UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Documentos relacionados
Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL. Procedimentos do Programa de Eficiência Energética PROPEE

ANEXO 1 GLOSSÁRIO CHAMADA PÚBLICA DE PROJETOS REE 001/2019

CHAMADA PÚBLICA NP/PEE-CPFL ENERGIA_001/2018 ANEXO A GLOSSÁRIO

1 Introdução aos procedimentos do Programa de Eficiência Energética da ANEEL - ProPEE Apresentação dos princípios norteadores às propostas de

PROPEE. Máximo Luiz Pompermayer Superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética SPE/ANEEL. Brasília, 30 de setembro de 2013

Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL. Procedimentos do Programa de Eficiência Energética PROPEE. Módulo 6 Projetos com Fontes Incentivadas

Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL Procedimentos do Programa de Eficiência Energética PROPEE. Módulo 6 Projetos com Fontes Incentivadas

Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL. Procedimentos do Programa de Eficiência Energética PROPEE

Política de Eficiência Energética da Agência Reguladora do Brasil

I WORKSHOP CHAMADA PÚBLICA

II Tech Nordeste Programa de Eficiência Energética Regulado pela ANEEL - PEE

Programa de Eficiência Energética PEE Light ANEEL

Se você tem uma ideia que pode ser aproveitada para reduzir o consumo de energia elétrica, apresente sua proposta pra gente.

Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL. Procedimentos do Programa de Eficiência Energética PROPEE. Módulo 3 Seleção e Implantação de Projetos

Eficiência Energética e a Regulamentação do PEE ANEEL

Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL. Procedimentos do Programa de Eficiência Energética PROPEE

Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL. Procedimentos do Programa de Eficiência Energética PROPEE. Módulo 3 Seleção e Implantação de Projetos

PROGRAMA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA JOSE ARTHURO TEODORO

IV WORKSHOP PEE CELESC

ANEXO C MODELO DE DIAGNÓSTICO

A Copel Atua em 10 estados

Eficiência Energética

Programa de Eficiência Energética - Coelba Chamada Pública de Projetos REE 002/2016. Daniela Freitas Setembro de 2016

Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL. Procedimentos do Programa de Eficiência Energética PROPEE. Módulo 8 Medição e Verificação de Resultados

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. 3º Oficina IEI Brasil - Geração Distribuída Renovável, Eficiência Energética e o Consumidor Final

Projetos de Eficiência Energética Projetos de Eficiência Energética

Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL. Procedimentos do Programa de Eficiência Energética PROPEE. Módulo 8 Medição e Verificação de Resultados

WORKSHOP Título do trabalho CHAMADA PÚBLICA PROPEE - 001/2016. WORKSHOP Centro de Pesquisas de Energia Elétrica - CEPEL

Programa de Eficiência Energética - Cosern Chamada Pública de Projetos REE 001/2017. Guilherme Ribeiro Setembro de 2017

ANEXO C MODELO DE DIAGNÓSTICO

Programa de Eficiência Energética - Coelba Chamada Pública de Projetos REE 001/2017. Lucíola Herculano Setembro de 2017

Projetos de Geração Distribuída Neoenergia. Maio de 2016

GERAÇÃO DISTRIBUIDA MODELO E LEGISLAÇÃO DO SETOR ELÉTRICO RESOLUÇÃO NORMATIVA ANEEL Nº 482/2012. Secretaria de Energia Elétrica SEE

AGENDA O QUE É A CHAMADA? COMO PARTICIPAR? PRINCIPAIS REGRAS E SELEÇÃO ETAPAS DO PROCESSO DICAS NA ELABORAÇÃO DO PROJETO

KM 12% do mercado Segmento fortemente regulado

Bônus para substituição de motores elétricos Projeto Prioritário ANEEL

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

A importância da Medição e Verificação em Projetos de Eficiência Energética

Eficiência Energética e a Regulamentação do PEE ANEEL

POSSIBILIDADES DE REDUÇÃO DO CUSTO DE ENERGIA: MICRO/MINIGERAÇÃO E MERCADO LIVRE DANIEL HOSSNI RIBEIRO DO VALLE SÃO PAULO, 30 DE JUNHO DE 2016

