I SENEDES I SEMINÁRIO NORDESTINO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL A Água e o Desenvolvimento Sustentável do Nordeste

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1 CARACTERIZAÇÃO ECONÔMICA-ECOLÓGICA DO BIOMA CAATINGA Comunicação Oral Eixo Temático: Meio Ambiente e Sustentabilidade Rita de Kássya Araújo Freitas Melo 1 Nahara de Medeiros Cabral Axiole 2 1 Graduada em Farmácia, especialista em Bioquímica e aluna especial do Curso de Mestrado em Sistemas Agroindustriais (UFCG). kassyamelo@yahoo.com.br 2 Graduada em Biomedicina e aluna especial do Curso de Mestrado em Sistemas Agroindustriais (UFCG). naharamca@hotmail.com Resumo: A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro. Por isso, grande parte do patrimônio biológico dessa região não é encontrada em outro lugar do planeta, além do Nordeste do Brasil. Ela cobre quase todo o nordeste brasileiro, atingindo uma área de 800 mil km², que ocupa quase 10% do território nacional, abrangendo os Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas e Bahia, sul e leste do Piauí e norte de Minas Gerais. A irregularidade climática é um dos fatores que mais interferem na vida do sertanejo, que habita a área da Caatinga. Pois, quando não chove, o homem do sertão precisa caminhar quilômetros em busca da água necessária à sua sobrevivência. A vegetação da Caatinga possui um aspecto agressivo e estranho, havendo uma predominância de cactáceas colunares como o mandacaru e o facheiro, além de outros arbustos e árvores com espinhos. Na caatinga, o solo é, via de regra, bastante pedregoso e pouco profundo, e por isso, não consegue armazenar a água que cai, durante o curto período chuvoso. Em certos trechos, nem existe como cobertura contínua da rocha subjacente que então aflora em largas manchas. Mediante esta pesquisa constatou-se que a Caatinga é um bioma rico, sob vários aspectos, porque não dizer único no mundo todo. A pluralidade de suas espécies vegetais e animais constitui uma de suas características, contrastando com o fenômeno da seca presente na região. Economicamente, o referido bioma pode ser explorado, desde que se observe os princípios da natureza. Por ser um bioma único, a Caatinga possui um grande valor ecológico e ecossistema, precisa ser preservado. 12 Palavras-chave: Bioma Caatinga. Caracterização. Viabilidade.

2 1 Introdução 13 A Caatinga, ecorregião semiárida única no mundo, é provavelmente o bioma brasileiro mais ameaçado e transformado pela ação humana. Além de ser exclusivamente brasileira, a Caatinga cobre porção significativa do território nacional (11,67%) e é também o mais extenso dos quatro domínios morfoclimáticos nordestinos, a caatinga ocupa quase a metade da superfície regional e sua presença é notada em quase todos os estados, exceto, no Maranhão. Assim, torna-se urgente a compreensão dos processos de regeneração neste ambiente para fins de reposição vegetal e conservação da biodiversidade. O calor abrasante, os solos crestados e as plantas em geral retorcidas são elementos indissociáveis da paisagem da caatinga. Nela, o clima semiárido, os índices de pluviosidade são baixos, a vegetação é constituída por árvores e arbustos, normalmente espinhentos, que perdem suas folhas no decorrer da longa estação seca. E, como consequência dessas condições climáticas, os cursos fluviais que cortam essa região são, em sua maioria, rios temporários, isto é, rios que podem simplesmente deixar de correr durante os períodos mais secos. A vegetação de caatinga é constituída, especialmente, de espécies arbustivas e arbóreas de pequeno porte, geralmente dotadas de espinhos, sendo, caducifólias, em sua maioria, perdendo suas folhas no início da estação seca. O substrato pode ser composto de cactáceas, bromeliáceas, havendo, ainda um componente herbáceo de pouca significância, formado por gramíneas dicotiledôneas herbáceas, predominantemente anuais O aspecto geral da vegetação, na seca, é de uma mata espinhosa e agreste. Algumas poucas espécies da caatinga não perdem as folhas na época da seca. Entre essas se destaca o juazeiro, uma das plantas mais típicas desse ecossistema. Ao caírem as primeiras chuvas no fim do ano, a caatinga perde seu aspecto rude e torna-se rapidamente verde e florida. Além de cactáceas, como Cereus (mandacaru e facheiro) e Pilocereu (xiquexique), a caatinga também apresenta muitas leguminosas (mimosa, acácia, imburana, etc.). 13

