LEI Nº 9.931, de 14 de janeiro de 2015.



Documentos relacionados
PREFEITURA MUNICIPAL DE TEIXEIRA DE FREITAS ESTADO DA BAHIA

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Dispõe sobre a Política Municipal de Turismo, institui o Fundo Municipal de Turismo - Fumtur - e dá outras providências.

Marcones Libório de Sá Prefeito

PREFEITURA MUNICIPAL DE MORRINHOS Estado de Goiás LEI N , DE 28 DE DEZEMBRO DE O PREFEITO MUNICIPAL DE MORRINHOS,

PREFEITURA MUNICIPAL DE NEPOMUCENO

LEI Nº DE 11 DE OUTUBRO DE 2011.

PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAJUBÁ Av. Jerson Dias, Estiva CEP Itajubá Minas Gerais

DECRETO Nº DE 06 DE SETEMBRO DE 2013

LEI N. 084/91. O PREFEITO MUNICIPAL DE ALTO TAQUARI, Estado de Mato Grosso, no uso de suas atribuições legais, etc.

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº D, DE O CONGRESSO NACIONAL decreta:

ESTADO DO ACRE PREFEITURA MUNICIPAL DE MÂNCIO LIMA GABINETE DO PREFEITO LEI Nº 19/091 MÂNCIO LIMA ACRE, 06 DE NOVEMBRO DE 1991.

PROJETO DE LEI CAPÍTULO I DO PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E DO PLANO PLURIANUAL

LEI Nº 1550, DE 17 DE ABRIL DE 2008

O Prefeito do Município de João Pessoa, Estado da Paraíba, faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte lei:

DECRETO Nº , DE 23 DE JANEIRO DE 2015

V - promover a cooperação internacional na área de ciência, tecnologia e inovação;

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

GABINETE DO PREFEITO

LEI Nº 213/1994 DATA: 27 DE JUNHO DE SÚMULA: INSTITUI O FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE E DA OUTRAS PROVIDENCIAS. CAPITULO I DOS OBJETIVOS

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE

MENSAGEM 055/2015. Senhor Presidente, Senhores Vereadores,

LEI COMPLEMENTAR Nº 326, DE 4 DE OUTUBRO DE 2000 (AUTORIA DO PROJETO: PODER EXECUTIVO)

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE CAPÍTULO I DA POLÍTICA ESTADUAL DE APOIO AO COOPERATIVISMO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CANOAS

Dispõe sobre a transformação da Fundação Estadual do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do Estado de Roraima FEMACT-RR, e do

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 310/2009, DE 15 DE JUNHO DE 2009.

REGIMENTO INTERNO DO NÚCLEO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS NINTEC CAPÍTULO I DO NÚCLEO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E SEUS FINS

CAPÍTULO III DA REESTRUTURAÇÃO

SÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO. Missão

CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS

Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Tocantins decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CÂMARA MUNICIPAL DE MANAUS

RESOLUÇÃO Nº 021/2007 DO CONSELHO SUPERIOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS UNIFAL-MG

Prefeitura Municipal de Vitória Estado do Espírito Santo DECRETO N

PROJETO DE LEI Nº 14/2016 DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE PARTICIPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE NEGRA CAPÍTULO I

LEI Nº 2.278/07, DE 24 DE AGOSTO DE 2007.

LEI MUNICIPAL Nº 428/2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE POUSO REDONDO CNPJ / Rua Antonio Carlos Thiesen, Pouso Redondo Santa Catarina

Art. 2º Ao Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional - CONSEA-SC - compete:

MUNICÍPIO DE PANAMBI RS

ESTADO DE ALAGOAS GABINETE DO GOVERNADOR

CÂMARA MUNICIPAL DE MANAUS DIRETORIA LEGISLATIVA

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM CONTABILIDADE DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA (NEPEC/UCB)

Faço saber, que a Câmara Municipal de Mangueirinha, Estado do Paraná aprovou e eu, ALBARI GUIMORVAM FONSECA DOS SANTOS, sanciono a seguinte lei:

ANEXO XXII POLÍTICA MUNICIPAL DE TURISMO DE FOZ DO IGUAÇU LEI Nº 4.291, DE 31 DE OUTUBRO DE 2014.


