CONSIDERAÇÕES SOBRE ALGUMAS Á~VO~ES, ARBUSTOS E ERVAS DAS AATINGAS

Documentos relacionados
LEVANTAMENTO DAS PLANTAS NATIVAS UTILIZADAS NA DIETA DE PEQUENOS RUMINANTES NO MACIÇO DE BATURITÉ.

XV Encontro de Estudos Ambientais de Paises de Língua Portuguesa Angola Análise Socioambiental do Assentamento Angicos, Tauá,

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BIOMA CAATINGA: A FLORA LOCAL SOB O OLHAR DE ACADÊMICOS DO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

ETNOCONHECIMENTO DE ESPECIES FORRAGEIRAS NO SEMI-ÁRIDO DA PARAÍBA, BRASIL

USO ETNOBOTÂNICO E CONSERVAÇÃO DE ESPÉCIES NATIVAS DO BIOMA CAATINGA: COMO ESTA RELAÇÃO É PERCEBIDA POR UMA COMUNIDADE RURAL DO SEMIÁRIDO PERNAMBUCANO

Análise comparativa da diversidade florística de dois núcleos de desertificação no semiárido nordestino.

POTENCIAL DE USO DOS RECURSOS VEGETAIS EM DUAS COMUNIDADES RURAIS, SERTÃO DE ALAGOAS (1)

Composição florística de um fragmento de caatinga do município de Itapetim, Pernambuco

Contribuição ao estudo de solos frágeis na Região Semiárida Petrolina, PE

VARIAÇÃO DA FLORÍSTICA AO LONGO DA SUCESSÃO ECOLÓGICA DE ÁREAS DEGRADADAS DE CAATINGA HIPERXERÓFITA NO SEMIÁRIDO PERNAMBUCANO

FLORÍSTICA DO ESTRATO ARBÓREO DA FAZENDA ABA, MUNICÍPIO DE PASSAGEM, PARAÍBA

Composição Florística dos Indivíduos Regenerantes de um Remanescente de Caatinga na Região de Pombal, PB

LEVANTAMENTO FLORÍSTICO PRELIMINAR DE ESPÉCIES ARBÓREAS DA CAATINGA EM QUIXADÁ-CE

Fenologia Reprodutiva de Duas Espécies de Cnidosculus na Região de Petrolina, PE

COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DO ESTRATO ARBUSTIVO-ARBÓREO DA CAATINGA, EM SANTANA DO IPANEMA, ALAGOAS

Sociabilidade florística e fitossociológica em sistema agrossilvipastoril no semi-árido sergipano

on line ISSN Dezembro, 2010 Anais do I Workshop Sobre Recuperação de Áreas Degradadas de Mata Ciliar no Semiárido

LEGUMINOSAS ARBUSTIVAS ARBÓREAS EM SISTEMA SILVIPASTORIL NO SEMI-ÁRIDO SERGIPANO PARA ALIMENTAÇÃO DE OVINOS

Abrange os estados: AM, PA, AP, AC, RR, RO, MT, TO, MA. Planícies e baixos planaltos. Bacia hidrográfica do Rio Amazonas

FLORA DA REGIÃO DO SERTÃO NORDESTINO

Labea - Laboratório de Biologia e Ecologia de Abelhas. Projeto: POLINFRUT - Plano de Manejo para Polinizadores de Fruteiras

Revista Caatinga ISSN: X Universidade Federal Rural do Semi-Árido Brasil

UM ESTUDO SOBRE A VEGETAÇÃO NATIVA DO PARQUE ESTADUAL DO PICO DO JABRE, NA SERRA DO TEIXEIRA, PARAÍBA

LEVANTAMENTO FLORÍSTICO E FITOSSOCIOLÓGICO EM SISTEMA AGROSSILVIPASTORIL COMO FONTE DE ALIMENTO PARA A OVINOCULTURA NO SEMI-ÁRIDO SERGIPANO

A caatinga como pastagem nativa. Severino G. de Albuquerque

CACTACEAE JUSS. DE UMA MESORREGIÃO DO SERTÃO PARAIBANO, NORDESTE DO BRASIL

FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLOGIA DE QUATRO REMANESCENTES VEGETA- CIONAIS EM ÁREAS DE SERRA NO CARIRI PARAIBANO 1

Parâmetros fitossociologicos do estrato arbóreo de áreas de Caatinga em sistema agrossilvipastoril 1

IMPORTÂNCIA DA JUREMA PRETA, Mimosa tenuiflora [Willd.] Poir., PARA O NORDESTE BRASILEIRO.