3 O presente artigo, de natureza bibliográfica, tem por objetivo mostrar a importância econômica-ecológica do bioma Caatinga Revisão de Literatura 2.1 O bioma Caatinga: Aspectos gerais A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro. Por isso, grande parte do patrimônio biológico dessa região não é encontrada em outro lugar do planeta, além do Nordeste do Brasil. Ela cobre quase todo o nordeste brasileiro, atingindo uma área de 800 mil km², que ocupa quase 10% do território nacional, abrangendo os Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas e Bahia, sul e leste do Piauí e norte de Minas Gerais. Segundo Duque (2004, p. 31): a caatinga é um conjunto de árvores e arbustos espontâneos, densos, baixos, retorcidos, leitosos, de aspecto seco, de folhas pequenas e caducas, no verão seco, para proteger a planta contra a desidratação pelo calor e pelo vento. Região de clima semiárido e solo raso e pedregoso, embora relativamente fértil, o bioma é rico em recursos genéticos dada a sua alta biodiversidade. O aspecto agressivo da vegetação contrasta com o colorido diversificado das flores emergentes no período das chuvas, cujo índice pluviométrico varia entre 300 a 700 milímetros anualmente. Entretanto, a irregularidade climática é característica principal desse bioma, apresentando um prolongado período de seca, que se reflete na paisagem. De acordo com Joly (2009, p. 25), fisionomicamente não existe região no Brasil cujo aspecto seja mais agressivo ou desolador na época do estio do que a área onde se encontra a caatinga. Nela, a formação vegetal apresenta heterogeneidade quanto à sua aparência e composição. Em alguns trechos, exibe uma mata rala ou aberta, daí o nome Caatinga, que, na linguagem indígena, significa mata branca ; em outros, o solo aparece quase descoberto, possuindo arbustos isolados. 14

4 A irregularidade climática é um dos fatores que mais interferem na vida do sertanejo, que habita a área da Caatinga. Pois, quando não chove, o homem do sertão precisa caminhar quilômetros em busca da água necessária à sua sobrevivência. Ao longo de quase quinhentos anos, a Caatinga é explorada. De forma inconsciente, o homem utilizando-se de queimadas, devastou grandes extensões desse bioma, objetivando plantar pastagens artificiais e outras culturas, a exemplo do algodão, sem, contudo, preocupar-se com o desequilíbrio ecológico proveniente de suas ações impensadas. A região da caatinga, por sua vez, apresenta duas estações pouco definidas: uma quente e seca, no inverno; e outra quente e com chuvas, no verão. Deve-se registrar que durante o período da estiagem, a vegetação da Caatinga tem um aspecto seco, sem folhagens. Tal fato é uma adaptação das plantas às condições climáticas. Segundo Moreira (2004, p. 220): 15 As árvores da caatinga são pequenas e tortas, de casca grossa e frequentemente espinhosas. Para reter água, perdem as folhas durante o período em que não chove. Uma das características mais notáveis dessa vegetação é sua capacidade de recuperação. Um pouco de chuva e, como por milagre, a mata até então cinzenta, feia e ressequida se cobre de brotos e folhas verdinhas. 15 No início do ano, quando começa a chover, a paisagem da Caatinga se transforma e a aparência cinza do período das secas dá lugar às flores. As árvores cobrem-se rapidamente de folhas e o solo fica forrado de pequenas plantas. No mês de agosto, período do auge da seca, o solo pode atingir a temperatura de 60º C, acelerando a evaporação da água dos rios e lagoas. 2.2 A Vegetação da Caatinga A vegetação da Caatinga possui um aspecto agressivo e estranho, havendo uma predominância de cactáceas colunares como o mandacaru e o facheiro, além de outros arbustos e árvores com espinhos. Registra Pimentel (2009, p. 47) que:

5 Para evitar a perda de água, os cactos transformaram as folhas em espinhos, ao longo de sua evolução, e desenvolveram uma epiderme dura e recoberta por uma película que reduz a transpiração. Suas formações celulares tornaram-se esponjosas e adquiriram capacidade de armazenar água. Os tecidos que constituem o parênquima aquífero conferem aos cactos seu aspecto característico. As raízes são longas e profundas, aptas a retirar do solo a maior parte da água proporcionada pelas chuvas rápidas e intensas que caem no ambiente seco em que proliferam. Muitas espécies crescem rapidamente e, no espaço de cinco anos, alcançam altura considerável. As flores são em geral grandes e de cores vivas, a fim de atrair insetos, aves ou morcegos, escassos nas regiões inóspitas onde crescem os cactos. 16 Na caatinga, o solo é, via de regra, bastante pedregoso e pouco profundo, e por isso, não consegue armazenar a água que cai, durante o curto período chuvoso. Em certos trechos, nem existe como cobertura contínua da rocha subjacente que então aflora em largas manchas. Ademais, em parte alguma da referida região existe um revestimento contínuo do solo, nem nas serras, nem nas chapadas ou em terras mais baixas. Afirma Egler (2005, p. 53) que: Dos grandes tipos de vegetação do Brasil é a caatinga, sem dúvida, o mais heterogêneo. Há na caatinga sempre um aspecto novo, seja de um local para outro, seja na mesma região em estações diferentes. Naturalmente que, dentro do que nós conhecemos por mata, campo limpo, cerrado, etc., também variam as associações vegetais constituintes da formação, mas, apesar de tudo, com isso pouco se altera o aspecto geral e o quadro fitofisionômico, nos seus traços gerais, é característico e inconfundível. Já o mesmo não acontece com a caatinga, pois a mesma assume os mais diversos aspectos, ocorrendo tanto sob a forma de moitas baixas e isoladas, como sob a forma semelhante a uma mata fechada, apresentando uma vasta gama de gradientes entre estes tipos extremos. Isto no que diz respeito aos aspectos simplesmente fisionômicos, porque se descermos às minúcias da composição florística (que, em última análise, é que vai estabelecer a fisionomia do conjunto), ainda teremos maiores variações. 16 A vegetação da Caatinga exibe adaptações ao clima seco como forma de proteção contra a perda de água ou, ainda, como mecanismos para melhor obtenção dela. As folhas, por exemplo, são finas ou inexistentes. Afirma Joly (2009), que a queda das folhas é o mecanismo encontrado pelas espécies da caatinga para garantirem a sobrevivência, quando não há água disponível. E, que o Bioma Caatinga apresenta três estratos bem distintos: a) o arbóreo: árvores cuja altura varia de 8 a 12 metros; b) o arbustivo: árvores cuja altura varia de 2 a 5 metros e;