Resposta da Demanda. Workshop Infraestrutura Energia - Setor Elétrico e Mecanismos de Resposta pela Demanda

A importância da Medição e Verificação em Projetos de Eficiência Energética

Setor Elétrico Brasileiro e o Programa de Eficiência Energética

Chamada Pública de Projetos Eficiência Energética. Coordenação de Usos Finais Eficiência Energética Diretoria Comercial

Principais alterações na regulamentação do PEE

Desafios - Gestão de Energia e Eficiência Energética 05/12/13

PERGUNTAS MAIS FREQUENTES

XXIV SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA. 22 a 25 de outubro de 2017 Curitiba - PR

Chamada Pública de Projetos Eficiência Energética

Chamada Pública de Projetos 2016

Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL. Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética SPE

ANEXO E CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE PROJETOS

Disponível também no site:

Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL. Procedimentos do Programa de Eficiência Energética PROPEE

AGENDA OBJETIVOS DA M&V DOCUMENTOS DA M&V NO PEE REQUISITOS ESSENCIAIS CONSIDERAÇÕES FINAIS

Instituto SENAI de Tecnologia em Energia Aumentando a competitividade da indústria

Chamada Pública de Projetos

Painel 4 Chamada Pública de Projetos 2016

WORKSHOP CLIENTES 4ª CPP

A GDFV no Brasil: passado, presente e futuro

RESOLUÇÃO ARSAE-MG 78/2016, DE 29 DE JANEIRO DE 2016.

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 219, DE 11 DE ABRIL DE 2006.

Edição Data Alterações em relação à edição anterior. Nome dos grupos

POR QUE OS PREÇOS DA ENERGIA EÓLICA ESTÃO CAINDO E COMO PODEM CHEGAR AO CONSUMIDOR NO BRASIL? RODRIGO LIMP NASCIMENTO Diretor

PROJETO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL - PRODIN

Taller de trabajo: Energía Solar Integración y despacho: desafíos para la región

Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL. Programa de Eficiência Energética PEE. Critérios de Seleção para Chamadas Públicas de Projeto

PERGUNTAS MAIS FREQUENTES

Resultados dos Projetos Concluídos no PEE Tipo: Comercial Nome do Projeto: Eficientização de Costa do Sauipe Situação: Concluído

Política Energética em Minas Gerais e no Brasil - oportunidades para pequenos negócios e municípios

Abordagem regulatória: Panorama regulatório e legislativo para o setor de geração hidrelétrica

23 de novembro de 2016 Sede do Sistema FIRJAN RJ. Financiamento de fontes renováveis de energia. Antônio Raad - Light

MECSHOW Wendell Soares Pacheco SENAI/ES Eficiência Operacional

PROJETOS EM EXECUÇÃO 2017/2018

Estrutura e Conteúdo do Guia de M&V para o PEE

VIII Conferência Anual da RELOP. Geração Distribuída: Desafios da Regulação

Workshop 2ª CPP APOIO. Rio de Janeiro, 28 de Julho de 2015

Mesa Redonda Redes Inteligentes Smart Grid

Projeto de Eficiência Energética na Aldeia Indígena de Apucaraninha

ENCONTRO BRASILEIRO DE REGULAÇÃO DO SETOR ELÉTRICO. São Paulo, 08 e 09 de abril de 2014

CCEE Situação Atual e Evoluções. Workshop Andrade&Canellas de agosto de Paulo Born Conselheiro de Administração - CCEE

Setor Elétrico Brasileiro Presente e Futuro

Redes Elétricas Inteligentes Análise da Aplicação no Brasil

As novas tecnologias e arquiteturas de mercado e o futuro do ACL

Painel Executivo: O contexto atual e os desafios para a Eficiência Energética frente aos cenários político, regulatório e macroeconômico brasileira

Programa de Pesquisa e Desenvolvimento P&D/ANEEL Motivações, resultados e futuro

Dados para Audiência Pública Energisa Paraíba Distribuidora de Energia S.A

INSERÇÃO DE NOVAS FONTES RENOVÁVEIS NO PLANEJAMENTO ENERGÉTICO BRASILEIRO

Eficiência Energética & Minigeração distribuída Oportunidades para prédios públicos e privados. Madrona Advogados Novembro de 2016

