Partes do Livro O Místico misticismo na prática, não brinque com fogo! - - - 1 - - - O PACTO COM O DIABO O livro Knessiá LeShem Shamaim (do Sábio Menashe Sithon, folha 2a) traz o relato de situações em que determinados indivíduos realizam pactos com forças de impureza. Para evitar que estas forças os molestem, para agradar ou honrar estas entidades, ou para que tenham sucesso em algo desejado fazem com elas um pacto. Oferecem incensos ou sacrifícios (como por exemplo, de uma galinha preta), ou preparam uma mesa com certos tipos de comida; fazem certos rituais com água e sal, ou com açúcar e certos tipos de ervas, ou com outros tipos de comida. Em lugar de apegar-se com o Criador do universo, que controla tudo, essas pessoas procuram o sossego ou a solução de seus problemas relacionando-se com forças impuras, acreditando que este viés apresente soluções palpáveis e imediatas para seus problemas. No entanto, mesmo que aparentemente seus desejos concretizem-se através destas forças, há um preço muito alto a pagar por haver realizado esta conexão. Aqueles que estão envolvidos com estas práticas muitas vezes não estão conscientes do mal que causam à própria alma, e muitas vezes nem têm conhecimento da origem deste poder. Deus possibilita o acesso a essas forças para permitir o livre-arbítrio, ou seja, o poder de decidir com que fonte espiritual conectar-se. O mesmo livro (Knessiá le Shem Shamaim, na folha 66a) explica que estas forças têm a permissão de mentir e incitar a pessoa a tomar decisões equivocadas, e também podem causar danos à sua alma, e até mesmo ao seu corpo. Esta informação também consta no Talmud (Tratado Sanhedrin 101a), onde está escrito que, além de proibido, também é perigoso relacionar-se com forças impuras. Elas podem até mesmo apoderar-se do corpo de uma pessoa (como consta no Midrash Bereshit Rabá 23,6 Matanót Kehúna). Deus conferiu o Seu semblante ao ser humano, e enquanto permanecer fiel a este Semblante, qualquer força de impureza fugirá de seu caminho. Ao desprezar a Deus se
conectando com estas forças, o ser humano afasta-se do seu semblante original, conectado ao Divino, e as forças impuras podem dominá-lo (Matanot Kehúna B R 23,6). No livro Sêfer Chassidim (205 e 469) está escrito que aquele que decide lidar com bruxaria ou com forças de impureza não garante para si um bom futuro, e que as conseqüências podem incluir até danos corporais em si próprio ou em seus filhos, e também diminuir o seu tempo de vida e de sua descendência. Portanto, aquele que, com a esperança de adquirir uma certa tranqüilidade, decide fazer qualquer tipo de pacto com forças impuras ou espíritos, está pondo em risco a sua eternidade, pois ao invés de conectar-se diretamente com Deus opta em conectar-se com forças de impureza. O ato de queimar incenso para as forças impuras, ou entes espirituais, mesmo que não seja para servi-los, mas para trazê-los e direcioná-los para que cumpram a sua vontade, é definido como prática de idolatria (Shulchan Aruch Y D 179, 19). O Talmud relata um ritual em que utiliza-se cinzas da placenta de uma gata preta para ter visões das forças impuras. Em seguida, a mesma fonte talmúdica conta que uma pessoa decidiu realizar o experimento, e sofreu danos ao ver estas forças. Somente pôde recuperar-se após os Sábios da época terem se reunido e suplicado para que Deus a salvasse (Tratado Berachót 6a). Alguém que já se conectou com essas forças, o que deverá fazer? Aplica-se aqui o processo do arrependimento. Como com qualquer outra transgressão é preciso inicialmente interromper o ciclo de repetição. Depois, há de esforçar-se para bani-la de seus pensamentos. E, finalmente, decidir e desejar intimamente não retornar a ela. Segue-se uma confissão pessoal a Deus quanto ao ato cometido diretamente a Ele, em suas próprias palavras. Desta maneira, a transgressão será totalmente apagada (Rambam, leis de teshuvá 2,2). Em seguida, deve-se confiar em Deus incondicionalmente, com todo o coração, com a noção de que não existe nenhuma força independente Dele, e que tudo está em Seu poder. Desta maneira estará rechaçando as forças da impureza.
