Crédito para as competitivas

Documentos relacionados
Destaques da semana. Dyogo Oliveira, do BNDES, fala sobre as novas estratégias do banco

Proposta revolucionária realista: a plataforma digital nacional"

Provedores Serviços de Comunicações e Internet (ISP) Apoio do BNDES

Políticas públicas para provedores regionais MCTIC

É amanhã, terça-feira!

Destaques da semana. TIM & OpenFiber, na Itália. Agenda cheia até o final do ano

Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações - MCTIC A POLÍTICA DE BANDA LARGA DO GOVERNO FEDERAL

Financiamento da Rede de Telecomunicações As Alternativas Possíveis

Apoio do BNDES a Pequenos e Médios Provedores de Internet

Internet das Coisas. Ricardo Rivera Chefe de Departamento de Indústrias TIC. Iniciativas do BNDES para o ecossistema de IoT

Seminário ABNT/BID Gestão dos Gases de Efeito Estufa. São Paulo, 04 de setembro de 2013

Apoio do BNDES às Micro, Pequenas e Médias Empresas CUIABÁ - MT 28/06/2016

Empresas e Empreendedores Temos bons Projetos mas não conseguimos nenhum apoio

Equipamentos Médicos e Tecnologias para a Saúde Fiesp, 02 de maio de 2013

Destaques da semana CPPP. Conecta Brasil II. Operadoras competitivas em alta na Anatel

Encontro de Provedores Regionais Nordeste Bit Social / Momento Editorial

Apoio do BNDES às Micro, Pequenas e Médias Empresas. Garibaldi - RS 29 de março de 2017

Apoio à Inovação. São Paulo, 03 de Outubro de 2017

Encontro de Provedores Regionais. Recife - PE, 20/08/2013

Soluções BNDES para pequenos negócios. Belo Horizonte - MG 20/06/2017

25º Encontro Provedores Regionais NITERÓI/RJ, 13/09/2016

28º Encontro Provedores Regionais NOVO HAMBURGO/RS, 30/11/2016

Seminário de Crédito das Linhas do BNDES para Micro, Pequenas e Médias Empresas. Belo Horizonte - MG 01 de setembro de 2009

Faça sua inscrição agora

Apoio à Inovação. São Paulo, 03 de Outubro de 2017

Apoio do BNDES a Pequenos e Médios Provedores de Internet

ATUAÇÃO INTEGRADA NA SAÚDE Novas Políticas Operacionais

BNDES. 8º Lubgrax Meeting. 16 de Agosto de 2017

Apoio do BNDES para a Cadeia de P&G -Programa BNDES P&G -

Novas políticas OPERACIONAIS. Condições

Apoio do BNDES a Provedores Regionais de Internet

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social O Apoio do BNDES ao Setor de Telecomunicações

Mais de. Em mais de R$ 2,5 BILHÕES. operações de crédito. em desembolsos. Dados de jun/2017.

O PAPEL DO PROVEDOR REGIONAL NO NOVO MODELO DAS TELECOMUNICAÇÕES BRASÍLIA (DF) MARÇO/2017

Apoio do BNDES às Micro, Pequenas e Médias Empresas. Ribeirão Preto SP 06 de fevereiro de 2018

A representatividade dos provedores junto a sociedade, governo e órgãos reguladores. IX Fórum Regional Aracaju - SE

Linhas de Crédito para Micro, Pequenas e Médias Empresas

Novas políticas OPERACIONAIS. Condições

XI Seminário TelComp 2018 Construindo a infraestrutura para a economia digital 13 de novembro de 2018 São Paulo

Apoio do BNDES às Micro, Pequenas e Médias Empresas. Campinas SP 14 de junho de 2017

Apoio à Inovação Nov/2015

O BNDES Apresentação Institucional Políticas Operacionais

31º Encontro Provedores Regionais SALVADOR/BA, 25/04/2017

Apoio a Região Serrana do RJ. 02 e 03 de fevereiro de 2011

20º Encontro Provedores Regionais GOIÂNIA/GO, 23/02/2016

FINANÇAS ANALISTA FGV

O BNDES e o apoio à inovação. Agosto / 2017

GESTÃO DIFERENCIADA E EXPERTISE EM CADA SOLUÇÃO FINANCEIRA

BRASIL: AMBIENTE DE INOVAÇÃO

1. COORDENAÇÃO ACADÊMICA. Profª. ILDA MARIA DE PAIVA ALMEIDA SPRITZER 2. APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA ANALISTA FGV

Apoio do BNDES ao Setor Solar Fotovoltaico

Apoio do BNDES a Pequenos e Médios Provedores de Internet

IX Fórum Regional. Teresina PI

Encontro de Provedores Regionais. Belo Horizonte, 02/07/2013

A representatividade dos provedores junto a sociedade, governo e órgãos reguladores. IX Fórum Regional Fortaleza - CE

Encontro Provedores Regionais. Teresina PI

Workshop CIESP Campinas/SP Uma solução para cada fase do negócio.