PROJETO DE LEI Nº 12, de 06 de outubro de 2014.

LEI MUNICIPAL Nº 3.486/2005

PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS GABINETE CIVIL

LEI N , DE 17 DE JANEIRO DE INSTITUI A POLÍTICA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DA AGRICULTURA FAMILIAR.

LEI Nº 982 DE 16 DE MAIO DE 2013.

Art. 13. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 3 de setembro de 2003; 182 o da Independência e 115 o da República.

REGULAMENTO DA ASSESSORIA DE PLANEJAMENTO

REGIMENTO DA UNIDADE DE AUDITORIA INTERNA DO IF SUDESTE DE MINAS GERAIS CAPÍTULO I

DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DO CONSELHO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR CAE DO MUNICÍPIO NOS TERMOS DA MEDIDA PROVISÓRIA , DE 02 DE

Dom Macedo Costa. ESTADO DA BAHIA Município de Dom Macedo Costa Prefeitura Municipal Onde Pulsa o Desenvolvimento

Estado da Paraíba Prefeitura Municipal de Santa Cecília Gabinete do Prefeito

PORTARIA Nº 1.849, DE 23 DE SETEMBRO DE 2005

LEI Nº 358/2011. Súmula: Institui o Fundo Municipal de Saúde e dá outras providências. Capitulo I. Objetivos

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS

LEI N 1.892/2008 Dá nova redação a Lei nº 1.580/2004

DECRETO Nº DE 8 DE DEZEMBRO DE 2008

MMX - Controladas e Coligadas

JOSÉ ALVORI DA SILVA KUHN PREFEITO MUNICIPAL DE MORMAÇO, Estado do Rio Grande do Sul.

MINISTÉRIO DAS CIDADES Secretaria Nacional de Habitação. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL Representação de Apoio ao Desenvolvimento Urbano

LEI MUNICIPAL Nº , DE 10 DE JUNHO de DIÓGENES LASTE, Prefeito Municipal de Nova Bréscia RS.

Decreto nº , de 12 de dezembro de 1995 de São Paulo

PROGRAMAS E PROJETOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO ECOTURISMO NO PÓLO DO CANTÃO

-0> INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 65, DE 30 DE OUTUBRO DE 2012.

LEI COMPLEMENTAR Nº 156 DE 14 DE JANEIRO DE 2010.

ESTADO DO PIAUÍ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DO ARRAIAL PROJETO DE LEI MUNICIPAL N.º. /2007, DE 26 DE NOVEMBRODE 2007.

DECRETO Nº 980, DE 16 DE ABRIL DE 2012

A Faculdade de Ciências Farmacêuticas no uso de suas atribuições legais e regimentais;

LEI Nº , de 18 de julho de (PDIL) Procedência: Governamental Natureza: PL 141/06 DO: de 20/07/06 Fonte - ALESC/Coord.

DECRETO Nº , DE 21 DE NOVEMBRO DE JOSÉ SERRA, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei,

PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS GABINETE CIVIL

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Gabinete de Consultoria Legislativa

Farmácia Universitária

CAPÍTULO I DA FINALIDADE BÁSICA DO CONSELHO

PREFEITURA MUNICIPAL DE URUAÇU ESTADO DE GOIÁS PODER EXECUTIVO SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO CNPJ /

ASSOCIAÇÃO CULTURAL E EDUCACIONAL DE ITAPEVA FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E AGRÁRIAS DE ITAPEVA - FAIT

PREFEITO MUNICIPAL DE ARACATI

Prefeitura Municipal de Nova Mutum

CÂMARA MUNICIPAL DE SABOEIRO-CE

gestão das Instâncias de Governança nas regiões turísticas prioritárias do país.