Está escrito no livro Zohar (Beshalach 64b) que Lavan (Labão), o sogro de Yaakov (Jacob) era perito em bruxaria e entendia a estrutura e o funcionamento da esfera da impureza. Através dessas forças ele tentou exterminar Yaakov, seu genro, sem êxito. Lavan foi impedido por Deus de causar qualquer dano a Yaakov. O Zohar segue explicando que, ao estabelecer uma conexão com Deus, cumprindo com seu dever espiritual neste mundo, o indivíduo rechaça as forças da impureza, estas não o afetam. Portanto, ao conectar-nos diretamente com Deus, cumprindo com a Sua vontade, com Seus mandamentos (mistvót), automaticamente estaremos sob Sua proteção. Se cumprirmos com o nosso dever, nenhum tipo de bruxaria, ou outras forças quaisquer, nos poderão atingir (baseado em Rashi, Deuteronômio cap.11, vers.23 e 25). Existe, porém, uma exceção à regra descrita acima. Aquele que cumpre as regras e mandamentos da Torá poderá também ser afetado pelas forças impuras quando houver falhas e incoerências em seu comportamento, ou quando cometer determinadas transgressões. Entende-se daí que, para contar com proteção Divina total e absoluta, é necessário que façamos nossa parte aquele que é íntegro em seus atos não está suscetível a danos (Shaarei Emuna 128, Talmud Tratado Berachót 7b, Chulin 7b com Rashi). Um belo dia, observei que a pele em certo local de meu corpo estava machucada ela estava muito esquisita como as escamas de um peixe; a ferida estava crescendo. Um médico especialista me afirmou ser uma doença muito rara. Nenhum tratamento fez efeito. Eu, sem saber o que fazer, procurei um centro espírita todavia eu não sabia das conseqüências que poderiam acarretar e tampouco da proibição de frequentar esses lugares eles me falaram que alguém havia realizado um trabalho de bruxaria contra mim; porém era um trabalho muito forte e eles não conseguiram me liberar... Realmente me lembrei de um amigo que mexia com essas coisas de bruxaria, nós havíamos brigado recentemente uma briga feia e logo depois a doença começou. Estava claro para mim que ele era a causa do problema. Assim fui de centro em centro todos me contaram a mesma história e ninguém conseguiu me livrar da bruxaria. Finalmente me encontrei com um Rabino e expliquei o problema. Ele me aconselhou começar a respeitar o Shabat, colocar Tefilin e recitar Shemá Israel duas vezes por dia de manhã e de noite ; Devia cumprir com estes mandamentos com todo coração confiando que Deus está a cima de tudo na verdade eu já acreditava em Deus, portanto para mim não foi complicado seguir os conselhos do Rabino. Imediatamente, após haver colocado os conselhos em prática, a doença começou a diminuir; até que em poucos dias talvez duas semanas eu já estava totalmente curado. Porém algumas semanas mais tarde eu fiquei impressionado com o que eu vi quase desmaiei no próprio local. Estava caminhando em Guarujá, e encontrei o meu antigo amigo esse que havia praticado o trabalho de bruxaria contra mim sentado no Centrinho. Não acreditei no que eu estava vendo. Ele usava bermudas e, em uma de suas pernas, ali estava a doença, a mesma doença rara que me atacou!!! (Alguns dados do depoimento foram modificados propositalmente para evitar uma possível identificação ).
