OS RISCOS À SAÚDE CAUSADOS PELA EXPOSIÇÃO SOLAR DOS MILITARES DO EXÉRCITO BRASILEIRO: CUIDADOS E PREVENÇÃO.



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Transcrição:

1 OS RISCOS À SAÚDE CAUSADOS PELA EXPOSIÇÃO SOLAR DOS MILITARES DO EXÉRCITO BRASILEIRO: CUIDADOS E PREVENÇÃO. Verônica de Almeida Teixeira¹ Resumo. O sol emite um amplo espectro de radiações eletromagnéticas, que são filtradas pelas camadas atmosféricas da Terra antes de atingirem a superfície do planeta. A radiação ultravioleta pode ser dividida em UVA, UVB e UVC. A radiação solar pode causar inúmeros prejuízos ao organismo, caso a exposição ao sol seja demasiada e sem a proteção adequada. O presente estudo busca reunir, na literatura, através de uma revisão bibliográfica de livros, periódicos e rede eletrônica, informações capazes de melhorar a compreensão coletiva em relação às doenças de pele causadas por exposição solar, as maneiras de se proteger do sol e como esses métodos previnem tais doenças. Destacou-se a necessidade de implementar mais efetivamente, na rotina do Exército Brasileiro, as medidas estudadas neste trabalho e divulgar o proteção consciente do Militar em relação aos possíveis danos causados à sua pele e o emprego adequado das medidas que a protejam da exposição solar diária, muitas vezes inerente à sua atividade. Palavras-chave: Radiação Solar 1. Militar 2. Neoplasia Cutânea 3. Abstract. The sun emits a broad spectrum of electromagnetic radiation, which are filtered by the Earth atmospheric layers before reaching the planet's surface. Ultraviolet radiation can be divided into UVA, UVB and UVC. Solar radiation can cause numerous damages to the body, if sun exposure is too much and without adequate protection. The present study aims to gather in the literature, through a literature review of books, periodicals and electronic network, information that can enhance the collective understanding in relation to diseases of the skin caused by sun exposure, ways to protect yourself from the sun and how these methods prevent these diseases. There is a need to implement more effectively the Brazilian Army in routine measures studied in this work and set the course aware of the military about the potential damage to your skin and the appropriate use of measures that protect from daily sun exposure often inherent of its activity. Keywords: Solar Radiation 1. Military 2. Cutaneous Neoplasia 3. 1.Introdução: O sol emite um amplo espectro de radiações eletromagnéticas, que são filtradas pelas camadas atmosféricas da Terra, antes de atingirem a superfície do planeta. A radiação solar terrestre é formada pelas radiações ultravioletas (100-400nm), visíveis (400-800nm) e infravermelhas (acima de 800nm) (MANSUR et al, 1986; PAOLA; RIBEIRO,1998; RIBEIRO, 2004; RIBEIRO et al, 2004; ROSSI, 2000). Por apresentarem os menores comprimentos de onda, os raios ultravioleta (UV) são os mais energéticos, e desta forma, possuem grande capacidade de penetração na pele e propensão a induzir reações fotoquímicas (FLOR et al, 2007). Considerando seus efeitos biológicos, a radiação ultravioleta pode ser dividida em 3 componentes: UVA Brozeante (320-400nm), UVB Eritematosa (290-320nm) e UVC Germicida (100-290nm) (MENDONÇA, 1998; RIBEIRO, 2004). A radiação solar pode causar inúmeros prejuízos ao organismo, caso a exposição ao sol seja demasiada e sem a proteção adequada (CALDAS et al, 2006; FLOR et al, 2007). No Brasil, diversos fatores contribuem para a exposição excessiva aos raios solares, entre eles o clima tropical e as atividades prolabóricas, como o trabalho

2 rural, jardinagem, pedreiros, algumas atividades militares e engenheiros (GARCIA et al, 1991; INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2010; ROSSI, 2000). Este fato pode ser relacionado a um dado preocupante: o câncer de pele é o mais frequente dos tumores diagnosticados em todas as regiões geográficas brasileiras, correspondendo a 25% de todos os tumores. Este dado torna-se ainda mais preocupante se considerarmos que existe um aumento da intensidade da radiação UV na superfície da Terra, devido à destruição da camada de ozônio, gerando uma elevação potencial da incidência do câncer de pele (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2008; ROSSI, 2000; STEINER, 1997). Para prevenção não só do câncer de pele, mas também dos outros efeitos maléficos causados pela radiação UV, torna-se fundamental que durante a exposição solar desejada ou necessária, sejam adotadas medidas preventivas como: evitar a exposição ao sol entre 10 e 16 horas, usar chapéus, roupas com mangas longas e calça comprida, guarda sóis, óculos escuros com proteção UVA/UVB e o uso regular de filtros solares. Desta maneira, obtem-se tanto a proteção química quanto física (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2008; RIBEIRO, 2004). O tema abordado pelo presente estudo, portanto, é de grande importância e relevância ao Exército Brasileiro e também à sociedade como um todo, uma vez que doenças de pele por exposição solar atualmente são um problema de saúde pública, com impacto direto no equilíbrio saúde-doença do militar brasileiro e da população civil (CALDAS et al, 2006). Tendo em vista que a exposição solar causa, frequentemente, doenças