A atividade industrial cresce 1,5% na passagem de julho para agosto

Documentos relacionados
A atividade industrial cai 0,7% em setembro

A atividade industrial registra queda de 2,2% em julho

A atividade industrial paulista cresceu 12,1% em junho

A recuperação da atividade industrial perdeu fôlego no 1º trimestre

Refletindo a paralisação dos caminhoneiros, a atividade industrial paulista registra forte queda em maio

VISÃO GERAL DA ECONOMIA

A atividade industrial paulista cresceu 3,5% em 2017

VISÃO GERAL DA ECONOMIA

VISÃO GERAL DA ECONOMIA

VISÃO GERAL DA ECONOMIA

Resultados da indústria de transformação paulista em Fevereiro/2019

Revisão do Cenário Econômico Doméstico: Navegando em Águas Turbulentas. Jun/2018

Produto Interno Bruto Estado de São Paulo Fevereiro de 2016

DEPECON Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos. Cenário Econômico e Desempenho Mensal da Indústria

ano/mês jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

VISÃO GERAL DA ECONOMIA

Setembro/2014. Resultados do PIB e da PIM e Perspectivas para os Próximos Trimestres. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

DEPECON Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos. Cenário Econômico e Desempenho Mensal da Indústria

VISÃO GERAL DA ECONOMIA

VISÃO GERAL DA ECONOMIA

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Fevereiro de 2016

INDICADORES INDUSTRIAIS RIO GRANDE DO SUL

DEPECON Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos. Cenário Econômico e Desempenho Mensal da Indústria

INDICADORES INDUSTRIAIS RIO GRANDE DO SUL

0,0% -0,3% +0,1% -1,4% -2,2% 76,4% -0,8% +4,8% Janeiro de Sem sinais de reação

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

LEVANTAMENTO DE CONJUNTURA INA - INDICADOR DE NÍVEL DE ATIVIDADE. RESULTADOS Outubro 2017

Faturamento da indústria recua 4,3% em janeiro

LEVANTAMENTO DE CONJUNTURA INA - INDICADOR DE NÍVEL DE ATIVIDADE RESULTADOS AGOSTO / 2010

VISÃO GERAL DA ECONOMIA

INDICADORES INDUSTRIAIS

Boletim de Inteligência Estratégica

-1,4% -3,0% +0,5% -0,3% -1,8% 78,6% -1,8% -4,5% Março de Atividade volta a cair em março

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

INDICADORES INDUSTRIAIS

Agosto/2014. Cenário Econômico: Mais um Ano de Baixo Crescimento. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

INDX registra queda de 4,45% em junho

INDICADORES INDUSTRIAIS RIO GRANDE DO SUL

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

Indústria e Investimentos recuam no 2º trimestre e Economia Brasileira mantém ritmo lento de crescimento

-0,9% +1,9% -1,9% -0,5% +0,1% 78,7% -0,2 p.p. -2,1% Março de 2017

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

Atividade industrial recua em outubro

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

INDICADORES INDUSTRIAIS RIO GRANDE DO SUL

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. Trimestre terminado em Agosto/2017

LEVANTAMENTO DE CONJUNTURA INA - INDICADOR DE NÍVEL DE ATIVIDADE RESULTADOS SETEMBRO / 2010

VISÃO GERAL DA ECONOMIA

INDICADORES INDUSTRIAIS RIO GRANDE DO SUL

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Abril de 2015

+1,2% +1,5% +0,1% -0,3% -0,7% 79,8% +2,4% +4,6% Fevereiro de Atividade volta a crescer em fevereiro

INDICADORES INDUSTRIAIS RIO GRANDE DO SUL

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Março de 2015

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. 3º Trimestre/2017

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Março de 2016

INDICADORES INDUSTRIAIS RIO GRANDE DO SUL

Massa Salarial Real Média móvel trimestral (R$ milhões) jul/14. jul/15. jan/15. set/15. jan/16. set/14. nov/14. nov/15. mai/15. mar/15.

INDICADORES INDUSTRIAIS

LEVANTAMENTO DE CONJUNTURA INA - INDICADOR DE NÍVEL DE ATIVIDADE RESULTADOS OUTUBRO/2012

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

INDICADORES INDUSTRIAIS RIO GRANDE DO SUL

INDICADORES INDUSTRIAIS

INDICADORES INDUSTRIAIS RIO GRANDE DO SUL

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

Indústria volta a crescer em setembro

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Dezembro de 2015

Economia Brasileira cresce 0,8% no terceiro trimestre de 2018 com crescimento em todos setores e componentes da demanda