Ao praticar bruxaria, a pessoa cria uma força de impureza; ela deseja direcioná-la contra certa pessoa para prejudicá-la; porém, caso por algum motivo essa força de impureza não seja absorvida pela pessoa desejada, a mesma força retornará e se conectará com quem a criou. O mesmo mau que desejava causar para uma outra pessoa retornará para si próprio (Baseado nos comentários Matok Medvash Vaiakel, 195a). Na verdade, este conceito (de se relacionar com as forças de impureza) já se encontra na própria Torá, no livro Levítico cap.16, versículos 5 e 7. No dia do perdão (Yom Kipur), nós fomos ordenados a levar dois cabritos perante Deus para servirem como parte dos sacrifícios de Yom Kipur. [Nota: A prática de sacrifícios está proibida nos dias de hoje. Unicamente quando o Grande Templo em Jerusalém ainda estava de pé era possível usufruir dos benefícios proporcionados pelo cumprimento das rigorosas leis referentes aos sacrifícios. Porém, com a destruição do Grande Templo, já não é mais possível alcançar o nível espiritual requerido para concretizar o objetivo estipulado pelo Criador através desta prática]. No versículo 8, Deus ordena que se faça um sorteio, para decidir qual dos dois cabritos seria sacrificado no Templo. O cabrito remanescente seria levado a Azazel alta montanha no deserto, próxima a Jerusalém onde havia um grande precipício. O Ramban, sábio e comentarista da Torá, proporciona em seus comentários um outro nível de entendimento relativo a esta passagem do Levítico. Através de diversas passagens da Torá, percebe-se que Deus condena veementemente qualquer trabalho ou oferenda para entidades alheias, espirituais ou materiais. A única forma permitida de sacrifício, é o sacrifício para Deus diretamente, que só seria factível na condição da existência do Templo. No entanto, em Yom Kipur, o Criador ordenou que se levasse um cabrito ao deserto, em Azazel local no plano físico de onde emanam as fontes das forças da impureza, o início de todo o mal que existe na criação. Como entender este fato? Trataria-se de uma contradição? A intenção ao trazer o cabrito ao deserto teria que ser clara somente a de cumprir uma ordem de Deus, porém de forma alguma a de trazer uma oferenda para essas forças. Uma parábola para ilustrar este conceito: um rei oferece um banquete a seus súditos, e ordena ao organizador deste evento que entregue uma porção especial para um dos súditos. Obedecendo a ordem do rei, o organizador entrega-a a quem lhe foi ordenado. Durante a festa, poder-se-ia ter a impressão de que se está honrando o súdito do rei, mas na realidade a honra direciona-se ao próprio rei, através do cumprimento da
sua vontade. E, seguindo com a analogia desta parábola, pode-se de certa forma entender qual seria a intenção de Deus ao ordenar a entrega do cabrito em Azazel: Ao entregar a porção adicional ao súdito premiado, este terá a impressão de que o organizador deseja agradá-lo. Similarmente, Deus desejava que os advogados de acusação as forças impuras que nos acusam pelas nossas transgressões se calassem no dia do perdão quando lembramos as nossas transgressões e nos confessamos, logo ordenou que levássemos o cabrito ao deserto. Para deixar claro que este ato tem sua origem em um desígnio Divino, Deus determinou que a escolha dos cabritos se fizesse através de um sorteio. Desta forma fica evidente que, na verdade, estamos oferecendo ambos animais a Deus, e deixando que Ele decida qual deles será utilizado em Seus sacrifícios e qual deles será enviado para o deserto. Vemos desta passagem da Torá que o conceito de agradar as forças da impureza para nos trazer benefícios pode ser parte de uma determinação Divina. Aquele que relaciona-se diretamente com elas fazendo pactos ou entregando oferendas, como por exemplo, levar flores para o mar e suas entidades espirituais, oferecer comida para espíritos ou qualquer entidade do gênero pratica a idolatria. Espiritualmente, está afastando-se de Deus e de Sua Luz infinita, trocando os canais de conexão. A pessoa que inadvertidamente a pratica sentirá um grande sofrimento quando constatar com quem a sua alma se conectou. ÍNDICE COMUNICAÇÃO COM OS MORTOS... 11 O Jogo do Copo... 14 Incorporação... 17 O SONHO... 20 O TEMPO DE VIDA... 26 A ALMA GÊMEA... 30 INVESTIGAR O FUTURO... 34 Sorteios... 35 ASTROLOGIA... 38
A Influência dos Astros... 40 QUIROMANCIA... 48 CRENÇAS VÃS E SUPERSTIÇÕES... 51 O PACTO COM O DIABO... 54 MAGIA... 62 CURA ATRAVÉS DE FORÇAS SOBRENATURAIS... 66 A AURA... 68 VIAGEM ASTRAL... 70 OS CAMINHOS DA ALMA... 73 O Nascimento... 73 A Vida Neste Mundo... 75 A Separação entre Corpo e Alma... 78 O Julgamento... 83 A Restauração... 89 A Condição da Alma no mundo Espiritual... 91 A Perpetuidade da Alma... 94 A REENCARNAÇÃO... 97 CONCEITOS... 104 A Visão do Rambam (Maimônides)... 104 As Forças Espirituais... 105 O Arrependimento... 108 A Origem da Magia... 110 A Origem da Idolatria... 113 A Cabalá... 115 O Tempo de Existência do Mundo... 117 E ENTÃO...... 120 Para comprar o livro completo clique aqui: http://www.sefer.com.br/prodvar.aspx?codigo_produto=3881