A PREFEITA DO MUNICÍPIO DE CONTAGEM

RESOLUÇÃO Nº CONSU, DE 07 DE AGOSTO DE 2009.

LEI N 588, DE 27 DE SETEMBRO DE 2011.

LEI N 547, DE 03 DE SETEMBRO DE 2010.

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

PREFEITURA MUNICIPAL DE CARMO DA CACHOEIRA ESTADO DE MINAS GERAIS GABINETE DO PREFEITO

SECRETARIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS - ADMINISTRAÇÃO DIRETA

PROJETO DE LEI Nº 09/2015, DE 23 DE MARÇO DE 2015.

SECRETARIA DE ESTADO DE ESPORTES E DA JUVENTUDE SUBSECRETARIA DA JUVENTUDE

PPA PLANO DE DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO PROGRAMA ESCOLA DO LEGISLATIVO

ESTADO DA PARAÍBA PREFEITURA MUNICIPAL DE COREMAS-PB GABINETE DO PREFEITO

Transcrição:

RIO GRANDE DO NORTE LEI Nº 9.931, de 14 de janeiro de 2015. Dispõe sobre a Política de Turismo do Rio Grande do Norte para definir as diretrizes de planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor do turístico e dá outras providências. O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 49, 7º, da Constituição do Estado, combinado com o artigo 71, II, do Regimento Interno (Resolução nº 46, de 14 de dezembro de 1990). FAÇO SABER que o PODER LEGISLATIVO aprovou e EU promulgo a seguinte Lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º. Esta Lei estabelece normas sobre a Política Estadual de Turismo, no planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor turístico, disciplina a divulgação e promoção do destino turistico, a prestação de serviços turísticos. Consoante aos ditames do Art. 180 da Constituição Federal e o que estabelece a Lei 11.711/2008. Art. 2º. Para os fins desta Lei, considera-se turismo um fenômeno contemporâneo que estabelece transferências de relações mútuas, em hábitos e tradições, constituindo-se também, fonte de desenvolvimento econômico e social, em atividades realizadas por pessoas físicas durante viagens e estadas em lugares diferentes do seu entorno habitual, por um período inferior a 1 (um) ano, com finalidade de entretenimento, lazer e negócios. Parágrafo único. As viagens e estadas de que trata o caput deste artigo devem gerar movimentação econômica, trabalho, emprego, renda e receitas públicas nas diversas regiões do Rio Grande do Norte, constituindo-se instrumento de desenvolvimento econômico e social, promoção e diversidade cultural e preservação da biodiversidade do Estado. Art. 3º. Caberá a Secretaria Estadual de Turismo, em conformidade com o Conselho Estadual de Turismo estabelecer criterios tecnicos para elaboração da Política Estadual de Turismo, planejando, fomentando, regulamentando, coordenando e

