DO EQUIVALENTE EM DINHEIRO ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA NAS AÇÕES DE DEPÓSITO EM CONTRATOS DE. ROGERIO DE OLIVEIRA SOUZA Juiz de Direito TJ/RJ



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Transcrição:

DO EQUIVALENTE EM DINHEIRO NAS AÇÕES DE DEPÓSITO EM CONTRATOS DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA ROGERIO DE OLIVEIRA SOUZA Juiz de Direito TJ/RJ O Decreto-Lei 911, de 01.10.1969, deu nova redação ao art. 66 da Lei nº 4.728, de 14.07.1965 (mercado de capitais), além de estabelecer, em seus demais artigos (2 o ao 9 o ária. Com a Constituição de 1988, o decreto-lei foi recepcionado como lei ordinária, passando a integrar o sistema de direito positivo nessa qualidade. O decreto deu 3 (três) opções de estratégia processual para que o credor (ou o ), a ação de depósito (por conversão da ação de busca e apreensão frustrada, prevista no art. 4 o o ). Em todas estas possibilidades processuais, pretende o credor ver satisfeito seu crédito, através da venda da coisa a terceiros, independentemente de leilão, hasta pública, avaliação prévia ou qualquer outra medida judicial ou extrajudicial (art. 2 o ), compreendendo no crédito assim perseguido, o principal, juros e comissões, além das taxas, cláusula penal e correção monetária (art. 2 o, 2 o ). conhecendo-lhe o direito de proceder à transformação do bem alienado em despesas decorrentes (art. 1 o, ), entregando eventual saldo ao devedor. dade se apresenta ao credor para vender a coisa a terceiros. A situação é diversa se o credor não obtém do devedor, voluntariamente, a devolução da coisa, impondo o recurso à via judicial, de molde a realizar seu crédito. 113

O pedido de busca e apreensão se apresenta apenas como meio, através do qual, o credor lança mão do bem alienado, com o escopo de transformá-lo em dinheiro e se autopagar. A frustração da apreensão do bem em razão de não ser encontrado ou não se achar na posse do devedor abre ao credor as duas outras opções processuais: ou requer a conversão do pedido inicial em depósito (art. 4 o ) ou recorre à ação executiva (art. 5 o ). Deve se registrar, de pronto, que na primeira hipótese, a conversão é do pedido, na mesma ação, isto é, mantendo-se o mesmo processo ( os mesmos autos ), apenas adotando-se providências de e no registro, além de nova citação e prazo para defesa); no segundo caso, a ação de busca e apreensão encontra seu término na extinção do processo, da ação, isto é, a execução da liminar (art. 3 o, 3 o ). - na forma prevista no Capítulo II, do Título I, do Livro IV, do Código de Processo Civil (art. 4 o ), o qual trata, exatamente, da ação de depósito (artigos 901 a 906). A exigência de nova petição atende ao princípio da congruência, entre pedido e sentença (CPC, 460), além de garantir o direito de defesa do réu (CPC, 302). A aplicação das disposições previstas no Código de Processo Civil se faz direta e imediatamente, posto que o decreto (rectius, a lei) faz remissão cogente, passando o pedido do credor a adotar o regime jurídico da o preço da venda no pagamento de seu crédito e demais despesas (art. 2 o ). O art. 901 do Código de Processo Civil dispõe que esta ação tem mandamental e real. Volta-se para a coisa em si, independentemente do concurso da vontade do devedor, podendo o Juiz, em casos tais, expedir mandado de prisão contra o renitente, que se encontra na posição de depositário. O interesse imediato do credor se revela na apreensão do próprio bem, O bem alienado servirá apenas como meio útil a realizar o pagamento, não se prestando como seu substitutivo em razão de vedação legal expressa (Lei 4.728/65, art. 66, 6 o ). 114