de pele diagnosticadas no Brasil e que os Militares do Exército Brasileiro representam uma população que se expõem ao sol, dependendo das atividades que desenvolvem as doenças de pele por exposição solar devem ser um fator preocupante no bem estar destes demais profissionais. O presente estudo é promissor, pois busca reunir na literatura, através de uma revisão bibliográfica de livros, periódicos e rede eletrônica em bases de dados como o pubmed, scielo e lilacs, informações capazes de melhorar a compreensão coletiva em relação à exposição solar, às doenças de pele causadas por tal exposição, às maneiras de se proteger do sol e como esses métodos previnem as doenças de pele. E, assim, ajustar a disciplina consciente do militar no emprego adequado de medidas que protejam sua pele da exposição solar diária muitas vezes inerente à sua atividade. Baseado na literatura, objetiva-se verificar os cuidados a serem adotados, a utilização de equipamentos de proteção individual, o fator de proteção solar adequado, a quantidade de protetor solar a ser utilizada e a frequência de reaplicação. Espera-se, portanto, com este trabalho, contribuir para o conhecimento da importância dos cuidados que os Militares do Exército Brasileiro necessitam ter na prevenção de doenças de pele causadas por exposição ao sol. 2.Aspectos gerais da exposição solar: A energia dos raios solares aumenta com a redução dos comprimentos de onda. As radiações ultravioletas constituem-se na porção mais energética, e desta forma, são biologicamente mais danosas, causando 99% dos efeitos colaterais da luz solar (FLOR et al, 2007; CALDAS et al, 2006; MENDONÇA, 1998). A radiação solar pode causar inúmeros prejuízos ao organismo, caso a exposição ao sol seja demasiada e em horário inadequado e sem a proteção adequada. Baseado neste dado, é de grande importância avaliar adequadamente o horário de execução do Treinamento Físico Militar, da frequência de exposição solar

3 de militares que trabalham diretamente expostos ao sol, como o Pelotão de Obras e Militares Engenheiros (FLOR et al, 2007; CALDAS et al, 2006; PAOLA, 2001). O câncer de pele, apesar de ter influências genéticas, é causado principalmente pela exposição à radiação solar, sendo mais comum em pessoas que trabalham expostas diretamente ao sol como os militares, pessoas de pele clara, com mais de 40 anos de idade e em áreas do corpo que geralmente não se encontram protegidas dos raios solares, como rosto, colo, pescoço e braços (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2008; NEVES, 2008; SILVA; FERRARI, 2007; RIBEIRO, 2004; CARESTIATO, 2003; STEINER, 1997). 2.1Radiação ultravioleta Dentre as radiações eletromagnéticas emitidas pelo sol, os raios ultravioletas (UV) por apresentarem os menores comprimentos de onda são os mais energéticos, e desta forma, possuem grande capacidade de penetração na pele e propensão a induzir reações fotoquímicas, sendo os principais responsáveis pelo fotodano cutâneo (FLOR et al, 2007; ROSSI, 2000). A radiação UV pode ser dividida em três componentes; UVA, UVB e UVC, descritos a seguir: - UVA (320 400nm): a radiação ultravioleta A (UVA) é a porção do espectro ultravioleta de mais baixa energia, tendo a capacidade de induzir o eritema na pele humana cerca de mil vezes menor quando comparada com a radiação UVB (NEVES, 2008a; FLOR et al, 2007; CALDAS, 2006; MENDONÇA, 1998). Porém, devido às suas características físicas, é menos absorvida pela capa córnea, penetrando mais profundamente na pele e alcançando até a porção inferior da derme, sendo por isso, a principal responsável pelo fotoenvelhecimento cutâneo, como o apresentado na figura 1 (NEVES, 2008a; FLOR e al., 2007; CALDAS et al, 2006; RIBEIRO et al, 2004; CARESTIATO 2003). Esta radiação tem importante participação nas reações fototóxicas e de fotossensibilização, causam danos ao sistema vascular periférico e predispõe a pele ao surgimento do câncer (CALDAS et al, 2006; CARESTIATO, 2003). Apesar de ser menos carcinogênica que os raios UVB, a radiação UVA atinge a superfície terrestre de 10 a 100 vezes mais que a radiação UVB. Por não ser filtrada pela camada de ozônio, sua intensidade é constante ao longo do ano, atingindo a pele quase que da mesma forma durante o inverno ou verão (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2008). No decorrer do dia, os raios UVA também são constantes, tendo intensidade um pouco maior entre 10 e 16 horas (NEVES, 2008a; PAOLA, 2001). - UVB (290 320nm): dos raios ultravioletas que chegam à superfície da Terra, os UVB são os mais energéticos e apesar de corresponderem a apenas 0,5% de toda a radiação solar, são responsáveis por 80% dos danos provocados pelo sol (NEVES, 2008a). Penetram na pele até a camada basal da epiderme e, com grande freqüência, ocasionam queimaduras solares que levam ao eritema, edema e dor, com subseqüente descamação da pele, como apresentado na figura 1 (CALDAS et al, 2006; CARESTIATO, 2003). A radiação UVB é também responsável pela supressão do sistema imunológico, reações fototóxicas e de fotossensibilização, exacerbação de dermatoses fotossensíveis e, a longo prazo, por alterações importantes que conduzem ao desenvolvimento do câncer de pele (NEVES, 2008a; SILVA; FERRARI, 2007).

