REGULAMENTO MUNICIPAL DA URBANIZAÇÃO E DA EDIFICAÇÃO PREÂMBULO



Documentos relacionados
REGULAMENTO DE COMPENSAÇÕES POR NÃO CEDÊNCIA DE TERRENOS PARA EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS VERDES PÚBLICOS DECORRENTE DA APROVAÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS

1372-(6) Diário da República, 1.ª série N.º 44 3 de Março de 2008

Município de Estarreja 1

PLANO DE PORMENOR DO PARQUE EMPRESARIAL DA QUIMIPARQUE ESTARREJA

Exmº. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lagos

APROVA OS MODELOS DE ALVARÁS DE LICENCIAMENTO OU AUTORIZAÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS

TABELA ANEXA DE TAXAS

NORMA TÉCNICA LICENCIAMENTO

NORMAS PARA INSTRUÇÃO DE PROCESSOS

M U N I C I P I O de V I E I R A D O M I N H O Divisão de Urbanismo e Obras Municipais Serviços de Planeamento Urbanístico e Obras Particulares

Versão consolidada do diploma que aprova os elementos Instrutórios dos procedimentos previstos no Regime Jurídico da Urbanização e Edificação Não

TABELA DE TAXAS PARTE B - OPERAÇÕES URBANÍSTICAS QUADRO I. Taxa devida pela apreciação de projectos de loteamento

EMISSÃO DE CERTIDÃO DE PLANO DE PORMENOR PARA EFEITOS DE REGISTO PREDIAL

MUNICÍPIO DA FIGUEIRA DA FOZ CÂMARA MUNICIPAL

TABELA ANEXA. QUADRO II Taxa devida pela emissão de alvará de licença ou admissão de comunicação prévia de obras de urbanização

REQUERIMENTO PROJETO DE ARQUITETURA

M U N I C I P I O de V I E I R A D O M I N H O Divisão de Urbanismo e Obras Municipais Serviços de Planeamento Urbanístico e Obras Particulares

PLANO DE PORMENOR DO DALLAS FUNDAMENTAÇÃO DA DELIBERAÇÃO DE DISPENSA DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL

Regulamento do Plano de Pormenor da Área de Desenvolvimento Turístico das Fontainhas. (alteração) Artigo 1.º

NORMAS PARA INSTRUÇÃO DOS PROCESSOS RELATIVOS A OPERAÇÕES URBANÍSTICAS

MUNICIPIO DE PORTEL N.º Identificação (NIPC)

Regulamento de Edificabilidade do Pólo Industrial da Lagoa Cortes - Monção

UniVap - FEAU CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Minoru Takatori ESTUDO PRELIMINAR

Lagos. Nome:... Coletiva

Classificação DOS EMPREENDIMENTOS DE TURISMO NO ESPAÇO RURAL:

Reabilitação do Edifício da Casa da Cultura

REGIME JURÍDICO DO TURISMO NO ESPAÇO RURAL

CONJUNTO COMERCIAL CENTRO COMERCIAL DE PORTIMÃO

Diário da República, 1.ª série N.º 44 3 de Março de (13)

Notas: Aprovada pela Deliberação Ceca nº 868, de 08 de maio de Publicada no DOERJ de 19 de maio de 1986

RESIDENCIAL SANTA MONICA MEMORIAL DESCRITIVO ANEXO I

Instalações Eléctricas de Serviço Particular

PLANO DE PORMENOR DA CASA PIDWELL REGULAMENTO

Parque Tecnológico de Óbidos

Declaração de Instalação, Modificação e de Encerramento dos Estabelecimentos de Restauração ou de Bebidas

CIRCUITO DE UM PROCESSO PARA ABASTECIMENTO

6408 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-B N. o de Outubro de 2001 PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Tabela de Taxas de Edificação e Urbanização no Município de Ponte de Lima para o Ano de 2012

MUNICÍPIO DE MACHICO REGULAMENTO DO LICENCIAMENTO ZERO 1

Guia para a elaboração de Estudos de Segurança contra Incêndio em Edifícios Hospitalares G 02/2006


PROCONVERGENCIA ORIENTAÇÃO N.º 1/2011 ORIENTAÇÃO DE GESTÃO PROGRAMA OPERACIONAL DOS AÇORES PARA A CONVERGÊNCIA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES

CHECK LIST COMUNICAÇÃO PRÉVIA

SECRETARIA DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E POLÍTICA URBANA

JUSTIFICAÇÃO PARA A NÃO SUJEIÇÃO DO PLANO DE PORMENOR DE REABILITAÇÃO URBANA DE SANTA CATARINA A AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

Regulamento de Utilização de Habitações Sociais de Gestão ou Promoção Municipal

Divisão de Obras, Planeamento, Ambiente e Urbanismo

MUNICÍPIO DE PORTEL CÂMARA MUNICIPAL

PEDIDO DE EMISSÃO DE ALVARÁ DE LICENÇA/AUTORIZAÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS

FBD.01TP.35. CE-CTET-GERAL AAP+AECOPS GER 00X / 01TP

C Â M A R A M U N I C I P A L D E M O U R A. Regulamento de Saneamento do Concelho de Moura

Portaria n.º 1136/2001 de 25 de Setembro

NORMAS TÉCNICAS PARA OS SISTEMAS DE DEPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS EM EDIFICAÇÕES NO CONCELHO DO PORTO

LAVANDARIAS. Emissões quaisquer descargas de COV de uma instalação para o ambiente;

LEGISLAÇÃO BÁSICA. Portaria nº 867/89, de 7 de Outubro Determina quais devem ser os parâmetros para caracterizar os gases combustíveis

Plano de Pormenor de Reabilitação Urbana de Santa Catarina TERMOS DE REFERÊNCIA

ISEP INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA

REGULAMENTO MUNICIPAL

Processo Nº / / CML. N.º Bilhete Identidade. N.º Bilhete Identidade

Novo Regime de Licenciamento dos Estabelecimentos de Restauração ou Bebidas

CAPÍTULO II REQUISITOS DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO SECÇÃO I REGIME GERAL

MINISTÉRIOS DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO RE- GIONAL E DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES.