Revista de Biologia e Ciências da Terra ISSN: Universidade Estadual da Paraíba Brasil

LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO DE PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA EM COMUNIDADES DO MUNICÍPIO DE LAGOA GRANDE, PERNAMBUCO, BRASIL

TIPOS DE VEGETAÇÃO E OS BIOMAS BRASILEIROS. Profº Gustavo Silva de Souza

PERCEPÇÃO DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DA ESCOLA ESTADUAL DEP. ÁLVARO G. DE QUEIROZ EM RELAÇÃO À FLORA DO MUNICIPIO DE SANTO ANDRÉ/PB

BIOMAS DO BRASIL E DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS. Prof ª Gustavo Silva de Souza

TRABALHO DE CAMPO DE BIOGEOGRAFIA

Registro de Visitantes Florais de Anadenanthera colubrina (VELL.) Brenan Leguminosae), em Petrolina, PE

DIVERSIDADE FITOGEOGRÁFICA DA CAATINGA EM ÁGUA BRANCA E DELMIRO GOUVEIA ALAGOAS

Plantas no curimataú: um estudo sobre a Produção de mudas de árvores nativas na caatinga

CONHECIMENTO E USO DE PLANTAS DA CAATINGA NA COMUNIDADE TRADICIONAL CABOCLOS DE AÇU, AÇU, RN: TESTANDO A HIPÓTESE DA APARÊNCIA ECOLÓGICA

Avaliação das classes de cobertura vegetal e do uso das terras do sítio Agreste - Itaporanga-PB

Marcos A. Drumond ** Paulo César F. Lima ** Sonia M. de Souza ** José L. S. Lima *** RESUMO

LEVANTAMENTO DE ESPÉCIES VEGETAIS EM ÁREA DE CAATINGA E POTENCIAL DE USO NO CARIRI CEARENSE

Marcos A. Drumond ** Paulo César F. Lima ** Sonia M. de Souza ** José L. S. Lima * * *

Estrutura e distribuição espacial da vegetação da Caatinga na Estação Ecológica do Seridó, RN

BRASILEIROS. vegetais relacionados à latitude. Floresta Pluvial Costeira (Floresta Atlântica) Floresta de Araucárias Cerrado Pampa

ESPAÇOS CLIMÁTICOS E VEGETAÇÕES DA AMÉRICA

O CLIMA E A VEGETAÇÃO DO BRASIL

Influência dos Eventos ENOS nas Classes de Vegetação do Município de Sousa-PB

Biomas do Brasil. Ciências Humanas e suas Tecnologias. Professor Alexson Costa Geografia

Diversidade biológica vegetal de três ambientes na Caatinga paraibana, sítio Pereiros, chácara Canaã município de Sousa-PB.

I SEMINÁRIO REGIONAL DE GESTÃO AMBIENTAL Gestão Ambiental e Sustentabilidade

Título do Trabalho REFLEXÕES SISTÊMICAS SOBRE A JUREMA PRETA (Mimosa tenuiflora) COM ENFOQUE NO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO-PE

OS DESAFIOS PARA A PRODUÇÃO DE CAPRINOS NO SEMIÁRIDO PARAIBANO

VEGETAÇÃO E FLORA NO CARIRI PARAIBANO

POTENCIALIDADES DA CAATINGA

MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL NO ASSENTAMENTO BATALHA, SANTA MARIA DA BOA VISTA/PE: UMA REFLEXÃO SOCIOAMBIENTAL

I SENEDES I SEMINÁRIO NORDESTINO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL A Água e o Desenvolvimento Sustentável do Nordeste

Título do Trabalho O JUAZEIRO (Zizyphus joazeiro Mart) NO CONTEXTO RURAL DO MUNICÍPIO DE VENTUROSA-PE

FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS. Degradação de Biomas. Prof. Me. Cássio Resende de Morais

VEGETAÇÃO BRASILEIRA. DIVIDE-SE EM: 1) Formações florestais ou arbóreas 2) Formações arbustivas e herbáceas 3) Formações complexas e litorâneas

Utilização de imagens CBERS no estudo da degradação das terras da fazenda Sítio Agreste - município de Itaporanga-PB

Biomas Terrestres. Prof. Bosco Ribeiro

MAPEAMENTO DAS ÁREAS REMANESCENTES DE CAATINGA E ÁREAS DEGRADADAS DA ILHA DE ASSUNÇÃO, NO MUNICÍPIO DE CABROBÓ-PE

RELATÓRIO FINAL DO PROGRAMA DE RESGATE, MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO DA MINA VERMELHOS, EM JUAZEIRO - BA

DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E AS FORMAÇÕES VEGETAIS DO BRASIL

Sistemas Silviculturais

COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA, ESTRUTURA E ANÁLISE POPULACIONAL DO FEIJÃO-BRAVO (Capparis flexuosa L.) NO SEMIÁRIDO PARAIBANO, BRASIL 1

EXPLORAÇÃO DA CAATINGA EM ASSENTAMENTOS RURAIS DO SEMIÁRIDO ALAGOANO CAATINGA EXPLORATION IN RURAL SETTLEMENTS OF ALAGOAS SEMIARID

CLIMAS DE PERNAMBUCO

TRANSPIRAÇÃO DE TRÊS ESPÉCIES NATIVAS DO SEMI-ÁRIDO EM CONDIÇÕES DE CAMPO

ecologicas durante 0 desenvolvimento da planta mae e durante as fases posteriores ao florescimento (TOLEDO & MARCOS FILHO, 1977).

1 - Quais são os tipos de cerrado encontrados no Brasil? Explique suas diferenças

A NATUREZA DO BRASIL: CLIMA E VEGETAÇÃO

SERRA NEGRA. Academia Pernambucana de Ciência Agronômica, Recife, Pernambuco.

O Cabrito do Vale do São Francisco:

Caracterização Química das Porções Morfológicas do Xique-xique (Pilosocereus gounellei)

Colégio São Paulo. Bioma. adapt ações. Biologia 9º ano Prof. Marana Vargas

Aproveitando restos de culturas, palhadas e outros materiais

LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO EM ÁREA DE CAATINGA NO MUNICÍPIO DE JAGUARIBE-CEARÁ

Resumo. Abstract. Ci. Fl., Santa Maria, v. 29, n. 1, p , jan./mar., DOI: ISSN

Análise de agrupamento de espécies lenhosas da Caatinga no Estado do Pernambuco

o que é a Caatinga e por que conservá-ia? Preservação e uso da Caat inga 1 11"1" IIIII 1\1111"11 IIIII IIII 11"11IIII 1"1 o que é caatinga e por que

Floresta Amazônica É uma floresta tropical fechada, formada em boa parte por árvores de grande porte, situando-se próximas uma das outras (floresta fe

O objetivo do trabalho foi compreender o comportamento hidrológico da sub-bacia hidrográfica do rio Jacaré, a fim de levantar dados e informações

Levantamento florístico de uma reserva de Caatinga, em São Gonçalo - PB Florístico survey of one reserves of Caatinga, in São Gonçalo - PB

Estrutura da Vegetação Caducifólia Espinhosa (Caatinga) de uma área do sertão central de Pernambuco

ANÁLISE DE RENTABILIDADE DE MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL NO ASSENTAMENTO CATOLÉ, EM SERRA TALHADA-PE

DIVERSIDADE E POTENCIALIDADES DO BIOMA CAATINGA SOB DIFERENTES MANEJOS NO ASSENTAMENTO VISTA ALEGRE-CE

FITOSSOCIOLOGIA DO ESTRATO ARBUSTIVO-ARBÓREO DA RESERVA LEGAL DO ASSENTAMENTO TIÃO CARLOS, GOVERNADOR DIX-SEPT ROSADO, RN

Arbutus unedo L. 98 Exemplares no Parque

TRILHAS ECOLÓGICAS: UMA EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL JUNTO AOS ESTUDANTES DO CURSO DE AGROECOLOGIA DO IFPB-CAMPUS PICUÍ

POTENCIAL ECOLÓGICO E AMBIENTAL DAS ESPÉCIES NATIVAS DO BIOMA CAATINGA DO SERTÃO CENTRAL CEARENSE.