petição inicial de tal ação, que deverá ser instruída com a prova literal do depósito e a estimativa do valor da coisa, se não constar do contrato. A primeira exigência se demonstra com a apresentação do próprio contrato e não simplesmente sua estimativa. É de excepcional importância que o credor indique qual seja este valor, posto que o objeto imediato do pedido é a restituição da coisa depositada. A indicação precisa deste valor tem outra conseqüência processual relevante, posto que o inc. I do art. 902 apresenta ao devedor pedidos com prestação alternativa, ou seja, libera-se ele se entregar a coisa, depositá-la em juízo ou consignar-lhe o equivalente em dinheiro. Consubstancia, assim, a alternatividade do pedido, cabendo a escolha ao devedor (CPC, 288), podendo este restituir a coisa ou o seu equivalente em dinheiro. A entrega da coisa se fará diretamente ao credor, com posterior ato de comunicação no processo; o depósito e a consignação necessitam da intervenção judicial, lavrando-se auto próprio de cada opção. O comportamento processual do réu, em qualquer das três hipóteses, se revela incompatível com a posição de rebeldia ao pedido, funcionando, antes, como reconhecimento jurídico do mesmo (CPC, 269, II), inclusive, assumindo o ônus decorrente (despesas do processo e honorários advoca- em seus dois incisos distintos: um, dispondo sobre a falta de resistência à pretensão autoral e o outro, se opondo à mesma. Em se mantendo revel, ou seja, deixando de contestar a ação e também não se oferecendo à restituição da coisa ou de seu equivalente, a conseqüência será o julgamento de procedência, ordenando o juiz a expedição de mandado para a entrega, em 24 (vinte e quatro) horas, da coisa ou do equivalente em dinheiro (CPC, 904). A estimativa do valor da coisa representa, em termos pecuniários, o limite quantitativo do pedido do credor, posto que o devedor somente se livrará de sua obrigação, através da entrega ou do depósito judicial da coisa, ou se proceder à consignação de seu valor em juízo. Este valor da obrigação do devedor. Deve ser interpretado como o valor comercial do bem e não como o valor do contrato, pois a ação tem por escopo a coisa depositada (CPC, 901) ou seu equivalente em dinheiro (CPC, 902, I); é 115

estimativa do valor da coisa, exigência a ser cumprida na petição inicial da ação de depósito (CPC, 902), há de constar do contrato como o próprio As projeções de juros e correção monetária para pagamento parcelado do preço não integra o valor da coisa, pois se referem à operação típica do - A ação de depósito, assim, se revela como instrumento processual hábil a garantir a restituição da coisa e não ao pagamento do débito do transversa, isto é, através da venda da coisa a terceiros (Decreto-Lei 911/69, art. 2 o ) e não em razão da consignação do equivalente em dinheiro do valor da própria coisa não depositada (CPC, 902, I). A opção do credor pelo saldo, respondendo em ação de execução. A interpretação doutrinária e jurisprudencial entendendo que o equivalente em dinheiro nas ações de depósito deve representar o saldo devedor do contrato, apurado até a data da petição inicial, refoge aos limites impostos pela própria lei, impondo um agravamento considerável na obrigação do devedor em proceder à consignação do valor da coisa depositada que, na maioria das vezes, não mais corresponde ao seu valor real de mercado. A - interpretar quando a lei não apresenta lacuna ou omissão; o dispositivo é claro ao apresentar a opção do restituição da coisa ou de seu equivalente em dinheiro. Ao optar pelo depósito, preferiu o credor a coisa em si, postergando para futura ação, a recuperação de eventual saldo devedor, após a venda do bem a terceiros. Não pode pretender obter o pagamento do débito 116

através da consignação do saldo devedor do contrato, em substituição ao depósito da coisa alienada; se o objetivo é satisfazer o crédito e ciente o deveria, de pronto, proceder à ação de execução, inclusive penhorando o bem alienado. A interpretação diversa seria reconhecer ao credor a conjugação de duas ações distintas, com ritos próprios, em um mesmo processo (ação de depósito convolada e ação de execução), sem autorização legal, impondo pesado fardo à defesa do devedor, em violação às garantias constitucionais. O interesse imediato do credor ao propor ação com pedido de depósito se volta direta e imediatamente para a coisa em si; impõe obrigação de dar a ser cumprida pelo devedor (rectius, de restituir coisa certa ), nos termos do artigo 869 do Código Civil; o interesse mediato é a satisfação do crédito através da venda do bem a terceiro. Desta forma, o entendimento de que o equivalente em dinheiro é o próprio saldo devedor do contrato de pelo credor, além de pôr de lado as disposições de direito material incidentes sobre o assunto (Dec. Lei 911/69, art. 2 º ). 117