CIRCULAR Nº 2140 Documento normativo revogado pela Circular 2.462, de 10/08/1994. Aos Bancos Múltiplos, Bancos Comerciais, Caixas Econômicas e Sociedades de Crédito Imobiliário Institui recolhimento compulsório/encaixe obrigatório sobre depósitos judiciais. Comunicamos que a Diretoria do Banco Central do Brasil, em sessão realizada em 26.02.92, tendo em vista o disposto no art. 10, incisos III e IV, da Lei nº 4.595, de 31.12.64, com a redação que lhe foi dada pelos arts. 19 e 20 da Lei nº 7.730, de 31.01.89, e na Resolução nº 1.857, de 15.08.91, DECIDIU: Art. 1º. Instituir recolhimento compulsório/encaixe obrigatório sobre depósitos judiciais constituídos junto a bancos múltiplos, bancos comerciais, caixas econômicas e sociedades de crédito imobiliário. Parágrafo 1º. O recolhimento compulsório/encaixe obrigatório de que trata o "caput" deste artigo corresponde a 100% (cem por cento) do acréscimo de recursos de depósitos judiciais verificados a partir da data-base do balancete de 31.01.92 ou a 60% (sessenta por cento) do saldo do balancete/balanço a que se referir a posição objeto do cálculo, o que for menor. Parágrafo 2º. O recolhimento compulsório e o encaixe obrigatório incidem sobre os recursos inscritos nos seguintes grupos/subgrupos de contas do Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF): a - 4.1.1.70.00-9 - depósitos judiciais; b - 4.1.5.50.00-7 - depósitos judiciais com remuneração, deduzidas as respectivas despesas a apropriar inscritas na rubrica 4.1.5.95.00-0 - despesas a apropriar de depósitos a prazo. Parágrafo 3º. Para fins de apuração do valor sujeito a recolhimento os saldos do balancete de 31.01.92 devem ser mensalmente atualizados com base na variação da Taxa Referencial (TR), acrescida de 0,5% (cinco décimos por cento) ao mês. Art. 2º. A exigibilidade de recolhimento sobre depósitos judiciais deve ser cumprida mediante uma das seguintes alternativas: I - constituição de depósito em espécie; ou II - vinculação, no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC), dos seguintes títulos, da carteira própria da instituição financeira e não vinculados a compromissos de revenda:
a - Letras do Tesouro Nacional; b - Notas do Tesouro Nacional; c - Letras Financeiras do Tesouro; d - bônus do Banco Central; ou estaduais. e - títulos de emissão do próprio estado, no caso de instituições financeiras Parágrafo 1º. As importâncias recolhidas em espécie, até o valor da exigibilidade sobre os recursos referidos no parágrafo segundo do art. 1º, serão remuneradas com base na variação da Taxa Referencial Diária (TRD), acrescida de juros de 0,5% (cinco décimos por cento) ao mês. Parágrafo 1º. As importâncias recolhidas em espécie, até o valor da exigibilidade sobre os recursos referidos no parágrafo 2º do art. 1º, serão remuneradas, mensalmente, com base na Taxa Referencial (TR) do dia 15 (quinze) de cada mês, acrescida de juros de 0,5% (cinco décimos por cento) ao mês. (Redação dada pela Circular 2.306, de 14/05/1993.) Parágrafo 2º. Os títulos vinculados/desvinculados ao recolhimento compulsório/encaixe obrigatório sobre depósitos judiciais, excetuando os títulos estaduais, serão considerados pelos respectivos preços unitários utilizados pelo Banco Central em suas operações compromissadas, diariamente divulgados pelo Departamento de Operações do Mercado Aberto (DEMAB). Parágrafo 3º. Em se tratando de vinculação de título público estadual, este será considerado pelo seu preço unitário válido para o lastro de operações compromissadas, ou o respectivo valor par na mesma data, tomado o menor dos dois valores. Parágrafo 4º. A exigibilidade de recolhimento deve ser cumprida exclusivamente em espécie ou em títulos, somente admitindo-se a troca de modalidade do recolhimento por ocasião da entrada em vigor de nova exigibilidade. Parágrafo 5º. Os títulos vinculados podem ser substituídos por outros cujo valor financeiro, na data da substituição, apurado na forma dos parágrafos segundo e terceiro deste artigo, seja equivalente ao dos títulos originalmente vinculados. Art. 3º. O recolhimento compulsório e o encaixe obrigatório apurados a cada mês devem ser recolhidos ao Banco Central no dia 15 (quinze) do mês seguinte ou dia útil imediatamente subseqüente, caso o dia 15 (quinze) não seja dia útil. Parágrafo 1º. Para fins de comprovação das posições de recolhimento compulsório e de encaixe obrigatório sobre depósitos judiciais, a instituição financeira deve preencher o demonstrativo do saldo exigível - depósitos judiciais, cuja codificação no Catálogo de Documentos (CADOC) é a seguinte:
SEGMENTO CÓDIGO CADOC Bancos Comerciais... 20.1.3.085-7 Bancos Múltiplos... 26.1.3.085-1 Caixas Econômicas Estaduais... 36.1.3.085-8 Caixa Econômica Federal... 38.0.3.085-3 Sociedades de Crédito Imobiliário... 83.1.3.085-6. Parágrafo 2º. O demonstrativo de que trata o parágrafo anterior deve ser encaminhado, conforme a jurisdição da instituição financeira, ao Banco Central/Departamento de Operações Bancárias (DEBAN), em Brasília (DF), ou à respectiva representação em Delegacia Regional, até o dia útil anterior ao de ajuste da posição. Parágrafo 3º. A instituição financeira que entregar o demonstrativo com atraso e/ou vier a substituí-lo após a data de ajuste de cada posição incorre no pagamento de pena pecuniária a ser calculada sobre a eventual deficiência no recolhimento. Parágrafo 3º. A instituição financeira que entregar o demonstrativo com atraso e/ou vier a substituí-lo após a data de ajuste de cada posição incorre no pagamento de custo financeiro a ser calculado sobre a eventual deficiência no recolhimento. (Redação dada pela Circular 2.301, de 04/05/1993.) Parágrafo 4º. Sujeitar-se-á mesma penalidade a instituição financeira que, optando por vincular títulos, o fizer em valor inferior à exigibilidade. Parágrafo 4º. Sujeitar-se-á ao mesmo custo financeiro a instituição financeira que, optando por vincular títulos, o fizer em valor inferior a exigibilidade. (Redação dada pela Circular 2.301, de 04/05/1993.) Parágrafo 5º. A pena pecuniária incidirá sobre as deficiências verificadas e será calculada, até a data de sua regularização, tomando-se por base a taxa média ajustada de todas as operações de financiamento registradas no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC), independentemente das características dos títulos, acrescida de juros de 30% (trinta por cento) ao ano, diminuída da variação da Taxa Referencial Diária (TRD) no período, considerado o número de dias úteis, e é devida no dia útil seguinte. Parágrafo 5º. O custo financeiro incidirá sobre as deficiências verificadas e será calculado, até a data de sua regularização, tomando-se por base a taxa média ajustada de todas as operações de financiamento registradas no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC), independentemente das características dos títulos, acrescida de 30% (trinta por cento) ao ano, considerado o número de dias úteis, deduzida a Taxa Referencial (TR), "pro - rata die", da data de ajuste da posição respectiva, acrescida de 0,5% (meio por cento) ao mês, e será devido no dia útil seguinte. (Redação dada pela Circular 2.301, de 04/05/1993.) Parágrafo 6º. Os fatores relativos à taxa média ajustada e da Taxa Referencial Diária (TRD) podem ser obtidos diretamente por intermédio, respectivamente, das transações PTAX880, opção 14, e PTAX860, opção 17, do Sistema de Informações Banco Central- SISBACEN.
Art. 4º. A movimentação financeira do recolhimento previsto nesta Circular será processada via conta "reservas bancárias" de instituição detentora de carteira comercial. Parágrafo 1º. As instituições financeiras sujeitas a recolhimento, não detentoras de carteira comercial, devem firmar convênio com um banco múltiplo com carteira comercial, banco comercial ou caixa econômica para fins da movimentação financeira prevista no "caput" deste artigo. Parágrafo 2º. O convênio de que se trata não implica nenhuma responsabilidade do titular da conta "reservas bancárias" perante o Banco Central, ressalvada a hipótese de os lançamentos por ela transitados não serem impugnados até o primeiro dia útil subseqüente ao evento. Art. 5º. Estão dispensadas do envio do demonstrativo as instituições financeiras que não possuem depósitos da espécie. Art. 6º. Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir do recolhimento de 16.03.92, base de cálculo de 28.02.92. Brasília (DF), 26 de fevereiro de 1992. Pedro Luiz Bodin de Moraes Diretor Gustavo Jorge Laboissière Loyola Diretor Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen. Identificação do Documento 01 Código CADOC 02 Nº de Ordem Depósito Compulsório/Encaixe Obrigatório Demonstrativo do Saldo Exigível - Depósitos Judiciais Posição 03 Identificação da Instituição 04 Nome: 05 CGC 06 Convenente: Apuração da Base de Cálculo 07 Depósitos Judiciais na Data-Base de 31.01.92 08 Campo 07 Atualizado até a Posição (Tr+0,5% a.m.) 09 Saldo dos valores sujeitos a Recolhimento na Data-Base (4.1.1.70.00-9 + 4.1.5.50.00-7 menos as respectivas despesas a apropriar inscritas na 4.1.5.95.00-0). Cálculo da Exigibilidade 10 Exigível na Posição: Campo 9 - Campo 8 (Preencher somente se positivo) 11 Limite de recolhimento (60% do Campo 9) 12 Valor a manter Recolhido: Campo 11 ou Campo 10 (Menor dos dois Campos)
Cumprimento da Exigibilidade (Assinale com X) 13 Recolhimento em Espécie (...) 14 Vinculação de Títulos Públicos Federais no SELIC (...) 15 Vinculação de Títulos Estaduais no SELIC (...) (Apenas para Instituições Financeiras Estaduais) Declaração Os signatários deste documento se responsabilizam pela veracidade dos elementos e dados nele contidos e pela total compatibilidade das posições declaradas com os registros da instituição, autorizando debitar o valor inscrito no Campo 12, na Conta Reservas Bancárias do Banco:... 16 Assinatura, Nome e Cargo 17 CPF 18 Assinatura, Nome e Cargo 19 CPF 20 Local e Data 21 Telef. P/Contato