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

INDICADORES INDUSTRIAIS RIO GRANDE DO SUL

INDICADORES INDUSTRIAIS

INDICADORES INDUSTRIAIS RIO GRANDE DO SUL

LEVANTAMENTO DE CONJUNTURA INA - INDICADOR DE NÍVEL DE ATIVIDADE RESULTADOS MARÇO 2014

INDICADORES INDUSTRIAIS

Atividade industrial acentua queda em dezembro

DEPECON Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos. Cenário Econômico e Desempenho Mensal da Indústria

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

INDICADORES INDUSTRIAIS RIO GRANDE DO SUL

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

INDICADORES INDUSTRIAIS RIO GRANDE DO SUL

O crescimento da produção industrial em maio não altera a perspectiva de fraco desempenho da indústria em 2011

INDX registra aumento de 2,41% em julho

INDICADORES INDUSTRIAIS

PRODUTIVIDADE FÍSICA DO TRABALHO NA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO EM DEZEMBRO DE 2017

Resultados da Pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo Indicadores regionais e setoriais

Indústria. Prof. Dr. Rudinei Toneto Júnior Prof. Dr. Luciano Nakabashi Renata de Lacerda Antunes Borges

INDX registra elevação de 3,72% em novembro

LEVANTAMENTO DE CONJUNTURA INA - INDICADOR DE NÍVEL DE ATIVIDADE RESULTADOS NOVEMBRO E DEZEMBRO 2012

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Setembro de 2016

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. Trimestre terminado em Agosto/2016

INDICADORES INDUSTRIAIS RIO GRANDE DO SUL

INDICADORES INDUSTRIAIS RIO GRANDE DO SUL

Conjuntura PRODUÇÃO INDUSTRIAL

INDICADORES INDUSTRIAIS RIO GRANDE DO SUL

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. 2º Trimestre/2017

Transcrição:

A atividade industrial cresce 1,5% na passagem de julho para agosto Resultado da atividade industrial paulista em agosto A atividade industrial paulista, mensurada pelo INA, registrou alta de 1,5% entre julho e agosto, sem influências sazonais. Nos últimos 12 meses o indicador apresenta aumento de 4,3%, mantendo a trajetória de desaceleração do ritmo de crescimento nos últimos meses sob essa métrica. Fonte: FIESP O crescimento do INA em agosto frente ao mês anterior atingiu 14 dos 20 segmentos pesquisados, com destaque para a alta de 7,1% do segmento de Veículos Automotores, mais do que anulando a queda do setor em julho (-1,7%). A variável Total de Vendas Reais (TVR) cresceu 6,9% em agosto, alavancando o resultado da atividade industrial paulista no mês. Esse crescimento das vendas ocorre após apontar recuo de 6,6% em julho. As Horas Trabalhadas na Produção (HTP) aumentaram 2,3% e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) ficou próximo da estabilidade (-0,1 p.p), atingindo 75,6%. 1

A projeção para a Produção Industrial Paulista (PIM-SP) considerada na estimação do INA em agosto é de um aumento de 0,2%. Fonte: FIESP Avaliação da atividade econômica e expectativa para a atividade industrial paulista para os próximos meses A atividade econômica mostra um desempenho decepcionante em 2018, dando sinais de estagnação. O PIB do 2º trimestre de 2018 cresceu modestos 0,2% frente ao trimestre anterior, ficando praticamente estável pelo terceiro trimestre consecutivo (variação de 0% no 4º tri/17 e 0,1% no 1º tri/18). Avaliamos que este quadro de lenta retomada econômica deverá ser mantido no restante do ano. O atual ciclo de recuperação é um dos mais lentos da economia brasileira, após ter enfrentado uma das piores recessões de sua história. O gráfico abaixo ilustra esse diagnóstico. As colunas vermelhas apresentam a queda acumulada do PIB no período no qual foi constatado a recessão, já as colunas pretas mostram a variação do PIB seis trimestres após o PIB atingir o fundo do poço, caracterizando o fim da recessão. A última recessão do país começou no 2º trimestre de 2014 e se encerrou no último trimestre de 2016, com o PIB acumulando contração de 8,3%. Nos seis trimestres após o fim dessa recessão 2

(entre o 1º trimestre de 2017 e o 2º trimestre de 2018) o PIB registrou ganho de apenas 2,5%. A fraqueza da atual recuperação perde apenas para a retomada que ocorreu após a recessão observada entre o 3º trimestre de 1987 e o 4º trimestre de 1988, quando o PIB acumulou queda de 0,9%. No entanto, a queda do PIB naquela recessão foi muito menos aguda, da ordem de 4,2%. Fonte: IBGE e Consultoria LCA Com relação à atividade industrial paulista, o bom crescimento em agosto pode ser interpretado como derivado de um efeito base, isto é, ocorre após ter registrado forte queda de 1,9% em julho. Constata-se, ademais, que a atividade industrial paulista gravita em torno de zero ao longo de 2018, com a média da variação mensal do INA entre janeiro e agosto sendo de -0,2%, o que por sua vez ilustra o quadro de fraqueza da indústria este ano. 3