Os Contratos e o Papel do Órgão Regulador

Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL. Procedimentos do Programa de Eficiência Energética PROPEE. Módulo 10 Controle e Prestação de Contas

Hélvio Neves Guerra. Seminário Agro em Questão Energias Renováveis: tornando a agropecuária mais sustentável e econômica

MEDIÇÃO E VERIFICAÇÃO

WORKSHOP CPP IP 28/03/2018. Coordenação de Planejamento e Gestão de Eficiência Energética

Micro e Minigeração Distribuída REN 482/2012

WORKSHOP 4ª CPP 27/11/2017. Coordenação de Planejamento e Gestão de Eficiência Energética

Submódulo Processo de integração de instalações: visão geral

WORKSHOP 6ª CPP 02/04/2019. Coordenação de Planejamento e Gestão de Eficiência Energética

MINI E MICROGERAÇÃO. Conceitos, Cenário Atual e Perspectivas. Dezembro 2017

Regulamentação da ANEEL sobre Medição Inteligente

Transcrição:

1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA PROGRAMA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DA ANEEL SÉRGIO VIDAL GARCIA OLIVEIRA DANIEL GUSTAVO CASTELLAIN JEFFERSON CARLOS FISHER JOINVILLE 2015

2 ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Diagrama Cronológico.... 7 Figura 2 - Fluxograma dos módulos presentes no PROPEE.... 8

3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 4 2 PROGRAMA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DA ANEEL... 6 2.1 INTEGRAÇÃO COM A POLÍTICA ENERGÉTICA BRASILEIRA... 6 2.2 ASPECTOS LEGAIS E REGULATÓRIOS... 6 2.3 AÇÕES CARACTERIZADORAS DE PEE... 7 2.4 COMPOSIÇÃO E DESCRIÇÃO DOS MÓDULOS DO PROPEE... 8 2.5 TERMINOLOGIA... 12 3 REFERÊNCIAS... 17

1 INTRODUÇÃO 4 Uma das principais motivações para o desenvolvimento do programa de eficiência energética são os contratos de concessão firmados pelas empresas concessionárias do serviço público de distribuição de energia elétrica com a ANEEL estabelece obrigações e encargos perante o poder concedente. Uma dessas obrigações consiste em aplicar anualmente o montante de, no mínimo, 0,5% de sua receita operacional líquida em ações que tenham por objetivo o combate ao desperdício de energia elétrica, o que consiste no Programa de Eficiência Energética das Empresas de Distribuição - PEE [1]. O objetivo geral do programa é promover o uso eficiente e racional de energia elétrica em todos os setores da economia por meio de projetos que demonstrem a importância e a viabilidade econômica de ações de combate ao desperdício e de melhoria da eficiência energética de equipamentos, processos e usos finais de energia. Para isso, busca-se maximizar os benefícios públicos da energia economizada e da demanda evitada no âmbito desses programas. Busca-se, enfim, a transformação do mercado de energia elétrica, estimulando o desenvolvimento de novas tecnologias e a criação de hábitos e práticas racionais de uso da energia elétrica. Os objetivos específicos do programa são: Determinar os documentos que regulamentam a aplicação dos recursos do PEE; Determinar as regras e procedimentos para aplicação dos recursos; Determinar as regras e procedimentos contábeis para controle dos recursos e prestação de contas; Identificar e descrever as tipologias (setores da economia, áreas de influência e ações de eficiência energética) dos projetos que podem integrar o PEE, e estabelecer os critérios de aceitação ex ante (fase inicial, antes da

5 implantação, resultados estimados) e ex post (fase final, após a implantação, resultados medidos); Indicar as ações permitidas e os recursos que podem ser aplicados aos projetos (marketing, treinamento, etc.); Estabelecer as informações que deverão compor as propostas e relatórios dos projetos; Estabelecer as regras de funcionamento do Plano de Gestão (recursos, aplicações, fluxo de informações, etc.) para permitir a operacionalização do programa, incluindo a fonte e limite de recursos;

