ASSESSORIA E APOIO JURÍDICO-CONTÁBIL PARA ACADÊMICOS DO NÚCLEO DE EMPRESAS JUNIORES E PROGRAMA DE INCUBADORAS DA UEG FREITAS, Aurélio Marcos Silveira 1 PEREIRA, Bruno Alencar 2 Palavras-chave: assessoria - jurídico contábil empresa junior JUSTIFICATIVA/BASE TEÓRICA O projeto visa embasar os acadêmicos e empreendedores incubados de conhecimentos práticos-profissionais na construção de empresas e no registro de estatutos perante cartórios, conforme a legislação vigente, de acordo com Código Civil e demais orientações jurídicas. Serão utilizadas obras jurídicas e contábeis, publicadas por diversas editoras especializadas, que abordem o conceito de empresa, sua constituição, seu registro perante a junta comercial do estado, os contratos e estatutos perante Cartórios, bem como, pesquisas mercadológicas e planos estratégicos empresariais. OBJETIVOS O objetivo proposto é alcançar os diversos acadêmicos e empreendedores incubados da Universidade Estadual de Goiás dando-lhes apoio e assessoria jurídica para empresa júnior, com ênfase primeiramente na Resumo revisado por: (Bruno Alencar Pereira coordenador vinculado ao PROIN Programa de Incubadoras da UEG) e (Aurélio Marcos Silveira de Freitas professor efetivo da UEG faculdade de Ciências Contábeis da Unidade de Uruaçu-GO). Título: Assessoria e Apoio Jurídico-contábil para acadêmicos do núcleo de empresas juniores e programa de incubadoras da UEG. 1 Professor efetivo da Universidade Estadual de Goiás Uruaçu-GO. E-mail: silveiradefreitas@bol.com.br 2 Universidade Estadual de Goiás. brunoalencar@hotmail.com
constituição de seus estatutos e registro em cartório e posteriormente na orientação dos alunos, ensinando-os a elaborar planos estratégicos personalizados para atendimento dos diversos clientes, a fazer análise de tendências mercadológicas, a traçar objetivos a ser alcançados pelas empresas atendidas, conjugando informações práticas e teóricas de grande importância, quer seja para o nascimento ou desenvolvimento do negócio empresarial em questão. Também projeta como objetivo, a elaboração de artigos jurídicos que serão ser publicados em revistas especializadas, dando publicidade ao projeto de extensão trabalhado pela Universidade Estadual de Goiás, perante os seus diversos alunos. A empresa Junior, desenvolvida neste projeto de extensão, mostra-se como uma associação civil, sem fins lucrativos, criada em cartório, mas porém com fins pedagógicos, voltadas para a democratização do saber, unindo o saber prático com o conhecimento teórico desenvolvido em sala de aula. Nasce pela iniciativa dos próprios alunos e não tem gênese jurídica com a UEG, que é uma autarquia estadual, criada por lei própria. Assim, são registradas perante Cartório de pessoas jurídicas, com a assinatura da sua própria diretoria e pelo advogado inscrito na OAB seccional de Goiás, que neste caso é o próprio professor que apresenta este projeto de extensão. Em nenhum momento há responsabilização solidária ou subsidiária da Universidade. Os próprios alunos, devidamente orientados pelo professor responsabilizam-se pela atividade desenvolvida, isentando a UEG de quaisquer percalços jurídicos. Isto ocorre, em razão da própria legislação federal e estadual embasar a empresa Junior na idéia de sustentabilidade da empresa, procurando nortear seu nascimento e desenvolvimento, de forma clara, transparente e sem muitos custos. A ideia da empresa Júnior, originária na Europa é mostra como uma associação civil de alunos, pode prestar serviços de consultoria para empresas de mercado, com maturidade, qualidade e responsabilidade social. Com isto a empresa júnior, promove a experiência de mercado, fornecendo serviços a preço de baixo custo e de excelente qualidade, às pessoas que a procuram, mas sem a finalidade lucrativa, desenvolvendo o