fiscalizando a atividade turística, bem como promovendo e divulgando institucionalmente o turismo em âmbito nacional e internacional. Parágrafo único. O poder público atuará em consonância com o Conselho Estradual de Turismo, mediante apoio técnico, logístico e financeiro, na consolidação do turismo como importante atividade, buscando o desenvolvimento sustentável, de distribuição de renda, de geração de emprego e da conservação do patrimônio natural, cultural e turístico do Rio Grande do Norte. CAPÍTULO II DA POLÍTICA, DO PLANEJAMENTO E DA ORGANIZAÇÃO DO TURISMO ESTADUAL Seção I Da Política Estadual de Turismo Dos Princípios Art. 4º. A Política Estadual de Turismo é regida por um conjunto de normas, voltadas ao planejamento e ordenamento do setor, e por diretrizes, metas e programas definidos no Plano Estadual do Turismo PET estabelecido pelo Governo Estadual. Parágrafo único. A Política Estadual de Turismo obedecerá aos princípios constitucionais da livre iniciativa, da descentralização, da regionalização e do desenvolvimento econômico-social justo e sustentável. Bem como o preconiza o Art 5º Inciso VI, da Lei 11. 771/08. Dos Objetivos Art. 5º. A Política Estadual de Turismo tem por objetivos: I Democratizar e propiciar o acesso ao turismo no Estado do Rio Grande do Norte a todos os segmentos populacionais, contribuindo para a elevação do bemestar geral; II Reduzir as disparidades sociais e econômicas de ordem regional, promovendo a inclusão social pelo crescimento da oferta de trabalho e melhor distribuição de renda; III Ampliar os fluxos turísticos, a permanência e o gasto médio dos turistas nacionais e estrangeiros no Estado, mediante a promoção e o apoio ao desenvolvimento do produto turístico Norte Riograndense; IV Estimular a criação, a consolidação e a difusão dos produtos turísticos norte riograndensse, com vistas a atrair turistas nacionais e estrangeiros, diversificando os fluxos entre as unidades da Federação e buscando beneficiar, especialmente, as regiões de menor nível de desenvolvimento econômico e social; V Propiciar o suporte a programas estratégicos de captação e apoio à realização de feiras e exposições de negócios, viagens de incentivo, congressos e eventos nacionais e internacionais;

VI Promover, descentralizar e regionalizar o turismo, estimulando os Municípios, a planejar, em seus territórios, as atividades turísticas de forma sustentável e segura, inclusive entre si, com o envolvimento e a efetiva participação das comunidades receptoras nos benefícios advindos da atividade econômica; VII Criar e implantar empreendimentos destinados às atividades de expressão cultural, de animação turística, entretenimento e lazer e de outros atrativos com capacidade de retenção e prolongamento do tempo de permanência dos turistas nas localidades; VIII Propiciar a prática de turismo sustentável nas áreas naturais, promovendo a atividade como veículo de educação e interpretação ambiental e incentivando a adoção de condutas e práticas de mínimo impacto compatíveis com a conservação do meio ambiente natural; IX Preservar a identidade cultural das comunidades e populações tradicionais eventualmente afetadas pela atividade turística, com a finalidade de fomentar intercâmbio entre pessoal, proporcionando trocas de Costumes, Culturas e Etnias. X Prevenir e combater as atividades turísticas relacionadas aos abusos de natureza sexual e outras que afetem a dignidade humana, respeitadas as competências dos diversos órgãos governamentais envolvidos; XI Desenvolver, ordenar e promover os diversos segmentos turísticos; XII Implementar o inventário do patrimônio turístico estadual, atualizando-o regularmente; XIII Propiciar os recursos necessários para investimentos e aproveitamento do espaço turístico estadual de forma a permitir a ampliação, a diversificação, a modernização e a segurança dos equipamentos e serviços turísticos, adequando-os às preferências da demanda, e, também, às características ambientais e socioeconômicas regionais existentes; XIV Estimular linhas de financiamentos para empreendimentos turísticos e para o desenvolvimento das pequenas e microempresas do setor pelos bancos e agências de desenvolvimento oficiais; XV Contribuir para o alcance de política tributária justa e equânime, na esfera Estadual, para as diversas entidades componentes da cadeia produtiva do turismo; XVI Promover a integração do setor privado como agente complementar de financiamento em infra-estrutura e serviços públicos necessários ao desenvolvimento turístico; XVII Propiciar a competitividade do setor por meio da melhoria da qualidade, eficiência e segurança na prestação dos serviços, da busca da originalidade e do aumento da produtividade dos agentes públicos e empreendedores turísticos privados;