4 chega à superfície da Terra (NEVES, 2008a; FLOR et al, 2007; ROSSI, 2000; PAOLA, 2001; PAOLA; RIBEIRO, 1998). 2.2 Ação dos raios UV sobre a pele FIGURA 1 - Penetração das radiações UVA e UVB na pele. Disponível em: http://www.marcad.com.br/publicacoes/k1 7.asp&h=236&w=250&sz =20&hl=pt. Acesso 19/jun/2011. Ao contrário dos raios UVA, a quantidade de radiação UVB que atinge a superfície terrestre varia significativamente com a estação do ano, hora do dia e presença de nuvens no céu. A quantidade de radiação UVB é mais intensa no verão e entre 10 e 15 horas (NEVES, 2008a; CARESTIATO, 2003; PAOLA; RIBEIRO, 1998; STEINER, 1997). Sua incidência tem aumentado progressivamente com a destruição em larga escala da camada de ozônio, o que tem gerado uma elevação potencial do número de casos de câncer de pele nos últimos anos (FLOR et al, 2007; INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2008; PAOLA, 2001; ROSSI, 2000; PAOLA; RIBEIRO, 1998; STEINER, 1997). - UVC (200 290nm): os raios UVC são portadores de elevadas energias, com potenciais efeitos carcinogênicos e mutagênicos; tais características tornam essa radiação extremamente lesiva aos seres vivos, constituindo, dessa forma, um sério risco para a população (CALDAS et al, 2006; CARESTIATO, 2003). Felizmente, os raios UVC são totalmente absorvidos pela camada de ozônio, de modo que nenhuma fração dessa radiação A exposição à luz do sol pode resultar em diversos benefícios ao ser humano, como sensação de bem-estar físico e mental (SILVA; FERRARI, 2007; CALDAS et al, 2006; MENDONÇA, 1998). No entanto, caso não se tome os devidos cuidados quanto à dose de radiação solar recebida, essa exposição pode ser extremamente danosa (FLOR et al, 2007). Seus efeitos nocivos sobre a pele podem ser divididos em agudos e crônicos e variam de acordo com o tipo de pele, presença de pêlos, espessura da camada córnea, tipo de superfície de exposição, tipo de tecido da roupa, fatores ambientais e horário de exposição (SILVA; FERRARI, 2007; RIBEIRO, 2004; PAOLA, 2001; PAOLA; RIBEIRO, 1998). É importante ressaltar que não é uma única exposição solar que provocará tais efeitos, mas a soma de pequenas exposições solares ao longo da vida, começando a partir da infância (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2008; ROSSI, 2000; STEINER, 1997). 2.2.1 Efeitos agudos Os efeitos agudos constituem-se de: queimadura solar, eritema, supressão do sistema imunológico, reações de fotossensibilidade induzida por drogas, entre outros (CORREIA, 1993). O eritema ou vermelhidão é uma reação inflamatória causada pela ação de compostos tóxicos que são liberados por células epidérmicas, danificadas pelos raios ultravioletas, causando vermelhidão, calor, edema e dor (CORREIA, 1993). Em geral, essa reação atinge auge entre 12 e 24 horas após uma exposição solar excessiva e pode persistir por muitos dias.

5 Esses efeitos poderão ocorrer, por exemplo, em Militares, além de não utilizarem o protetor solar e bonés, retiram parte superior do uniforme e se expõem diretamente ao sol (RIBEIRO, 2004). Em relação ao sistema imunológico, a radiação ultravioleta modifica a atividade e a distribuição das células imunológicas, gerando uma resposta negativa (downregulation) da imunidade e, consequentemente, uma falha no sistema imune (RIBEIRO, 2004; CARESTIATO, 2003; GERVASI, 1999). Isso pode, por exemplo, facilitar o aparecimento de herpes solares, e até mesmo, comprometer a eficácia de programas de vacinação. A supressão do sistema imunológico entre os militares é extremamente prejudicial, visto que estes muitas vezes, já desenvolvem atividades desgastantes e que já os deixam levemente debilitados. Os militares engenheiros podem desenvolver missões subsidiárias nas quais estão continuamente expostos ao sol e em determinadas regiões do Brasil, como na Amazônia (RIBEIRO, 2004). As reações de fotossensibilidade induzidas por drogas são reações que envolvem o sistema imunológico e podem ocorrer com cerca de 100 drogas usualmente prescritas, como anticoncepcionais orais, antiinflamatórios não esteróides, antibióticos, diuréticos e anticonvulsivantes. Tais medicações são de uso comum na população, bem como por militares do sexo feminino e masculino na prevenção ou controle de outras doenças de base (CARESTIATO, 2003; ROSSI, 2000). Essas substâncias reagem fotoquimicamente com as proteínas da pele, pela ação da radiação solar, sendo transformadas em um fotoantígeno; este por sua vez, induzirá a formação de anticorpos específicos, que provocarão uma série de reações adversas quando ocorrer um novo contato com o composto alergisante. Muitas vezes, esta interação pode ocorrer e os militares, por desconhecimento, não conseguirão associá-la à exposição ao sol (ROSSI, 2000). 