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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Transcrição:

fls. 175 Registro: 2019.0000156347 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 2010972-34.2019.8.26.0000, da Comarca de Ibaté, em que é agravante MASTER COMÉRCIO, IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE COSMÉTICOS E SANEANTES LTDA, é agravado ESTADO DE SÃO PAULO. ACORDAM, em sessão permanente e virtual da 7ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: Deram provimento parcial ao recurso, nos termos que constarão do acórdão. V. U., de conformidade com o voto do relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Desembargadores COIMBRA SCHMIDT (Presidente sem voto), LUIZ SERGIO FERNANDES DE SOUZA E MOACIR PERES. São Paulo, 6 de março de 2019. Eduardo Gouvêa Relator Assinatura Eletrônica

fls. 176 7ª Câmara de Direito Público Processo nº 2010972-34.2019.8.26.0000 Comarca: Ibaté Juíza sentenciante: Letícia Lemos Rossi Agravante: Master Comercio, Importação e Exportação de Cosméticos e Saneantes Ltda. Apelado: Estado de São Paulo (voto nº 30.155) AGRAVO DE INSTRUMENTO Exceção de pré-executividade visando o recálculo da dívida tributária para afastar a aplicação da Lei nº 13.918/2009 aos juros, bem como de multa confiscatória Decisão que acolheu parcialmente o pedido e determinou o recálculo da dívida tributária com aplicação da taxa Selic, conforme Arguição de inconstitucionalidade nº 170909-61.8.26.0000, analisada pelo Órgão Especial Pretensão de redução da multa dita confiscatória e honorários advocatícios sobre o proveito econômico Recurso parcialmente provido apenas quanto aos honorarios advocaticios. Trata-se de agravo de instrumento interposto por Master Comercio, Importação e Exportação de Cosméticos e Saneantes Ltda., contra decisão proferida pela MMª. Juíza da Vara Única da Comarca de Ibaté, que acolheu em parte a exceção de préexecutividade apresentada pela ora agravante, em execução fiscal proposta pela Fazenda do Estado de São Paulo para cobrança de dívida tributária de ICMS, apenas quanto aos juros que deverão obedecer a taxa SELIC, e fixou honorários advocatícios pagos pelo exequente, fixados em R$ 1.000,00. Agravo de Instrumento nº 2010972-34.2019.8.26.0000 -Voto nº 2 a serem Em síntese, a agravante narra que apesar da magistrada acolher em parte a exceção determinando que a FESP atualize o valor do débito excluindo-se a incidência da Lei nº 13.918/09, aplicando-se a SELIC, deixou de condenar a Fazenda Estadual em honorários advocatícios nos termos do art. 85 do CPC,

fls. 177 bem como insiste que a multa aplicada é confiscatória requerendo sua redução. A Fazenda Estadual apesentou contraminuta às fls. 149/163. É o relatório. A r. decisão será parcialmente reformada apenas quanto aos honorários advocatícios. Trata-se de petição recebida como exceção de pré-executividade em que a empresa agravante visava a nulidade das CDAs, pois o debito foi acrescido de juros nos termos da Lei Estadual nº 13.918/09, já declarada inconstitucional pelo E. Órgão Especial deste TJSP, quando deveria ser pela taxa SELIC, bem como a redução da multa aplicada por considera-la confiscatória.. Quanto ao afastamento da aplicação da Lei 13.918/09, verifico que agiu com acerto a magistrada de primeira instância, pois por ocasião do julgamento da Arguição de Inconstitucionalidade n. 0170909-61.2012.8.26.0000, o Órgão Especial determinou que a taxa de juros aplicável ao montante do imposto ou da multa não deve excede àquela que incide sobre os tributos federais, conforme se verifica a seguir: Desta forma, entendo que a decisão de primeiro grau corretamente reconheceu a impossibilidade de aplicação dos juros previstos na Lei Estadual nº 13.918/09, sendo Agravo de Instrumento nº 2010972-34.2019.8.26.0000 -Voto nº 3

fls. 178 inviável reconhecer a nulidade das CDAs, uma vez que é possível a revisão dos valores inscritos, de modo a afastar a lei inconstitucional, aplicando-se a Selic. de Justiça: No mesmo sentido já decidiu este E. Tribunal DIREITO TRIBUTÁRIO - Débito de ICMS - Protesto de CDA - Juros de mora na forma da Lei Estadual nº 13.918/08 Não cabimento - Limitação aos índices aplicados aos tributos federais - Nulidade do título não reconhecida - Possibilidade de recálculo do débito tributário inscrito - Precedentes Recurso não provido. (TJSP, 1ª Câmara de Direito Público, Apelação nº 1042396-54.2016.8.26.0053, Relator Desembargador Luís Francisco Aguilar Cortez, j. 28/3/2017) (g.n.) Quanto aos honorários advocatícios, entendo que no caso em tela deve-se aplicar o disposto no artigo 85 caput e 2º e 3º, do Código de Processo Civil, que dispõem acerca da fixação dos honorários advocatícios entre o mínimo de 10% e o máximo de 20% sobre o proveito econômico obtido, in verbis: Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. (...) 2 o Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito Agravo de Instrumento nº 2010972-34.2019.8.26.0000 -Voto nº 4