6 c) o herbáceo: forma por uma vegetação que apresenta um porte abaixo de 2 metros de altura. Algumas plantas armazenam água, como os cactos; outras se caracterizam por ter raízes praticamente na superfície do solo para absorver o máximo da chuva. Algumas das espécies mais comuns da região são: a imburana, a aroeira, o umbu, a baraúna, a maniçoba, a macambira, o mandacaru e o juazeiro. Segundo Luetzelburg apud Duque (2004, p. 31): 17 Além dos espinhos, engrossamento da cutícula, cobertura de cera, redução de a superfície folhear, etc., as plantas adaptadas à terra escaldante atravessam as secas anuais e os verões sem chuva mediante reservas alimentícias armazenadas nas raízes tuberculadas, nas batatas e xilopódios. Na Caatinga, as espécies vegetais, em sua grande maioria, possuem raízes tuberosas, e, graças e essa particularidade, conseguem armazenar grande quantidade de material nutritivo, que é utilizado em certa época de seu desenvolvimento, servindo ainda de reserva para o período das estiagens. Ademais, deve-se registra que no meio de tanta aridez, a Caatinga surpreende: ostenta certas ilhas de umidade e solos férteis. São os chamados brejos, que quebram a monotonia das condições físicas e geológicas dos sertões. Nessas ilhas é possível produzir quase todos os alimentos e frutas peculiares aos trópicos do mundo. Tais áreas, normalmente, localizam-se próximas às serras, onde a abundância de chuvas é bem maior. Afirma Alves (2005, p. 131), que: 17 As áreas mais expostas ao flagelo das secas em Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará são beneficiadas com trechos de verdura e umidade que contrastam com áreas especificamente esqueléticas. Garanhuns e Triunfo, em Pernambuco, Borborema, na Paraíba, as Serras de Luiz Gomes e Martins, no Rio Grande do Norte, Ibiapaba, Serra da Uruburetama e Serras Litorâneas, no Ceará, são áreas de clima suave, onde a temperatura desce a 14 graus nos meses de maio e junho e permanece em 20 graus no estio, quando o termômetro sobe a mais de 30 nos municípios sertanejos. Nessas áreas privilegiadas, a umidade atmosférica, a temperatura e as águas pluviais são fatores que contribuem para a sua fertilidade e elevada produção agrícola.

7 Efeitos do clima semiárido sobre a vegetação da Caatinga A característica marcante do imenso território coberto pela caatinga, pode ser traduzida pela ansiedade, pela angústia e incerteza da chegada da estação chuvosa, ou, no dizer do nordestino, da chegada do inverno. Assim, em resumo, tudo gira em torno das chuvas que devem cair (JOLY, 2009). É grande, pois, a correlação da caatinga com o clima, ao qual se deve atribuir a maior parte de suas características. Em quase toda a área da caatinga está presente o clima quente e semiárido. A estação seca, que se faz sentir pela intensidade e duração irregular, não raro se prolonga por vários meses. A esse fenômeno está ligada a característica mais acentuada e geral da caatinga: a perda total das folhas na estação seca. A pequenez das folhas e sua mobilidade, a grande ramificação desde a parte inferior do tronco (o que dá às árvores aparência arbustiva) e a frequência de plantas espinhentas (a faveleira tem espinhos até nas folhas) são outros testemunhos da adaptação ao meio hostil. De acordo com Duque (2004, p. 31): 18 Na caatinga a associação florística com o solo e a atmosfera é quase uma simbiose, tal é o regime de economia rígida da água para entreter as funções em equilíbrio; a união densa, fechada, de catingueiras, acácias, umbuzeiros, maniçobas, macambiras, cactáceas, pereiro, etc., protege o solo no inverno com a sua folhagem verde e no verão cobre-o com uma camada de folhas fenadas que são em parte comidas pelo gado e o restante aduba o chão; as espécies, para sobreviverem em relativa harmonia fisiológica, absorvem umidade do ar, com o abaixamento da temperatura à noite, quando a terra seca lhes nega água e forçaas ao repouso. Este é o seu clímax de estabilização vegetativa. Algumas espécies procuram defender-se da seca armazenando água em seus tecidos, como ocorre com as plantas suculentas. Cactáceas, bromeliáceas e outras xerófilas podem ou não ocorrer, conforme as condições locais. As variações fisionômicas verificam-se não só em diferentes áreas, como também num mesmo local, gerando profundos contrastes de paisagem entre as épocas secas e as chuvosas. A Caatinga apresenta uma grande diversidade. Ela é um bioma especial e goza do privilégio de ser a única região do mundo onde somente pode-se encontrar