LEVANTAMENTO FLORÍSTICO E ASSOCIAÇÃO DE ESPÉCIES NA CAATINGA DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DO SERIDÓ, SERRA NEGRA DO NORTE RN - BRASIL

UM ESTUDO SOBRE A VEGETAÇÃO NATIVA DO PARQUE ESTADUAL DO PICO DO JABRE, NA SERRA DO TEIXEIRA, PARAÍBA

Germinação de sementes de espécies nativas da Caatinga em cenários futuros de mudanças climáticas

LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DE UMA ÁREA DE CAATINGA NO SERTÃO ALAGOANO

ESTRUTURAS DE MADEIRA

Comparative phytosociological surveys in different areas of the Caatinga ISSN

Professora Leonilda Brandão da Silva

Transcrição:

CONSIDERAÇÕES SOBRE ALGUMAS Á~VO~ES, ARBUSTOS E ERVAS DAS AATINGAS I~do Bezerra S~ Georges Andr~ Fotius JUNHO - 1984

CONSIDERACOES SOBRE ALGUMAS ÁRVORES, ARBUSTOS E ERVAS DAS CAATINGAS1 ~ - 2 Sa, Iedo B. Fotius, Georges A. 3 INTRODUCÃO A vegetação das zonas semi-áridas é muito diversificada, apresenta inúmeras famílias com vários gêneros e espécies distintos. A presente relação destas plantas é bastante superficial, mostrando apenas as especles mais comuns que ocorrem na região e como critério para essa escolha, optamos pela frequência de ocorrência na vegetação das caatingas. Além das espécies sem utilidades precisas ou conhecidas (e por isso bastante abundantes), a maioria delas são aproveitadas de várias maneiras, desde o potencial forrageiro, medicinal até madereiro, corno também usadas para carvão e extração de substâncias corno o tanino e outras. A ~ivisão dessas espécies em arb6reas arbustivas e herbáéeas, serve para urna melhor visualização dos arranjos numa estratificaassumam ção vertical, embora a distinção dessas categorias não 1 Documento de Consulta Interna 2 Eng9 Florestal, Pesquisador IPA/CPATSA, Caixa Postal, 23 56.300 - Petrolina - PE 3 Botânico, Pesquisador ORSTOM/CPATSA, Caixa Postal, 23 56.300 - Petrolina- PE CEPo CEPo

ÁRVORES *AROEIRA - Astro urundeuva Engl. Anacardiaceae ------ ' Madeira de lei, muito rígida, com cerne avermelhado e alburno claro, muito resistente e largamente utilizada (vigamentos, postes, dormentes e obras hidráulicas). *BARAUNA - Schinopsis brasiliensis Engl. Anacardiaceae Madeira- de lei especial para obras internas, ria, postes, dormentes, muito resistente a apresenta cerne muito escuro e rígido. parâmetros fixos, a exemplo da altura das espécies, (parâmetro base para essa distinção), para que elas assumam a categoria árvore, arbusto ou erva, sao muito imprecisos devido a condicionantes do m~i6 como: umidade~ solo, altitude e a pr6pria influ~ncia do homem. carpintaumidade, MBUZEIRO - Spondis tuberosa_arr. Cam. Anacardiaceae Ãrvore produtora de frutos comestíveis, o imb~, rico em vitamina C e E, que é bastante apreciado pelas comunidades locais. *PEREIRO - Aspidosperma pirifolium Mart. Apocynaceae Ãrvore de porte regular com cerne amarelado em trabalhos de mercenaria e carpintaria. utilizada ~SETE CASCAS- Tatebuia spongiosa Sizzini Bignoniaceae Ãrvore de madeira dura, que se fende ap6s o corte, usa das normalmente para fabricação de carvão. ~IMBIRASSÚ- Pseudobombax simplicifolium~ Roby~ Bombacaceae Apresenta enormes flores brancas, floresce quando sem folhas, não apresenta uso definido. v *IMBURANA DE CAMBÃO - Bursera leptophloeos 14art. Burseraceae. Apresenta fruto drupáceo comestível quando maduro, fornece um exudato sucedâneo a terebentina.

