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Transcrição:

LEI Nº 1.040, DE 1º DE JULHO DE 1991 Dispõe sobre o Código Sanitário do município de João Monlevade. Alterada pela Lei 1.540/2002 O Povo do Município de João Monlevade, por seus representantes na Câmara Municipal, aprovou e eu, Prefeito Municipal, em seu nome, sanciono a seguinte Lei : TÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º A presente Lei estabelece normas de proteção à saúde da população do Município de João Monlevade, visando garantir o bem estar do cidadão e da coletividade. Parágrafo único. Esta Lei denomina-se Código Sanitário do Município de João Monlevade. Art. 2º VETADO Art. 3º Ficam adotados neste Código, todas as definições, critérios e parâmetros constantes na Legislação Federal e Estadual, desde que sejam da competência do Município e envolvam promoção, proteção e defesa da saúde da população. Art. 4º Todas as instituições e estabelecimentos, que prestam serviços de saúde e que desenvolvam ações que possam, direta ou indiretamente, interferir na saúde individual e coletiva, somente poderão funcionar se atenderem ao disposto nesta Legislação Sanitária Municipal. TÍTULO li DAS NORMAS GERAIS CAPÍTULO I DA LEGISLAÇÃO SANITÁRIA Art. 5º A expressão "Legislação Sanitária" compreende leis, decretos e normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre vigilância sanitária de competência do município e sobre relações jurídicas a eles pertinentes. Art. 6º VETADO Art. 7º A Legislação Sanitária do Município observará, no âmbito de sua competência : I - as normas constitucionais vigentes; II - as normas gerais de direito sanitário e as Leis Complementares ou subseqüentes; III - as disposições deste Código e das Leis a ele subseqüentes.

CAPÍTULO II DA COMPETÊNCIA Art. 8º É de competência do Órgão Municipal de Saúde a execução das medidas sanitárias previstas neste Código. Art. 9º À Divisão de Vigilância Sanitária, caberá a execução de estudos e programas que resultem na promoção e proteção a saúde da população e ofereçam subsídios na reformulação deste Código, sem prejuízo da participação popular, órgãos e entidades oficiais, e outras entidades do sistema de saúde. Art. 10. VETADO CAPÍTUL0 III DA EXECUÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA Art. 11. VETADO Art. 12. VETAD0 Parágrafo único. VETADO Art. 13. Para efeito deste Código, são produtos de interesse à saúde toda substância ou equipamento que por seu uso, consumo ou aplicação, possa causar danos à saúde. Art. 14. A ação fiscalizadora do Município será exercida sobre a propaganda comercial municipal de produtos de interesse à saúde, respeitada, no que couber, a Legislação Federal e Estadual vigente. Art. 15. VETADO 1º VETADO 2º VETADO Art. 16. Todo o estabelecimento ou local cuja atividade é prevista neste Código, deverá possuir a Caderneta Sanitária com a finalidade de ser anotada toda inspeção sanitária. Art. 17. VETADO Parágrafo Único. VETADO Art. 18. A autoridade fiscalizadora quando impedida de cumprir suas atribuições, deverá solicitar auxílio à autoridade policial para cumprimento de suas ações. Art. 19. Sempre que julgar necessário, poderá o órgão Municipal de Saúde, através de profissional habilitado, mediante fundamentação, solicitar exames médicos de pessoas que exercem atividades em locais passíveis de fiscalização sanitária. Lei 1.040/91-CódigoSanitário 2