8 19 determinadas espécies vegetal. Dentre as árvores e cactáceas que ocorrem na Caatinga, podemos destacar: Quadro 1. Árvores e cactáceas da caatinga Nome Vulgar Nome Científico Pereiro Aspidosperma pyrifolium Faveleira Jatropha phyllacantha Aroeira Schinus sp. Angico Piptadenia macrocarpa Quixabeira Bumelia sartorum Oiticica Licania rígida Baraúna Schinopsis brasiliensis Juazeiro Zizyphus juazeiro Mandacaru Cereus jamacuru Facheiro Cereus squamosus Xique-xique Pilocereus gounellei Quipá Opuntia sp. Coroa-de-frade Melacactus bahiensis Fonte: Maia (2004), adaptado. 19 O juazeiro, por sua vez, é capaz de permanecer sempre verde, graças às raízes profundas que exploram quaisquer resquícios de umidade. Assim, desafiando os períodos de seca, continua a vegetar em solo árido, nos campos abertos ou na caatinga dos sertões nordestinos. Dentre as bromeliáceas, sobretudo nas caatingas mais secas, destaca-se a macambira (Bromelia laciniosa). 2.4 A Fauna da Caatinga Região semiárida, com falta d'água e sem alimento verde durante parte de cada ano, o Nordeste possui uma fauna pobre em espécies e em quantidade. A vegetação baixa, escassa, de pouca folhagem, de insuficiente cobertura para uma bicharia de maior porte, e as queimadas periódicas formaram ambiente sem conforto e tolerado apenas por animais de organização inferior e não exigentes d'água.

9 No passado muitas áreas foram desbravadas para grandes lavouras e os resultados da erosão, dos baixos rendimentos e do desabrigo dos animais vêm provar que se tivesse havido um momento de reflexão ter-se-ia percebido a imprestabilidade para o cultivo e a necessidade de se manter os locais imperturbados (MAIA, 2004). Os terrenos desnudos favorecem a reprodução de determinados insetos, especialmente dos de postura no solo. A importância biológica da fauna, sua posição como elo da complexa cadeia de inter-relações ligando os seres vivos ao clima, pode ser avaliada pela perturbação e desconforto das pragas violentas quando dominam uma zona. Assim, observando os aspectos da região semiárida, nela, mamíferos de grande porte teriam dificuldades de sobreviver, pois não suportariam a escassez de água. Apesar disso, a fauna da caatinga é abundante de répteis, abrigando cobras e lagartos em grande número. Na Caatinga vive a ararinha-azul, ameaçada de extinção. Dentre os animais da região, ainda podemos citar: o sapo-cururu, saia-branca, cotia, gambá, preá, veado-catingueiro, tatupeba e o sagui-do-nordeste (ANDRADE, 2001). 2.5 O processo de desertificação da Caatinga A caatinga, apesar de apresentar alta diversidade biológica, vem sofrendo contínua devastação, perdendo-se com isto várias espécies características da região. Esta degradação ambiental não está relacionada apenas aos atos do homem ou da civilização isoladamente, mas sim, deve-se considerar as contribuições que a ciência e a tecnologia podem proporcionar ao homem e as suas intervenções sobre a natureza, além de uma tendência natural que após anos de uso a vegetação tende a definhar e os solos ficam mais expostos a ação dos raios solares e dos lençóis de escoamento pluvial fazendo com que o processo de desertificação acelere e se acentue. Segundo Duque (2004 p. p. 55): [...] o sertão está se tornando mais nu, mais lavado, mais deserto e isto é suficiente alarmante para a vida do homem e para a civilização atual. Para fins práticos na há necessidade de inquirir qual o período geológico que virá depois do atual, pois o seu aparecimento não pode ser obstado por nós.