2.2.2 Efeitos crônicos Em relação aos efeitos crônicos, podem ser destacados o fotoenvelhecimento cutâneo e o câncer de pele (NEVES, 2008a). O envelhecimento cutâneo induzido por radiação ultravioleta é um processo biológico complexo, que ocorre em conseqüência de uma série de alterações bioquímicas e fisiológicas. Além se ser um problema de saúde, o fotoenvelhecimento tem também um impacto estético visual (RIBEIRO, 2004; NEVES, 2008b). Essas alterações afetam todas as camadas da pele, ocasionando a perda de elasticidade e luminosidade e propiciando o surgimento de manchas, rugas, flacidez, descamações, asperezas e outros sinais de envelhecimento precoce (NEVES, 2008a; SILVA; FERRARI, 2007; RIBEIRO, 2004). O câncer de pele, apesar de ter influências genéticas, é causado principalmente pela exposição aos raios ultravioletas, sendo mais comum em pessoas de pele clara, com mais de 40 anos de idade e em áreas do corpo constantemente expostas ao sol, como rosto, colo, pescoço e braços (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2008; NEVES, 2008b; SILVA; FERRARI, 2007; STEINER, 1997). No Brasil, constitui o tipo de câncer mais frequentemente diagnosticado em todas as regiões geográficas brasileiras, correspondendo a 25% de todos os tumores malignos registrados (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2008; NEVES, 2008b). 2.3 Sistemas naturais de proteção à radiação UV A pele humana possui três mecanismos de fotoproteção natural: produção de melanina, espessamento da camada córnea e a secreção sudorípara (SILVA;

6 FERRARI, 2007; OLIVEIRA FILHO, 2001). Considerando a melanina, os melanócitos são células epiteliais localizadas na camada mais profunda da epiderme, responsáveis pela produção do pigmento melânico, quando estimulados pela radiação ultravioleta. Portanto, durante a exposição dos Militares ao sol será estimulada a produção de melanina na tentativa de minimizar os efeitos sobre o corpo humano (NEVES, 2008b; OLIVEIRA FILHO, 2001). Essa produção se constitui em um eficiente mecanismo de defesa do organismo, uma vez que a melanina funciona como um eficiente filtro solar, absorvendo radiações solares com comprimentos de onda de 250nm até 1200nm (RIBEIRO, 2004; MANSUR et al, 1986). Um segundo mecanismo de defesa da pele, é o espessamento da camada córnea: a camada córnea é a camada mais superficial da epiderme, constituída por células mortas, anucleadas e repletas de queratina (NEVES, 2008b; OLIVEIRA FILHO, 2001). A radiação ultravioleta estimula a produção de células na epiderme, tornando-a mais espessa. Isso ocorre porque ao entrar em contato com o sol, a pele se defende aumentando a distância que a radiação UV deve percorrer, antes de causar diversos danos. Tal efeito é visível em Militares que, durante muito tempo, executam seu trabalho expostos ao sol sem a devida proteção, como os que compõem o pelotão de obras e os engenheiros, cuja pele já esteja espessa e com aspecto ressecado (SILVA; FERRARI, 2007; OLIVEIRA, 2004; CARESTIATO, 2003; COSTA; SILVA, 1995). Essa alteração se inicia após 4 a 7 dias de exposição intensa aos raios solares, e dificulta a posterior penetração das radiações eritematogênicas na epiderme (CARESTIATO, 2003; MENDONÇA, 1998). A secreção sudorípara funciona como um mecanismo de fotoproteção natural devido à presença do ácido urocânico em sua composição (SILVA; FERRARI, 2007; OLIVEIRA FILHO; 2001; CARESTIATO, 2003; MANSUR et al, 1986). Essa substância é um produto da degradação metabólica da histidina aminoácido da pele. Após estímulo cutâneo pelos raios ultravioletas, o ácido urocânico, uma vez produzido e presente no estrato córneo, absorve radiação eletromagnética na faixa do UVB, protegendo, dessa forma, a pele da queimadura solar (CARESTIATO, 2003; MANSUR et al, 1986). 2.4 Filtros solares 2.4.1 Histórico Os povos antigos como egípcios, gregos e romanos, mesmo cultuando o sol como divindade, tinham na pele clara um padrão de beleza. Existem relatos de 7.800 a. C., que estas civilizações utilizavam a mamona, extrato de magnólia e combinações de ervas para bloquear a incidência da radiação solar sobre a pele e manter a palidez (NASCIMENTO, 2008; MILESE; GUTERRES, 2002; URBACH, 2001). Esse padrão de beleza permaneceu até o início do século, época em que a alvura diferenciava a nobreza da classe social inferior, ligada a trabalhos manuais de constante exposição ao sol, como agricultores, pescadores e marinheiros (URBACH, 2001; PAOLA, 1998). Nesse tempo, alguns estudos sobre os efeitos deletérios do sol e filtros solares já haviam ocorrido, mas se constituíam em tentativas isoladas e pouco divulgadas (NASCIMENTO, 2008). Com a modernização e a revolução industrial ocorreu uma profunda mudança no comportamento das pessoas, que passaram a associar a pele bronzeada à saúde, beleza e status social (NASCIMENTO, 2008; MILESE; GUTERRES, 2002; URBACH, 2001).