Parágrafo único. As despesas dos exames clínicos e/ou laboratoriais ficarão a cargo do Órgão Municipal de Saúde. Art. 20. Os estabelecimentos de industrialização e comercialização de alimentos devem estar instalados e equipados para os fins a que se destinam, quer em unidades físicas, quer em maquinaria e utensílios diversos, em razão da capacidade de produção com que se propõem operar. Art. 21. Todo produto destinado à alimentação ou considerado de interesse à saúde, suspeito de estar impróprio para consumo e uso, poderá ser interditado, mediante laudo técnico de inspeção e/ou laboratorial. 1º Laudo Técnico de Inspeção é aquele emitido por Servidor Público Municipal ou técnico devidamente habilitado e credenciado pelo Município. 2º 0 laudo laboratorial a que se refere o "caput" deste artigo é aquele expedido por laboratório oficial ou credenciado. Art. 22. 0 destino final de qualquer produto condenado pela autoridade fiscalizadora será obrigatoriamente acompanhado por essa autoridade. Art. 23. Compete à autoridade fiscalizadora realizar, quando necessário, coleta do amostra para análise de produtos de interesse à saúde, devendo o órgão de vigilância sanitária divulgar, através de circular, as quantidades necessárias de amostra para exames. Art. 24. Os produtos de interesse à saúde, em trânsito ou depositados nos armazéns das empresas transportadoras, ficarão sujeitos ao controle da autoridade fiscalizadora, que, a seu critério, poderá exigir quaisquer documentos relativos às mercadorias, bem como proceder a inspeção. Parágrafo único. Ficam também sujeitos ao controle da autoridade fiscalizadora, os produtos depositados nos Órgãos Públicos, principalmente nas despensas das escolas, hospitais, creches e entidades filantrópicas. Art. 25. Nas enfermidades causadas pelo consumo de produtos que afetam a saúde, a autoridade fiscalizadora devera exigir e executar investigações, inquéritos e levantamentos epidemiológicos, junto à indivíduos e grupos populacionais determinados, sempre que julgar oportuno, visando a proteção da Saúde Pública. Parágrafo único. Toda enfermidade causada pelo consumo de produtos que ofereçam riscos à saúde deverá ser de notificação obrigatória pelos serviços de saúde públicos e privados. CAPÍTULO IV DA VIGILÂNCIA DE ALIMENTOS Art. 26. A ação fiscalizadora e orientadora do Município será exercida sobre : I - alimentos, água e bebidas de qualquer tipo; II - matérias primas alimentares; III - aditivos e coadjuvantes da indústria alimentícia; Lei 1.040/91-CódigoSanitário 3

lv - recipientes e embalagens destinadas a entrar em contato com alimento; V - locais onde se fabrique, produza, beneficie, manipule, acondicione, conserve, deposite, armazene, transporte, distribua, venda ou consuma alimentos; VI - complementos alimentares; VII - qualquer substância dotada ou não de valor nutritivo, utilizado no fabrico, preparação e tratamento de alimentos, matérias primas alimentares e alimentos "in natura". Art. 27. 0s alimentos devem ser produzidos, fabricados, beneficiados, transportados, armazenados, depositados, acondicionados, manipulados e expostos à venda sob condições de temperatura, umidade, higiene, ventilação e luminosidade que os protejam da deteriorização e contaminações. Parágrafo único. 0 leite e as carnes e seus derivados obedecerão, a legislação e cuidados técnicos especializados no abate, transporte, frigorificação e comercialização. Art. 28. Os produtos considerados impróprios, poderão ser destinados à outra finalidade que não de consumo humano, mediante laudo técnico de inspeção e acompanhamento técnico no destino final dos produtos. Art. 29. A inutilização do alimento não será efetuada quando através de análise do laboratório oficial ou credenciado, ou ainda expedição de laudo técnico de inspeção, ficar constatado não ser o mesmo impróprio para o consumo imediato. 1º VETADO 2º Os produtos e subprodutos de animais abatidos e os demais gêneros alimentícios quando, apesar de estarem próprios para o consumo, oriundos de estabelecimentos não licenciados, ou cuja procedência não possa ser comprovada ou quando houver infração à legislação Municipal vigente, serão apreendidos e distribuídos para o consumo à instituição pública ou privada, desde que beneficente, observado o disposto no art. 62, parágrafo único. Art. 30. A critério da autoridade fiscalizadora poderá ser impedida a venda ambulante ou em feiras, de alimento que não puderem ser objeto desse tipo de comércio. Parágrafo único. 0 Órgão de Vigilância Sanitária emitirá lista de produtos impróprios para comercialização por ambulantes ou feiras. CAPÍTULO V DA HIGIENE DOS TERRENOS, PRÉDIOS, QUINTAIS, PISCINAS PÚBLICAS E ÁGUA Art. 31. Todos os prédios, quintais e terrenos baldios localizados no Município, ficam sujeitos às normas sanitárias previstas neste Código e serão fiscalizados em conjunto com os demais órgãos Municipais. Art. 32. 0 ocupante, a qualquer título, é responsável pela limpeza e conservação do imóvel e especialmente, dos aparelhos sanitários, esgotos, canalização e depósitos de água, dentro do perímetro do imóvel. Lei 1.040/91-CódigoSanitário 4

