1
Conteúdo TIPOS DE PLANOS... 3 PLANO GERAL... 3 PLANO MÉDIO... 3 PLANO AMERICANO... 4 PRIMEIRO PLANO OU CLOSE-UP... 4 PRIMEIRÍSSIMO PLANO... 4 MOVIMENTOS DE CÂMERA... 5 PANORÂMICAS - PANS... 5 PANORÂMICA VERTICAL TILT... 6 ZOOM-IN... 6 ZOOM-OUT... 7 TRAVELLING... 7 CÂMERA SUBJETIVA... 7 O SOM... 7 CAPTAÇÃO DO ÁUDIO DIRETO... 8 A LUZ... 8 ETAPAS DE PRODUÇÃO... 9 A IDÉIA / ARGUMENTO... 9 O ROTEIRO... 9 STORYBOARD... 9 PRODUÇÃO... 10 A CAPTAÇÃO... 10 A EDIÇÃO... 10 2
A câmera de cinema funciona como se fosse uma maquina fotográfica que dispara milhares de foto em um espaço muito curto de tempo. Em uma exibição de filme cada segundo corresponde a 24 fotogramas, não dando tempo para que nossa retina registre cada fotograma, pois logo em seguida já vem outro e assim sucessivamente. A cartilha a seguir tem o intuito de enumerar algumas técnicas que possam te ajudar a realizar seu filme, porém, a alma de produzir um filme está na personalização de seus métodos conforme suas idéias, isto é, não importa como você realize, importa que você consiga ilustrar aquilo que está dentro de você, aquilo que você quer contar. TIPOS DE PLANOS PLANO GERAL Mostra um grande espaço na qual os personagens podem fazer parte do cenário, mas que não necessariamente precisam ser identificados. É um dos planos de cenas básicas, onde o espectador é introduzido ao espaço em que se iniciará a história. É muito comum usar este tipo de plano para a primeira cena do vídeo. PLANO MÉDIO Os personagens são mostrados de corpo inteiro e uma pequena faixa acima da cabeça e abaixo dos pés. 3
PLANO AMERICANO E um plano mais próximo quando há dois ou mais personagens que estão se relacionando. Geralmente se dá por um ângulo da cintura pra cima. PRIMEIRO PLANO OU CLOSE-UP Enquadra somente a cabeça e ombros a fim de capturar as expressões sutis quando a pessoa está falando ou reagindo a algo,ou quando você pretende chamar a atenção do espectador para algum objeto. PRIMEIRÍSSIMO PLANO Foca no detalhe do rosto como, por exemplo, olhos ou boca, a fim de ressaltar. 4
Podemos dizer que os PLANOS MAIS ABERTOS são mais utilizados em situações onde os personagens estão em ação (corridas de carros, brigas) e os PLANOS MAIS FECHADOS são destinados mais a vida interior e sentimentos das personagens. Por exemplo, se gravarmos a cena de um personagem chorando em um plano geral, não conseguiremos perceber seu choro, pois no plano geral os personagens ficam pequenos. Se cortarmos a cena e selecionarmos o personagem risonho gravando em primeiro plano, estaremos possibilitando uma compreensão melhor da história. O importante é entender que cada plano deve explicar a ideia a ser contada. Estas regras não impedem a produção de seu filme com outras maneiras de se filmar, mas essas técnicas são muito usadas nas produções de curtas. MOVIMENTOS DE CÂMERA A câmera pode realizar todos os movimentos que se deseja, porém ela deve ter um motivo e uma intenção. Uma cena pode pedir ou não determinado movimento. O movimento pode juntar, separar, revelar ou esconder algo. Pode também acelerar ou não uma cena. PANORÂMICAS - PANS É usada quando a câmera se move na horizontal percorrendo o cenário, a paisagem ou o objeto filmado. Pode-se fazer este tipo de movimento com a câmera inclinada, mas o movimento é sempre na horizontal. 5
PANORÂMICA VERTICAL TILT É o movimento da câmera na vertical. Tilt Up Imagem de baixo para cima Tilt Down Imagem de cima para baixo ZOOM-IN Movimento da lente de aproximação ao objeto ou personagem. 6
ZOOM-OUT Movimento da lente de distanciamento do objeto. TRAVELLING A câmera desliza como se tivesse rodas. Pode ser feito prendendo-se a câmera num carrinho de brinquedo, podendo ser um skate puxado por um fio em cima de uma mesa, dando o efeito travelling. CÂMERA SUBJETIVA Quando a câmera passa a representar o ponto de vista do personagem. É como se a câmera fosse seu olho. Por exemplo, quando você mostra um close de uma personagem surpresa ao que está vendo. O público espera que na próxima cena mostre o que a personagem está vendo, assim o espectador experimenta os mesmos sentimentos da personagem e fica mais envolvido na história. O SOM O som tem que ser entendido enquanto elemento dramático, enquanto gerador de ideias e climas e não somente como uma música de fundo que pretende colocar no 7