~FACHEIRO - Cereus sguamosus Guerk. Cactaceae. Apresenta bagas comestíveis, quando novos e sem nhos é forrageiro, e quando lenhificado chega a zir tábuas leves. *MANDACARU - Cereus jamacaru P.Dc. Cactaceae Cacto na forma colunar de tronco ramificado, seus artí culos novos depois de queimados os espinhos, servem co mo forragem para o gado, e do tronco extrai-se tábuas para fabricação de portas e janelas e ripas para treliças. espi- produ- ~FAVELA DE CACHORRO - Cnidoscolus phyllacanthus (Muell. Arg.) Et.K. Hoffm. Euphorbiaceae As folhas maduras e a casca servem de forragem as cabras, ~arneiros, jumentos e mesmo aos bovinos. As sementes são ricas em sais minerais e principalmente em.. protelnas. ~ANGICO - Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan. Mimosaceae Madeira de lei, boa para tábuas, tacos e trabalhos de marcenarla, a casca contém tanino que ~ utilizado na indústria do curtume e ainda com efeitos medicinais, as folhas secas ou fenadas servem como forragem. ~JUAZEIRO - Zizyphus joazeiro Mart. Rhamnaceae Árvore de porte mediano, cuja folhagem é excelente for ragem para o gado, os frutos comestíveis ricos em Vltamina C, as folhas ainda prestam-se a infusões estomacais, as raspas da entrecasca servem de sabão, dentrifício e em infusão dão excelente tônico capilar. * CANAFfsTULA - Cassia excelsa Schard. Ca esalp i.ni a ceae Árvore de porte mediano a alto de belas flores e densa folhagem utilizada como ornamentação e aproveitadas ainda como recurso forrageiro e presta-se ainda para obras e lenha. -

ARBUSTOS ~MOLEQUE DURO - Cordia LeueoeephaLa Moric. Boraginaceae Arbusto de médio porte, sem utilidades definidas ou conhecidas, bastante abundantes ainda nas caatingas nordestinas. ~ XIQUE-XIQUE - PiLosáeereus qou.ne lli: (Weber.) Byl Et..Rowl. Cactaceae Planta característica dos sertões mais secos do Nordeste, seu caule e galhos servem corno ração, depois de queimados, para o gado em épocas mais secas, e suas has tes mais novas apresenta a medula muito suculenta que atenuam a sede dos sertanejos durante os longos períodos de estiagem. OMPE GIBÃO - ErythroxyLum mummularia Erythroxylaceae Arbusto de porte médio com galhos retorcidos e de madei ra muito dura, chegando a alcançar Sm de altura, não a- presenta uso definido. ~FAVELA DE GALINHA - CnidoseoLus bahianus (Ule.) Pax Et. K. Hoffm. Euphorbiaceae Planta que apresenta folhas armadas de aculeos causticos, que em contato com a pele do homem provocam inflamações dolorosas, não apresenta uso definido. ~ MARMELEIRO - Croton sonderianus Muell. Arg. Bupho rb i ac eac Arbusto comumente de pequeno porte. Madeira empregada na construção de cercas, a infusão da casca e da ralz é aplicada contra hemorragia uterinas. *QUEBRA-FACA - Croton sp.euporbiaceae Arbusto comumente de pequeno porte, cuja madeira é multo dura e usada para fazer carvão, devido ao aspecto não raro de touceira, suas hastes são também empregadas em cercas.