7 A pele branca, então, estava ligada ao trabalho em oficinas e fábricas e ao pouco tempo para se expor aos raios solares; as pessoas de maior renda podiam viajar para a praia ou campo para aproveitar o sol, e desta forma, estavam sempre com a pele bronzeada (PAOLA, 1998). Nas últimas décadas, iniciou-se a preocupação com os efeitos provocados pela radiação solar em virtude da exposição demasiada, o que fez com que as pesquisas sobre esse assunto começassem a evoluir, propiciando o surgimento do primeiro protetor solar fabricado em escala comercial (NASCIMENTO, 2008; CALLEGARI, 2006; MILESE; GUTERRES, 2002; WOLF et al, 2001; ROSSI, 2000). Depois deste protetor, diversos meios surgiram com a finalidade de prevenir o eritema solar, mas somente após a Segunda Guerra Mundial, devido à preocupação dos exércitos com a saúde do seu efetivo, é que o uso destes produtos de proteção se tornou mais popular (NASCIMENTO, 2008, RIBEIRO, 2004; SALGADO et al, 2004; MILESE; GUTERRES, 2002; WOLF et al, 2001). Durante essa década, altos índices de câncer de pele começaram a ser registrados em todo mundo intensificando a busca por novos métodos para proteção solar além dos próprios protetores solares. Inclusive entre os militares que trabalham expostos ao sol os quais correm grande risco de ter câncer de pele (NASCIMENTO, 2008). Atualmente, os meios de se proteger a exposição solar estão disponíveis nas mais variadas formas como o uso de chapéus, bonés, vestuário, além das fórmulas farmacêuticas, preferencialmente combinadas, de modo a oferecer elevada proteção na faixa UVA/UVB para a pele e anexos, e se tornar uma importante estratégia na prevenção e redução dos efeitos maléficos do sol (SILVA; FERRARI, 2007). 2.4.2 Tipos de filtros solares e mecanismos de proteção De acordo com o seu mecanismo de proteção, os filtros solares podem ser classificados em físicos ou químicos (CALLEGARI, 2006; CHORILLI et al, 2006; GLASER; WALDORF, 2005; LESLI BAUMANN, 2002) 2.4.2.1 Filtros solares físicos, inorgânicos ou bloqueadores Os filtros solares físicos, como o óxido de zinco (ZnO) e o dióxido de titânio (TiO 2 ), são substâncias de origem mineral, constituídas por partículas, de preferência com tamanhos da ordem da radiação que se deseja bloquear (PAOLA, 2001). Representam a forma mais segura e eficaz na fotoproteção por apresentarem baixo potencial irritante, sendo recomendados especialmente no preparo de protetores solares para uso infantil e para pessoas com a pele sensível e que se expõem continuamente ao sol como os militares envolvidos em manutenção de instalações, como os jardineiros, piscineiros, pelotão de obras, e os engenheiros que passam longas horas de labuta no trecho (FLOR et al, 2007; CHORILLI et al, 2006; LESLIE BAUMANN, 2002; PAOLA, 2001; PAOLA 1998). Em contrapartida, um ponto negativo na utilização destes filtros é a película branca formada sobre a pele, que por ser esteticamente desagradável, acarreta em uma baixa aceitação pelos consumidores (CHORILLI et al, 2006; MILESI; PAOLA, 2001). 2.4.2.2 Filtros solares químicos ou orgânicos Os filtros solares químicos são substâncias formadas por moléculas orgânicas capazes de absorver a radiação ultravioleta alta energia e transformá-la em radiações de comprimentos de onda mais altos, com energias menores e, desta forma,

8 inofensivas ao ser humano (CHORILLI et al, 2006; GLASER; WALDORF, 2005; RIBEIRO, 2004; LESLIE BAUMANN, 2002; PAOLA, 2001; PONZIO, 2001; ROSSI, 2000; STEINER, 1997). Essas moléculas geralmente são constituídas por anéis aromáticos e por radicais. Os filtros químicos podem ser absorvedores de radiação UVA ou UVB, impedindo que se danifique a pele (CHORILLI et al, 2006; LESLIE BAUMANN, 2002; PAOLA, 2001; PONZIO, 2001; MENDONÇA, 1998). Dessa forma, não há penetração da radiação solar na pele, evitando-se os efeitos indesejáveis e permitindo maior tempo de exposição ao sol (FLOR et al, 2007). 2.4.3 Eficácia dos Protetores Solares e Fator de Proteção Solar (FPS) A eficácia de um protetor solar é definida como sendo a capacidade de proteger a pele contra a queimadura solar e reduzir o acúmulo de todos os danos induzidos pela radiação ultravioleta, que podem aumentar o risco de alterações fatais como o melanoma (FLOR et al, 2007; MILESE; GUTERRES, 2002). Essa eficácia pode ser expressa em função do Fator de Proteção Solar (FPS), o qual indica quantas vezes o tempo de exposição ao sol pode ser aumentado, sem o risco de eritema, com o uso do protetor (NEVES, 2008a; SILVA; FERRARI, 2007; GLASER; WALDORF, 2005; DUTRA et al, 2004; LESLIE BAUMANN, 2002; BATISTUZZO, 1999; MANSUR et al, 1986). Segundo a resolução RDC 237/02 de 22 de agosto