Banco de Investimento Rural (BIR)

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Transcrição:

do Banco de Investimento Rural Dezembro 2018 (esta versão foi elaborada a 29.11.2018)

Detalhes do documento Titulo: Ficheiro: Políticas de Conflito de Interesses BIR_ Políticas de Conflito de Interesse_v.2.0.doc Revisão do documento Data: Versão Responsável Área de intervenção Motivo de intervenção 2018-11-08 V2.0 GCOM - - 2018-11-27 V2.0 GJ 2018-11-29 V2.0 GMC Aprovado por: Data: Versão Nome Função - V1.0 - -

ÍNDICE CAPITULO I - ÂMBITO DE APLICAÇÃO E OBJECTIVOS... 4 I. ÂMBITO E OBJECTIVOS DA POLÍTICA.... 4 CAPÍTULO II ENQUADRAMENTO... 5 I. LEGISLAÇÃO E REGULAÇÃO APLICÁVEL... 5 CAPÍTULO III - PRINCÍPIOS GERAIS... 7 I. EQUIDADE, INTEGRIDADE E TRANSPARÊNCIA... 7 II. SEGREGAÇÃO DE FUNÇÕES... 7 III. POLÍTICA DE REMUNERAÇÕES... 7 IV. ACTUALIZAÇÃO E EFICÁCIA... 7 V. PROIBIÇÃO DE PRÁTICAS CONCERTADAS... 7 CAPÍTULO IV - CONFLITOS DE INTERESSE... 8 I. SITUAÇÕES TÍPICAS DE CONFLITO DE INTERESSES... 8 II. CONFLITOS DE INTERESSES RELATIVOS A COLABORADORES... 9 III. UTILIZAÇÃO ABUSIVA DE INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA... 9 CAPÍTULO V - TRANSACÇÕES COM PARTES RELACIONADAS... 10 I. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PARTES RELACIONADAS... 10 CAPÍTULO VI - PROCEDIMENTOS DE PREVENÇÃO E GESTÃO DE CONFLITOS DE INTERESSES... 11 I. PROCEDIMENTOS DE PREVENÇÃO E MITIGAÇÃO DE CONFLITOS DE INTERESSE... 11 II. GESTÃO E RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DE INTERESSE... 12 III. REGISTO DOS CONFLITOS DE INTERESSE... 13 CAPÍTULO VII - CONCESSSÃO DE CRÉDITO... 14 I. MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS E PARTES RELACIONADAS COM ESTES... 14

CAPITULO I - ÂMBITO DE APLICAÇÃO E OBJECTIVOS I. ÂMBITO E OBJECTIVOS DA POLÍTICA. A presente aplica-se transversalmente a todas as unidades de estrutura e Colaboradores do Banco de Investimento Rural, S.A. (adiante "BIR" ou "Banco"), aos accionistas, aos membros dos Órgãos de Gestão e Administração e restantes membros dos Órgãos Sociais, assim como a terceiros que em alguma circunstância actuem em nome e / ou por conta do Banco. A ocorrência de conflitos de interesses é susceptível de colocar em risco a imparcialidade e independência da actuação do Banco, pelo que, constitui uma prioridade pautar a sua actuação com um grau adequado de independência. No presente documento são estabelecidas as regras e procedimentos internos do BIR relativos à gestão de conflito de interesses, tendo como principais objectivos: A adopção de medidas preventivas quanto a potenciais conflitos de interesses relativamente a accionistas, membros de gestão e administração, membros dos órgãos sociais, colaboradores, clientes e partes relacionadas; Prevenir a ocorrência de situações de conflito de interesses e o uso indevido de informação privilegiada por parte dos Colaboradores do Banco e a realização de operações em benefício próprio; Garantir a adequada identificação, gestão e resolução de conflitos de interesses gerados no âmbito da actividade do Banco; Garantir o acompanhamento e avaliação regular da adequação, da eficácia e cumprimento das medidas e procedimentos adoptados, assim como corrigir eventuais deficiências detectadas; 0 BIR proporciona a todos os colaboradores informação e formação adequada, para que tenham conhecimento dos princípios e regras constantes nesta Política, e para que adoptem todas as medidas necessárias para uma adequada prevenção e/ou gestão de situações de conflito de interesses. O responsável pelo presente documento é o Gabinete de Compliance (GCOM], sendo este sujeito a parecer do Gabinete Jurídico (GJ), à aprovação formal do Conselho de Administração (CA) do BIR. 4