Damos vida as COISAS" por meio da Tecnologia.

Sancionadas novas regras para o Fies educação do século 21 Qui, 07 de Dezembro de :35 -

enfrentarem os desafios 2016

ROTEIRO BÁSICO LINHAS DE INVESTIMENTO DO BNDES Vigência:

WORKSHOP. Desafios para Melhoria da Infraestrutura: Compartilhamento, Cooperação e Competição. 21 de outubro de 2015

Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações - MCTIC A POLÍTICA DE BANDA LARGA DO GOVERNO FEDERAL

UNIVERSALIZAÇÃO DA BANDA LARGA E OS PROVEDORES REGIONAIS ERICH RODRIGUES

Linhas de Financiamento Belo Horizonte, MG - 26/06/2017

A Nova Política Operacional do BNDES

Seminário de Desenvolvimento Sustentável e Descarbonização Oportunidades de Negócios e Investimentos na Cadeia de Valor do Bioquerosene.

Apresentação BNDES. FIESP Reunião do Conselho Superior da Indústria da Construção (CONSIC) São Paulo SP 10 de outubro de 2017

Enaex Financiamento às exportações para a retomada do crescimento

O BNDES mais perto de você. Apoio do BNDES para Biotecnologia e Indústria Farmaceútica. Belo Horizonte MG

PROVEDORES REGIONAIS MOMENTO EDITORIAL

Novas Políticas Operacionais do BNDES - Apoio ao Setor de Petróleo e Gás. Luís André Sá D Oliveira Chefe de Departamento Gás e Petróleo Abril / 2017

AlgarTelecom. Gente Servindo Gente. Assessoria de Comunicação, Marca e Sustentabilidade maio 2013

Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. MVNO Correios. Correios Celular

IX Fórum Regional. Curitiba - PR

27º Encontro Provedores Regionais PORTO SEGURO/BA, 08/11/2016

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

ENCTI. Reunião do Conselho Superior de Inovação e Competitividade da Fiesp. Ministro Marco Antonio Raupp. 19 de abril de 2013

O BNDES e o apoio à inovação. ABINEE Programa Indústria de abril de 2018

7º Gestão das Cidades

A Cadeia Produtiva da Indústria: Desafios e Oportunidades

Apresentação Institucional BNDES Departamento de Bens de Capital Programa BNDES ProBK

Novas Políticas Operacionais do BNDES - Apoio ao Setor de Petróleo e Gás

Instrumentos de Financiamento. 27 e 28 de Junho NATAL-RN

PROVEDORES REGIONAIS MOMENTO EDITORIAL NOVO HAMBURGO (RS) DEZEMBRO/2016

Prévia Operacional 1T19

CNDL - CONDIÇÕES DIFERENCIADAS PRODUTO E SERVIÇOS

Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações - MCTIC A POLÍTICA DE BANDA LARGA DO GOVERNO FEDERAL

MILTON LUIZ DE MELO SANTOS Diretor Presidente

Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações - MCTIC POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO À BANDA LARGA

Crédito PF. Guidance 2011: Crescimento entre 19% e 23% 95,1 22,3% 113,1 19,2% Total Market Share 116,5 22,0% R$ bilhões 3,0% 22,5%

Apresentação de Resultados Teleconferência 4T14

Finalmente será publicado o Decreto de Políticas Públicas de Telecomunicações

Arrecadação e utilização dos fundos de telecomunicações (Fistel, Fust e Funttel)

Hospital Unimed de Piracicaba. Investimentos + Fontes Financiamentos

BRDE. 1º Workshop Nacional de CGH s ABRAPCH 28/03/2017 Tatiana Henn Gerente de Planejamento PR

BANDA LARGA A PAUTA REGULATÓRIA E OS PROVEDORES REGIONAIS. Agência Nacional de Telecomunicações Gerência Regional no Estado de São Paulo (GR01)

Consultoria Financeira & Empresarial.

