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Transcrição:

VI PROVA CIRCUITO 2009 17 JUNHO 2009 Agradecemos o apoio do Amazónia Jamor Hotel que, gentilmente, nos cedeu as suas magníficas instalações

Se Norte decidir abrir em 2 forte, a partida de 5 em NS deverá ser alcançada. Mas, em muitos casos, a abertura escolhida será 1 e um parcial será o contrato mais popular, mesmo com a ajuda de Oeste, que vai, por certo, reabrir o leilão em dobre, depois dos dois esperados passes de Este e Sul. No carteio, sem a saída a espadas, o declarante vai realizar 12 vazas, aproveitando os trunfos do morto para os cortes em espadas. A única saída que limita o declarante a 11 vazas é a espadas. Pouca sorte para todos os EO que virem os adversários marcar partida, prevendo se uma grande variedade de resultados na linha NS. Um jogo que promete alguma luta. Será que a linha NS arrisca a defesa em 5 contra 4, apesar da vulnerabilidade desfavorável? E, em caso afirmativo, conseguirá a linha EO descobrir a defesa para 2 cabides? No primeiro caso, acredito que vários intervenientes arrisquem a defesa: depois da intervenção em 2 do parceiro, Sul tem uma mão cheia de potencial, podendo mesmo ganhar 5. Já no segundo caso, a defesa tem de atacar espadas na 2ª vaza (saída a copas para a D e 10), caso contrário o declarante irá apurar o naipe de oiros, para baldar 2 espadas perdentes da mão, cedendo apenas 1 espada 1 copa e 1 ouro, para 1 cabide ( 200) e um excelente resultado contra os 420 de EO. Tarefa ingrata para a linha EO com a maioria dos pares a marcarem, por certo, 4 e assistir a 4 vazas rápidas da defesa. A menos que a defesa, por qualquer motivo pouco evidente, não tire as suas 3 vazas a paus, fornecendo ao declarante uma hipótese ganhante que, mesmo assim, terá de passar pela passagem ao V, de forma a garantir 2 baldas para dois paus perdentes do morto. No meio de tudo isto, o normal será ver as marcações concentrarem se na linha NS. Vitória para os fervorosos adeptos do ST, que conseguirão garantir 9 vazas, com a defesa a tirar apenas 3 paus e 1 oiro. Mais um duelo em perspectiva, com uma normal intervenção de Este em 2 o que deverá levar Oeste directamente para o nível 5. Neste caso a decisão mais comum de NS será jogar 5 dobrados para um resultado de +500. Já quanto ao contrato de 5, o sucesso depende de acertar a copa, o que até não deverá ser difícil atendendo à intervenção vulnerável de Este. Mas, de qualquer forma, não existem muitos argumentos em Norte que lhe permitam decidir ir para o nível 5. B4F Página 2

Cá está o primeiro cheleme da noite. Contudo, o declarante terá de jogar com grandes cautelas já que uma má opção no manejo dos trunfos poderá colocar o contrato no cabide. A jogada de segurança no naipe, pequena do morto debaixo de AR, protegendo se contra DTxx em Oeste pode ter consequências desastrosas se Oeste fizer a vaza e virar oiros para o corte do parceiro. Sem jogada de segurança, o declarante bate as 2 figuras de trunfo e, ao aparecer a D, tabela para 13 vazas. Jogado por Sul, o cheleme é bem mais difícil de jogar, depois da eventual saída a paus Não existem grandes razões para entusiasmos desmedidos em qualquer das linhas, pelo que um parcial em espadas, em NS, deverá ser o contrato mais popular. Resta saber se, mesmo assim, conseguem parar ao nível 2. Uma eventual intervenção de Oeste em bicolor poderá inflacionar o leilão para qualquer dos lados. Pessoalmente, não gosto de intervir em bicolor nesta zona de força. A razão é bem ilustrada por este exemplo a mão tem mais potencial defensivo que ofensivo. O bridge tem destas coisas fantásticas a linha EO, com apenas 19 pontos ganha partida em copas. Para lá chegar, no entanto, haverá um longo caminho a percorrer. Desde logo com uma possível abertura de Norte em 3ª posição, que irá dificultar e muito a vida a EO. Depois, mesmo que o fit a copas venha a ser descoberto, o passe inicial de Oeste será, seguramente, uma dificuldade acrescida para a grande maioria dos jogadores em Este. Aparentemente, este será um jogo repousado para a linha EO, com um parcial em espadas à disposição. Apesar dos 16 pontos, a mão de Oeste tem alguns contras, sendo o principal o A seco no 1º naipe do respondente. Mesmo depois de descoberto o fit a espadas, Oeste deverá fazer um trial bid em paus, que Este deve recusar, marcando 3, uma vez que a mão tem demasiadas perdentes e uma D inútil. B4F Página 3