As alterações / actualizações a este Manual devem ser aprovadas pelo Conselho de Administração, sob proposta do Gabinete de Compliance (GCOM), após parecer do Gabinete Jurídico (GJ). CAPÍTULO II ENQUADRAMENTO I. LEGISLAÇÃO E REGULAÇÃO APLICÁVEL As regras constantes da presente Política adoptada pelo BIR encontram-se alinhadas com os princípios estabelecidos na Lei de Bases das Instituições Financeiras - "LBIF" (Lei n. 12/15, de 17 de Junho], na Lei n. 22/15, de 31 de Agosto - Lei que aprova o Código De Valores Mobiliários, assim como com as exigências regulamentares definidas pelo Banco Nacional de Angola (adiante "BNA"] em matéria de Governação Corporativa e de Controlo Interno, através do Aviso n. 01/2013, de 19 de Abril e Aviso n. 02/2013, de 19 de Abril. De acordo com a regulamentação em vigor, o Conselho de Administração do BIR deve formalizar e implementar um conjunto de políticas e processos para identificação, monitorização e mitigação de conflitos de interesses, envolvendo os accionistas, os clientes, os órgãos sociais e os colaboradores, assim como as relações, serviços, actividades e transacções do Banco. a. Conceitos Para efeitos de interpretação da presente Política são adoptadas as seguintes definições, nomeadamente: «Conflitos de interesses»: de acordo com o Aviso n. 01/2013, de 19 de Abril, emitido pelo BNA, constitui conflito de interesses a situação em que os sócios ou accionistas, os membros dos órgãos sociais ou os colaboradores têm interesses próprios numa relação da instituição com terceiros, da qual esperam obter benefícios; «Colaborador»: encontram-se abrangidos todos os trabalhadores que mantenham um vínculo laboral com o BIR nos termos da legislação laboral aplicável, os membros dos órgãos sociais, assim como os prestadores de serviços e todas as pessoas que exerçam actividade por conta do Banco, independentemente do tipo de vínculo e do tipo de actividade exercida, incluindo, entidades terceiras subcontratadas; «Informação privilegiada»: entende-se por informação privilegiada qualquer informação não tornada pública que sendo objectiva e respeitante a qualquer emitente ou a valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros, seria idónea, se lhe fosse dada publicidade, para influenciar de maneira sensível o seu preço no mercado; 5

«Órgão de Gestão e Administração»: pessoa ou conjunto de pessoas, eleitas pelos sócios ou accionistas, incumbidos de representar a sociedade, deliberar sobre os assuntos e praticar todos os actos para realização do seu objecto. Engloba, designadamente, os gerentes das sociedades por quotas e os elementos do conselho de administração previstos na Lei das Sociedades Comerciais; «Órgãos Sociais»: a mesa da Assembleia Geral e os Órgãos de Administração e de Fiscalização, como previstos na Lei das Sociedades Comerciais; «Partes relacionadas»: o conceito de partes relacionadas, em alinhamento com o Aviso n. 01/2013, de 19 de Abril, emitido pelo BNA, inclui: a. Accionistas com participações qualificadas; b. Entidades pertencentes ao grupo económico, na acepção prevista no Aviso n. 14/07, de 12 de Setembro, sobre consolidação para efeitos contabilísticos; c. Pessoas com relação de cônjuges, descendente ou ascendente, de primeiro e segundo graus, com membros dos órgãos de administração e fiscalização do Banco, consideradas directamente ou como beneficiários últimos das transacções ou dos activos; «Participação Qualificada»: de acordo com a LBIF, consiste na detenção numa sociedade, directa ou indirectamente, de percentagem não inferior a 10% do capital ou dos direitos de voto, considerando-se equiparados aos direitos de voto da participante, os direitos detidos pelas sociedades que com estas se encontrem numa relação de grupo, incluindo os direitos detidos pelos membros dos órgãos de administração e de fiscalização da participante nas referidas sociedades; «Pessoas relevantes»: para efeitos de aplicação da Política, o conceito de pessoas relevantes inclui: a. Partes relacionadas; b. Colaboradores envolvidos no exercício ou fiscalização de actividades de intermediação financeira ou de funções operacionais que sejam essenciais à prestação de serviços; c. Cônjuge ou pessoa que com a Pessoa Relevante viva em união de facto, descendentes a seu cargo ou outros familiares que com a Pessoa Relevante coabitem há mais de um ano; d. Pessoas ou Entidades terceiras que em alguma circunstância actuem em nome e/ou por conta do Banco. 6