empreendedorismo no estado de Goiás, contribuindo, conseqüentemente para o desenvolvimento empresarial e econômico da região Centro-Oeste. METODOLOGIA A metodologia utilizada para este projeto de extensão aborda o atendimento pessoal aos diversos alunos da Universidade Estadual de Goiás e os empreendimentos incubados junto à PROIN programa de incubadoras da Universidade. Além disto, também fornece aos acadêmicos e diversos empreendedores consultoria jurídica e apoio empresarial na constituição de empresas. RESULTADOS E DISCUSSÃO O princípio da indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão são fundamentais no fazer acadêmico. A relação entre o ensino e a extensão conduz as mudanças no processo pedagógico, pois alunos e professores constituem-se em sujeitos do ato de aprender. Ao mesmo tempo em que a extensão possibilita a democratização do saber acadêmico, por meio dela, este saber retorna à Universidade, testado e reelaborado. Assim, promoveremos a união entre a prática e a teoria adotada em sala de aula, permitindo que os acadêmicos tenham interação com as tendências de mercado, com os planos estratégicos para funcionamento das empresas e sobretudo adquirir responsabilidade profissional. Ademais, neste projeto extensionista encontraremos quais os pontos chaves que são exigidos para a abertura e constituição dos contratos sociais das empresas perante as Juntas Comerciais, bem como quais os pontos críticos que podem aumentar a lucratividade da empresa, através de pesquisas mercadológicas e planos estratégicos, e além disto pontos críticos que
permitam reduzir o número de ações trabalhistas e outras dificuldades enfrentadas por empresários no início da atividade empresarial. CONCLUSÕES Neste conjunto de argumentações apresentadas, concluímos que o projeto extensionista apresenta de maneira clara e pedagógica, a necessidade de assessoramento por equipe jurídica e contábil, a todos aqueles que procuram desempenhar a atividade empresarial neste País. Ser empresário exige a conjugação de fatores de produção adotados pela teoria da empresa, absorvida pelo Código Civil a partir de 2002. Dentre estes fatores é indiscutível a compreensão do papel dos recursos naturais, do trabalho e do capital na própria empresa. Aos empresários juniores que aqui são agasalhados pelo projeto extensionista há demonstração de cada item e sobretudo a importância do planejamento jurídico-contábil. Abrir um negócio exige do seu sócio proprietário a maturidade para a organização do que é fazer, como fazer e onde fazer, evitando riscos que surgirão com ações trabalhistas, cobranças tributárias pelo governo e contentas desnecessárias com fornecedores da empresa, que levarão a longas ações judiciais. A empresa brasileira, conforme a atual conjuntura jurídica exposta no Código Civil/2002 é enxergada como um conjunto de bens, que se destina ao exercício da atividade negocial, com patrimônio que não pode ser abalado pela ausência de planejamento jurídico-contábil. A falta de conhecimento destes itens causa o afundamento inexorável da atividade empresarial antes mesmo dos seus primeiros anos de nascimento. Ser empresário exige muito mais do que vontade e empolgação. Exige também inteligência e percepção dos riscos que podem atingir o negócio. Enfim, com a consultoria e a análise de mercado trabalhadas através de pesquisas elaboradas pelos acadêmicos na empresa júnior, serão desenvolvidos projetos estratégicos construídos especialmente para cada ramo empresarial, permitindo um êxito sustentável e maduro do negócio, além da
união pedagógica entre a prática e a teoria de sala de aula oferecida em cursos da Universidade Estadual de Goiás. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Senado Federal: Brasília, 2012. -BRASIL. Código Civil. Lei Federal n.º 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Senado Federal: Brasília, 2012. -BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. Decreto-lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943. Senado Federal: Brasília, 2012. -BRASIL. Código Tributário Nacional. Lei Federal n.º 5.172, de 25 de outubro de 1966. Senado Federal: Brasília, 2012. -CASSAR, Vólia Bonfim. Direito do Trabalho. 6ª edição. Ed. Ímpetus. 2012. -COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial de acordo com o novo Código Civil e alterações da LSA. Vol. 1, 2 e 3. Ed. Saraiva. 2012. -DINIZ, Maria Helena. Código Civil Anotado. São Paulo. Ed. Saraiva. 2006 -DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro, 4º vol. São Paulo. 17ª edição. Ed. Saraiva. 2011. -HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro. Ed. Objetiva. 2006. -LOPES, Mauro Luís Rocha. Direito Tributário. 3ª edição, revista, ampliada e atualizada. Ed. Ímpetus. 2012. -SCHOUERI, Luís Eduardo. Direito Tributário. Ed. Saraiva. 2011. -TARREGA, Maria Cristina Vidotte Blanco. Direito Ambiental e desenvolvimento sustentável. Ed. RCS Ltda. 2007.