A LVT em todo o seu esplendor 10 vazas para EO em espadas, com 10 trunfos em linha, 9 vazas para NS, em copas, com 9 trunfos em linha, 19 vazas totais que podem mesmo levar NS a optar por defender a partida de 4 em 5. Mesmo com a intervenção de Oeste em 2 não será difícil a NS parar no parcial em espadas. O curioso deste jogo é que NS consegue realizar o mesmo número de vazas em ST que em espadas, isto é 9, pelo que um contrato de partida está, teoricamente, à disposição. Mas acredito que nos iremos ficar pela teoria. 3ST será o contrato popular deste jogo, embora a boa colocação das figuras de paus, apesar da má distribuição do naipe, tornar possível o contrato de 6 em EO. O leilão poderá ser 1ST 2 2 3, mostrando Este uma mão desbalançada com 5+paus e 4 copas. Mas nem assim Oeste deverá sentir se muito confortável para uma aventura em paus, passando o contrato de 3ST. Um mais que provável contrato de 3ST em NS. Jogado por Sul o contrato é difícil de derrotar, com uma normal saída a espadas, que permite ao declarante trabalhar o naipe de paus antes de a defesa apurar o naipe de copas; já jogado por Norte o contrato é inganhável com a saída a copas. Tudo depende da opção de Sul após a abertura de Norte em 1 : se marcar 2, o contrato de ST será, muito provavelmente, jogado por Norte. A outra opção será Sul responder 3ST com sucesso à vista B4F Página 4

Finalmente, um jogo calmo e sereno, com EO a chegar a um qualquer contrato de partida, sendo que a diferença terá a ver com o tipo de partida 9 vazas em ST, 10 vazas em espadas e 11 vazas em copas. O nível da intervenção de Sul irá determinar se Oeste consegue ou não mostrar as suas 4 cartas de espadas: uma intervenção em 1 permitirá a marcação de 1 ou de dobre, consoante os processos de marcação de EO, enquanto uma intervenção em 2 deverá deixar Oeste fora do leilão. De qualquer forma, Sul não deverá ter dificuldade em realizar 9 vazas, nem EO em derrotar eventuais contratos de partida nos casos de excesso de optimismo. Mesmo com a intervenção de Oeste sobre 1ST de Sul, a linha NS deverá chegar ao contrato de 3ST. Até aqui nenhuma novidade, excepto que o contrato pode não se ganhar. Para isso há que convencer Oeste a não sair a espadas. O R será, efectivamente a 9ª vaza do declarante. Quer isto dizer que, na prática, 600NS será o resultado mais frequente desta mão. A vulnerabilidade desfavorável deverá impedir EO de grandes impulsos defensivos. O normal será uma abertura de Oeste em 2 fraco ou no correspondente 2 multi e uma partida alcançada em espadas pela linha NS, para 11 vazas fáceis. B4F Página 5

Não são esperadas grandes surpresas para este jogo, com Este a jogar a sua partida em espadas e a realizar as 11 vazas a que tem direito. O cheleme necessitaria do R e das figuras de oiros divididas ou em Norte. Logo, um péssimo cheleme Com a normal intervenção de Sul em 1, o contrato de 3ST será alcançado mas o declarante reduzido a 9 vazas. Sem saída a espadas, 10 ou 11 vazas serão os resultados a inscrever na linha EO. Mais um jogo em que não se deverá verificar qualquer problema para NS alcançar a sua partida em copas ou em espadas. Após a abertura de 1ST, Norte pode marcar 4, mostrando um bicolor rico sem aspirações de cheleme, caso a convenção faça parte das ferramentas do par. Esta convenção permite que a sequência 1ST 2 2 3 mostre também uma mão bicolor mas com ambições de cheleme. Os 5 4 em rico são marcados através do Stayman. 12 vazas em ST e em paus, 13 vazas em oiros eis os resultados à disposição da linha EO. Mas a intervenção de Norte em 2 vai, por certo, provocar grandes dificuldades no leilão. O dobre negativo de Este ajuda a resolver parte do problema, mas agora Oeste vai ter uma tarefa muito difícil para mostrar o seu naipe de oiros e a força de inversa B4F Página 6

Eis uma boa oportunidade para Este introduzir o seu bicolor rico, depois da abertura de Norte em 1. A questão está em saber onde vamos parar: 4 ou 4 em EO para os leilões mais brandos, 5 em NS, para todos os que não se deixam intimidar com a agressividade adversária, 5 em EO para os que não estão na disposição de deixar um excelente duplo fit em flanco. Acredito que 5 seja um contrato popular para todos os pares em que Este mostrou o bicolor. Até porque, para além de se poderem ganhar 5, como é o caso, existe ainda o perigo de NS poder ganhar 5, o que não é o caso, mas podia muito bem ser! Eis um bom exemplo para a utilização do Checkback. Depois de 1 1 1ST, Oeste marca 2 e o abridor marca 2 mostrando 3 cartas no naipe. Encontrado o fit, será muito fácil a Oeste marcar a partida em copas. Desta feita, os amigos do ST serão castigados se ignorarem o fit em naipe rico e preferirem o contrato de ST, que se perde com a normal saída a espadas Um jogo para descansar de todas as emoções acumuladas. 1ST em Este deverá ser o contrato normal e incontestado. Pessoalmente, prefiro a abertura de Oeste em 1ST a qualquer outra. O 6 3 2 2 e o bom naipe de oiros levarão muitos jogadores, no entanto, a optar pela abertura de 1 e rebide de 3. Seja qual for a decisão de Oeste, o contrato de 3ST deverá ser a escolha de todos, terminando a noite com um jogo calmo. Como sempre, foi um enorme prazer estar na sua companhia! Para o próximo torneio deste circuito deveremos ter já a possibilidade de utilizar o bridgemates, facilitando e agilizando o processo de introdução de resultados. Obrigado pela sua participação. B4F Página 7