Fonte: FIESP O nível de incerteza da economia permanece muito elevado, provocando piora das condições financeiras para as empresas e deteriorando a confiança do empresariado. A confiança da indústria (FGV), por exemplo, em agosto registrou o menor nível desde o início do ano, ficando abaixo de 100 pontos (leituras abaixo de 100 indicam pessimismo). O desemprego continua elevado e caindo lentamente (geração de emprego com baixa remuneração e sem vínculo formal). O fraco desempenho do mercado de trabalho, somado ao elevado endividamento das famílias e empresas e os elevados spreads bancários são fatores que também contribuem para o quadro de lenta retomada da atividade econômica em 2018. Além de um ambiente doméstico mais incerto por conta das eleições, o quadro externo se tornou menos favorável para a economia brasileira devido à crise cambial na Argentina, importante parceiro comercial do Brasil, e o aumento da aversão ao risco no mercado financeiro internacional por conta de um aperto monetário americano e a guerra comercial entre os EUA e a China. A nossa projeção é de crescimento de apenas 1,1% do PIB este ano, enquanto para atividade industrial paulista, mensurado pelo INA, a nossa expectativa é de um aumento de 2,0%. 4

Indicador do Nível de Atividade (%) - Ago/18 Ago/18 vs Jul/18* Ago/18 vs Ago/17 Indústria de Transformação 1,5 1,0 29. Veículos automotores 7,1 18,0 32. Produtos diversos 5,4 9,2 27. Máquinas e materiais elétricos 2,8-8,1 19. Derivados de petróleo e biocombustív 1,6-3,1 13. Têxteis 1,1-10,8 10. Alimentos 1,0 7,3 23. Minerais não metálicos 0,7-2,0 31. Móveis 0,6 7,2 17. Celulose e papel 0,5-1,3 25. Produtos de metal 0,3-2,0 28. Máquinas e equipamentos 0,2 6,0 22. Borracha e material plástico 0,2 1,0 20. Químicos 0,2-0,7 21. Farmacêuticos -0,5 11,0 18. Impressão e reprodução -0,8-10,1 24. Metalurgia -1,0 10,2 11. Bebidas -1,8-6,7 30. Outros equipamentos de transporte -3,4-30,1 * Com ajuste sazonal Sensor A pesquisa Sensor no mês de setembro fechou em 51,3 pontos, na série com ajuste sazonal, resultado inferior ao indicador de agosto, quando atingiu 51,9 pontos. Por estar acima dos 50 pontos, o Sensor sinaliza aumento da atividade industrial no mês. Em setembro, item que avalia as condições de mercado ficou mais próximo da linha de estabilidade. Passou de 52,4 pontos em agosto para 50,1 pontos no mês. Resultados em torno dos 50 pontos indicam estabilidade do mercado no período. Por sua vez, o indicador de vendas apresentou aumento neste mês, após forte queda em agosto, visto que seu índice avançou de 54,2 no mês passado para 55,9 em setembro. Números acima dos 50 pontos indicam expectativa de aumento das vendas no período. 5

O nível de estoques apresentou melhora em setembro. O indicador variou de 47,1 pontos em agosto para 48,5 pontos no mês. Leituras superiores a 50 pontos indicam estoque abaixo do desejável, inferiores a 50 pontos indicam sobrestoque. O indicador de emprego recuou 2,0 pontos em relação ao mês de agosto. Passou de 51,6 pontos para 49,6 em setembro. Ao retornar para abaixo da linha dos 50 pontos, indica expectativa de demissões no mês. O componente investimentos apresentou resultado muito próximo ao do mês passado, de 54,1 pontos em agosto para 54,0 pontos no mês. Resultados acima dos 50 pontos, indicam expectativas de aumento dos investimentos. Sensor (sem ajuste) Sensor (com ajuste) Indicador ago/18 set/18 Diferença (p.p.) O que representa Indicador ago/18 set/18 Diferença (p.p.) O que representa SENSOR GERAL 52,3 53,1 0,8 SENSOR GERAL 51,9 51,3-0,6 Mercado 53,9 52,3-1,6 Mercado 52,4 50,1-2,3 Vendas 53,4 60,1 6,7 Vendas 54,2 55,9 1,7 Estoque 47,3 48,4 1,1 Estoque 47,1 48,5 1,4 Emprego 52,0 50,5-1,5 Emprego 51,6 49,6-2,0 Investimento 54,7 53,9-0,8 Investimento 54,1 54,0-0,1 6