CAPELA DO TAIM: UMA REPRESENTAÇÃO MATERIAL DA IDENTIDADE LOCAL (RIO GRANDE / RS)

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Transcrição:

1 CAPELA DO TAIM: UMA REPRESENTAÇÃO MATERIAL DA IDENTIDADE LOCAL (RIO GRANDE / RS) Educação, Linguagem e Memória Hélen Bernardo Pagani 1 (helenpagani@unesc.net) Josiel dos Santos 2 ( josiel@unesc.net) Laíse Niehues Volpato 3 (laisevolpato@unesc.net) Juliano Bitencourt Campos 4 (jbi@unesc.net) Introdução A Capela do Taim (também denominada Capela Nossa Senhora da Conceição) está localizada às margens da lagoa Mirim, no interior da estação ecológica do Taim, município de Rio Grande, litoral sul do estado do Rio Grande do Sul. Essa edificação religiosa está inserida dentro do contexto de formação histórica e cultural da região dos Campos Neutrais, território fronteiriço entre as coroas portuguesa e espanhola, cujo desdobrar de disputas territoriais é marcante na história regional. Tais referências estão presentes na própria construção, reconstruções e manutenção desse templo, haja vista que a comunidade onde a mesma está inserida esteve sob domínio português e espanhol em diferentes momentos históricos. 1 Arquiteta e Urbanista pela Universidade do Extremo Sul Catarinense. Setor de Arqueologia - Universidade do Extremo Sul Catarinense UNESC. 2 Mestre em Antropologia/Arqueologia pela Universidade Federal de Pelotas. Setor de Arqueologia. Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). 3 Arquiteta e Urbanista pela Universidade do Extremo Sul Catarinense. Setor de Arqueologia - Universidade do Extremo Sul Catarinense UNESC. 4 Doutor em Quaternário, Materiais e Culturas pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto-Douro UTAD/Portugal). Laboratório de Arqueologia Pedro Ignácio Schmitz (LAPIS). Programa de Pós- Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA). Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC).

2 Contudo, para além de sua imponência histórica, ou como reflexo da mesma, há na comunidade um intenso sentimento afetivo em relação à capela. Com efeito, em levantamento preliminar acerca de seu estado de conservação, efetuado no ano de 2016 (CAMPOS; OLIVEIRA, 2016), foi possível observar o vínculo da comunidade perante a mesma, a qual está inserida em seu universo cultural, social e afetivo. Assim, não obstante o atual estado de precariedade em que a edificação se encontra, as pessoas da comunidade a tomam como um marco de referência histórica e cultural, valorizando o local dentro do âmbito da memória e da identidade, tanto pessoal quanto coletiva. Nesse sentido, compreende-se que o levantamento supracitado não demonstrou tão somente as características materiais de tal edificação, mas de toda a gama de relações, afetividades e memórias que ela evoca e da qual é parte e participante dentro da história e do cotidiano da comunidade, como é visivelmente percebido na forma como os moradores cuidam (da melhor maneira possível) e se referem à mesma. Entende-se, portanto, que a capela se apresenta como uma linguagem material a partir da qual emanam elementos identitários, o que é demonstrado pelo carinho e afetividade que a comunidade demonstra. A Capela e a Comunidade As igrejas, capelas e festas religiosas representam uma forte presença, quase sempre imponente, de intensa ligação com os moradores das comunidades da quais fazem parte. A religiosidade é uma prática cultural vivenciada por diferentes povos. A visibilidade imediata de sua existência nas cidades se materializa na arquitetura dos templos religiosos, nos cemitérios, monumentos referentes a santos, pinturas sacras que se transformam em indícios de uma memória religiosa (OSTETTO; COSTA, 2001, p. 9).