2 PROGRAMA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DA ANEEL Neste capítulo são apresentados alguns detalhes introdutórios do programa de eficiência energética no Brasil. 2.1 INTEGRAÇÃO COM A POLÍTICA ENERGÉTICA BRASILEIRA O Ministério de Minas e Energia (MME), com suporte da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), elabora planejamentos de longo e médio prazos para o setor de energia, entre eles: Plano Nacional de Energia PNE (2030 MME, 2007); Plano Decenal de Expansão de Energia PDE (2020 MME, 2011); Plano Nacional de Eficiência Energética PNEf (2030 - MME, 2010); Os planos acima mencionados definem metas de eficiência energética, e consideram o PEE como a principal fonte de recursos, o que confirma a necessidade de alinhamento das ações do PEE com as metas e diretrizes governamentais. 2.2 ASPECTOS LEGAIS E REGULATÓRIOS A partir da Lei no 9.991, de 24 de julho de 2000 (BRASIL, 2000), as empresas concessionárias ou permissionárias de distribuição de energia elétrica, doravante denominadas distribuidoras, devem aplicar um percentual mínimo da receita operacional líquida (ROL) em Programas de Eficiência Energética, segundo regulamentos da Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL [2]. O percentual mínimo da receita operacional líquida (ROL) das distribuidoras que deve ser aplicado no PEE, bem como sua regulamentação específica, tem sido alterado ao longo do tempo, - conforme Figura 1. 6

7 Figura 1 - Diagrama Cronológico. Fonte: Figura obtida de [2]. 2.3 AÇÕES CARACTERIZADORAS DE PEE Além da troca de equipamentos existentes por outros mais eficientes, podem fazer parte dos projetos executados no âmbito do PEE: Atividades de treinamento e capacitação, ligadas à implementação de ações de eficiência energética, que estimulem o uso mais eficiente da energia; Projetos educacionais visando difundir o conceito de eficiência energética e desenvolvimento sustentável na rede formal de ensino, promovendo a mudança de hábitos de consumo de energia; Apoio à implantação de projetos de gestão energética; Projetos especiais (Módulo 5), com ações demonstrativas em projetos; Prioritários como instrumento de políticas públicas de energia; Pilotos buscando pioneirismo tecnológico e casos de sucesso;

Grande Relevância para o atendimento de casos especiais e objetivos; Energético e Cooperativos congregando várias distribuidoras, visando obter economia de escala e atuação regional; Avaliação constante e sistemática dos resultados obtidos, com redefinição das ações dentro do contexto de uma política nacional de eficiência energética; Divulgação do PEE, visando a mudança dos hábitos de consumo de energia elétrica e a transparência da aplicação dos recursos do Programa; 2.4 COMPOSIÇÃO E DESCRIÇÃO DOS MÓDULOS DO PROPEE A Figura 2 apresenta um fluxograma da composição dos módulos presentes ao PROPEE. Figura 2 - Fluxograma dos módulos presentes no PROPEE. 8 Fonte: Figura obtida de [2]. O Módulo 1 - Introdução apresenta uma visão geral do PROPEE e o glossário dos termos usados. A Seção 1.0 Introdução apresenta o Programa, aspectos legais e regulatórios

9 relacionados, objetivos e tipos de ação que congrega. A Seção 1.1 Composição do ProPEE apresenta seus objetivos e composição dos módulos que o integram. A Seção 1.2 Glossário apresenta o significado dos termos técnicos usados neste ProPEE. O Módulo 2 - Gestão do Programa apresenta os aspectos gerenciais que permeiam as ações do PEE. A Seção 2.0 Introdução apresenta o objetivo, abrangência e conteúdo do Módulo 2. A Seção 2.1 Plano de Gestão das Distribuidoras descreve os diversos aspectos que regem o Plano de Gestão. A Seção 2.2 Audiência Pública descreve os princípios e procedimentos que regem este instrumento de participação da sociedade no PEE. A Seção 2.3 Marketing e Divulgação apresenta os diversos aspectos que serão usados para divulgação dos princípios, objetivos, mecanismos e resultados do PEE. O Módulo 3 Seleção e Implantação de Projetos apresenta a forma para seleção de projetos ao PEE e orienta quanto à forma de implantação junto ao consumidor ou interessado. A Seção 3.0 Introdução apresenta o objetivo, abrangência e conteúdo do Módulo, descrevendo como devem ser selecionados e implantados os projetos. A Seção 3.1 Contratos de Desempenho Energético descreve as formas pelas quais estes contratos podem ser firmados com apoio do PEE. A Seção 3.2 Chamada Pública de Projetos apresenta o mecanismo pelo qual os projetos são apresentados por agentes, em atenção a uma chamada pública, concorrendo em regime de leilão de qualidade e preço. O Módulo 4 Tipologias de Projeto apresenta os tipos de projetos do PEE e suas características principais. A Seção 4.0 Introdução apresenta o objetivo, abrangência e conteúdo do Módulo. A Seção 4.2 Ações de Eficiência Energética estabelece as diretrizes para os projetos por tipo de ação de eficiência energética envolvida: melhoria de instalação e seus usos finais (com um item específico para Baixa Renda) e