Parágrafo único. Quando em um prédio ou parte dele, terreno ou logradouro, for constatada alguma irregularidade, o proprietário e o ocupante serão notificados para saná-la na forma que dispuser a Lei. Art. 33. É obrigatória a ligarão de toda construção considerada habitável à rede pública de abastecimento de água e aos coletores públicos, sempre que possível. 1º Quando não existirem rede pública de abastecimento de água ou coletores de esgoto, a repartição sanitária municipal indicará e tomará medidas a serem adotadas e executadas junto ao órgão competente do Município. 2º 0 Órgão Público responsável pela execução destas medidas adotará, prioritariamente, o cumprimento mesmas. Art. 34. As habitações, construções e terrenos em geral obedecerão aos requisitos mínimos de higiene indispensáveis à proteção da saúde. Art. 35. Sempre que o órgão de Saúde Pública Municipal detectar a existência de anormalidade ou falha no sistema do abastecimento de água oferecendo riscos à saúde comunicará o fato ao órgão responsável para as imediatas providências. Parágrafo único. Periodicamente, de três em três meses, o DAE ou órgão municipal responsável enviará amostra de água a uma instituição idônea e de reconhecida competência no setor, para análise e parecer técnico sobre a mesma. Art. 36. Todos os reservatórios de água potável deverão sofrer limpeza e desinfecção periódicos e permanecer devidamente tampados. Art. 37. A água tratada e distribuída à população pelo Poder Público Municipal, será obrigatoriamente, fluoretada na Estação de Tratamento própria, obedecidas as normas de saúde vigentes. Art. 38. Será permitida, com a orientação do Departamento Municipal de Águas e Esgotos ou órgão municipal responsável, a abertura de poços ou aproveitamento de fontes para fornecimento de água potável, onde não houver sistema de abastecimento e satisfeitas as condições contidas neste Código. Art. 39. No que se refere às piscinas, além do controle e fiscalização dispostos neste Código, deverão ser observados os Códigos Municipais de Obras e de Posturas. Art. 40. A manutenção, conservação e a qualidade da água das piscinas públicas, é de responsabilidade dos proprietários ou responsáveis pelas mesmas. Art. 41. As piscinas públicas poderão ser interditadas pelo não cumprimento das disposições deste Código, ou quando confirmada qualquer prática que ofereça riscos a saúde pública. CAPÍTULO VI DA COLETA, REMOÇÃO, DESTINAÇÃO E DISPOSIÇÃO DO LIXO Lei 1.040/91-CódigoSanitário 5

Art. 42. A coleta, a remoção, a destinação e a disposição final do lixo, serão executadas diretamente pela Prefeitura ou por concessão, de conformidade com os planos estabelecidos para as atividades regulares de limpeza urbana. Art. 43. A disposição, a coleta, a remoção, o acondicionamento e o destino final do lixo se processarão em condições que não afetem a estética, nem tragam malefícios ou inconvenientes à saúde e ao bem estar coletivo ou individual. Art. 44. 0 lixo que, por sua constituição, apresente maior risco à população, terá sua remoção e disposição tratados em legislação específica. 1º 0 lixo oriundo de Unidades Hospitalares, Postos de Saúde e Clínicas, será acondicionado, transportado e tratado por pessoal e equipamentos especializados. 2 A coleta do lixo de hospitais, clínicas, prontos-socorros, farmácias, drogarias, clínicas veterinárias, odontológicas e médicas, será feita diariamente por veículo apropriado e utilizado unicamente para essa finalidade. (AC) 3 Em nenhuma hipótese haverá mistura deste lixo com o residencial durante a coleta. (AC) 4 Haverá necessariamente área especial no aterro sanitário destinada exclusivamente a esse lixo. (AC) 5 O Pessoal lotado no serviço de coleta de lixo deverá se submeter a exame médico periódico de seis meses, realizado por firma especializada em medicina do trabalho. (AC) Art. 45. Incumbe ao Poder Público Municipal promover a coleta e disposição dos esgotos sanitários, dos resíduos sólidos e drenagem das águas pluviais, de forma a preservar o equilíbrio ecológico e prevenir ações danosas a saúde, como: I - captação, tratamento e reaproveitamento adequado dos esgotos sanitários; II - definição de área, tecnicamente viável, para depósitos de resíduos sólidos. Art. 46. É terminantemente proibido o acúmulo, nas habitações e nos terrenos a elas pertencentes ou terrenos vazios, de resíduos alimentares ou qualquer outro material que contribua para a proliferação das larvas, de moscas ou de outros insetos e animais daninhos. Parágrafo único. 0 Órgão Municipal de Saúde promoverá a Educação Ambiental em todo o Município, principalmente nos bairros e locais habitados e não urbanizados. Art. 47. Não será considerado como lixo, para efeito do disposto neste Capítulo, os resíduos industriais, os restos de materiais de construção, os entulhos provenientes de demolição, as matérias excrementícias e restos de forragens de cocheiras e estábulos, as palhas e outros resíduos das casas comerciais, bem como terra, folhas e galhos de jardins e quintais particulares, os quais serão removidos por responsabilidade dos respectivos inquilinos ou proprietários, conforme legislação específica municipal. Parágrafo único. Após notificação do inquilino ou do proprietário, a Prefeitura providenciará a remoção dos resíduos de que trata o artigo, ficando o ônus por conta desses. Lei 1.040/91-CódigoSanitário 6