3 Esta relação pode ser amplamente observada na comunidade da qual faz parte a Capela do Taim. Mesmo se apresentando em um estado precário de conservação, a localidade mantém forte vínculo com o templo. Conforme relatos dos moradores, os mesmos confiam que a união de esforços entre a comunidade e o interesse público permitirá que se volte a realizar as atividades religiosas de forma apropriada e receber os visitantes e turistas em segurança. De forma geral, conforme levantamento realizado em campo, a edificação está em processo constante de degradação estrutural, apesar de intervenções realizadas pela comunidade no intuito de que a estrutura não viesse a ruir. Tendo em vista que a Capela não tem recebido adequada manutenção, não obstante os constantes esforços da população por mantê-la de pé e em uso, é visível a degradação de seus elementos materiais provocados pelo tempo. Esses fatores geram instabilidade na estrutura da edificação, acarretando em risco de possíveis quedas. A insegurança é potencializada na medida em que a edificação, além de ainda ser utilizada de forma improvisada como lugar de culto, recebe considerável número de visitação, principalmente, na alta temporada, gerando riscos para as pessoas que passam pelo local. O acervo sacro, por sua vez, não se encontra no interior da Capela, estando distribuído entre os integrantes da comunidade, que o salvaguardam até que a edificação tenha condições estruturais de recebê-los (CAMPOS; OLIVEIRA, 2016).

Figura 1: Em sentido horário: Fachada Principal da Capela do Taim; Imagem de Nossa Senhora da Conceição mantida sob guarda da comunidade; Entrevista com moradora local; Reportagem mencionando a precariedade atual da edificação. 4 Fonte: CAMPOS; OLIVEIRA, 2016. Apesar de sua conservação precária, a edificação é, ainda hoje, utilizada pela comunidade, celebrações são realizadas no local pelo menos uma vez por mês. A comunidade apresenta grande estima pela capela, guardando recordações e relatos sobre histórias pessoais em relação ao templo, ao qual demonstram atenção. Atualmente, a Capela permanece fechada, a chave fica sob os cuidados da própria comunidade, que

também se organiza para a realização de manutenção do entorno da edificação, incluindo a praça frontal. 5 Considerações Finais Segundo Lemos (1981, p. 69), a primeira norma de conduta ligada ao como preservar é manter o bem cultural, especialmente o edifício, em uso constante e sempre que possível satisfazendo a programas originais. Ou seja, é fundamental considerar o uso do bem que se pretende preservar e sua inserção no cotidiano da comunidade. Com efeito, percebeu-se um evidente interesse por parte da comunidade pela manutenção das atividades dentro da igreja, haja vista que, além das narrativas das pessoas demonstrando ligação afetiva com a capela, ainda são realizadas práticas litúrgicas periodicamente em suas dependências. Como ressalta Meneses (2012, p. 32): [...] falar e cuidar de bens culturais não é falar de coisas ou práticas que tenhamos identificado significados intrínsecos, próprios das coisas em si, obedientemente embutidos nelas, mas é falar de coisas (ou práticas) cujas propriedades, derivadas de sua natureza material, são seletivamente mobilizados pelas sociedades, grupos sociais, comunidades, para socializar, operar e fazer agir suas ideias, crenças, afetos, seus significados, expectativas, juízos, critérios, normas, etc., etc. e, em suma, seus valores. Durante os trabalhos de campo aqui reportados foi possível perceber, a partir do contato com as pessoas da comunidade, os laços afetivos que existentes entre a população e a Capela do Taim, trata-se de uma representação material da identidade local. Durante as ações de campo, moradores da comunidade abordavam a equipe fazendo questionamentos sobre a previsão do restauro da Capela, que os permitam

continuarem utilizando-a com segurança, reforçando ainda mais o nível da importância histórica, cultural e afetiva da igreja para o lugar. 6 Referências CAMPOS, J. B.; OLIVEIRA, O. A. Relatório de avaliação de impacto aos bens culturais tombados, valorados e registrados da Capela Nossa Senhora da Conceição Capela do Taim, município de Rio Grande / RS. Relatório Final. Criciúma: UNESC, 2016. LEMOS, Carlos A. C. O que é patrimônio histórico. São Paulo: Brasiliense, 1981. MENESES, U. T. B. O campo do Patrimônio Cultural: uma revisão de premissas. In: I Fórum Nacional do Patrimônio Cultural. Sistema Nacional de Patrimônio Cultural: desafios, estratégias e experiências para uma nova gestão, Ouro Preto/MG, 2009. Brasília, DF: Iphan, 2012. OSTETTO, L. C.; COSTA, M. O. Circulando por Lugares Sagrados: Reconhecendo a Memória Religiosa de Criciúma. Cadernos do Patrimônio Histórico de Criciúma, n. 1, UNESC, Criciúma, 2001.