Cargo: M03 TÉCNICO EM CONTABILIDADE Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA. Conclusão (Deferido ou Indeferido) Questão Gabarito por extenso Justificativa

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Transcrição:

Cargo: M03 TÉCNICO EM CONTABILIDADE transformação inesperada experenciada pelo eu lírico no contato com outra(s) pessoa(s). A banca entende que há também a possibilidade de interpretação de que o poema pode expressar o desejo do eu lírico em permanecer sempre como é, fazendo com que haja duas respostas corretas. Resposta Alterada para: o eu lírico marca, assim, uma transição da singularidade, dois eu separados, em coletividade, o nós que vai além. A questão traz uma reflexão extra-gramatical sobre o uso do pronome pessoal do caso reto nós, implícito no texto por meio do uso do pronome oblíquo nos, e da locução pronominal a gente. O poema, ao utilizar-se de linguagem coloquial que, inclusive, é uma marca do poeta Paulo Leminski, faz uma mudança no referente, a gente (explícito) para nós (implícito), algo que é perfeitamente normal no dia a dia de um falante da língua portuguesa e que não traz impacto para a interpretação do mesmo. tal mudança é irrelevante para o sentido do poema. Cargo: M04 TÉCNICO EM CONTABILIDADE transformação inesperada experenciada pelo eu lírico no contato com outra(s) pessoa(s). A banca entende que há também a possibilidade de interpretação de que o poema pode expressar o desejo do eu lírico em permanecer sempre como é, fazendo com que haja duas respostas corretas. Resposta Alterada para: o eu lírico marca, assim, uma transição da singularidade, dois eu separados, em coletividade, o nós que vai além. A questão traz uma reflexão extra-gramatical sobre o uso do pronome pessoal do caso reto nós, implícito no texto por meio do uso do pronome oblíquo nos, e da locução pronominal a gente. O poema, ao utilizar-se de linguagem coloquial que, inclusive, é uma marca do poeta Paulo Leminski, faz uma mudança no referente, a gente (explícito) para nós (implícito), algo que é perfeitamente normal no dia a dia de um falante da língua tal mudança é irrelevante para o sentido do poema. 1

portuguesa e que não traz impacto para a interpretação do mesmo. Cargo: M05 TÉCNICO DE LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA A questão 5 da prova em questão versava sobre a semântica do tempo verbal no verbo prolongar, mais especificamente, a opção correta deveria trazer UMA diferença possível entre a forma do pretérito perfeito prolongou e a do pretérito imperfeito prolongava. A primeira opção, ambos transmitem uma ideia de ação totalmente concluída no passado., trazia a ideia central do pretérito perfeito. Ora, se reconhecemos, por meio da desinência modo temporal -va, que prolongava é um pretérito imperfeito, tal explicação não se aplica. Resposta Alterada para: 5 o primeiro expressa uma ação momentânea, determinada no tempo, ao contrário do segundo que expressa uma ação durativa. A segunda opção, o segundo indica uma ação anterior ao primeiro, traz aquilo que seria uma explicação para o pretérito mais-que-perfeito, cuja forma do verbo prolongar, prolongara, não estava sendo abordada na questão. A opção ambos expressam um fato anterior ao momento atual, mas que não foi completamente concluído. incorre no mesmo problema que a primeira opção: torna semelhantes dois tempos verbais que são distintos. Em o segundo enuncia um fato que teve início no passado e pode ter se estendido até o momento atual., a quarta opção, temos uma explicação que poderia ser aplicada a um verbo no pretérito perfeito composto, isto é, no caso específico do verbo prolongar, a tenho prolongado, verbo que também foi abordado na questão e sequer aparecia no texto. Além disso, verbos em que temos a desinência modo temporal que marca o pretérito imperfeito, embora seja uma forma de durativo, ou seja, tenham a ideia de que determinada ação durou por um certo tempo, trazem consigo a ideia de que tal ação, mesmo tendo durado por um tempo, tenha sido finalizada. Não há, portanto, qualquer ancoragem com o tempo atual. Aliás, como o próprio contexto em que o verbo foi usado no texto. IN - A última opção, apontada como correta pelo gabarito, identifica corretamente as 2