vídeo na edição. Pesquise e experimente músicas de diversos tipos, sejam com ruídos, roncos, atabaques, entre outros, mas que reforcem a ideia que você quer transmitir. CAPTAÇÃO DO ÁUDIO DIRETO Se você deseja ter uma boa captação de áudio direto, fique atento aos ruídos e sons externos que possam atrapalhar o diálogo das personagens envolvidas ou que não atrapalhem a proposta principal. A LUZ Quando acordamos a última coisa que queremos é que se acenda a luz ou abra a janela. Depois do sono nossos olhos ficam bastante sensíveis à claridade e incomodadas com a presença de luz. A câmera de vídeo também não gosta que apontem a luz diretamente para sua lente, pois isso torna a imagem esbranquiçada ou estourada. Estes termos são usados para dizer que a imagem está com excesso de luz. Muita luminosidade impede o contraste e compromete a definição de imagem. A luz pode ser usada artisticamente ou simplesmente para iluminar um ambiente. A maneira mais simples de iluminar uma cena é estando de costas para luz, pois desta forma a luz estará contribuindo para uma boa iluminação. Caso sua cena exija uma linguagem de luz, fique a vontade parar desenhá-la da maneira que preferir. Contra-luz À favor da luz 8
ETAPAS DE PRODUÇÃO Em uma realização de um vídeo ou filme, encontramos as seguintes etapas para sua elaboração: A IDÉIA / ARGUMENTO i. É comum quando nos propomos a ter ideias, que muitas delas surjam em nossas cabeças. O primeiro passo é selecionar uma que consideramos a melhor e assim desenvolvê-la de forma que possamos contá-la. A melhor maneira de começar a ilustrar sua história é escrevendo de forma objetiva e resumida a sua história, isso damos o nome de argumento. O ROTEIRO ii. O roteiro é o argumento desenvolvido. Ter uma boa ideia é um grande passo, mas ela só existe à partir do momento em que alguém irá contá-la. Portanto, o como contar uma história é tão importante quanto a ideia em si. Uma piada contada de uma forma criativa pode causar muita risada, dita de qualquer jeito pode ser que acabe ficando sem graça. Portanto, antes de sair ligando o seu celular e filmando, temos que trabalhar com lápis e papel, escrevendo a história detalhadamente. Descrevendo personagens e as ações dos mesmos, o que damos o nome de cena. Procure ser mais específico possível - se a cena se passa durante o dia ou noite, onde ela se passa, quem está na cena, qual o plano e movimento de câmera que você quer dar à ela. STORYBOARD iii. Após o roteiro você pode desenvolver um storyboard, que o ajudará na organização de sua captação. Fazer um storyboard é colocar o roteiro da filmagem em desenhos formando história em quadrinhos. Cada quadrinho será uma cena que depois irá ser gravado pelo celular. Nele temos indicados os ângulos, movimentos de câmera e diálogos que iremos utilizar. Você pode usar a técnica para calcular o tempo total de seu filme, cronometrando os diálogos existentes ou imaginando quanto tempo você precisa para cada cena. 9
PRODUÇÃO iv. À partir do roteiro e/ou do storyboard você está pronto para fazer a decupagem das cenas, que consiste em saber tudo o que precisa para sua captação qual é o vestuário, que tipo de luz usar, que objetos de cena irá precisar e se o som será direto ou colocado durante a edição. Sabendo tudo o que será necessário, caso você esteja em grupo, as tarefas podem ser divididas pelos membros da equipe, dividindo assim as responsabilidades. Caso você esteja em grupo, é muito importante que a equipe escolha um diretor para coordenar o grupo. A CAPTAÇÃO v. Com o roteiro, storyboard e a decupagem na mão, vamos conferir se está tudo pronto para a captação da primeira cena. Qual a posição da câmera, os atores, o vestuário, a luz. Antes de gravar é importante dar uma ensaiada na cena para não ter que gravar muitas vezes. Após cada cena gravada é importante conferir o que gravou para saber se os sons, a luz, entre outras coisas, estão captados conforme sua vontade. Caso seu filme não necessite de roteiro, storyboard ou decupagem pegue o celular, saia gravando e boa sorte. A EDIÇÃO vi. Edição é o processo que você colocará o material gravado na ordem de sua história. Neste processo você pode utilizar de ferramentas de velocidade de cena (fast e slow), fade in (clareamento de cena) e fade out (escurecimento de cena), fusão (passagem de uma imagem para a outra como sobreposição) É nesta etapa que você irá sonorizar seu vídeo, podendo também trabalhar na edição do som de seu vídeo, aumentando o volume do som direto para a entrada de uma música. Recomendamos o uso de softwares gratuitos, tendo o mais conhecido o Windows Movie Maker. 10