«Grupo económico»: conjunto de instituições financeiras, bancárias ou não, e empresas não financeiras, em que exista relação de domínio de uma instituição financeira para com as demais. CAPÍTULO III - PRINCÍPIOS GERAIS I. EQUIDADE, INTEGRIDADE E TRANSPARÊNCIA 0 BIR pauta o exercício da sua actividade e relacionamento com os seus Clientes pelos princípios da equidade, integridade e transparência, comprometendo-se a privilegiar os interesses dos Clientes face aos seus próprios interesses, bem como em relação aos interesses dos membros dos órgãos sociais ou dos seus colaboradores. II. SEGREGAÇÃO DE FUNÇÕES As várias unidades orgânicas e funcionais do BIR funcionam de forma independente e autónoma, assegurando a segregação da informação confidencial, em conformidade com as regras de governação corporativa estabelecidas. III. POLÍTICA DE REMUNERAÇÕES De forma a prevenir potenciais conflitos de interesses, o BIR adopta uma Política de Remunerações que permite que seja assegurado um grau de independência adequado, de forma a inibir a ocorrência de situações conflituantes e a tomada excessiva de risco. IV. ACTUALIZAÇÃO E EFICÁCIA A adequação, eficácia e cumprimento das medidas estabelecidas nesta Política são objecto de acompanhamento e avaliação regular, devendo ser adoptadas tempestivamente as medidas correctivas adequadas. V. PROIBIÇÃO DE PRÁTICAS CONCERTADAS Os Órgãos de Gestão e Administração do BIR encontram-se proibidos de celebrar contractos e acordos ou adoptar práticas concertadas de qualquer natureza, tendentes a assegurar uma posição de domínio sobre os mercados monetário, financeiro ou cambial 7

ou a provocar alterações nas condições normais de seu funcionamento, bem como aplicar sistematicamente condições discriminatórias em operações comparáveis. Encontram-se ainda proibidos de impor aos seus clientes, como condição para beneficiar dos seus serviços a aquisição de bens e produtos ou contratação de serviços seus ou de uma outra sociedade que seja sua filial ou na qual detenha participação qualificada. CAPÍTULO IV - CONFLITOS DE INTERESSE I. SITUAÇÕES TÍPICAS DE CONFLITO DE INTERESSES As situações de conflito de interesses podem surgir potencialmente entre: O BIR e um ou mais Clientes; Uma Pessoa Relevante ou mais e um ou mais Clientes; Dois ou mais Clientes; Um Cliente e sociedades em relação de domínio ou de grupo com o BIR. Atendendo à natureza das actividades de intermediação financeira do BIR, podem ser identificadas de forma não exaustiva as seguintes situações de potencial risco de conflito de interesses, nomeadamente: Participação do BIR em negócios e actividades ligadas a negociação de instrumentos financeiros para a sua própria carteira e/ou por conta de Clientes e simultaneamente outros Clientes estarem a actuar nos mesmos mercados transaccionando sobre os mesmos instrumentos financeiros; Prestação de serviços de consultoria para investimento pelo Banco aos seus Clientes, com recomendação em simultâneo de compra ou venda de produtos directa ou indirectamente emitidos por si próprio ou suas associadas; Prestação de estudos de investimento sobre empresas individuais ou grupos a quem também presta serviços de consultoria para investimento; Actuação como contraparte do Cliente ou execução de ordens sobre instrumentos financeiros de Clientes em seu nome ou representação Integração, por parte de Pessoas Relevantes do Banco, de órgãos de administração de outras entidades emitentes de instrumentos financeiros que poderão ser objecto de transacções por Clientes; 8