gestão energética. A Seção 4.4 Dados de Projeto estabelece os dados de projeto que devem ser enviados à ANEEL e define o formato e momento de envio. O Módulo 5 Projetos Especiais versa sobre projetos que, por sua relevância ou característica não típica, merecem atenção especial, tanto da distribuidora quanto do regulador. A Seção 5.0 Introdução apresenta o objetivo, abrangência e conteúdo do Módulo. A Seção 5.1 Projeto Prioritário trata de projetos de grande relevância e/ou abrangência, com a função de testar / incentivar / definir ações de destaque como política pública para incrementar a eficiência energética no país. A Seção 5.2 Projeto de Grande Relevância trata de projetos com impacto socioambiental relevante, que apresentem contribuições claras e significativas para a transformação do mercado de energia elétrica ou que tragam benefícios relevantes além do impacto energético. A Seção 5.3 Projeto Piloto trata de projetos promissores, inéditos ou inovadores, incluindo pioneirismo tecnológico e buscando experiência para ampliar, posteriormente, sua escala de execução. A Seção 5.4 Projeto Cooperativo trata de projetos envolvendo mais de uma distribuidora, buscando economias de escala, complementaridade de competências, aplicação das melhores práticas e melhores produtividade e qualidade dos projetos realizados. O Módulo 6 Projetos com Geração de Energia Elétrica a partir de Fontes Incentivadas aborda os projetos de eficiência energética com adição de fonte incentivada para atender a unidade consumidora. A Seção 6.0 Introdução apresenta o objetivo, abrangência e conteúdo do Módulo. A Seção 6.1 Dados Requeridos estabelece os dados que deverão ser enviados à ANEEL para avaliação de um projeto de eficiência energética com fontes incentivadas. A Seção 6.2 Análise da Viabilidade estabelece os critérios para realizar o estudo de viabilidade econômica de um projeto de eficiência energética com fontes incentivadas. A Seção 6.3 Medição e 10

11 Verificação dos Resultados estabelece os requisitos a considerar para apuração dos resultados da parte de geração do projeto. O Módulo 7 Cálculo da Viabilidade estabelece os diferentes fatores e formas de cálculo que são considerados para verificar se um projeto é viável e pode ser executado no âmbito do PEE, assim como considerar outros possíveis benefícios que podem ser obtidos por um projeto. A Seção 7.0 Introdução apresenta o objetivo, abrangência e conteúdo do Módulo. A Seção 7.1 Regra Geral estabelece a regra que deve nortear o cálculo da Viabilidade Econômica para os projetos ao PEE. A Seção 7.3 Benefícios não mensuráveis estabelece como deverá ser feita a avaliação de projetos cuja mensuração dos benefícios energéticos seja de difícil concepção e execução. O Módulo 8 Medição e Verificação dos Resultados estabelece os procedimentos para uma avaliação confiável dos benefícios energéticos auferidos com os projetos. A Seção 8.0 Introdução apresenta o objetivo, abrangência e conteúdo do Módulo. A Seção 8.1 Fundamentos e fases do processo de M&V no PEE apresenta o conceito e fundamentos da M&V, a relação entre o PIMVP (Protocolo Internacional para Medição e Verificação de Performance (PIMVP EVO, 2012) e o PEE e as fases constitutivas da M&V em projetos do PEE. A Seção 8.2 Elementos da M&V orienta no desenvolvimento das diversas fases de M&V ao longo de um projeto do PEE. A Seção 8.3 Aspectos Adicionais estabelece diretrizes adicionais para as atividades de M&V relativas à incerteza aceitável, seleção de opção do PIMVP e projetos para Baixa Renda. O Módulo 9 Avaliação dos Projetos e Programa estabelece os procedimentos para a avaliação dos projetos do PEE, inicial e final, e do programa como um todo para o seu aprimoramento. A Seção 9.0 Introdução apresenta o objetivo, abrangência e conteúdo do Módulo. A Seção 9.1 Avaliação