MUNICÍPIO DE PENAMACOR REGULAMENTO MUNICIPAL DE ESTABELECIMENTOS DE ALOJAMENTO LOCAL. Preâmbulo

reconversão de empreendimentos turísticos

CONTRATO DE TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS POR TEMPO INDETERMINADO

Licenciamento de Instalações Desportivas

NORMAS DE INSTRUÇÃO DE UM PROCESSO DE OPERAÇÃO URBANÍSTICA EM FORMATO DIGITAL. Pedidos de Licenciamento (PL) e Comunicações Prévias (CP)

MEMÓRIA DESCRITIVA E CONDIÇÕES TÉCNICAS

ELEMENTOS NECESSÁRIOS À INSTRUÇÃO DO PEDIDO DE TÍTULO DE UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS

REGULAMENTO SOBRE DISTRIBUIÇÃO, AFIXAÇÃO E INSCRIÇÃO DE MENSAGENS DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA CONCELHO DE CAMINHA

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA PROJETO DE LEI Nº 051/2012

MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

Chama-se a atenção que a contagem do prazo a que se refere o n.º 1 do artigo 23.º do Decreto-Lei n.º 73/2009 de 31 de Março, só se inicia a partir da

BENEFÍCIOS FISCAIS PARA A REABILITAÇÃO URBANA ENQUADRAMENTO LEGAL

REGULAMENTO MUNICIPAL DOS REQUISITOS DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM

M U N I C Í P I O D E B R A G A

FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DE PALMAS DIRETORIA DE CONTROLE AMBIENTAL GERÊNCIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

CRITÉRIOS DE ISENÇÃO suporte publicitário. bandeiras

SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTOS DE ITAPIRA

PERGUNTAS MAIS FREQUENTES

Alteração do tipo de actividade ou ramo de comércio. Mudança da pessoa ou entidade titular da exploração

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Corpo de Bombeiros INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 15/2011

N.º Identificação Civil. N.º Identificação Civil

ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA REPRESENTAÇÕES DE DESENHO TÉCNICO E APROVAÇÃO DE PROJETOS SETOR DE ENGENHARIA

A observância da acessibilidade na fiscalização de obras e licenciamentos de projetos pelos municípios

*01 0* *26$.7

Preâmbulo CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Auxiliar os consultores de segurança e projetistas na elaboração do Projeto de SCIE e da Ficha de Segurança.

A QUADRO I - Taxa devida pela emissão de alvará de licença ou por comunicação prévia de operação de loteamento e ou seus aditamentos

PROJECTO DE INFRAESTRUTURAS PARA TELECOMUNICAÇÕES

7. Condicionantes. : Reserva Ecológica Nacional; : Reserva Agrícola Nacional; : Domínio Público Hídrico; : Património Classificado;

PROCEDIMENTO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE ARQUITETURA

Ligações às redes de energia eléctrica. Setembro de 2011

CE-CTET-GERAL AAP+AECOPS GER 00X / 00Y 03DM Entende-se a demolição como um todo, elegendo-se a unidade (Un).

Termos de referência para o cadastro das infraestruturas de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

Instruções Técnicas para Apresentação de Projetos de Bases de Apoio a Empresas Transportadoras de Cargas e Resíduos - Licença de Instalação (LI) -

PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE VENDA DE LOTES DE TERRENO PARA AS NOVAS ZONAS E LOTEAMENTOS INDUSTRIAIS. Nota justificativa

GUIA DE PROJECTO E OBRA

Alvará de Licença. Código Postal: - Freguesia: Telefone: Telemóvel: Fax:

Coleção Cadernos Práticos - 3 ALOJAMENTO LOCAL

Transcrição:

REGULAMENTO MUNICIPAL DA URBANIZAÇÃO E DA EDIFICAÇÃO EDITAL n.º 362-A/2005, de 8 de Junho (republicação) 2ª série. EDITAL n.º 468/2005, de 10 de Agosto 2ª série. EDITAL n.º 8/2006, de 3 de Janeiro 2ª série. EDITAL n.º 263/2006, de 1 de Junho 2ª série. PREÂMBULO O Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de Dezembro, alterado pelo Decreto - Lei nº 177/2001, de 4 de Junho, introduziu profundas alterações no regime jurídico do licenciamento municipal das operações de loteamento, das obras de urbanização e das obras particulares. Face ao preceituado neste diploma legal, e no exercício do seu poder regulamentar próprio, os Municípios devem aprovar regulamentos municipais de urbanização e, ou, de edificação, bem como regulamentos relativos ao lançamento e liquidação das taxas que sejam devidas pela realização de operações urbanísticas. Visa-se, com o presente regulamento, estabelecer e definir aquelas matérias que o Decreto-Lei 555/99, de 16 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei 177/2001, de 4 de Junho, remete para regulamento municipal, consignando-se ainda os princípios aplicáveis à urbanização e edificação, as regras gerais e critérios referentes às taxas devidas pela emissão de alvarás, pela realização, reforço e manutenção de infra-estruturas urbanísticas, bem como às compensações. Assim, nos termos do disposto no nº 8 do artigo 112º e do artigo 241º da Constituição da República Portuguesa, do preceituado no Decreto-Lei 555/99, de 16 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei 177/2001, de 4 de Junho, do determinado no Regulamento Geral das Edificações Urbanas, aprovado pelo Decreto-Lei 38 382 de 7 de Agosto de 1951, com as alterações posteriormente introduzidas, do consignado na Lei nº 42/98 de 6 de Agosto, e do estabelecido nos artigos 53º e 64º da Lei nº169/99 de 18 de Setembro, na sua redacção actual, a Assembleia Municipal de Torres Vedras, sob proposta da Câmara Municipal, e após ter sido objecto de apreciação pública nos termos do artigo 118º do C.P.A., aprova o seguinte Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação. Projecto de Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação 1 de 63

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1º Âmbito O presente Regulamento estabelece os princípios aplicáveis à urbanização e à edificação, as regras gerais e critérios referentes às taxas devidas pela emissão de alvarás, pela realização, reforço e manutenção de infra-estruturas, bem como às compensações, no Município de Torres Vedras. Artigo 2º Objectivos O presente Regulamento tem como objectivos defender e preservar os valores ambientais, e promover o ordenamento do território de forma sustentada no Município de Torres Vedras. Artigo 3º Definições 1. Para efeitos do presente Regulamento, entende-se por: a) Alinhamento: linha que em planta separa uma via pública dos edifícios existentes, previstos, ou dos terrenos contíguos, e que é definida pela intersecção dos planos verticais das fachadas, muros ou vedações, com o plano horizontal dos arruamentos adjacentes; b) Alpendre: zona exterior coberta, delimitada por pilares, directamente ligada à construção principal; c) Anexo: construção destinada ao uso complementar da construção principal; d) Balanço: corpo saliente fechado; e) Condomínio fechado: edifício sujeito ao regime de propriedade horizontal que foi dotado de um conjunto de serviços complementares aos condóminos, ou vários edifícios, sujeitos ao regime de propriedade horizontal, usufruindo de áreas comuns a todos eles, encontrando-se tais áreas habitualmente vedadas ao público ou com acesso condicionado; f) Construção ligeira ou amovível: construção executada com materiais pré - fabricados, modulados ou ligeiros, permitindo a sua fácil remoção ou desmontagem, nomeadamente, estufas, quiosques, contentores, stand de vendas; g) Corpo saliente: parte de uma construção avançada do plano da fachada, destinado a aumentar a área do piso; h) Cota de soleira: demarcação altimétrica do nível do pavimento da entrada principal do edifício. Quando o edifício se situa entre dois arruamentos a diferentes níveis com Projecto de Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação 2 de 63