Negociação por conta própria; Gestão de carteiras por conta de outrem; Prestação de serviços financeiros às empresas, nomeadamente na tomada firme ou colocação de instrumentos financeiros, bem como na consultoria sobre fusões e aquisições; Prestação de serviços de intermediação financeira a diferentes Clientes que actuem no mesmo sector; Prestação de serviços de gestão de carteiras quando o intermediário financeiro é simultaneamente emitente de valores mobiliários negociados no mercado. II. CONFLITOS DE INTERESSES RELATIVOS A COLABORADORES Os Colaboradores do Banco devem ser desprovidos de qualquer interesse, financeiro ou outro, que possa ser considerado conflituante ou incompatível com a sua integridade e objectividade no desempenho das funções que lhe são cometidas. Os colaboradores devem informar, por escrito, o Responsável do Gabinete de Compliance, sobre a composição da carteira de instrumentos financeiros que possuem (identificando o tipo de instrumento financeiro e respectivo emitente), procedendo à respectiva actualização numa base trimestral. Considera-se que existe um conflito de interesse sempre que os colaboradores tenham um interesse pessoal ou privado em determinada matéria que possa influenciar o desempenho imparcial e objectivo das suas funções. Por interesse pessoal ou privado, entende-se qualquer potencial vantagem para o próprio, para os seus familiares e afins ou para entidades terceiras nas quais tenha participação, relação comercial ou qualquer outro tipo de interesses. Os colaboradores não podem divulgar ou utilizar informação, à qual tenham acesso no âmbito das suas funções, em benefício de operações financeiras privadas, que eventualmente possam influenciar a posição financeira ou a reputação do Banco. III. UTILIZAÇÃO ABUSIVA DE INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA Os colaboradores devem abster-se da utilização abusiva de informação a que tenham acesso no desempenho das suas funções ou em virtude desse desempenho, nos termos da legislação aplicável. 9

Os colaboradores que tomem conhecimento de informação privilegiada, no âmbito do exercício das respectivas funções, designadamente aquelas que, não tendo ainda sido tornadas públicas, possam, pela sua natureza ou conteúdo, ter influência na liquidez e cotação dos valores estão proibidos de, por qualquer modo, transmiti-la fora do âmbito normal das suas funções ou de a utilizar antes de a mesma ser tornada pública. Caso no exercício das suas funções, tenham conhecimento de informação, nomeadamente proveniente de ordens de Clientes ou operações realizadas por conta destes, que possa ter impacto no valor dos instrumentos financeiros em causa, estão proibidos de efectuar ou recomendar operações no seu próprio interesse ou no interesse de terceiros, incluindo a realização de operações antes do Cliente ou ao mesmo tempo que o Cliente sobre o mesmo instrumento financeiro, bem como de revelar tais factos a terceiros. CAPÍTULO V - TRANSACÇÕES COM PARTES RELACIONADAS I. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PARTES RELACIONADAS No processo de acompanhamento das transacções com partes relacionadas o BIR deve assegurar que as condições dadas em termos dos produtos financeiros contratados por cada parte relacionada são idênticas às de partes não relacionadas, tomando em consideração as especificidades das transacções e o nível de risco associado. De forma a evitar os conflitos de interesses, o BIR estabelece o seguinte: Os membros da Comissão Executiva e do Conselho de Administração encontram-se proibidos de desempenhar cargos potencialmente conflituantes noutras sociedades; Em cumprimento do disposto no artigo 34. da LBIF, os membros do Conselho de Administração do BIR não podem, cumulativamente, exercer cargos de gestão ou desempenhar quaisquer funções em outras instituições financeiras bancárias ou não bancárias; Os Administradores devem informar tempestivamente os restantes membros do Conselho de Administração sempre que qualquer assunto possa originar ou tenha originado conflitos de interesses, abstendo-se de participar nos processos de tomada de decisão associados. Deve ser assegurada a realização de processo efectivo, prévio à tomada de decisão pelo Conselho de Administração, que assegure que estas decisões não potenciam conflitos de interesses mediante a identificação e avaliação das transacções com partes relacionadas. 10