XVIII Estabelecer padrões e normas de qualidade, eficiência e segurança na prestação de serviços por parte dos operadores, empreendimentos e equipamentos turísticos; XIX Promover a formação, o aperfeiçoamento, a qualificação e a capacitação de recursos humanos para a área do turismo, bem como a implementação de políticas que viabilizem a colocação profissional no mercado de trabalho; e XX Implementar a produção, a sistematização e o intercâmbio de dados estatísticos e informações relativas às atividades e aos empreendimentos turísticos instalados no Estado, integrando as universidades e os institutos de pesquisa públicos e privados na análise desses dados, na busca da melhoria da qualidade e credibilidade dos relatórios estatísticos sobre o setor turístico brasileiro. Parágrafo único. Quando se tratar de unidades de conservação, o turismo será desenvolvido em consonância com seus objetivos de criação e com o disposto no plano de manejo da unidade. Seção II Do Plano Estadual de Turismo PET Art. 6º. O Plano Estadual de Turismo PET será elaborado através dos segmentos públicos e privados interessados, inclusive o Conselho Estadual de Turismo, devendo ser aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento do Estado CDE, com o intuito de prover: I A política de crédito para o setor; II A boa imagem do produto turístico norte riograndesse no mercado nacional e internacional; III A vinda de turistas estrangeiros e nacionais, com a finalidade de ampliar a permanencia do turista em solo Norte Riograndese; IV Maior aporte de divisas à economia do Estado; V A incorporação de segmentos especiais de demanda advindo do mercado interno, em especial os idosos, os jovens e as pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, pelo incentivo a programas de descontos e facilitação de deslocamentos, hospedagem e fruição dos produtos turísticos em geral e campanhas institucionais de promoção; VI A proteção do meio ambiente, da biodiversidade e do patrimônio cultural de interesse turístico; VII A atenuação de passivos socioambientais eventualmente provocados pela atividade turística; VIII O estímulo ao turismo responsável praticado em áreas naturais protegidas ou não;

IX A orientação às ações do setor privado, fornecendo aos agentes econômicos subsídios para planejar e executar suas atividades; e X A informação da sociedade e do cidadão sobre a importância econômica e social do turismo. Parágrafo único. O PET terá suas metas e programas revistos a cada 4 (quatro) anos, em consonância com o plano plurianual, ou quando necessário, observado o interesse público, tendo por objetivo ordenar as ações do setor público, orientando o esforço do Estado e a utilização dos recursos públicos para o desenvolvimento do turismo. Art. 7º. A Secretaria Estadual do Turismo, em parceria com outros órgãos e entidades integrantes da administração pública, publicará, anualmente, relatórios, estatísticas e balanços, consolidando e divulgando dados e informações sobre: I Movimento turístico receptivo e emissivo; II Atividades turísticas e seus efeitos sobre o nível de emprego; e III Efeitos econômicos e sociais advindos da atividade turística. CAPÍTULO III DA COORDENAÇÃO E INTEGRAÇÃO DE DECISÕES E AÇÕES NO PLANO ESTADUAL Seção I Dos Planos e Programas Art. 8º. O poder público Estadual promoverá a racionalização e o desenvolvimento uniforme e orgânico da atividade turística, tanto na esfera pública como privada, mediante programas e projetos consoantes com a Política Estadual de Turismo e demais políticas públicas pertinentes, mantendo a devida conformidade com as metas fixadas no PET. Art. 9º. Fica criado o Comitê de Planejamento Turístico - CPT, com a finalidade de compatibilizar a execução da Política Estadual de Turismo e a consecução das metas do PET com as demais políticas públicas, de forma que os planos, programas e projetos das diversas áreas do Governo Estadual venham a incentivar: I A política de crédito e financiamento ao setor; II A adoção de instrumentos tributários de fomento à atividade turística mercantil, tanto no consumo como na produção; III O incremento ao turismo pela promoção adequada de tarifas aeroportuárias, em especial a tarifa de embarque, preços de passagens, tarifas diferenciadas ou estimuladoras relativas ao transporte turístico; IV As condições para fretamento relativas ao transporte turístico;