entradas em ambos, deve ser claramente indicada aquela que se considera a entrada principal; i) Infra-estruturas locais: as que se inserem dentro da área objecto da operação urbanística e decorrem directamente desta; j) Infra-estruturas de ligação: as que estabelecem a ligação entre as infra-estruturas locais e as gerais, decorrendo as mesmas de um adequado funcionamento da operação urbanística, como eventual salvaguarda de níveis superiores de serviço, em função de novas operações urbanísticas, nelas directamente apoiadas; k) Infra-estruturas especiais: as que não se inserindo nas categorias anteriores, eventualmente previstas em PMOT, devam pela sua especificidade implicar a prévia determinação de custos imputáveis à operação urbanística em si, sendo o respectivo montante considerado como decorrente da execução de infra-estruturas; l) Infra-estruturas gerais: as que tendo um carácter estruturante, ou previstas em PMOT, servem ou visam servir uma ou diversas unidades de execução; m) Logradouro: área de terreno livre de um lote, ou parcela, adjacente à construção nele implantada e que, funcionalmente, se encontra conexa com ele, servindo de jardim, quintal, pátio ou estacionamento; n) Obra: todo o trabalho de construção, reconstrução, ampliação, alteração, reparação, conservação, limpeza, restauro e demolição de bens imóveis; o) Parque de estacionamento exterior: espaço destinado a estacionamento onde não existe tráfego de atravessamento; p) Polígono de Implantação: perímetro que demarca a área na qual pode ser implantado o edifício; q) Recuperação paisagística: revitalização biológica, económica e cénica do espaço afectado por exploração, dando-lhe nova utilização, com vista ao estabelecimento do equilíbrio do ecossistema, ou restituindo-lhe a primitiva aptidão; r) Sótão: aproveitamento do vão do telhado para determinada utilização ou fim; s) Terraço: pavimento descoberto sobre um edifício ou nível de andar, com ligação aos espaços interiores do edifício, podendo funcionar como prolongamento dos espaços cobertos; t) Varanda: corpo saliente, ou não, aberta ao exterior. CAPÍTULO II PROCEDIMENTOS Projecto de Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação 3 de 63

SECÇÃO I INSTRUÇÃO DO PEDIDO Artigo 4º Informação prévia Sem prejuízo do disposto na portaria aplicável e em vigor, o pedido de informação prévia referente a operações urbanísticas deve ser instruído com os seguintes elementos: a) Requerimento próprio a fornecer pelos serviços, devidamente preenchido, sem prejuízo do disposto na legislação aplicável; b) Certidão da Conservatória do Registo Predial; c) Colecção de plantas (extractos dos PMOT e planta de localização), a fornecer pelos serviços camarários, com indicação precisa da localização do prédio; d) Fotografias a cores do local; e) Elementos complementares que se mostrem necessários à sua correcta compreensão, em função, nomeadamente, da natureza e localização da operação urbanística pretendida. Artigo 5º Licença ou autorização de operações de loteamento Sem prejuízo do disposto na portaria aplicável e em vigor, o pedido de licenciamento ou autorização referente a operações de loteamento, pode ainda ser instruído, sempre que se justifique, ou, os serviços técnicos o exijam, com os seguintes elementos: a) Requerimento próprio a fornecer pelos serviços, devidamente preenchido, sem prejuízo do disposto na legislação aplicável; b) Colecção de plantas (extractos dos PMOT e planta de localização), a fornecer pelos serviços, com indicação precisa da localização do prédio; c) Fotografias a cores do local; d) Levantamento topográfico ligado à rede geodésica nacional, com indicação dos vértices do prédio coordenados ao Datum 73 e respectivas confrontações numa faixa envolvente de pelo menos 25m contados a partir do limite do mesmo; e) Planta síntese sobre o levantamento referido na alínea anterior, devidamente cotada, à escala 1:500 ou superior, onde deve constar, nomeadamente, a indicação do diferencial entre a cota do arruamento e a cota de soleira, afastamentos aos eixos da via em todos os lotes e indicação de locais de instalação de recipientes de resíduos sólidos, posto de transformação, depósitos de gás estação de tratamento de águas residuais, quando existente; f) Perfis longitudinais e transversais, à escala igual ou superior à da planta síntese, dos diferentes arruamentos com indicação das volumetrias das edificações confinantes, dos pisos, bem como eventuais alterações (aterros ou desaterros); Projecto de Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação 4 de 63

g) Quadro regulamentar, conforme modelo a fornecer pelos serviços; h) Fichas dos lotes, conforme modelo a fornecer pelos serviços; i) Estudo prévio das infra-estruturas das diferentes especialidades, onde deve constar, nomeadamente, os perfis longitudinais dos arruamentos e estudo dos espaços exteriores ao nível das acessibilidades, e a localização do posto de transformação, da estação de bombagem de águas e de outros equipamentos, quando necessários; j) Na memória descritiva deve constar a solução adoptada para a recolha de resíduos sólidos urbanos, bem como o número de habitantes por contentor; k) Extracto do mapa de ruído, ou relatório de dados acústicos; l) Planta de toponímia. m) Elementos complementares que se mostrem necessários à sua correcta compreensão, em função, nomeadamente, da natureza e localização da operação urbanística pretendida. Artigo 6º Licenciamento ou autorização de obras de urbanização Sem prejuízo do disposto na portaria aplicável e em vigor, o pedido de licenciamento ou autorização referente a obras de urbanização pode ainda ser instruído, sempre que se justifique, ou os serviços técnicos o exijam, com os seguintes elementos: a) Requerimento próprio a fornecer pelos serviços, devidamente preenchido, sem prejuízo do disposto na legislação aplicável; b) Colecção de plantas (extractos dos PMOT e planta de localização), a fornecer pelos serviços, com indicação precisa da localização do prédio; c) Fotografias a cores do local; d) Projecto de arranjos exteriores e de arquitectura paisagística, onde devem constar, nomeadamente, o plano geral, plano de modelação do terreno e implantação planimétrico e altimétrico, plano de pavimentos, plano de plantação, plano de drenagem, plano de rega, plano geral de iluminação, plano de equipamento e mobiliário urbano e pormenores da construção; e) Planta de sinalização, desde que justificável; f) Planta com delimitação e quantificação da área para o cálculo do valor da compensação em numerário nos loteamentos, nos casos em que se preveja a criação de lotes cujas construções a edificar criem servidões e acessibilidades directas para arruamentos existentes, devidamente pavimentados e infra - estruturados; g) Elementos complementares que se mostrem necessários à sua correcta compreensão, em função, nomeadamente, da natureza e localização da operação urbanística pretendida. Artigo 6º A - Recepção provisória de obras de urbanização 1 O pedido de recepção provisória de obras de urbanização pode ser instruído, sempre que se justifique, ou, os serviços técnicos o exijam, com os seguintes elementos: Projecto de Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação 5 de 63