CAPÍTULO VII DA CRIAÇÃO DE ANIMAIS E DO CONTROLE DE ZOONOSES Art. 48. Cabe ao Órgão Municipal de Saúde o controle das zoonoses em todo o território do Município. Parágrafo único. Para efeito desse Código, entende-se por zoonose as infecções ou doenças infecciosas transmissíveis em condições naturais entre animais e homem. Art. 49. É proibido criar ou conservar animais, que por sua espécie, quantidade ou má instalação, possam ser, causa de insalubridade, ou risco ao vizinho e /ou a população. Art. 50. Será permitido a comercialização de animais exclusivamente em estabelecimentos adequados, destinados para tal fim, previamente aprovados pela autoridade fiscalizadora. Art. 51. Os circos, parques, zoológicos e feiras de mostra de animais, deverão obedecer às normas dispostas na Legislação Sanitária Municipal. Art. 52. 0 Município manterá a captura serão regidos por normas específicas. de animais vadios, sua guarda e destino que Art. 53. 0 proprietário de animal suspeito de zoonose deverá submetê-lo à observação, isolamento e cuidados em local apropriado e aprovado pela autoridade fiscalizadora, do acordo com o laudo fornecido pelo médico veterinário do Órgão Município de Saúde. CAPÍTULO VIII DA SAÚDE DO TRABALHADOR Art. 54. Para promoção e proteção à saúde do trabalhador, o Órgão Municipal de Saúde participará da execução, controle e avaliação das ações referentes às condições e aos ambientes de trabalho, no âmbito da competência estipulada na Legislação Federal e Estadual ao Município, visando : I - prevenir qualquer dano à saúde do trabalhador em consequência das condições de trabalho; II - proteger os trabalhadores contra os riscos químicos, físicos, biológicos, mecânicos, ergonômicos e outros que possam afetar a saúde individual ou coletiva nos locais de trabalho. III - eliminar ou controlar os agentes nocivos a saúde nos locais de trabalho; IV - participar no âmbito da competência do S.U.S da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substância e produtos de máquinas e equipamentos que apresentarem riscos à saúde do trabalhador; V - participar na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas; VI - garantir ao Sindicato dos Trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máquinas, de setor do serviço ou de todo o ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores. Lei 1.040/91-CódigoSanitário 7

Art. 55. Compete à Direção Municipal do Sistema Único de Saúde, no âmbito de sua competência, participar de estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo e ambientes de trabalho. Art. 56. A autoridade fiscalizadora, mediante prévia comunicação à empresa, terá livre acesso a todos os locais de trabalho para proceder ação de fiscalização, sem contudo impedir o desenvolvimento normal do trabalho. Art. 57. Os trabalhadores autônomos estão obrigados a observar medidas preventivas destinadas a controiar adequadamente os riscos a que pode ser exposta sua própria saúde ou a de terceiros. Art. 58. Os proprietários ou responsáveis pelos estabelecimentos de trabalho no Município deverão : I - proporcionar ambiente de trabalho observando a manutenção das condições higiênicosanitárias desses locais; II - adotar medidas efetivas para proteger e promover a saúde dos trabalhadores mediante a instalação, operação e manutenção dos equipamentos de controle necessários para prevenir enfermidades e acidentes nos locais de trabalho. CAPÍTULO LX DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 59. 0 Poder Público Municipal incentivará a implementação de usina de beneficiamento de leite no Município. Art. 60. 0 Poder Público Municipal dotará o Município de usina de beneficiamento de lixo e matadouro público, no prazo máximo de 18 meses a contar da vigência desta Lei. Parágrafo único. Enquanto o Poder Público não atender ao disposto no artigo, será automaticamente concedida, a título precário, autorização para comercialização, sujeita a inspeção sanitária, de leite cru in natura, carnes e seus derivados. Art. 61. Considera-se infração para os fins deste Código, a desobediência ou inobservância do disposto na Legislação Sanitária Municipal. Art. 62. VETADO Art. 63. VETADO Art. 64. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário. Prefeitura Municipal de João Monlevade, 1º de julho de 1991. Leonardo Diniz Dias Prefeito Municipal Lei 1.040/91-CódigoSanitário 8