V O levantamento de informações quanto à procedência dos turistas nacionais e internacionais, faixa etária, motivo da viagem e permanência estimada no Estado, além da nacionalidade dos turistas estrangeiros; VI A metodologia e o cálculo da receita turística contabilizada no balanço de pagamentos das contas estaduais; VII A formação, a capacitação profissional, a qualificação, o treinamento e a reciclagem de mão-de-obra para o setor turístico e sua colocação no mercado de trabalho; VIII O aproveitamento turístico de feiras, exposições de negócios, congressos e simpósios internacionais, apoiados logística, técnica ou financeiramente por órgãos governamentais, realizados em mercados potencialmente emissores de turistas para a divulgação do Rio Grande do Norte como destino turístico; IX O fomento e a viabilização da promoção do turismo, visando à captação de turistas nacionais e estrangeiros, solicitando inclusive o apoio da EMBRATUR, rede diplomática e consular do Brasil no exterior; X O tratamento diferenciado, simplificado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte de turismo; XI A geração de empregos; XII O estabelecimento de critérios de segurança na utilização de serviços e equipamentos turísticos; XIII A formação de parcerias interdisciplinares com as entidades da administração pública Estadual, visando ao aproveitamento e ordenamento do patrimônio natural e cultural para fins turísticos; e XIV O cadastro devidamente atualizado de todos os equipamentos turisticos, para subsidiar o planejamento e facilitar as ações integradas. Parágrafo único. O Comitê de Planejamento Turístico, observará os mesmos critérios do art. 25º, na sua composição, forma de atuação e atribuições, será presidido pelo Secretário de Estado do Turismo, tendo como obrigatoriedade a tecnicidade na sua composição. Art. 10. A Secretaria de Estado do Turismo poderá buscar, no Ministério do Turismo, e EMBRATUR, apoio técnico e financeiro para as iniciativas, planos e projetos que visem ao fomento das empresas que exerçam atividade econômica relacionada à cadeia produtiva do turismo, com ênfase nas microempresas e empresas de pequeno porte. Art. 11. O CPT, terá como uma de suas prioridades, produzir as diretrizes para Implentação dos Roteiros Turisticos dos Estado, tendo como gestores o Governo do Estado do Rio Grande do Norte, através da Secretária de Turismo, as Prefeituras Municipais, o Sebrae/RN e demais membros do CONETUR.

Paragrafo Único. O CPT será responsável por todos os dados estatísticos e informações relativas à atividade turística, bem como pelo planejamento do setor. Seção II Dos Roteiros Temáticos Art. 12. Será implantado os Roteiros Temáticos, que induzirá o fomento aos micros e pequenos negócios da extensa cadeia produtiva do turismo, viabilizando o conceito de cluster econômico, ampliando as oportunidades de novos negócios e aumentando a oferta de emprego, contribuindo para uma democrática distribuição de renda. Art. 13. O Poder Público Estadual e Municipais atuarão na consolidação dos Roteiros Temáticos do Estado, com a finalidade de fomentar e maximizar os benefícios econômicos, sociais, culturais e ambientais, viabilizar alternativas para as atividades degradadoras do meio ambiente, gerar trabalho, renda e prosperidade. Art. 14. Os Roteiros Temáticos serão segmentados entre os seguintes temas: Turismo Arqueológico e Paleontológico; Turismo Cultural; Turismo Científico e Tecnológico; Turismo dos Esportes de Aventura; Ecoturismo; Turismo Mineral; Turismo de Negócios e Eventos; Turismo de Pesca; Turismo Religioso; Turismo Rural; Turismo de Saúde/Termal e Turismo de Sol e Praia, ou outro tipo de segmento que venha a surgir. Parágrafo Único. Como forma de viabilizar, estruturar e desenvolver os Roteiros Temáticos, fica estabelecido a criação do Plano Intermunicipal de Transporte e Rodagem, a ser executado, pelos órgãos competentes, vinculados ao Governo do Estado do Rio Grande do Norte, sendo submetido a análise do Comitê Gestor de Planejamento Turístico. Seção III Do Profissional do Turismo Art. 15. Caberá aos órgãos oficiais de turismo, bem como às entidades de classe, que compõe o CONETUR, aproveitar em seus quadros, profissionais com diploma de curso superior de Turismólogo, como forma de incentivo e valorização do profissional do setor. Parágrafo Único. A valorização e aproveitamento do profissional do turismo será objeto de prioridade estabelecida pelo PET, em conformidade com o art. 21, Inciso VII. CAPÍTULO IV DO FOMENTO À ATIVIDADE TURÍSTICA Seção I Do Fundo do Desenvolvimento do Turismo FUNDETUR Art. 16. Fica instituído o Fundo de Desenvolvimento do Turismo FUNDETUR, de natureza financeira e com o objetivo de estimular o financiamento de