Inicial estabelece os critérios e projetos que deverão ser submetidos a Avaliação Inicial e os tipos desta avaliação. A Seção 9.2 Avaliação Final estabelece os critérios e consequências da Avaliação Final dos projetos. A Seção 9.3 Avaliação do Programa estabelece os critérios e procedimentos para avaliação do programa das distribuidoras e do PEE como um todo. O Módulo 10 Controle e Fiscalização estabelece as diretrizes para a contabilização dos gastos dos projetos e atividades de fiscalização a serem realizadas pela ANEEL. A Seção 10.0 Introdução apresenta o objetivo, abrangência e conteúdo do Módulo. A Seção 10.1 Controle da Aplicação dos Recursos detalha as obrigações estabelecidas no arcabouço legal e regulatório com relação à aplicação dos recursos do PEE. A Seção 10.2 Fiscalização estabelece as diretrizes, procedimentos e documentos a serem observados na fase de fiscalização dos projetos. 2.5 TERMINOLOGIA O Glossário do ProPEE é um documento para consulta dos agentes envolvidos com o PEE. Representa a lista de termos e expressões - resultante dos vários módulos constituintes do ProPEE - com as suas respectivas definições, de maneira a uniformizar o entendimento desses, dirimindo dúvidas e ambiguidades. A seguir são apresentadas algumas das principais definições aplicáveis: Ação de Eficiência Energética - atividade ou conjunto de atividades concebidas para aumentar a eficiência energética de uma instalação, sistema ou equipamento. Chamada Pública de Projetos - mecanismo para implantação de ações de eficiência energética, onde a distribuidora emite um edital convocando para a apresentação de projetos de eficiência energética dentro de critérios técnicoeconômicos definidos, para serem selecionados por critérios definidos pela ANEEL. 12

13 Contrato de Desempenho Energético (CDE) - contrato entre duas ou mais partes, no qual o pagamento se baseia na obtenção de resultados específicos, tais como a redução nos custos de energia ou o reembolso do investimento dentro de um determinado período. Diagnóstico Energético - avaliação detalhada das oportunidades de eficiência energética na instalação do consumidor de energia, resultando em um relatório contendo a descrição detalhada de cada ação de eficiência energética e sua implantação, o valor do investimento, economia de energia (e/ou redução de demanda na ponta) relacionada (estimativa ex- ante), análise de viabilidade e estratégia de medição e verificação a ser adotada. Fontes incentivadas - entende-se como geração a partir de Fonte Incentivada a central geradora de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual a 100 kw, no caso de microgeração, ou com potência instalada superior a 100 kw e menor ou igual a 1 MW, para o caso de minigeração, que utilize fontes com base em energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras. Medição&Verificação(M&V) - processo de utilização de medições para determinar corretamente a economia real dentro de uma instalação individual por um programa de gestão de energia. A economia não pode ser medida diretamente, uma vez que representa a ausência do consumo de energia. Em vez disso, a economia é determinada comparando o consumo medido antes e depois da implementação de um projeto, efetuando-se os ajustes adequados para as alterações nas condições de uso da energia. Pré-diagnóstico Energético - Avaliação preliminar das oportunidades de eficiência energética nas instalações de consumidor de energia, resultando em um

