do eleitor, enquanto esta constitui o oferecimento ou promessa de vantagem ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto. Obs.2: é PERMITIDA a MANIFESTAÇÃO INDIVIDUAL e SILENCIOSA da PREFERÊNCIA do eleitor por PARTIDO POLÍTICO, coligação ou candidato, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos em veículos (Lei nº 9504/97, art. 39A, caput, e Resolução 23.191, art. 49, caput). No entanto, é VEDADA a AGLOMERAÇÃO DE PESSOAS portando vestuário padronizado (bandeiras, broches e etc), de forma a caracterizar MANIFESTAÇÃO COLETIVA. A violação desta regra constitui divulgação de propaganda irregular crime do art. 39, 5º, III, da Lei 9504/97. (Resolução 23.191, art. 49). Obs.3: FISCAIS PARTIDÁRIOS. SÓ é PERMITIDO que de seus CRACHÁS constem o NOME e a SIGLA do partido ou coligação. É VEDADA a PADRONIZAÇÃO DO VESTUÁRIO. A violação desta regra também configura divulgação de propaganda irregular crime do art. 39, 5º, III, da Lei 9504/97. (Resolução 23.191, art. 49). 4. PRISÃO EM FLAGRANTE O artigo 39, 5º, da Lei 9504/97 é delito de menor potencial ofensivo, pois a pena máxima prevista seis meses de detenção não é superior a dois anos (art. 61, Lei 9099/95). A jurisprudência do TSE admite a aplicação da Lei 9099/95 (Lei dos Juizados Especiais) aos crimes eleitorais 4. se enquadra no crime capitulado no art. 39, 5º, II, da Lei nº 9.504/97, delito que pune a distribuição de propaganda a eleitor, no dia da votação, com o intuito de influir na formação da vontade. 2. Na Res.-TSE nº 21.235, este Tribunal Superior esclareceu que a proibição constante do art. 6º da Res.-TSE nº 21.224 não se aplica à entrega ou à distribuição, a quem o solicite, de material de propaganda eleitoral no interior das sedes dos partidos políticos e dos comitês eleitorais. Concessão da ordem.(tse, HC nº 474/SP, Rel. Min. Fernando Neves, DJe 5.12.2003). 4. TSE, Recurso Especial Eleitoral nº 25.137/PR, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe 16.9.2005. 9

Assim, uma vez constatadas as práticas das condutas acima indicadas os envolvidos serão encaminhados À AUTORIDADE POLICIAL MAIS PRÓXIMA DO LOCAL DOS FATOS, para lavratura de TERMO CIRCUNSTANCIADO (arts. 63 e 69, Lei 9099/95). Assim, não cabe prisão em flagrante pelo crime de boca de urna, apenas restrição de liberdade para que seja conduzido à presença da autoridade policial competente para lavratura do termo circunstanciado. Na delegacia, após lavrado este, o autor do fato que for encaminhado ao Juízo competente ou assumir o compromisso de comparecimento não poderá ser preso em flagrante, tampouco será exigida a fiança (art. 69, parágrafo único, Lei 9099/95). Lavrado o TERMO CIRCUNSTANCIADO e assumido o COMPROMISSO o autor será imediatamente colocado em liberdade. 10