ideias centrais de verbos no pretérito perfeito e imperfeito, respectivamente. O pretérito perfeito como uma ação concluída no passado, com ênfase no momento, e o pretérito imperfeito como uma ação que duro por um certo período no passado, mas, como o tempo pretérito que é, não continua no momento atual. transformação inesperada experenciada pelo eu lírico no contato com outra(s) pessoa(s). A banca entende que há também a possibilidade de interpretação de que o poema pode expressar o desejo do eu lírico em permanecer sempre como é, fazendo com que haja duas respostas corretas. o eu lírico marca, assim, uma transição da singularidade, dois eu separados, em coletividade, o nós que vai além. A questão traz uma reflexão extra-gramatical sobre o uso do pronome pessoal do caso reto nós, implícito no texto por meio do uso do pronome oblíquo nos, e da locução pronominal a gente. O poema, ao utilizar-se de linguagem coloquial que, inclusive, é uma marca do poeta Paulo Leminski, faz uma mudança no referente, a gente (explícito) para nós (implícito), algo que é perfeitamente normal no dia a dia de um falante da língua portuguesa e que não traz impacto para a interpretação do mesmo. tal mudança é irrelevante para o sentido do poema. 3

Cargo: M06 - TÉCNICO DE LABORATÓRIO QUÍMICA A questão 5 da prova em questão versava sobre a semântica do tempo verbal no verbo prolongar, mais especificamente, a opção correta deveria trazer UMA diferença possível entre a forma do pretérito perfeito prolongou e a do pretérito imperfeito prolongava. A primeira opção, ambos transmitem uma ideia de ação totalmente concluída no passado., trazia a ideia central do pretérito perfeito. Ora, se reconhecemos, por meio da desinência modo temporal -va, que prolongava é um pretérito imperfeito, tal explicação não se aplica. Resposta Alterada para: 5 o primeiro expressa uma ação momentânea, determinada no tempo, ao contrário do segundo que expressa uma ação durativa. A segunda opção, o segundo indica uma ação anterior ao primeiro, traz aquilo que seria uma explicação para o pretérito mais-que-perfeito, cuja forma do verbo prolongar, prolongara, não estava sendo abordada na questão. A opção ambos expressam um fato anterior ao momento atual, mas que não foi completamente concluído. incorre no mesmo problema que a primeira opção: torna semelhantes dois tempos verbais que são distintos. IN - Em o segundo enuncia um fato que teve início no passado e pode ter se estendido até o momento atual., a quarta opção, temos uma explicação que poderia ser aplicada a um verbo no pretérito perfeito composto, isto é, no caso específico do verbo prolongar, a tenho prolongado, verbo que também foi abordado na questão e sequer aparecia no texto. Além disso, verbos em que temos a desinência modo temporal que marca o pretérito imperfeito, embora seja uma forma de durativo, ou seja, tenham a ideia de que determinada ação durou por um certo tempo, trazem consigo a ideia de que tal ação, mesmo tendo durado por um tempo, tenha sido finalizada. Não há, portanto, qualquer ancoragem com o tempo atual. Aliás, como o próprio contexto em que o verbo foi usado no texto. A última opção, apontada como correta pelo gabarito, identifica corretamente as ideias centrais de verbos no pretérito perfeito e 4

imperfeito, respectivamente. O pretérito perfeito como uma ação concluída no passado, com ênfase no momento, e o pretérito imperfeito como uma ação que duro por um certo período no passado, mas, como o tempo pretérito que é, não continua no momento atual. transformação inesperada A banca entende que há também a possibilidade de interpretação de que experenciada pelo eu lírico no o poema pode expressar o desejo do eu lírico em permanecer sempre contato com outra(s) pessoa(s). como é, fazendo com que haja duas respostas corretas. o eu lírico marca, assim, uma transição da singularidade, dois eu separados, em coletividade, o nós que vai além. A questão traz uma reflexão extra-gramatical sobre o uso do pronome pessoal do caso reto nós, implícito no texto por meio do uso do pronome oblíquo nos, e da locução pronominal a gente. O poema, ao utilizar-se de linguagem coloquial que, inclusive, é uma marca do poeta Paulo Leminski, faz uma mudança no referente, a gente (explícito) para nós (implícito), algo que é perfeitamente normal no dia a dia de um falante da língua portuguesa e que não traz impacto para a interpretação do mesmo. tal mudança é irrelevante para o sentido do poema. 5