a) Termo de responsabilidade do técnico e livro de obra; b) Telas finais do saneamento básico (planta da rede de águas e planta e perfil longitudinal das redes de esgotos pluviais e domésticos; c) Documento da LTE comprovativo da recepção provisória da de energia eléctrica; d) Cópia do termo de responsabilidade, emitido pela entidade instaladora, a certificar a conclusão e execução da rede de distribuição de gás; e) Elementos complementares que se mostrem necessários. 2-É condição para a recepção provisória de obras de urbanização a instalação do mobiliário urbano. Artigo 7º Licença ou autorização de obras de edificação 1- Sem prejuízo do disposto na portaria aplicável e em vigor, o pedido de licenciamento ou autorização referente a obras de edificação, pode ainda ser instruído, sempre que se justifique, ou, os serviços técnicos o exijam, com os seguintes elementos: a) Requerimento próprio a fornecer pelos serviços, devidamente preenchido, sem prejuízo do disposto na legislação aplicável; b) Colecção de plantas (extractos dos PMOT e planta de localização), a fornecer pelos serviços, com indicação precisa do prédio; c) Fotografias a cores do local; d) Levantamento topográfico ligado à rede geodésica nacional com indicação dos vértices do prédio coordenados no Datum 73, onde devem constar, a área de intervenção e referência à envolvente, o norte geográfico, confrontações, área do prédio e a área das construções existentes no prédio em causa; e) O disposto na alínea anterior não se aplica a muros, cabines, poços, arrecadações ou pequenas construções com área inferior ou igual a 40m 2, projectos de obras de alterações, projectos de obras de ampliação cuja construção é anterior a Abril de 1997; f) Estudo volumétrico e perfis com modelação do terreno, com indicação de eventuais alterações pretendidas (aterros e desaterros), nas seguintes escalas: edifícios unifamiliares escala 1:200; edifícios multifamiliares escala 1:200 ou 1:500; g) Plantas dos pisos e cobertura (escala 1:100 ou 1:50), devidamente cotadas, onde devem constar, a utilização das áreas e destinos de cada compartimento, as cotas de nível dos pavimentos, os lugares de estacionamento numerados, estendais, receptáculos postais, as galerias verticais para instalação das prumadas de águas pluviais e domésticas, esgotos e outras redes de infra-estruturas e construções confinantes numa faixa de 5 metros, com indicação dos vãos; Projecto de Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação 6 de 63

h) Planta de estacionamento, devidamente cotada, com o pré-dimensionamento da estrutura e onde devem estar assinalado os lugares de estacionamento numerados, os sentidos de circulação, passadeiras, bem como quaisquer outros elementos necessários; i) Os cortes necessários para uma correcta interpretação, são no mínimo de dois (transversal e longitudinal) à escala de 1:100 ou 1:50, tendo em conta os seguintes condicionalismos: atravessar zonas de comunicação vertical, nomeadamente, zona de acesso viário aos pisos em cave, caixas dos elevadores e zonas húmidas, representar o perfil do terreno existente e projectado, representar as cotas dos diferentes pisos, em relação ao arruamento que lhe dá acesso e representar os terrenos e edificações confinantes com cotas; j) No caso de pedidos de autorização deve constar o extracto da planta síntese do alvará de loteamento, cópia do regulamento e ficha do lote; k) Elementos complementares que se mostrem necessários à sua correcta compreensão, em função, nomeadamente, da natureza e localização da operação urbanística pretendida. 2- O pedido referente a obras de edificação cujo fim se destine a oficina de automóveis, a memória descritiva deve especificar o ramo de actividade, identificar os resíduos a produzir de acordo com o catálogo europeu dos resíduos e o respectivo destino final. 3- O pedido referente a obras de edificação cujo fim se destine a lavandaria, a memória descritiva deve identificar os resíduos a produzir de acordo com o catálogo europeu dos resíduos e respectivo destino final. 4- Caso a execução das obras implique a ocupação da via pública devem ainda apresentar-se os seguintes elementos: a) Memória descritiva, onde deve constar a indicação dos materiais e estruturas de apoio; b) Planta à escala 1/200, devidamente cotada e com indicação da área a ocupar; 5- No pedido referente a obras de edificação cujo fim se destine a empreendimentos turísticos deve constar o extracto de mapa de ruído ou relatório sobre recolha de dados acústicos. 6- O pedido de autorização deve ser instruído com os projectos de especialidades acompanhados dos pareceres das entidades exteriores ao município legalmente exigíveis. Artigo 8º Projectos de especialidades 1. Sem prejuízo do disposto na portaria aplicável e em vigor, os projectos de especialidades podem ainda ser instruídos, sempre que se justifique, ou os serviços técnicos o exijam, com os seguintes elementos: a) Requerimento próprio a fornecer pelos serviços, devidamente preenchido, sem prejuízo do disposto na legislação aplicável; b) Termo de responsabilidade dos autores dos projectos; Projecto de Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação 7 de 63

c) Projecto de estabilidade onde devem constar o projecto de escavação e de contenção periférica quando necessária, a memória descritiva e justificativa, peças desenhadas com indicação de cortes longitudinais e transversais, tipo de materiais e recobrimentos; d) Projecto de instalação de gás, visado pela entidade licenciadora ou pedido de isenção em conformidade com a lei; e) Projecto das redes de águas e esgotos de acordo com o regulamento municipal de abastecimento de água e drenagem de águas residuais; f) Estudo de isolamento térmico onde devem constar a memória descritiva, ficha de identificação do edifício com indicação das zonas independentes, a justificação da verificação automática das exigências de aquecimento e arrefecimento para as zonas independentes que não satisfaçam as condições de verificação automática, a planta de implantação (1:500 ou superior) com indicação dos eixos de orientação das fachadas, as plantas de definição das envolventes e exterior (1:100), para cada zona independente, pormenores construtivos (1:20); g) Pormenores de execução dos sistemas de exaustão de fumos ou gases de combustão; h) Peças desenhadas referentes ao cumprimento das medidas de segurança contra risco de incêndio onde devem constar os caminhos de evacuação, colunas técnicas, colunas secas, sistema de ventilação dos caminhos de evacuação e o coeficiente de resistência ao fogo referentes a paredes coberturas e pavimentos. 2. Nas legalizações de obras o projecto de estabilidade pode ser substituído por declaração de responsabilidade do técnico credenciado. Artigo 9º Licenciamento ou autorização de obras de alteração 1. Sem prejuízo do disposto na portaria aplicável e em vigor e do disposto no artigo 7º, os pedidos de licenciamento ou autorização referente a obras de alteração devem ser instruídos com os seguintes elementos: a)levantamento do existente; b) Desenhos de sobreposição do existente e da situação final (plantas, incluindo a planta de implantação, cortes e alçados), representados com as seguintes cores: vermelho a parte a construir, amarelo a parte a demolir, preto a parte a conservar, azul elementos a legalizar; c) Desenhos da situação final. 2. As obras que impliquem alterações aos traçados e diâmetros das redes prediais de água e esgotos devem ser objecto de projecto de alterações. Artigo 10º Licenciamento ou autorização de obras de demolição Projecto de Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação 8 de 63