de 2002, os protetores solares no Brasil devem, obrigatoriamente, conter em sua embalagem o valor do FPS (BRASIL, 2002). Considerando, por exemplo, as mesmas localidades geográficas, estação do ano, condições climáticas e período do dia, uma pessoa de pele clara, que pode ficar 20 minutos exposta ao sol sem protetor solar, poderá se expor ao sol por 300 minutos se utilizar um fotoprotetor com FPS 15, pois 20x15=300. Desta forma, quanto maior o FPS, maior o tempo que a pele ficará protegida frente aos raios solares UVB (BATISTUZZO, 1999; BERGOLD et al, 1993; FLOR et al, 2007; GERVASI, 1999; LESLIE BAUMANN, 2002). É importante ressaltar que o FPS refere-se somente à proteção contra a radiação UVB, mas outros fatores interferem na proteção da pele do militar contra os efeitos solares, como a quantidade do produto aplicado sobre a pele, a freqüência de reaplicação, penetração, espalhabilidade da preparação sobre a pele, resistência à água e ao suor. Sendo assim, é importante que tais conhecimentos cheguem aos militares, para que estes profissionais saibam com propriedade empregar adequadamente o protetor solar e se proteger corretamente à exposição solar (MILESE; GUTERRES, 2002; PAOLA; RIBEIRO, 1998). Apesar dessas influências, a escolha do FPS mais adequado para cada pessoa deve estar baseada na suscetibilidade da pele ao bronzeamento e à queimadura causados pela radiação solar (SILVA; FERRARI, 2007; ROSSI, 2000). De modo geral, quanto menor a quantidade de melanina, mais clara é a pele e maior o FPS necessário para uma proteção eficaz (CALLEGARI, 2006; ROSSI, 2000). O quadro 1 relaciona o FPS recomendado para cada tipo de pele de acordo com o seu histórico de queimadura solar. Quadro 1 - Relação entre os tipos de pele e o FPS recomendado

9 Descrição do tipo de pele Pouco sensível Sensível Muito sensível Extremamente sensível Comportamento da pele à radiação solar Raramente apresenta eritema Ocasionalmente apresenta eritema Frequentemente apresenta eritema Sempre apresenta eritema Proteção recomendada Baixa Moderada Alta Muito alta Fonte: AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2002. Atualmente, além da proteção UVB, é cada vez mais comum os protetores solares oferecem proteção contra os raios UVA em virtude do crescente conhecimento sobre os malefícios causados por essa radiação (FLOR et al, 2007). Para peles claras, alguns dermatologistas descrevem que o FPS abaixo de 15 é insuficiente, enquanto que o FPS acima de 30 é desnecessário (STEINER, 2005). Alguns trabalhos mostram a relação que existe entre o FPS e a percentagem de proteção oferecida pelo fotoprotetor, conforme quadro 2: Quadro 2 - Valores do Fator de Proteção Solar e sua relação com a percentagem de proteção solar. FPS recomendado 2 FPS<6 6 FPS<12 12 FPS<20 FPS 20 Além dos Filtros de Proteção Solar, existem ainda outras medidas que minimizam a exposição solar da pele aos raios solares e previnem e minimizam os riscos de se desenvolver doenças de pele (SZKIO et al, 2003). Estudos apontam que a população está mais preocupada com a utilização dos protetores solares no seu dia a dia. Além de utilizarem o protetor solar, utilizam outros meios de proteção, como óculos de sol com proteção contra UVA/UVB, camiseta preferencialmente de manga longa, chapéus e bonés (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA 2009; SZKIO et al, 2003). Outro agravante na prevenção de doenças de pele por exposição solar é que mesmo com as campanhas educativas que vem se esforçando na tentativa de conscientizar a população, ainda sim, a população de modo geral e muitos profissionais, entre eles, os militares, tem alta exposição solar no horário mais crítico, de 10h às 16h (CASTILHO et al, 2010). No Exército Brasileiro é previsto no Regulamento de Uniformes do Exército, RUE, a utilização facultativa de boné no Treinamento Físico Militar, TFM, sendo este uma barreira física necessária de proteção à exposição solar no horário do exercício físico (BRASIL, 1998). FPS PROTEÇÃO (%) 2 50 4 75 8 87 16 94 32 97 64 99 Fonte: AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2002. 2.5 Outros métodos de proteção solar 3.Consideração e discussão: Através da análise da literatura, verificouse que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (2009), quando se trata de exposição direta ao sol, os homens são mais descuidados do que as mulheres: 75,27% afirmaram não se proteger do sol. Sendo assim é de grande importância que o Exército Brasileiro conscientize seus militares da importância de utilização de métodos que diminuam a exposição solar, pois a maioria do contingente do Exército Brasileiro é formado pelo segmento masculino.