Cargo: M07 TÉCNICO EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 1 Ironia, pois a patroa, que não trabalhava, tem uma crise de culpa por explorar a força de trabalho da empregada, mas acaba a demitindo. É interessante perceber que a questão 1 da referida prova tem como opções respostas que são constituídas de duas partes. A primeira parte é a figura de linguagem, a segunda, a correta relação entre o conceito trazido pela figura de linguagem com o texto. Isso posto, a resposta correta deveria ter as duas partes corretas. A primeira opção, Hipérbole, já que a personagem principal é exageradamente caricata., trazia a falsa ideia de que a personagem da patroa seria um tipo incomum na sociedade. Infelizmente o comportamento da personagem é percebido em diversas situações do cotidiano, em vários lugares do mundo, portanto, não é nada caricato. A segunda opção, apontada como correta pelo gabarito, Ironia, pois a patroa, que não trabalhava, tem uma crise de culpa por explorar a força de trabalho da empregada, mas acaba a demitindo., traz uma figura de linguagem que sintetiza o desfecho do conto, desfecho este que traz o final surpreendente que é comum ao gênero. Aqui há o fato de que, ao contrário do que se espera de uma patroa, a personagem principal tem uma crise de culpa por explorar a força de trabalho da doméstica, mas acaba optando por, ironicamente, demiti-la fato que deixa a empregada em uma situação ainda mais fragilizada. Há ainda uma ligação com o próprio título do texto, uma vez que a patroa sequer precisou trabalhar de fato para perceber que havia um questão social no vínculo que mantinha com a empregada, a ironia, de novo, reside no fato de que a atitude de demiti-la não pode ser considerada de fato nobre. A terceira opção, Paradoxo, afinal, é impossível que o trabalho, de fato, enobreça alguém., é um exagero. Não há elemento no texto, ou de conhecimento de mundo, que afirme categoricamente a impossibilidade do trabalho trazer dignificação. Na opção Metáfora, pois é uma obra de ficção sem qualquer semelhança com a realidade., o próprio conhecimento de mundo do leitor rebate tal afirmação. Além disso, é característica do gênero textual conto, embora ficção, explorar temas comuns à realidade. Já na opção Eufemismo, já que a história narrada suaviza aquilo que se vê na sociedade., o erro fica por conta da própria ideia de suavização. O conto, por se tratar de uma narrativa breve, investe na força do discurso e Resposta Alterada para: IN - 6