projetos na área do turismo, voltados à promoção e ao desenvolvimento do setor turístico. Art. 17. O FUNDETUR é constituído de recursos provenientes das seguintes fontes: I Dotações orçamentárias do Estado; II Receitas oriundas de convênios; III Receitas oriundas de taxas estaduais criadas para este fim específico; IV Receitas dos parques estaduais, prédios públicos, alugados ou arrendados com finalidade voltada à atividade turística vinculados ao Governo do Estado; V Receitas financeiras decorrentes da aplicação dos seus recursos; VI Contribuições, doações, financiamentos e recursos oriundos de entidades públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras; VII Percentual da verba publicitária do Governo do Estado, destinado a divulgação institucional de suas ações, relacionadas ao fomento da atividade econômica; e VIII Outros recursos que lhe venham a ser destinados. Art. 18. Os recursos do FUNDETUR serão depositados em conta corrente específica de instituição financeira oficial, devendo ser administrado pelo Grupo Gestor, previsto no art. 34 desta Lei. Art. 19. Os recursos do FUNDETUR serão destinados, prioritariamente, da seguinte forma: I - À promoção turística, em forma de ações, serviços e bens para a comunicação, como mídia impressa, eletrônica, televisiva, radiofônica ou qualquer outra forma que atinja o alvo desejado; II À promoção, valorização e preservação dos recursos naturais e das manifestações culturais típicas do Estado; III À qualificação de recursos humanos; fluxo; e IV À eventos: criação, desenvolvimento, apoio, promoção e captação de V À pesquisas de estudos de viabilidade de projetos turísticos. Art. 20. Os projetos que pretendam obter incentivos do FUNDETUR deverão ser apresentados ao Grupo Gestor do Fundo -, o qual deliberará conforme as condições estabelecidas em seu Regimento Interno.

