unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CÂMPUS DE JABOTICABAL FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE FITOSSANIDADE DISCIPLINA - ECOTOXICOLOGIA 3a. Aula - Conceitos de ecotoxicologia, toxicologia e contaminação ambiental. Dr. Joaquim Gonçalves Machado Neto Prof. Titular Responsável pela Disciplina
3A. AULA ECOTOXICOLOGIA 1 Introdução 2 - Contaminação ambiental dos componentes bióticos e abióticos por poluentes naturais e sintéticos. 3 - Toxicologia de agrotóxicos:
C0NCEITOS EM TOXICOLOGIA E ECOTOXICOLOGIA TOXICOLOGIA É o estudo dos efeitos adversos dos produtos químicos sobre os organismos vivos mediante o exame da natureza desses efeitos e a determinação da probabilidade de sua ocorrência. AREAS DA TOXICOLOGIA - DESCRITIVA - MECANÍSTICA - REGULAMENTADORA
C0NCEITOS EM TOXICOLOGIA E ECOTOXICOLOGIA TOXICOLOGIA DESCRITIVA (Testes agudos/crônicos) Trata diretamente dos testes de toxicologia, nos quais se designam organismos experimentais para gerar informações que possam ser utilizadas na avaliação de riscos, aos quais os seres humanos e outras espécies de organismos ficariam expostos em um meio ambiente com determinado produto.
C0NCEITOS EM TOXICOLOGIA E ECOTOXICOLOGIA TOXICOLOGIA MECANÍSTICA (MECANISMO DE AÇÃO) Busca elucidar os mecanismos pelos quais os produtos químicos exercem seus efeitos tóxicos sobre os organismos. Os resultados de seus estudos auxiliam a desenvolver testes com prognósticos mais úteis na obtenção de informações para determinar riscos.
C0NCEITOS EM TOXICOLOGIA E ECOTOXICOLOGIA TOXICOLOGIA REGULAMENTADORA (Registro ) É responsável pelas decisões sobre um produto químico, se ele oferece ou não riscos ao ser comercializado dentro de fins específicos, com base em dados obtidos em testes realizados pela toxicologia descritiva. Praticada por agências regulamentadoras nacionais e internacionais. Remédios, cosméticos, aditivos em alimentos, agrotóxicos, etc. Normas sobre o total permitido no ambiente, nas águas, no solo.
C0NCEITOS EM TOXICOLOGIA E ECOTOXICOLOGIA ECOTOXICOLOGIA Parte da toxicologia que estuda os efeitos adversos de produtos químicos selecionados sobre a totalidade do ecossistema, mediante a determinação dos riscos que os produtos representam, tanto para a saúde humana quanto para outros organismos.
ECOTOXICOLOGIA AMBIENTAL Estuda os efeitos adversos de produtos químicos ECOSSISTEMA Determinar os riscos que representam para todos os organismos do ambiente e saúde humana
FONTES DE POLUIÇÃO Substâncias tóxicas Fontes pontuais Múltiplas rotas (fonte difusa) Corpos d água Mistas Quase toda atividade humana é fonte potencial de contaminantes (aquáticos e terrestres).
FONTES DE POLUIÇÃO MODIFICAÇÕES AMBIENTAIS diversidade espécies autóctones espécies indesejáveis (algas) - nutrientes qualidade da água mortalidade peixes
Substancias tóxicas descarregadas em FOCOS PONTUAIS (efluentes industriais, esgotos municipais, ou detritos sólidos em terrenos sanitários) têm a identificação da origem fica facilitada e posterior controle da difusão no ambiente. Caso as substancias tóxicas migrem para lagos ou reservatórios por intermédio de MÚLTIPLAS ROTAS (águas superficiais, águas subterrâneas, chuvas e poluição atmosférica) o controle torna-se muito difícil, e há a necessidade de medidas abrangentes.
FONTES PONTUAIS Pontos específicos Forma individualizada Fácil identificação da origem Possibilita controle Qtd. e composição não varia Ex: Efluentes industriais, estações de tratamento de esgoto, detritos sólidos em terrenos sanitários.
MÚLTIPLAS ROTAS OU FONTES DIFUSAS (NÃO PONTUAIS) Não identifica ponto de lançamento Modo aleatório (qtd./freq./composição) Difícil controle medidas abrangentes Ex: Águas superficiais, águas subterraneas, chuvas (sobre campos agrícolas e acidentes com produtos químicos ou combustíveis) e poluição atmosférica.
PROCESSOS DE DISSIPAÇÃO DOS AGROTÓXICOS NO SOLO 1. FÍSICOS: Volatilização Lixiviação pela água Erosão junto com o solo por vento e água Deriva 2. QUÍMICO: Fotodecomposição Adsorção nos colóides do solo Reações químicas com os constituintes dos solos Retirada por plantas e microrganismos 3. MICROBIOLÓGICOS: Decomposição microbiana
PROCESSOS DE DISSIPAÇÃO DE AGROTÓXICOS NO AMBIENTE
FATORES ENVOLVIDOS NA DISSIPAÇÃO NO SOLO AGROTÓXICO: Estrutura molecular Solubilidade em água Polarização Fotodecomposição Aditivos Grau de ionização Lipossolubilidade Volatilização Formulação Dose aplicada CLIMA: Chuvas Temperatura Ventos Luminosidade Umidade relativa do ar SOLO: Textura Extrutura ph Temperatura Composição mineral m.o. Umidade, etc HOMEM Qualidade da aplicação Escolha certa produto /dosagem Conhecimento técnico
PROCESSOS MICROBIOLÓGICOS NO SOLO MICRORGANISMOS NO SOLO: Bactérias - milhões/g solo Actinomicetos centenas de milhões a alguns milhões Fungos - ± 600 mil/g solo Protozoários - ± 10 mil/g Algas 1 mil a 10 mil/g CONDIÇÕES ÓTIMAS: Umid. solo: 50 100% cc Boa aeração do solo Tempertura: 27 32 C ph: 6,5 8,0 m.o. > teor > atividade DECOMPOSIÇÃO MICROBIANA Depende da ação catalítica de enzimas específicas produzidas pelo microrganismos ALTERAÇÕES MOLECULARES Desalquilação Desalogenação Hidrólise Hidrólise do anel aromático Beta oxidação Redução
DECOMPOSIÇÃO MICROBIANA E PERSISTÊNCIA DE HERBICIDAS NO SOLO Herbicida Persistência no solo Decomposição Monuron 2,4-D 4-12 meses 2-8 meses Pseudomonas Achromobacter Flavobacterium Achromobacter Corynebacterium Flavobacterium Dapalon 2-4 semanas Agrobacterium Pseudomomas MCPA 3-12 semanas Achromobacter Mycoplana TCA 2-9 semanas Pseudomonas
EFEITOS DO TRATAMENTO DE SEMENTES NO CRESCIMENTO DAS PLÂNTULAS E NA FIXAÇÃO DE N, EM CASA-DE-VEGETAÇÃO Sementes não Tratadas Sementes Tratadas Inoculantes Biomassa (mg) Peso N (mg) Biomassa (mg) Peso N (mg) ALFAFA TRATADA COM THIRAM Sem Inoc. 290 6,8 270 5,9 Rhizob. 440 12,2 280 6,6 sens. Rhizob. res. 500 14,6 490 13,2 COWPEAS TRATADO COM PHYGON Sem Inoc. 1.100 23,2 1.150 21,7 Rhizob. 3.820 97,0 1.820 36,4 sens. Rhizob. res. 3.790 106,0 3.930 105,0