10 Outro ponto relevante citado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (2009) é o fato de os negros e pardos serem menos cuidadosos quando o assunto é fotoproteção. Na Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele realizada por esta instituição em 2009, 77,92% dos negros e 75,26% dos pardos afirmaram se expor ao sol sem utilizar o protetor solar. É muito importante destacar que cada tonalidade de pele necessita de um Fator de Proteção Solar. Os militares com tonalidade de pele mais claras, recomendase uso de FPS mais elevado, enquanto os de tonalidade mais escura, um FPS mais brando, como já apresentado no quadro 1 (ANVISA, 2002). O maior percentual de uso diário dos protetores solares está na faixa etária acima dos 30 anos (41,67%). Autores afirmaram que a incidência de câncer de pele do tipo não melanoma pode ser reduzida a 78%, quando utilizado adequadamente fotoprotetor FPS 15 durante os primeiros 25 anos de vida. Estes resultados indicam a necessidade de campanhas educativas que atinjam e conscientizem os jovens Militares sobre o uso de fotoprotetores, para que reduzam os riscos de câncer de pele não melanoma com a simples utilização adequada dos protetores solares, além de manterem a consciência e a utilização destes produtos corretamente por toda vida (STERN et al., 1986). Porém, não devem ser excluídas as campanhas voltadas para o público adulto uma vez que, apesar de não mais conseguirem reduzir, significativamente, os riscos de câncer de pele-não melanoma, é possível prevenir de danos futuros utilizando-se os protetores solares adequadamente (STERN et al, 1986). Outro estudo demonstrou que, do grupo que faz uso diário do protetor solar, o FPS mais utilizado é o FPS 30 (69,56%), seguido do FPS 15 (17,39%); os demais relataram utilizar FPS>30 (13,05%). Ainda neste grupo, 21,74% afirmaram aplicar o produto, em média, uma vez ao dia, outros 52,17% duas; 8,70% três e 17,39% de quatro a cinco vezes ao dia (ROSSI, 2000). Foi apresentado, durante o Congresso Mundial de Dermatologia na Austrália, em 1997, que o uso diário de produtos com filtros solares de amplo espectro (proteção UVA/UVB), FPS 15 a 25, promovem redução significativa dos danos decorrentes da exposição à radiação UV (ROSSI, 2000). Portanto, além do FPS adequado, é importante ressaltar a frequência de aplicação do protetor solar. Esta varia com a tonalidade da pele: quanto mais clara, maior a frequência de reaplicação. Também varia com o tipo de atividade que está sendo executada e a intensidade da transpiração do militar. Por exemplo, os militares que estão expostos diretamente ao sol e que transpiram bastante, mesmo utilizando outros métodos de proteção, devem reaplicar o protetor solar com uma frequência maior (ANVISA, 2002). Além da frequência de utilização, outro ponto que vale a pena ser ressaltado é a forma de aplicação e reaplicação dos protetores solares que interferem diretamente na eficácia do FPS. Dos 37 voluntários participantes de uma pesquisa que utilizavam o fotoprotetor apenas quando da exposição ao sol, 75,68% (28) afirmaram que aplicaram o produto um tempo antes da exposição solar; destes, 53,57% (15) aplicaram o protetor solar 30 minutos antes de se expor ao sol. 56,67% dos participantes (incluindo-se também os voluntários que utilizavam diariamente os protetores solares- total de 60), disseram que reaplicavam o protetor solar, sendo que 13 deles (38,24%) reaplicavam de 2 em 2 horas e 36 (60%) reaplicavam após se molharem ou transpirarem excessivamente (PRUIM; GREEN, 1999). Estudo recomenda que o protetor solar deve ser aplicado de 15 a 30 minutos antes da exposição solar para uma efetiva proteção da pele. Além disso, deve-se reaplicar o protetor solar a cada 2h de exposição ao sol, ou quando o suor for intenso ou após o Militar entrar na água

11 (SIMIS; SIMIS, 2006; NICOL et al, 2006; STENGEL; FERNANDES, 2005). Se o fotoprotetor for aplicado previamente à exposição solar (mínimo de 30 minutos) com subseqüentes reaplicações, pode se esperar um aumento de duas a três vezes na proteção contra queimaduras solares (PRUIM; GREEN, 1999). Autores demonstraram que o suor diminui consideravelmente a dose mínima de eritema (DME - dose mínima de UV necessária para ocorrer o eritema); a presença de suor altera a hidratação do estrato córneo, causando diminuição na reflexão e dispersão da luz UV, aumentando assim a quantidade de radiação que atinge a pele. Após análise destes relatos, é possível afirmar que a população de modo geral não segue as informações descritas nos rótulos dos fotoprotetores, seja pela aplicação ou reaplicação incorreta, comprometendo assim a eficácia destes produtos (HAMANT; ADAMS, 2005). Quando questionados em relação aos locais de aplicação, 68,3% dos voluntários que utilizam o fotoprotetor, seja diariamente ou quando se expõem diretamente ao sol, afirmaram aplicar o filtro solar no corpo e no rosto; 31,67% aplicam somente no rosto. Áreas corporais como costas, pés, orelhas, laterais dos dedos, punhos e dorso das mãos foram lembradas por 48,33%; 35%; 25%; 21,67%; 40% e 36,67% dos participantes, respectivamente, o que demonstra que nem sempre a população aplica corretamente o protetor solar. Além das costas e orelhas, outras regiões como os pés, laterais dos dedos, punhos e o dorso das mãos, são muito pouco lembradas no momento da aplicação do fotoprotetor (LYNFIELD; SCHECHTER, 1984). Além de todos os pontos tratados acima em relação ao uso de protetor solar, estudo aponta a necessidade também de utilizar outros métodos de proteção contra os efeitos dos raios UV sobre a pele. Deve-se utilizar roupas adequadas, folgadas, secas, chapéus de abas largas, camisa de manga longa e calca comprida, além do uso de óculos escuros com proteção UVA/UVB. Ainda, é citado o uso de complementos orais antioxidantes, como o uso de 1 a 2g/dia de ácido ascórbico (vitamina C), 500 a 1000UI de alfa tocoferol (vitamina E) ou 25000UI de vitamina A (SIMIS, SIMIS; 2006). 