1. Sem prejuízo do disposto na portaria aplicável e em vigor, o pedido de licenciamento ou autorização referente a obras de demolição deve ser instruído com o termo de responsabilidade subscrita pelo técnico responsável pela direcção técnica da obra; 2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, o pedido referente a obras de demolição que implique ocupação da via pública deve ser instruído com planta a 1/200 com indicação da área ocupada devidamente cotada. 3. As obras de demolição de edificações confinantes com outras edificações é obrigatório indicar quais as medidas tomadas para acautelar a segurança das mesmas e das infra-estruturas. Artigo 11º Autorização de utilização Sem prejuízo do disposto na portaria aplicável e em vigor, o pedido de autorização referente à utilização deve ser instruído com os seguintes elementos: a) Certidões emitidas pelas entidades intervenientes no processo comprovativas da aprovação das diferentes infra-estruturas após vistoria da obra, quando exigível nos termos da legais; b) Certificado acústico, quando exigível nos termos legais. Artigo 12º Licenciamento ou autorização de alteração de utilização Sem prejuízo do disposto na portaria aplicável e em vigor, o pedido de licenciamento ou autorização referente a alteração à utilização deve ser instruído com os seguintes elementos: a) Requerimento próprio a fornecer pelos serviços, devidamente preenchido, sem prejuízo do disposto na legislação aplicável; b) Memória descritiva; c) Plantas e cortes dos pisos do edifício ou fracção cujo uso se pretende alterar; d) Cópia da acta do condomínio, onde conste a deliberação a autorizar a alteração ao uso; e) Certificado acústico, quando exigível nos termos legais. Artigo 13º Licenciamento ou autorização de trabalhos de remodelação de terrenos Sem prejuízo do disposto na portaria aplicável e em vigor, o pedido de licenciamento ou autorização referente a trabalhos de remodelação de terrenos, pode ainda ser instruído, sempre que se justifique, ou os serviços técnicos o exijam, com os seguintes elementos: a) Requerimento próprio a fornecer pelos serviços, devidamente preenchido, sem prejuízo do disposto na legislação aplicável; b) Certidão da Conservatória do Registo Predial; Projecto de Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação 9 de 63

c) Colecção de plantas (extractos dos PMOT e planta de localização), a fornecer pelos serviços camarários, com indicação precisa da localização do prédio; d) Fotografias a cores do local; e) Levantamento topográfico, incluindo perfis com a modelação do terreno existente e proposta, bem como a definição da nova solução de drenagem de águas pluviais; f) Elementos complementares que se mostrem necessários à sua correcta compreensão, em função, nomeadamente, da natureza e localização da operação urbanística pretendida. Artigo 14º Número de colecções 1. O pedido de informação prévia ou de licenciamento deve ser apresentado em triplicado formato A4 (210 x 297 mm), acrescido de tantas cópias quantas as entidades exteriores a consultar. 2. O pedido de licenciamento de obras de urbanização e os projectos de especialidades referentes ao pedido de licenciamento de obras de edificação deve ser entregue em duplicado, com excepção dos projectos das redes de abastecimento de água, saneamento, arranjos exteriores que devem ser entregues em triplicado. 3. O pedido de construção de muros, obras de demolição, trabalhos de remodelação de terrenos, alterações de cores e alteração de utilização deve ser entregue em duplicado, acrescidos de tantas cópias quantas as entidades exteriores a consultar. 4. O pedido de autorização referente a operações urbanísticas deve ser entregue em duplicado, com excepção do projecto de arranjos exteriores que deve ser entregue em triplicado. SECÇÃO II PROCEDIMENTOS E SITUAÇÕES ESPECIAIS Artigo 15º Comunicação prévia 1- São consideradas obras de escassa relevância urbanística, aquelas que pela sua natureza, forma, localização, impacte e dimensão não obedeçam ao procedimento de licença ou de autorização, e sejam préviamente comunicadas à Câmara Municipal, e por esta consideradas sujeitas ao procedimento de comunicação prévia. 2- Integram o conceito de escassa relevância urbanística, as seguintes obras: a) Abrigos para animais de criação, de estimação, de caça ou de guarda, cuja a área não exceda os 4 m 2 ; b) Tanques apoiados no solo, com capacidade não superior a 20m 3 ; c) Demolição de construções de um só piso, cuja área não exceda os 20m 2, e não confrontem com outras construções; Projecto de Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação 10 de 63

d) Construção de pequenas rampas de acesso pedonal, canteiros, desde que implantadas em propriedade privada; e) Cabines eléctricas ou de rega, cuja área não exceda 2,25m 2 e de altura 2,20m; f) Pavimentação de logradouros. Artigo 16º Instrução do pedido A comunicação prévia das obras de escassa relevância urbanística deve ser instruída com os seguintes elementos: a) Requerimento próprio a fornecer pelos serviços, devidamente preenchido, sem prejuízo do disposto na legislação aplicável; b) Memória descritiva; c) Colecção de plantas (extractos dos PMOT e plantas de localização) a fornecer pelos serviços camarários, com indicação precisa da localização do prédio; d) Termo de responsabilidade pessoal; e) Fotografias a cores do local. Artigo 17º Destaque A comunicação prévia relativa ao pedido de destaque de parcela deve ser instruída com os seguintes elementos: a) Requerimento próprio a fornecer pelos serviços, devidamente preenchido, sem prejuízo do disposto na legislação aplicável; b) Certidão da Conservatória do Registo Predial; c) Colecção de plantas (extractos dos PMOT e plantas de localização) a fornecer pelos serviços camarários, com indicação precisa da localização do prédio; d) Levantamento Topográfico, devidamente identificada a área do prédio de origem e a área da parcela a destacar, da seguinte forma: limite da área do prédio de origem a vermelho, e respectivas confrontações; limite da área da parcela a destacar a azul; implantação das edificações existentes e previstas, com indicação do uso; e) Quadro de áreas, onde conste a área total do prédio de origem, a área da parcela a destacar e a área da parcela restante. Artigo 18º Propriedade horizontal 1. O pedido de certidão camarária para a constituição em regime de propriedade horizontal de edifício deve ser instruído com os seguintes elementos: Projecto de Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação 11 de 63