do fato narrado para tornar-se surpreendente, a linguagem utilizada para isso, no conto O trabalho enobrece, é objetiva e não permite qualquer suavização. No último parágrafo do texto, por exemplo, vemos um exemplo claro de tal objetividade: Zélia enxugou as lágrimas, tomou uma decisão e cumpriu. Sem melindres, sem eufemismos. 5 o primeiro expressa uma ação momentânea, determinada no tempo, ao contrário do segundo que expressa uma ação durativa. A questão 5 da prova em questão versava sobre a semântica do tempo verbal no verbo prolongar, mais especificamente, a opção correta deveria trazer UMA diferença possível entre a forma do pretérito perfeito prolongou e a do pretérito imperfeito prolongava. A primeira opção, ambos transmitem uma ideia de ação totalmente concluída no passado., trazia a ideia central do pretérito perfeito. Ora, se reconhecemos, por meio da desinência modo temporal -va, que prolongava é um pretérito imperfeito, tal explicação não se aplica. A segunda opção, o segundo indica uma ação anterior ao primeiro, traz aquilo que seria uma explicação para o pretérito mais-que-perfeito, cuja forma do verbo prolongar, prolongara, não estava sendo abordada na questão. A opção ambos expressam um fato anterior ao momento atual, mas que não foi completamente concluído. incorre no mesmo problema que a primeira opção: torna semelhantes dois tempos verbais que são distintos. Em o segundo enuncia um fato que teve início no passado e pode ter se estendido até o momento atual., a quarta opção, temos uma explicação que poderia ser aplicada a um verbo no pretérito perfeito composto, isto é, no caso específico do verbo prolongar, a tenho prolongado, verbo que também foi abordado na questão e sequer aparecia no texto. Além disso, verbos em que temos a desinência modo temporal que marca o pretérito imperfeito, embora seja uma forma de durativo, ou seja, tenham a ideia de que determinada ação durou por um certo tempo, trazem consigo a ideia de que tal ação, mesmo tendo durado por um tempo, tenha sido finalizada. Não há, portanto, qualquer ancoragem com o tempo atual. Aliás, como o próprio contexto em que o verbo foi usado no texto. A última opção, apontada como correta pelo gabarito, identifica corretamente as ideias centrais de verbos no pretérito perfeito e imperfeito, respectivamente. O pretérito perfeito como uma ação concluída no IN - 7

passado, com ênfase no momento, e o pretérito imperfeito como uma ação que duro por um certo período no passado, mas, como o tempo pretérito que é, não continua no momento atual. 6 facultativo, já que se trata de um adjunto adverbial deslocado curto, com apenas três palavras. A questão sobre o uso da vírgula pedia para que o candidato explicasse, à luz das regras que regem o assunto, o uso da vírgula no trecho destacado. A primeira opção, obrigatório, uma vez que o termo destacado é um aposto., embora seja sim uma regra de pontuação, não explica adequadamente o termo destacado uma vez aquele não se tratar de um aposto, um termo explicativo com valor de substantivo ou pronome. A segunda opção, obrigatório, por se tratar de um termo retificativo., também é uma regra de pontuação sendo que, mais uma vez, não se refere a regra usada no trecho já que do outro lado não retifica, corrige, um termo anterior. A opção facultativo, já que se trata de um adjunto adverbial deslocado curto, com apenas três palavras. é correta porque se trata da explicação adequada para o trecho destacado. Embora haja a vírgula isolando o termo, tal isolamento, para um adjunto adverbial de três palavras, não é obrigatório, mesmo que ele esteja deslocado. Percebamos, quando o período está redigido na ordem direta, não há a necessidade da vírgula após o adjunto, seja lá qual for o tamanho dele. Se houve vírgula, é porque ele está deslocado. Isso não quer dizer, no entanto, que tal isolamento, o de um adjunto adverbial, não seja comum, muito pelo contrário. A questão apenas trazia o caráter facultativo da regra em se tratando de um adjunto adverbial curto, de ATÉ três palavras. Em obrigatório porque o verbo está em elipse., não há qualquer verbo em elipse na frase. E facultativo, pois ele é sujeito do verbo dizer. é a única opção que não traz uma regra de pontuação, pelo contrário, traz um desvio bastante comum: a separação de sujeito e predicado por vírgula. IN - transformação inesperada experenciada pelo eu lírico no contato com outra(s) A banca entende que há também a possibilidade de interpretação de que o poema pode expressar o desejo do eu lírico em permanecer sempre como é, fazendo com que haja duas respostas corretas.

pessoa(s). o eu lírico marca, assim, uma transição da singularidade, dois eu separados, em coletividade, o nós que vai além. A questão traz uma reflexão extra-gramatical sobre o uso do pronome pessoal do caso reto nós, implícito no texto por meio do uso do pronome oblíquo nos, e da locução pronominal a gente. O poema, ao utilizar-se de linguagem coloquial que, inclusive, é uma marca do poeta Paulo Leminski, faz uma mudança no referente, a gente (explícito) para nós (implícito), algo que é perfeitamente normal no dia a dia de um falante da língua portuguesa e que não traz impacto para a interpretação do mesmo. tal mudança é irrelevante para o sentido do poema. 9