""PINHÃO BRAVO - Jatropha pohliana Meull. Arg. Euphorbiceae Arbusto às vezes com Sm de altura, as sementes contêm óleo inodoro, extraído por pressão, empregado no fabrico de tintas e sabões e em lubrificantes, usado também como purgativo caseiro. ~MANICOBA Manihot pseudoglaziovii Pax. Et. K. Hoffm. Euphorbiaceae.. Arbusto que pode ser considerado árvore, mas comu- mente na caatinga apresenta porte baixo, planta rica em látex que produz borracha, presta-se também para caixotaria e trabalhos exigentes de madeiras leves; sua folhagem é apreciada pelo gado mas sao muito tóxicas quando murchas. ~MOROR6 Bauhinia cheilantha Steud. Caesalpiaceae Arbustos com porte de médio a alto, dá madeira para estaca e lenha, sua folhagem é excelente forragem para o gado. ~CATINGUElRA - Caesalpinia pyramidalis Tul. Caesalpiniaceae Arbusto, às vezes de porte arbóreo, oferece madeira para lenha, carvao e estacas; suas folhas são apreciadas pelo gado e utilizadas nos tratamentos das infecções catarrais e diarréias juntamente com as flores e cascas. *CARQUEIJA Calliandra depauperata Bent. Mimosaceae Arbusto de pequeno porte, que formam moitas nos lugares insolarados tornando quase impossív~l a penetração, seus folíolos são abundantemente pastejados pelos caprinos e bovinos. ~JUREMA PRETA - Mimosa hostilis Benth. Mimosaceae Arbusto de médio a alto porte, cuja madeira é utili zada para estacas e lenha, sendo na forma de carvão mais apreciada devido ao grande poder calorífico a- presentado.

~ ALECRIM Lippia microphylla Chamo Verbaneceae Arbusto de pequeno porte, com madeira muito dura e seca, com sulcos muito profundos; não apresenta utilidades definidas. HERBÁCEAS ANDACA Commelia nudiflora L..Commelinaceae Erva de caule macio, frequentemente arrastada no chão, cresce na somra; bem procurada por cavalos. ~CAPIM MIMOSO - Panicum trichoides Sw. Gramineae Pequena erva anual da caatinga na6 muito fechada, mui to frequente, fartamente pastejada, panícula muito leve. ~CARRAPICHO DE OVELHA - Tragus bertheronianus Schalt. Gramineae Pequena erva anual dos lugares ensolarados, em solo mais argilosos que a precedente, inflorescência em es piga, pastejada. XCAROÁ Neoglaziovia variegata Mez. Bromeliaceae Erva perene muito comum, de folha estreita e espinh~ sa, ~sada para fabricação de cordas. #COROA DE FRADE - Melocactus &ahiensis Br. WR. Werdum. Cacteceae Cacto globoso com acúleos curvos, muito frequente nos terrenos argilosos secos e pedregosos, sem utilidade conhecida. XCRISTA DE GALO - Heliotropium ssp. Boraginaceae Abrange cerca de 4 esp~cies anuais com folhas de for mas diferentes mas a inflorescência ~ caracterizada por uma espiga dobrada com pequenas flores brancas, pouco pastejada.

~FAVINHA - Corchurus sp. Tlliaceae Erva anual de forma pequena e amarela, cresce em todos -os tipos de caatinga não fechadas demais, pastejada. ~ JERICd - Selaginella convolu~a Spring. Selaginellaceae Pequena planta perene constiturdo tapetes em altas. Folhas fechando-se nos perrodos secos brir-se nos dias de chuva. caatingas para a- ~MACAMBIRA - Bromelia laciniosa Ma~t. ex. Schult. Bromeliaceae Erva perene com folhas muito espinhosas. Forma de um pé de abacaxi; cresce frequentemente em solos de pouca profundidade...:ftmalva DE LAVAR PRATO - Herissan~ia crispa (1.) Briz. Malvaceae Urna das espécies mais frequentes das caatingas; flores esbranquecidas e folhas mais ou menos redonda; pouco pastejada. ~MATA PASTO CABELUDO - Cassia seriacea sw. Caesalpiniaceae. Cresce sobretudo nos lugares ensolarados; flor amarela, planta de pilosidade densa; não pastejada. QUIPÁ Opuntia inamoena K. Schum. Cactaceae. Pequeno cacto mais ou menos arrastado no chão, sem leos visrveis (mas existentes), planta de lugares solarados ou não, não pastejada. acu- en-