Parágrafo único. Os projetos a que se refere o caput deste artigo deverão ter sempre como proponentes entidades representadas no CONETUR. Art. 21. Nas divulgações dos projetos beneficiados pelo FUNDETUR deverá constar, obrigatoriamente, o apoio institucional do Estado do Rio Grande do Norte, através da Secretaria do Turismo e Emproturn. Art. 22. Fica vedada a aprovação dos projetos que não sejam estritamente de caráter turístico. Art. 23. Os benefícios do FUNDETUR não serão concedidos a proponentes ou financiadores inadimplentes com o Estado do Rio Grande do Norte, sendo necessária comprovação de regularidade fiscal. Art. 24. Fica vedada a utilização de recursos do FUNDETUR para pagamento de despesas com pessoal e encargos sociais, serviço da dívida do Estado ou quaisquer outras despesas correntes não vinculadas diretamente aos projetos ou programas financiados pelo referido Fundo. Art. 25. O FUNDETUR será gerido por um Grupo Gestor, com a seguinte composição: I Secretário de Estado do Turismo, ou representante legal por ele designado, que o presidirá; II Um membro do CONETUR, escolhido entre seus pares, integrante de lista tríplice encaminhada pelo CONETUR, dentre os dirigentes das entidades representativas do setor turístico, micro-regionais, regionais e meso-regionais, podendo pertencer ao poder público municipal ou sociedade civil organizada, vedada a indicação de pessoa oriunda dos quadros do Estado, seja de quaisquer dos Poderes, empresas estatais ou de economia mista; III Um membro do CONETUR, escolhido entre seus pares, integrante de lista tríplice encaminhada pelo CONETUR, dentre os dirigentes das entidades representativas do setor turístico, vinculados às faculdades e universidades, com formação na área do turismo; e IV Dois membros do CONETUR, escolhido entre seus pares, integrante de lista sêxtupla encaminhada pelo CONETUR, oriundo do segundo setor, representado pelas entidades de classe e associações. 1º. O mandato dos membros a que se refere os incisos II, III, IV deste artigo será de dois anos permitida uma recondução. 2º. Os membros do Grupo Gestor não perceberão qualquer remuneração, sendo consideradas de relevante interesse público as funções por eles exercidas. Art. 26. O Grupo Gestor do FUNDETUR terá as seguintes atribuições:

I Aprovar os projetos apresentados, a serem financiados pelo FUNDETUR, tendo passado pelo CONETUR, em conformidade com a legislação pertinente, observadas as prioridades das políticas públicas governamentais; II Administrar a conta de aplicação dos recursos do Fundo; III Ordenar os empenhos e pagamentos à conta do orçamento do Fundo; e IV Acompanhar a execução dos projetos aprovados, fiscalizando a correta aplicação dos recursos. Art. 27. O Grupo Gestor do FUNDETUR será secretariado por um membro indicado pelo Secretário Estadual do Turismo, para exercer a função de secretário(a) executivo, com as seguintes atribuições: I Confecção de calendário de eventos internos; II Confecção de atas das reuniões; III Atualização de dados na Internet; IV Promoção da comunicação entre os cinco membros do Grupo Gestor do FUNDETUR; e V Providências para as publicações oficiais. Art. 28. A estrutura e o funcionamento do FUNDETUR será disciplinada em regimento interno. Art. 29. O exercício do FUNDETUR inicia-se em janeiro e encerra-se em dezembro de cada ano. Art. 30. Os dados técnicos, como projetos, tramitações, andamentos, protocolos, e os dados financeiros, como balanços, posições financeiras e planilha de investimentos estarão publicados na Internet no endereço eletrônico www.setur.rn.gov.br Art. 31. As regulamentações de receitas advindas de outras fontes para fortalecimento do Fundetur poderá ser feita por intermédio de Lei Suplementar. Art. 32. Os municípios com potencial turístico, ficam habilitados para elaborar suas Leis municipais de turismo, consoante os ditames da Lei Estadual de forma suplentar e subsidiária. Art. 33. O êxito para implementação desta Lei, dependerá de um esforço integrado entre agentes públicos e privados, com a finalidade de solidificar uma cultura turística duradoura, baseada na força das parcerias e na gestão descentralizada. Art. 34. Os agentes da indústria do turismo haverão de primar pelo desenvolvimento sustentável, pela proteção dos direitos humanos, pelos princípios

gerais do Direito Internacional, zelando pelo controle de sua efetivação, consoante a aplicação dos princípios do Código Mundial de Ética do Turismo. Art. 35. Os Artigos desta Lei, que vincula-se as ações ao Conselho Estadual de Turismo (CONETUR), serão remetidos ao exposto no: I o Decreto-Lei n o 17.276 de 15 de dezembro de 2003; e II o Decreto-Lei nº 18.893, de 14 de fevereiro de 2006. Art. 36. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, Palácio JOSÉ AUGUSTO, em Natal, 14 de janeiro de 2015. Deputado RICARDO MOTTA Presidente