Apoio do BNDES a Provedores Regionais de Internet. Manaus AM 20/01/2015

Instrumentos de Apoio do BNDES à BID

Transcrição:

Crédito para as competitivas O BNDES está buscando atender às operadoras competitivas por meio do lançamento de linhas de crédito que contemplam empresas de menor porte O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está trabalhando em casos concretos, concluídos ou em fase final de negociação, incluindo associadas da TelComp, de financiamento de projetos de telecomunicações. O BNDES entende que o setor é fundamental para o Brasil e vem buscando alternativas para financiar as operadoras. Na entrevista a seguir, o chefe do departamento de TI e comunicação do BNDES, Ricardo Rivera, explica os planos do banco para levar

financiamentos de longo prazo às operadoras competitivas e fala como as empresas de menor porte precisam se preparar para estarem para conseguirem o crédito. (Foto: divulgação/bndes) TelComp: Como o BNDES está buscando alternativas para financiamento das operadoras competitivas? Ricardo Rivera: O banco está há mais de dez anos buscando formas de atuar junto às operadoras competitivas e aos provedores regionais. Entendemos o setor como relevante e importante para criar infraestrutura do próximo milênio. A grande questão era como tratar dois pontos importantes para fazer operações de crédito. O primeiro é o da garantia, já que o equipamento e a rede não têm valor transacional para considerá-los como garantia. O segundo é as empresas terem balanço financeiro auditado. Hoje já conseguimos alternativas. Estamos trabalhando mais com a carteira de recebíveis e isto tira boa parte do principal entrave. Como funciona? Há uma conta centralizadora, por meio da qual o BNDES recebe o pagamento dos clientes. Então, se o provedor deixar de pagar, começamos a receber o que os clientes pagam a ele. Outra situação que estamos contornando neste ano é reduzir o valor de operação direta. No fim do ano passado, fizemos reunião com o ministro [Gilberto Kassab] e nos comprometemos a apresentar um plano para os provedores. Estamos em implantação. De que se trata? Quando olhamos os provedores faturando até R$ 4 milhões dificilmente conseguiríamos fazer operação com eles. Para eles têm a figura do agente financeiro, bancos, que passam a garantir a operação e repassam o dinheiro do BNDES. Mas quem arca com o risco são eles, os bancos, e eles não têm topado assumir o risco. Então, foi criado o Fundo Garantidor de Investimentos (FGI) voltado para micro e pequena empresas para investimentos e que o agente financeiro pode usar este fundo. O FGI garante até 80% de investimentos de até R$ 3 milhões financiados por agentes financeiros. Ele existe há uns quatro anos, mas os bancos não vinham utilizando. E para operadoras maiores que R$ 4 milhões de faturamento anual? Para os maiores, entre R$ 4 milhões e R$ 30 milhões ainda não temos, mas, até o fim do ano, vamos rodar um piloto para operacionalizar crédito de R$ 1 milhão a R$ 10 milhões de plano de investimento com trâmite simplificado, sem balanço auditado para entrada. É um novo instrumento de apoio e ele muda a forma como há 50 anos o BNDES fornece crédito direto. São operações de valores baixos. Estamos fazendo engenharia de processo do