a) Requerimento a fornecer pelos serviços, devidamente preenchido, sem prejuízo do disposto na legislação aplicável; b) Memória descritiva, onde deve constar, a descrição sumária do prédio, com indicação da área do lote, área coberta e descoberta, identificação das fracções autónomas, que devem ser designadas por letras; c) A descrição das fracções deve ser feita com indicação da sua composição e número de policia, bem como a permilagem ou percentagem de cada uma delas relativamente ao valor total do edifício, as zonas comuns devem ser devidamente discriminadas; d) Plantas onde constem a composição, identificação e designação de todas as fracções, bem como as partes comuns. 2. Caso o pedido de licenciamento ou autorização contemple os elementos referidos anteriormente, deve apenas apresentar-se o requerimento referido na alínea a) do número anterior. Artigo 19º Certidão anterior a 1951 O pedido de certidão anterior a 1951 deve ser instruído com os seguintes elementos: a) Requerimento próprio a fornecer pelos serviços, devidamente preenchido, sem prejuízo do disposto na legislação aplicável; b) Prova da legitimidade do requerente nos termos da legislação aplicável; c) Plantas de localização, colecção a fornecer pela Câmara com indicação precisa da localização do prédio; d) Fotografias a cores do local. Artigo 20º Outras certidões Os restantes pedidos de certidões devem ser instruídos com os seguintes elementos: a) Requerimento próprio a fornecer pelos serviços, devidamente preenchido, sem prejuízo do disposto na legislação aplicável; b) Plantas de localização, colecção a fornecer pela Câmara Municipal, com indicação precisa da localização da situação do prédio; c) Outros elementos que se mostrarem necessários. Artigo 21º Construções ligeiras ou amovíveis O pedido de informação prévia, licenciamento ou de autorização, relativo a construções ligeiras ou amovíveis deve ser instruído com os seguintes elementos: Projecto de Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação 12 de 63

a) Requerimento próprio a fornecer pelos serviços camarários, devidamente preenchido, sem prejuízo do disposto na legislação aplicável; b) Prova da legitimidade do requerente nos termos da legislação aplicável; c) Memória descritiva, onde deve constar, nomeadamente, o modo de captação da água de réga, drenagem e recolha de águas pluviais, quando for o caso; d) Colecção de plantas (extractos dos PMOT e plantas de localização) a fornecer pelos serviços camarários, com indicação precisa da localização do prédio; e) Planta de implantação, devidamente cotada, incluindo perfis e volumetria; f) Fotografias a cores do local; g) Elementos complementares que se mostrem necessários à sua correcta compreensão, em função da natureza e localização do pedido. Artigo 22º Declaração de não inconveniência de implantação 1. Estão sujeitas a emissão da presente declaração as explorações avícolas. 2. O pedido deve ser instruído com os seguintes elementos: a) Requerimento próprio a fornecer pelos serviços, devidamente preenchido, sem prejuízo do disposto na legislação aplicável; b) Prova da legitimidade do requerente nos termos da legislação aplicável; c) Memória descritiva, esclarecendo devidamente a pretensão; d) Colecção de plantas (extractos dos PMOT e planta de localização), a fornecer pelos serviços, com indicação precisa da localização do prédio; e) Planta de implantação das instalações à escala 1/2000; f) Fotografias a cores do local; g) Elementos complementares que se mostrem necessários à sua correcta compreensão, em função, nomeadamente, da natureza e localização do pedido. 3. Na memória descritiva deve constar o tipo de aves da exploração, o efectivo máximo, o número de trabalhadores, as condicionantes ambientais e normativas resultantes de legislação especifica em vigor para o respectivo ramo de actividade ou exploração. Artigo 23º Agro pecuária-informação prévia 1. Sem prejuízo do disposto na portaria aplicável e em vigor, o pedido de licenciamento ou de autorização referente à implantação de agro-pecuária deve ser instruído com os elementos referidos no artigo 22º, bem como com a licença ambiental, quando exigível. 2. Na memória descritiva deve constar, nomeadamente, a caracterização da construção (implantação, área de construção, n.º de pisos e cércea). Projecto de Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação 13 de 63

3. O pedido deve ser entregue em triplicado, desde que não haja consultas a entidades exteriores à Câmara Municipal. Artigo 24º Agro- pecuárias - licenciamento ou autorização Sem prejuízo do disposto na portaria aplicável e em vigor, o pedido de licenciamento ou de autorização referente à implantação de agro-pecuária deve ser instruído com os seguintes elementos: a) Requerimento próprio a fornecer pelos serviços camarários, devidamente preenchido, sem prejuízo do disposto na legislação aplicável; b) Memória descritiva, onde deve constar, nomeadamente, o efectivo máximo de animais, a solução a adoptar para os efluentes líquidos gerados pelo empreendimento (destino final das águas residuais provenientes das instalações sanitárias e dos pavilhões), a solução a adoptar para os resíduos sólidos gerados pelo empreendimento e o destino previsto para os cadáveres dos animais; c) Colecção de plantas (extractos dos PMOT e plantas de localização) a fornecer pelos serviços camarários, com indicação precisa da localização do prédio; d) Licença ambiental, quando exigível; e) Declaração de impacte ambiental favorável ou condicionalmente favorável, quando exigível; f) Declaração de incidências ambientais, caso se trate de licenciamento de exploração avícola, ou licença ambiental quando exigível; g) Concessão de autorização para o início das obras emitida pelo Ministério da Agricultura, caso se trate do licenciamento de exploração avícola; h) Fotografias a cores do local; i) Viabilidade de implantação emitida pela DRARO, caso se trate de explorações avícolas. j) Elementos complementares que se mostrem necessários à sua correcta compreensão, em função, nomeadamente, da natureza e localização do pedido. Artigo 25º Certidão para indústria 1. O pedido de certidão de localização ou de interesse municipal deve ser apresentado no mínimo em duplicado e deve ser instruído com os seguintes elementos: a) Requerimento próprio a fornecer pelos serviços, devidamente preenchido, sem prejuízo do disposto na legislação aplicável; b) Prova da legitimidade do requerente nos termos da legislação aplicável; c) Memória descritiva, onde deve constar, a natureza e designação das actividades industriais a executar e respectivas classificações, o número de trabalhadores, fontes de energia e respectiva potência, tipo de maquinaria, condicionantes ambientais e normativas Projecto de Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação 14 de 63

resultantes de legislação específica em vigor para a respectiva actividade ou exploração, indicação da capacidade nominal, capacidade de produção (no caso de ampliação deve indicar-se a capacidade actual e a prevista), o destino final dos efluentes industriais e sua forma de tratamento, bem como a origem da água de abastecimento; d) Colecção de plantas (extractos dos PMOT e plantas de localização) a fornecer pelos serviços camarários, com indicação precisa da localização do prédio; e) Estimativa de custos global do empreendimento e respectivas fontes de financiamento; f) Documento demonstrativo do crescimento da empresa, caso se trate de ampliações ou novas instalações para industrias já em laboração; g) Fotografias a cores do local; h) Elementos complementares que se mostrem necessários à sua correcta compreensão, em função, nomeadamente, da natureza e localização do pedido. 2. As alíneas e) e f) só se aplicam aos pedidos de certidão de interesse municipal. Artigo 26º Indústria - informação prévia 1. Sem prejuízo do disposto na portaria aplicável e em vigor, o pedido de informação prévia referente à implantação de indústria deve ser instruído com os seguintes elementos: a) Requerimento próprio a fornecer pelos serviços, devidamente preenchido, sem prejuízo do disposto na legislação aplicável; b) Certidão da Conservatória do Registo Predial; c) Colecção de plantas (extractos dos PMOT e planta de localização), a fornecer pelos serviços camarários, com indicação precisa da localização do prédio; d) Fotografias a cores do local; e) Memória descritiva onde devem constar, nomeadamente, a caracterização da construção (implantação, área de construção, n.º de pisos e cércea), o destino final dos efluentes industriais e sua forma de tratamento, bem como a origem da água de abastecimento; f) Classe e designação de actividade industrial; g) Identificação das principais matérias primas e suas quantidades; h) Diagrama de fabrico com identificação das fases em que são gerados os efluentes líquidos, resíduos sólidos industriais e os efluentes gasosos, soluções a implementar no sentido de minimizar os impactes ambientais decorrentes da laboração da actividade industrial; i) Elementos complementares que se mostrem necessários à sua correcta compreensão, em função, nomeadamente, da natureza e localização do pedido. 2. O pedido deve ser entregue em triplicado, desde que não haja consultas a entidades exteriores à Câmara Municipal. Artigo 27º Projecto de Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação 15 de 63