CAPÍTULO VI - PROCEDIMENTOS DE PREVENÇÃO E GESTÃO DE CONFLITOS DE INTERESSES I. PROCEDIMENTOS DE PREVENÇÃO E MITIGAÇÃO DE CONFLITOS DE INTERESSE Sempre que ocorra uma situação de conflito de interesses, devem ser prontamente mobilizados os recursos necessários à sua adequada resolução, de forma a assegurar às Pessoas Relevantes um tratamento transparente e equitativo. Para efeitos de prevenção e gestão dos conflitos de interesses, o BIR adopta os seguintes procedimentos: A estrutura orgânica e funcional do BIR encontra-se definida em conformidade com as normas em vigor de governação corporativa, sendo assegurada a independência e a segregação de funções potencialmente conflituantes, incluindo a confidencialidade de informação e o não envolvimento simultâneo ou sequencial da mesma pessoa em diferentes actividades de intermediação financeira; Procedimentos eficazes de prevenção e controlo da troca de informação entre Pessoas Relevantes envolvidas em actividades ou com participação activa ou passiva em transacções, sempre que directa ou indirectamente tal implique um risco de um potencial conflito de interesses, e possa prejudicar os interesses de um ou mais Clientes; O sistema de controlo implementado pelo Banco garante que a gestão das situações de conflitos de interesses é conduzida por unidades de estrutura/pessoas diferentes daquelas envolvidas directa ou indirectamente na situação de conflito; Existência de mecanismos de fiscalização da actividade das pessoas relevantes cujas principais funções envolvam a realização de actividades em nome de Clientes, ou a prestação de serviços a estes, quando os seus interesses possam ser divergentes dos interesses dos Clientes, de forma a impedir o exercício de influência inadequada sobre o modo como uma pessoa relevante presta actividades de intermediação financeira; O BIR adopta mecanismos de identificação e gestão de situações de conflitos de interesses provocadas por colaboradores; A identificação dos conflitos de interesse relevantes susceptíveis de ocorrerem no âmbito da prestação de serviços, incluindo a definição das medidas de prevenção e mitigação/gestão dos possíveis conflitos, que incluem regras sobre as comunicações a efectuar aos Clientes face à ocorrência de um conflito de interesses; 11

Existência de Políticas de Remuneração adequadas, de forma a evitar conflitos de interesses; Acompanhamento e avaliação regular da adequação e eficácia das medidas adoptadas e a adopção de medidas adequadas no sentido de corrigir eventuais deficiências encontradas e/ou ajustar, rever ou alterar tais medidas; Comunicação ao Gabinete de Compliance das situações identificadas nos termos do ponto 15 infra; Registo de todos os conflitos de interesse ocorridos no âmbito da prestação do serviço e do tratamento dado aos mesmos (ponto 16 infra]; Os acessos aos sistemas de informação são restritos aos utilizadores, em função da sua área, protegidos com palavras-chave pessoais e intransmissíveis e com níveis de acesso diferenciados de acordo com a função e a hierarquia, tendo em vista a protecção de arquivos, ficheiros e bases de dados; Os colaboradores com funções de intermediação financeira gozam de independência técnica no exercício das suas funções, não sendo sujeitos a qualquer actuação indevida susceptível de interferir sobre o modo como prestam os seus serviços. II. GESTÃO E RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DE INTERESSE Os colaboradores que identifiquem uma situação de conflito de interesses, efectivo ou potencial, devem comunicar essa situação ao respectivo responsável da Direcção/Gabinete (caso não sejam partes envolvidas) e ao Gabinete de Compliance, com conhecimento do Administrador do respectivo Pelouro e do Pelouro de Compliance. O Gabinete de Compliance deve analisar a comunicação recebida e elaborar uma proposta de resolução da situação, devendo solicitar o parecer do Gabinete Jurídico e submeter à Comissão Executiva para deliberação. No âmbito da elaboração da proposta de resolução o Gabinete de Compliance deve solicitar informação/elementos ao Responsável da área na qual foi identificado o conflito de interesses e/ou a outros colaboradores do Banco, caso se demonstre necessário. Na proposta de resolução o Gabinete de Compliance deve propor medidas de mitigação ou correcção, bem como procedimentos adequados a prevenir a ocorrência futura de situações semelhantes. 12