relatório contendo uma estimativa do investimento em ações em eficiência energética, economia de energia (e/ou redução de demanda na ponta) relacionadas e valor do diagnóstico para detalhamento das ações de eficiência energética a implementar. Projeto Cooperativo - projeto envolvendo mais de uma distribuidora, buscando economias de escala, complementaridade de competências, aplicação das melhores práticas e melhores produtividade e qualidade dos projetos realizados. Projeto de Grande Relevância - projeto com impacto socioambiental relevante ou que apresente contribuições claras e significativas para a transformação do mercado de energia elétrica. Projeto Piloto - Projeto promissor, inédito ou inovador, incluindo pioneirismo tecnológico e buscando experiência para ampliar, posteriormente, sua escala de execução. Projeto Prioritário - Projeto de grande relevância e abrangência, para a efetivação de um tópico definido como política nacional de eficiência energética. Sistema de Gestão da Energia (SGE) - conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos para estabelecer uma política energética e objetivos energéticos, e processos e procedimentos para atingir tais objetivos (ABNT NBR ISO 50001:2011). Sistema de Gestão do PEE (SGPEE) - sistema informatizado, elaborado e gerenciado pela ANEEL, destinado a conter todas as informações a respeito dos projetos do PEE. Tarifa Social de Energia Elétrica TSEE - tarifa criada para os consumidores enquadrados na Subclasse Residencial Baixa Renda, caracterizada por descontos incidentes sobre a tarifa aplicável à classe residencial das distribuidoras de energia elétrica, cujos moradores pertençam a uma família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal CadÚnico, com renda familiar mensal 14

15 per capita menor ou igual a meio salário mínimo nacional ou outras situações caracterizadas na Lei 12.212 (BRASIL, 2010). Variável independente - parâmetro que se espera que varie regularmente e que tenha um impacto mensurável no consumo de energia de um sistema ou instalação (clima, produção, ocupação, etc.). A seleção das variáveis independentes adequadas é parte fundamental do processo de M&V para explicar a variação do uso da energia no período de referência e calcular, no período de determinação da economia, a energia que teria sido consumida se não tivessem acontecido as ações de eficiência energética. Verificação operacional - a verificação operacional precede as atividades de M&V e consiste na análise expedita (cuidadosa, atenta) inicial do funcionamento da ação de eficiência energética. Deve ser executada como parte de qualquer projeto de M&V. Funciona como uma medida inicial de baixo custo para saber se o potencial de economia está sendo atingido e deve preceder as atividades de verificação das economias. Pode ser aplicada uma variedade de métodos de verificação operacional, conforme a seção 4.4 do PIMVP. Protocolo Internacional para Medição e Verificação de Performance PIMVP Publicação da EVO Efficiency Valuation Organization [3], para aumentar os investimentos na eficiência energética e no consumo eficiente de água, na gestão da demanda e nos projetos de energia renovável em todo o mundo, que promove investimentos eficazes através das seguintes atividades: Documenta termos comuns e métodos para avaliar o desempenho energético de projetos de eficiência, dirigidos a clientes, fornecedores e financiadores destes projetos; Fornece métodos, com diferentes níveis de custo e exatidão, com a função de determinar economias para toda a

instalação ou para ações individuais de eficiência energética (AEE); Especifica o conteúdo de um Plano de Medição e Verificação (Plano de M&V), que adere aos princípios fundamentais de M&V aceitos em todo o mundo, e deve produzir relatórios da economia verificada. Deve ser desenvolvido um Plano de M&V para cada projeto, por profissional qualificado; O PIMVP aplica-se a grande variedade de instalações, incluindo edifícios novos, edifícios já existentes, e processos industriais; 16

17 3 REFERÊNCIAS [1].ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica. P&D e Eficiência Energética: Eficiência Energética. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/area.cfm?idarea=27&idperfil=6&idiomaatua l=0>. Acesso em: 24 nov. 2013. [2].ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica. Procedimentos do Programa de Eficiência Energética - PROPEE: Módulo 1. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/arquivos/zip/propeev1.zip>. Acesso em: 24 nov. 2013. [3].EVO EFFICIENCY VALUATION ORGANIZATION. Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance Conceitos e Opções para a Determinação de Economias de Energia e de Água - vol. 1 - EVO 10000 1:2012 (Br). Sofia: EVO, 2012.