Indústria - licenciamento ou autorização 1. Sem prejuízo do disposto na portaria aplicável e em vigor, o pedido de licenciamento ou autorização referente à implantação de indústria, pode ainda ser instruído, sempre que se justifique, ou, os serviços técnicos o exijam, com os seguintes elementos: a) Requerimento próprio a fornecer pelos serviços camarários, devidamente preenchido; b) Memória descritiva onde devem constar, nomeadamente, a classificação de actividade industrial, nos termos da legislação aplicável, a identificação das matérias-primas a utilizar e as suas quantidades, diagrama de fabrico com identificação das fases em que são gerados os efluentes líquidos, resíduos industriais e os efluentes gasosos, bem como as características quantitativas e qualitativas dos mesmos, a solução a adoptar para minimizar a poluição gerada pelos efluentes líquidos e resíduos sólidos gerados pelo estabelecimento, identificação do transportador dos resíduos e destino final, o impacte previsível, decorrente do aumento de tráfego na zona de localização do empreendimento, a solução a adoptar para não produção de ruído, vibrações, fumos ou cheiros, susceptíveis de perturbar a qualidade de vida da população; c) Levantamento topográfico ligado à rede geodésica nacional (DATUM 73), onde deve constar a área suficiente que possibilite a leitura correcta da área de intervenção e da envolvente, bem como o norte geográfico, confrontações, área do prédio e área das construções existentes; d) Colecção de plantas (extractos dos PMOT e plantas de localização) a fornecer pelos serviços camarários, com indicação precisa da localização do prédio; e) Fotografias a cores do local; f) Plano de construção de acessos, sempre que não existam as infra-estruturas viárias necessárias para o correcto funcionamento do empreendimento; g) Projecto de arranjos exteriores e arquitectura paisagista, onde deve constar as condições técnicas gerais; h) Identificação da potência total a instalar; i) Declaração de impacte ambiental favorável ou condicionalmente favorável, quando exigível; j) Licença ambiental, quando exigível; l) Elementos complementares que se mostrem necessários à sua correcta compreensão, em função, nomeadamente, da natureza e localização do pedido. 2. O pedido e respectivos elementos devem ser apresentados em triplicado, acrescidos de tantas cópias quantas as entidades exteriores a consultar. Artigo 28º Ocupação da via pública O pedido de ocupação da via pública deve ser instruído com os seguintes elementos: Projecto de Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação 16 de 63

a) Requerimento próprio a fornecer pelos serviços, devidamente preenchido, sem prejuízo do disposto na legislação aplicável; b) Certidão da Conservatória do Registo Predial; c) Colecção de plantas de localização, a fornecer pelos serviços camarários, com indicação precisa da localização de prédio; d) Fotografias a cores do local; e) Memória descritiva, onde deve constar a indicação dos materiais e estruturas de apoio; f) Planta à escala 1/200, devidamente cotada e com indicação da área a ocupar. g) Elementos complementares que se mostrem necessários à sua correcta compreensão, em função, nomeadamente, da natureza e localização do pedido. Artigo 29º Instalação de equipamentos O pedido de instalação de equipamentos no exterior dos edifícios deve ser instruído com os seguintes elementos: a) Requerimento próprio a fornecer pelos serviços, devidamente preenchido, sem prejuízo do disposto na legislação aplicável; b) Certidão da Conservatória do Registo Predial; c) Colecção de plantas a fornecer pelos serviços camarários, com indicação precisa da localização do prédio; d) Fotografias a cores do local; e) Peças escritas e desenhadas que definam as características do equipamento a instalar; f) Peças desenhadas que demonstrem a integração do equipamento no imóvel; g) Cópia da acta do condomínio, onde conste a deliberação a autorizar o pedido; h) Elementos complementares que se mostrem necessários à sua correcta compreensão, em função, nomeadamente, da natureza e localização do pedido. Artigo 30º Novas tecnologias Estão sujeitas a licenciamento ou autorização as infra-estruturas de telecomunicações e de aproveitamento de energia eólica que exijam a instalação de antenas ou outras estruturas. Artigo 31º Dispensa de discussão pública São dispensadas de discussão pública as operações de loteamento que não excedam nenhum dos seguintes limites: a) 4 ha; b) 100 fogos; c) 10% da população do aglomerado urbano em que se insere a pretensão. Projecto de Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação 17 de 63

Artigo 32º Impacte semelhante a um loteamento Considera-se gerador de um impacte semelhante a um loteamento, as seguintes situações: a) Toda e qualquer edificação que disponha de mais de oito fracções ou unidades independentes; b) Todas as construções e edificações geradoras de sobrecarga dos níveis de serviço nas infra-estruturas e, ou, ambiente, nomeadamente, vias de acesso, tráfego, parqueamento, ruído. Artigo 33º Dispensa de projecto de execução São dispensados de apresentação de projecto de execução: a) Edifícios unifamiliares; b) Edifícios multifamiliares com um número de fracções ou unidades independentes não superior a quatro; c) Armazéns, pavilhões e hangares ou outras construções semelhantes de uso indiferenciado. Artigo 34º Projecto de execução Sem prejuízo do disposto na legislação aplicável e em vigor, o projecto de execução deve, designadamente, ser instruído com os seguintes elementos: a) Cortes gerais do edifício que evidenciem a compartimentação, o dimensionamento dos vãos, as alturas e as larguras que interessem à construção, os diferentes níveis entre toscos ( ou limpos ) dos pavimentos e dos tectos, os locais destinados à passagem de canalização e condutas, os elementos da estrutura ( pilares, vigas, lajes, escadas e outros ), e outras informações necessárias à execução do edifício ( natureza e localização dos materiais de revestimento, articulações mais importantes entre diferentes elementos de construção, tipo de remate, etc.); b) Alçados do edifício que expliquem a configuração e o dimensionamento das paredes exteriores e de todos os elementos nelas integrados ( janelas, portas, vergas, palas, varandas, etc.), a natureza e localização dos materiais utilizados nos revestimentos e nos elementos de construção e outras informações que sejam indispensáveis à construção do edifício; c) Cortes de pormenorização que indiquem os aspectos construtivos de maior interesse para a execução da obra; d) Mapa de vãos, com indicação da tipologia de cada vão, das respectivas dimensões e quantidades, do modo de funcionamento, da natureza e das características dos materiais Projecto de Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação 18 de 63