4.Conclusão: De acordo com o descrito neste trabalho, é de grande importância que o Exército Brasileiro conscientize seus Militares da importância da utilização de todos os métodos de proteção solar através de campanhas de divulgação. Medidas imediatas e simples podem reduzir a exposição dos Militares ao sol, como por exemplo, a adequação do horário do Treinamento Físico Militar e disponibilização do protetor solar à tropa. Em relação aos outros métodos de proteção solar, com exceção ao uso de boné no TFM, sugere-se estudos mais aprofundados. Estudos estes que podem servir como base para uma possível adoção, pelo Exército, de métodos como uso de óculos escuros com proteção UVA/UVB, chapéus de abas largas e uniformes mais adequados para a utilização pelos militares que labutam diariamente sob contínua exposição solar. Podemos citar como exemplo os militares do Pelotão de Obras, os responsáveis pela manutenção das áreas externas e os militares que executam trabalhos de engenharia em trecho. A prevenção é essencial e de grande importância, pois uma vez doentes, aumentam-se as baixas por problema de morbidade e, consequentemente, há um déficit de militares exercendo suas funções em todo território nacional, acarretando um prejuízo pessoal e financeiro tanto ao militar, que apresenta a doença, quanto ao Exército Brasileiro. É de grande importância que o Exército Brasileiro tente adequar os horários de execução de algumas atividades como o

12 Treinamento Físico Militar, e, nos casos onde não seja possível esta adequação, proporcionar outros meios para proteger seus profissionais Assim, é necessária a conscientização desta população em relação a divulgação e cobrança dos meios de proteção à exposição solar, como o uso do protetor solar, de roupas adequadas e de bonés. Dessa forma, poderá ser prevenido, no âmbito da força, doenças de pele ocasionadas pela exposição solar e, principalmente, o câncer de pele. 5.Referências Bibliográficas: BATISTUZZO, C.C. A proteção para tomar sol na medida certa. Revista Farmacêutica Kairos, 1999, v. 3, n. 1, p. 26-28. BERGOLD, A.M.; PONZIO, H.A.; CAMARGO, L.N.; RIBEIRO,M.H.; DIAS, M.C.; SARTORI, V.L. Avaliação de um método para a determinação do fator de proteção solar do EUSOLEX 6300 por espectrofotometria no ultravioleta em diferentes concentrações de preparações magistrais. Caderno de Farmácia, v. 9, n. 1, p.17-22, 1993. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução n 237, de 22 de agosto de 2002. Regulamento técnico sobre protetores solares em cosméticos. Disponível em <http://elegis.bvs.br/leisref/public/showact.php?id=267>. Acesso em 04 jun. 2011. BRASIL. Portaria Nº 806, de 17 de dezembro de 1998. Regulamento de Uniformes do Exército. Disponível em < http://www.sgex.eb.mil.br/rue %20web/Capitulo%20I.htm> Acesso: em 01 jun. 2011. CALDAS, L.S.C. Fotoprotetores I.In: GARCIA, B.G.B.C.; STALKED, E.V.R.S; VIEIRA, IR; CALLEGARI, I.C.; CALDAS, L.S.C.; MENDES, P.H.O.; TAVARES, R.F.C.; XAVIER, Z.N. Cosmiatria: Manual Dermatológico Farmacêutico. 1 a edição. Guarapuava: Grafael, 2006, cap. 8, p. 229-233. CALLEGARI, I.C. Fotoprotetores II. In: GARCIA, B.G.B.C.; STALKED, E.V.R.S; VIEIRA, IR; CALLEGARI, I.C.; CALDAS, L.S.C.; MENDES, P.H.O.; TAVARES, R.F.C.; XAVIER, Z.N. Cosmiatria: Manual Dermatológico Farmacêutico. 1 a edição. Guarapuava: Grafael, 2006, cap. 9, p. 235-289. CARESTIATO, J.C. Câncer e meio ambiente. Rev. Bras. Farm., v. 84,n. 2, p. 55-60, 2003. CASTILHO, I.G.; SOUZA, M.A.A.; LEITE, R.M.S. Fotoexposição e fatores de risco para câncer da pele: uma avaliação de hábitos e conhecimentos entre estudantes universitários. An. Bras. Dermatol., v. 85, n. 2, p. 173-178, 2010. CHORILLI, M.; UDO, M.S.; CAVALLINI, M.E.; LEONARDI, G.R. Desenvolvimento e estudos preliminares de estabilidade de formulações fotoprotetoras contendo Granulux GAI-45 TS. Rev. Ciênc. Farm. Básica Apl., v. 27, n. 3, p. 237-246, 2006. CORREIA, M.A. Fotoproteção: uma necessidade e muita dificuldade. Revista Racine, p. 16-17, out-nov, 1993. DUTRA, E. A.; OLIVEIRA, D. A. G. C.; KEDORHACKMANN, E. R. M.; SANTORO, M. I. R. M. Determination of sun protection factor (SPF) of sunscreens by ultraviolet spectrophotometry. Rev. Bras. Cienc. Farm., São Paulo, v. 40, n. 3, p. 381-385, 2004. FLOR, J.; DAVOLOS, M. R.; CORREA, M. A. Protetores Solares. Quim.Nova, Araraquara, v. 30, n. 1, p. 153-158, 2007.

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