10 21 As culturas nativas vivem em perfeito equilíbrio biológico com o seu ambiente. Assim, se o homem quebra esse equilíbrio, devastando os campos nativos e/ou introduzindo novos cultivares, todo o meio ambiente será afetado. Na busca do homem por pastos e áreas para o plantio de lavouras, a caatinga foi roçada, queimada e plantada. E, desta forma, quebrou-se a harmonia do sistema e inicia-se o processo do desgaste do solo. Tal desgaste, aumenta com o processo de erosão, e em pouco tempo, surgem os primeiros sinais da desertificação. Segundo Andrade (2001), as mais susceptíveis ao processo de desertificação no Brasil, estão compreendidas no Polígono das Secas, abrangendo áreas situadas no centro do Nordeste, nos estados do Ceará, Piauí, Pernambuco e Bahia. É evidente que o perigo da desertificação, feita pelo homem, é uma constante, tanto no Nordeste como no Amazonas, já que o homem é o grande forjador de desertos. Embora sendo um fenômeno ecológico, o deserto sofre total influência do homem, porque este tanto pode criar o deserto, como pode evitar sua formação e até mudar essa condição, mediante a recuperação de ecossistemas. De acordo com o IBGE (2009, p. 93): 21 A depredação que parece atingir grandes extensões da Caatinga são provenientes de pastoreio intensivo e outras ações antrópicas sem emprego do fogo. Nos países tropicais, quando as queimas anuais são praticadas, tem-se em vista a renovação das pastagens durante a estação seca e, para isto, é preciso que as ervas sejam rizomatosas para emitirem brotos após a passagem do incêndio. Na zona árida do Nordeste, do mesmo modo que na zona saheliana da África, esta prática seria um contrassenso, visto que o tapete herbáceo é completamente diferente, sendo composto de ervas que se renovam, cada ano, por grãos não rizomatosas, portanto incapazes de brotar após terem sido queimadas. Aqui o fogo destruiria os recursos forrageiros por toda a estação seca, não podendo estas se renovarem após a passagem do incêndio. Além disto, o fogo não teria deixado subsistir as espécies que não tivessem cascas espessas e suberosas. A restauração da caatinga, porém, a formação de capoeiras, é perfeitamente possível em nossos regimes pluviométricos de 600 a 800 milímetros, ao contrário dos desertos de 100 milímetros de chuva, onde a natureza é irremediavelmente derrotada, como no Saara africano.

11 22 Ainda segundo Duque (2004, p. 55), o desnudamento do solo da Caatinga não conduzirá a um deserto físico como o Saara, com as suas tempestades de areia e ventos sufocantes, nem diminuíra o total de chuvas. No entanto, tal desnudamento resultará num deserto econômico. Assim, garantir a sobrevivência da Caatinga nordestina, significa preservar um patrimônio valiosíssimo para o mundo. 3 Considerações Finais A diversidade do clima brasileiro reflete-se claramente em sua cobertura vegetal. Assim, de forma bem distinta, além da Caatinga Nordestina, encontramos no Brasil os seguintes biomas: a Amazônia, o pantanal, a Mata Atlântica, o Cerrado, os costeiros, as florestas com Araucárias e os Campos Sulinos. Dentre este, abordou-se de forma detalhada o Bioma Caatinga, por constituir o objetivo central do presente estudo. No que se refere à Caatinga Nordestina, nas últimas três décadas é que ela vêm sendo melhor estudada, constatando-se sua relevância a partir do conhecimento da sua 22 alta diversidade além de suas potencialidades. A Caatinga é um bioma rico, sob vários aspectos, porque não dizer único no mundo todo. A pluralidade de suas espécies vegetais e animais constitui uma de suas características, contrastando com o fenômeno da seca presente na região. Economicamente, o referido bioma pode ser explorado, desde que se observe os princípios da natureza. Por ser um bioma único, a Caatinga possui um grande valor ecológico e ecossistema, precisa ser preservado. 4 Referências ALVES, Joaquim. Ilhas de umidade. In: ROSADO, Vingt-Un & ROSADO, América. 12º livro das secas. Natal: UFRN, ANDRADE, Manuel Correia de. Nordeste semiárido: limitações e potencialidades. In: FILHO, Malaquias Batista. Viabilização do semiárido nordestino. Recife: IMIP, DUQUE, Guimarães. Solo e água no polígono das secas. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil, 2004.

12 23 EGLER, Walter Alberto. Contribuição ao estudo da caatinga pernambucana. In: ROSADO, Vingt-Un & ROSADO, América. 12º livro das secas. Natal: UFRN, IBGE. Geografia do Brasil (Região Nordeste). Vol. II. Rio de Janeiro: SPEGS/DG, JOLY, Aython Brandão. Conheça a vegetação brasileira. São Paulo: USP/Polígono, MAIA, Gerda Nickel. Caatinga: Árvores e arbustos e suas utilidades. São Paulo: D & Z Computação Gráfica, MOREIRA, Igor. Construindo o espaço brasileiro. São Paulo: Ática,

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