Caso o conflito de interesses surja entre o BIR e um ou mais Clientes, antes da execução da operação em nome dos Clientes, o Banco deve informá-los de forma genérica sobre as potenciais fontes do conflito e apenas prestará o serviço após o seu consentimento. O Gabinete de Compliance do BIR deve efectuar o acompanhamento e a avaliação regular da adequação e da eficácia da presente Política de conflitos de interesses e das medidas e procedimentos implementados. III. REGISTO DOS CONFLITOS DE INTERESSE Deverá ser mantido pelo Banco um registo actualizado relativo às situações de conflito de interesses detectadas, potencial ou efectivo, com risco de prejuízo material dos interesses de um ou mais Clientes. Devem ser registadas as seguintes informações: Situação de Conflito de Interesse identificada (motivo do conflito e circunstâncias em que foi detectado); Serviço / actividades de investimento e intermediação levada a cabo por si ou em seu nome, no âmbito dos quais tenha sido detectada a situação de conflito de interesses, potencial ou efectivo; Data em que foi identificado o conflito; Pessoas/Entidades envolvidas; Consequências expectáveis; Se aplicável, conexão com outras situações de conflito de Interesse; Unidade de estrutura orgânica na qual surgiu o conflito/que identificou a situação; Decisão; Data da conclusão; Se aplicável, registo da comunicação ao Cliente e do respectivo consentimento para a execução da operação; Medidas correctivas aplicadas; Deve igualmente ser arquivada toda a documentação respeitante às situações de conflito de interesses identificadas, de modo a assegurar a correcta identificação e gestão de qualquer potencial situação de conflito de interesses futura. 13

CAPÍTULO VII - CONCESSSÃO DE CRÉDITO I. MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS E PARTES RELACIONADAS COM ESTES 0 BIR não pode conceder crédito, sob qualquer forma ou modalidade, incluindo a prestação de garantias, quer directa ou indirectamente, aos membros dos Órgãos de Administração ou Fiscalização ou equiparados, nem a sociedades ou outros entes colectivos por eles directa ou indirectamente dominados, em conformidade com o disposto no artigo 83., n. 1 da LBIF. Apenas ficam ressalvadas as operações relativas as operações de carácter ou finalidade social ou decorrentes da política de pessoal, nomeadamente, operações de crédito para compra de habitação própria permanente e para pagamento de despesas de saúde (nos termos do disposto no artigo 20., n. 2, alínea e) do Aviso n. 01/2013, de 19 de Abril). Presume-se que existe uma concessão de crédito indirecta quando o beneficiário seja cônjuge, parente até 2 grau ou afim em 1 grau de algum dos membros dos órgãos de administração ou fiscalização ou uma sociedade directa ou indirectamente dominada por alguma daquelas pessoas. É equiparada à concessão de crédito a aquisição pelo BIR de partes de capital em sociedades ou outros entes colectivos dominados directa ou indirectamente por membros do Conselho de Administração ou do Conselho Fiscal do Banco e partes relacionadas. a. Accionistas, Colaboradores e Partes Relacionadas com estes. A concessão de crédito a accionistas do BIR, membros dos órgãos sociais, colaboradores ou partes relacionadas com estes, deve ser obrigatoriamente realizada em condições normais de mercado atendendo ao respectivo nível de risco, nos termos do artigo 20., n. 2, alínea d) do Aviso n. 01/2013, de 19 de Abril, emitido pelo BNA. Não obstante, pode existir uma derrogação da obrigação prevista no parágrafo anterior praticando-se condições diferentes das de mercado, no caso de operações de crédito a membros dos órgãos sociais e colaboradores que revistam carácter social, designadamente crédito para compra de habitação própria permanente e para pagamento de despesas de saúde, em conformidade com o disposto no artigo 20., n. 2, alínea e) do Aviso n. 01/2013, de 19 de Abril emitido pelo BNA. b. Apreciação e Decisão. 14

À luz do artigo 84º da LBIF os membros do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal, os Directores, os colaboradores, os consultores e os mandatários do Banco não podem intervir na apreciação e decisão de operações em que sejam, directa ou indirectamente, interessados os próprios, seus cônjuges, parentes ou afins em primeiro grau, ou sociedades ou outras pessoas colectivas que uns ou outros, directa ou indirectamente dominem. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES Código de Conduta; Aviso.º 01/2013, de 19 de Abril do Banco Nacional de Angola; Aviso n.º 02/2013, de 19 de Abril do Banco Nacional de Angola; Lei n.º 12/15, de 17, de Junho - Lei de Bases das Instituições Financeiras; Lei n.º 1/04, de 13 de Fevereiro Lei das Sociedades Comerciais; Lei n.º 22/15, de 31 de Agosto Lei que aprova o Código de Valores Mobiliários. 15