banco para passar o produto e vamos testar para entrar em escala em 2019. Vão fazer algum projeto piloto? Devemos trabalhar com duas ou três operações. Estamos trabalhando com quem será o provedor; é importante que seja estruturado seja bom prestador de informações. Estamos fazendo a seleção. O que difere este projeto dos existentes? Hoje, existe o Finem Telecom, que é a linha que temos para setor de telecomunicações como todo, mas que começa a partir R$ 20 milhões e tem de pegar empresas com ROB [receitas operacionais brutas] de uns R$ 90 milhões. Acabamos de aprovar a redução do Finem Telecom de R$ 20 milhões para R$ 10 milhões para fazer operação de créditos e que o faturamento da empresa pode ser até para R$ 30 milhões anuais, dependendo dos números apresentados e da estrutura. Qual é a diferença do Finem de R$ 10 milhões para o novo produto? É basicamente o piso mínimo que vamos financiar. O novo projeto é a partir de R$ 1 milhão e devemos operar sem garantia real, com recebíveis ou com fundo garantidor. Além destes, temos também outro produto que é o BNDES Giro, que tem custo de capital maior e exige balanço auditado. O crédito é livre a partir de R$ 10 milhões e o ROB tem de ser maior que R$ 50 milhões. E tem também o Cartão BNDES e o Finame. Estes são os mais populares. O Cartão BNDES é um produto não burocratizado, que dá crédito para aquisição de equipamentos. O limite é de R$ 1 milhão para o banco emissor e taxa de juros mensais é de 1,39% ao mês. Com estes produtos que já existem, o BNDES apoiou cerca de 1.600 provedores de todos os portes entre 2007 e 2017, sem contar as quatro grandes operadoras. Foram R$ 500 milhões de créditos indiretos, via agente financeiro, e R$ 40 milhões de financiamento direto. Produtos existentes Finem Telecom: planos de investimento em telecom acima de R$ 20 milhões (ROB > R$ 25 milhões), até 20 anos, equipamentos nacionais, TLP+1,3%+Risco BNDES Giro: crédito livre a partir de R$ 10 milhões (ROB> 50 milhões), prazo Em elaboração Novo Produto: planos de investimentos a partir de R$ 1 milhão: trâmite simplificado, sem balanço auditado para entrada. Projeto piloto previsto para o 2º semestre de 2018

cinco anos, balanço auditado (DBL/EBITDA <6), TLP+1,3%+Risco Cartão BNDES (e BNDES Finame): via agente financeiro, aquisição de equipamentos, até 4 anos, 1,39% a.m Fundo Garantidor (FGI): garante até 80% de investimentos de até R$ 3 milhões financiados por agentes financeiros Finem Telecom R$ 10 milhões: redução do limite mínimo de R$ 20 milhões Fundo Garantidor (FGI): expansão de parcerias e FGI direto (BNDES como agente) FUNTTEL: financiar equipamentos de telecomunicações para provedores com recursos do fundo Por que o esforço do BNDES em financiar operadoras competitivas e pequenos provedores? Qual é a importância deles? São eles que estão levando oferta e competição para as regiões que têm menor desenvolvimento humano. Nestas regiões, especialmente no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, eles têm papel fundamental e para nós, como banco de fomento, está clara esta importância. Colocamos isto no nosso planejamento estratégico e estamos reunindo todos os esforços para ampliar o nosso apoio a provedores de acesso à internet, especialmente, para os de menor porte que são os que estão mais rapidamente levam fibra ótica, chegando a regiões onde as grandes não estão. Temos uma agenda importante para nos associarmos às associações do setor e aperfeiçoar ainda mais os planos. Nos últimos dez anos, que mudanças você aponta como principais para financiar o setor? Nos últimos dez anos, os principais instrumentos foram o Cartão BNDES e o Finame. Hoje, há um esforço para assumirmos mais riscos. A agenda é diminuir o piso e ampliar o acesso deles diretamente ao BNDES, além de ampliar acesso via agentes financeiros. Quando olhamos para o futuro, além de fazer uma carteira maior, temos na agenda a defesa que o BNDES faz da utilização do Fust, o uso do Fust reembolsável. Sabemos do quadro fiscal grave do País e que a rejeição do uso do Fust vem do executivo. Mas é uma bandeira que defendemos. Como está o andamento do uso do Fust? A Anatel passou uma proposta de regulamentação do Fust para o MCTIC, que está analisando e pode encaminhar a proposta para o Congresso. Na

proposta, estão previstas as modalidades do Fust como recurso reembolsável e como garantidor de investimento. Isto passando para o Congresso, poderia ser analisado no ano que vem. Qual é a mensagem do BNDES para operadoras menores que queiram ter acesso ao crédito? O banco vai começar a apoiar diretamente um número bom de provedores regionais. Eles precisam ter o Norte da governança corporativa. Caminhar para melhorar gestão é fundamental para obter linha de crédito. O banco está aberto a receber. Planos para a partir de 2019 Uso do FUST Reembolsável: para crédito e garantia Compartilhamento de Risco com os Agentes Financeiros experiência piloto será feita com ABDE Fundos de Crédito/Investimento: já está em estudo viabilidade de fundo exclusivo para provedores Ser operador de recebíveis TelComp - Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas Av. Iraí, 438 - cj 44 a 47 Moema São Paulo SP CEP 04082-001 Tel +55 (11) 5533-8399 Nosso endereço de e-mail é: editorial@telcomp.org.br Você recebe este e-mail por ter relacionamento com a TelComp.