fls. 179 econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos: I - o grau de zelo do profissional; II - o lugar de prestação do serviço; III - a natureza e a importância da causa; IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. 3 o Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorários observará os critérios estabelecidos nos incisos I a IV do 2 o e os seguintes percentuais: I - mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido até 200 (duzentos) saláriosmínimos; II - mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 200 (duzentos) salários-mínimos até 2.000 (dois mil) saláriosmínimos; III - mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários-mínimos até 20.000 (vinte mil) salários-mínimos; IV - mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 20.000 (vinte mil) salários-mínimos até 100.000 (cem mil) salários-mínimos; V - mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 100.000 (cem mil) salários-mínimos. (g.n.) No mesmo sentido: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À Agravo de Instrumento nº 2010972-34.2019.8.26.0000 -Voto nº 5

fls. 180 EXECUÇÃO FISCAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. BASE DE CÁLCULO. 1. Em Embargos à Execução, a base de cálculo da verba honorária deve ser o valor afastado com a procedência do pedido, ou seja, o referente ao excesso de execução. 2. Agravo Regimental não provido. (AgRg no AREsp nº 218245/PR - Rel. Ministro Herman Benjamin - 2ª Turma - j. 18.10.2012 - DJe 05.11.2012). Este E. TJSP tem esse mesmo entendimento: Agravo de Instrumento. Anulação e substituição das CDAs. Desnecessidade, tendo em vista a possibilidade de continuação da execução por valor inferior, mediante simples calculo algébrico. Honorários que devem ser fixados ainda no caso de acolhimento parcial de exceção de pré-executividade, já que ocasiona extinção de parte da Execução Fiscal. Precedentes. Tema 410 do STJ. Recurso parcialmente provido para fixar honorários sucumbenciais. (A. I. nº 2229567-68.2017.8.26.0000 Borba Franco j. 30.01.2018 V. U.) Agravo de Instrumento nº 2010972-34.2019.8.26.0000 -Voto nº 6 Rel. Fernão Já quanto a multa aplicada, entendo que não é confiscatória, pois fixada nos termos do artigo 85, I, b da Lei nº 6.374/89, que fixa a multa em 75% do valor do imposto. O E. STF entende, que a multa adquire caráter confiscatório quando ultrapassar 100% (cem por cento) do valor do imposto devido: TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ICMS. MULTA MORATÓRIA

fls. 181 APLICADA NO PERCENTUAL DE 40%. CARATER CONFISCATÓRIO. INEXISTENCIA. PRECEDENTES DO TRIBUNAL PLENO. 1.O plenário do Supremo Tribunal Federal já decidiu, em diversas ocasiões, serem abusivas multas tributárias que ultrapassem o percentual de 100% (ADI 1075 MC, Relator Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJ de 24-11.2006; ADI 551, Relator Min. Ilmar Galvão, Tribunal Pleno, DJ de 14-02-2003). 2. Assim, não possui caráter confiscatório multa moratória aplicada com base na legislação pertinente no percentual de 40% da obrigação tributária. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (STF, RE nº 400.927 AgR/MS, Rel. Min. Teori Zavascki, 2ª Turma, j. 4.6.2013). Não se vislumbra da CDA de fls. 01, a cobrança de honorários advocatícios em valor exorbitante, pois lá consta claramente que a Fazenda: Requer por fim, a fixação dos honorários advocatícios, e nada diz em que percentual Assim, reformo parcialmente a r. sentença de primeiro grau e dou parcial provimento ao recurso, para condenar a Fazenda Estadual em honorários advocatícios que fixo em 10%, sobre o proveito econômico obtido com a redução do débito, referente a taxa de juros, nos termos do art. 85, 2º e 3º, do CPC. De qualquer modo, para viabilizar eventual acesso às vias extraordinária e especial, considero prequestionada toda matéria infraconstitucional e constitucional, observando o pacífico entendimento do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que, tratando-se de prequestionamento, é desnecessária a citação numérica dos dispositivos legais, bastando que a questão posta tenha Agravo de Instrumento nº 2010972-34.2019.8.26.0000 -Voto nº 7

fls. 182 sido decidida (EDROMS 18205 / SP, Ministro FELIX FISCHER, DJ 08.05.2006 p. 240). recurso. Ante o exposto, dou parcial provimento ao EDUARDO GOUVÊA Relator Agravo de Instrumento nº 2010972-34.2019.8.26.0000 -Voto nº 8