e das ferragens e de outras informações necessárias ao fabrico e montagem de caixilharias, portas, envidraçados e outros elementos; e) Pormenores de execução dos diferentes elementos de construção que permitem a compreensão clara e a definição precisa do dimensionamento e da natureza das interligações dos diferentes materiais ou partes constituintes; Artigo 35º Telas finais dos projectos O requerimento de licença ou autorização de utilização deve ser instruído com : a) Telas finais do projecto de arquitectura; b) Telas finais dos projectos de especialidades, quando existam alterações. CAPÍTULO III CONDIÇÕES DE LICENCIAMENTO OU AUTORIZAÇÃO SECÇÃO I URBANIZAÇÃO Artigo 36º Desenho urbano 1- As urbanizações devem: a) Tornar coesa a intervenção urbanística no tecido urbano envolvente, nomeadamente, ao nível da rede viária; b) Evitar a criação de impasses, quer ao nível da morfologia, quer ao nível da tipologia; c) Tratar de forma cuidada os limites ou espaços intersticiais entre a nova urbanização e as parcelas confinantes, com especial relevo para a vitalização das charneiras entre os conjuntos urbanos preexistentes; d) Criar espaços exteriores públicos de passagem ou circulação por forma a proporcionar ambientes calmos e seguros; e) Requalificar os acessos existentes; f) Promover pólos de animação na malha urbana, nomeadamente, alamedas, praças, pracetas, jardins. 2- A implantação: a) As moradias isoladas ou geminadas devem implantar-se nos lotes ou parcelas de forma a que o menor afastamento aos limites laterais seja de 5 metros. 3- Acessos aos prédios: a) Os acessos viários aos prédios não devem ser feitos directamente pelas EN, EM e CM; b) Os acessos viários aos prédios confinantes devem associar-se dois a dois; Projecto de Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação 19 de 63

c) A Câmara, mediante deliberação, pode aceitar outras soluções, desde que técnicamente justificáveis. 4- As operações urbanísticas devem prever a instalação de mobiliário urbano ou qualquer outro tipo de equipamento, desmontável ou fixo, designadamente, floreiras, papeleiras, bancos, bebedouros, parques infantis, paragens de transportes públicos, cabines telefónicas, bocas de incêndio, a instalar nos espaços exteriores públicos, mediante aprovação do projecto arranjos exteriores pela Câmara. 5- As edificações devem estabelecer uma relação com o terreno que possibilite preservar os valores naturais, urbanísticos e paisagísticos, pelo que apenas serão aceites movimentações de terras em casos devidamente justificados. Artigo 37º Áreas de cedência 1- As áreas de cedência para equipamentos de utilização colectiva devem localizar-se: a) Ao longo das vias estruturantes do loteamento; b) Em áreas estratégicas da malha urbana; c) Em áreas livres de servidões ou restrições que condicionem a sua utilização; d) Junto à estrutura verde. 2- No caso do prédio a urbanizar contemplar elementos de interesse histórico ou cultural, a Câmara mediante deliberação, pode determinar que estes sejam integrados nas áreas verdes de cedência a favor da mesma. 3- As áreas verdes de cedência e de utilização colectiva devem estar integradas no desenho urbano que se deseja implementar, livres de servidões ou restrições que condicionem a sua utilização, não podendo constituir-se como espaços residuais ou canais sobrantes das áreas que constituem os lotes. 4- Quando as áreas a urbanizar sejam atravessadas ou confinem com linhas de água, estas podem ser associadas à estrutura verde urbana. 5- Excepcionalmente, podem ser contabilizadas como áreas verdes de cedência as faixas dos passeios que excedam as dimensões previstas no número 4 do artigo 39º, desde que exista nestas faixas, mobiliário urbano que possibilite uma utilização menos condicionada por parte dos utilizadores deste espaço. 6- A Câmara mediante deliberação, e caso o desenho urbano o justifique, pode deliberar que as áreas verdes sejam abrangidas por servidões ou restrições, e nesses casos serão contabilizadas como áreas de cedência. Artigo 38º Estudo de tráfego 1- Estão sujeitas a estudo de tráfego: Projecto de Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação 20 de 63

a) As urbanizações destinadas exclusivamente a habitação, comércio retalhista e serviços, com mais de 150 lugares de estacionamento; b) As urbanizações destinadas exclusivamente a comércio retalhista e serviços, com mais de 75 lugares de estacionamento; c) Todos os restantes usos, nomeadamente indústrias, armazéns, comércio grossista, hipermercados, empreendimentos turísticos, equipamentos, escolas de condução, agências e filiais de aluguer de veículos sem condutor, stands de automóveis e oficinas. 2- O estudo de tráfego deve conter elementos que permitam avaliar, designadamente: a) A acessibilidade do local em relação ao transporte individual e colectivo; b) O esquema de circulação na área de influência directa do empreendimento; c) Os acessos à edificação; d) A capacidade das vias envolventes; e) A capacidade de estacionamento na parcela do empreendimento e nas vias que constituam a sua envolvente imediata; f) O funcionamento das operações de carga e descarga; g) O impacte gerado pelo empreendimento na rede viária. Artigo 39º Rede viária 1- As vias e arruamentos existentes que sejam confinantes ou estejam abrangidos pela operação de loteamento devem ser alargados para o perfil estabelecido no plano municipal de ordenamento do território. 2- O raio mínimo de curvatura entre arruamentos é de dimensão igual à largura do arruamento de menor dimensão, e é medido ao nível do lancil que delimita o interior da curva. 3- No caso de impasses, quer em arruamentos, quer em estacionamentos exteriores, as dimensões mínimas a respeitar são as indicadas na figura 1 e quadro 1: R1 L L R2 R3=L R3=L L L R3=L L=6,5 m s/ RSU L=6,5 m c/ RSU L=7,5 m L=9,0 m R1 R2 7,5 m 4,0 m 9,0 m 4,5 m 15,0 m 9,0 m (Figura 1 e quadro 1) Projecto de Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação 21 de 63

4- Os passeios devem obedecer às seguintes regras: a) Nas operações de loteamento, a largura mínima dos passeios é de 2,25m para zonas de habitação, armazéns ou indústria; b) Nas operações de loteamento, a largura mínima dos passeios é de 3 m para as zonas de comércio e serviços; c) Nas zonas consolidadas ou com alinhamentos definidos podem ser aceites valores inferiores, desde que a dimensão da frente da rua não permita outra solução; d) No passeio não podem ser implantados elementos, designadamente, postes, mobiliário urbano, sinalética, parquímetros, marcos de incêndio, recipientes para o lixo, postos de transformação, que obstruam ou interrompam um espaço livre de 1,60m de largura e 2,10m de altura, em todo o seu comprimento; e) Os elementos referidos na alínea anterior quando implantados na parte exterior do passeio, devem distar 0,40m do limite exterior do lancil. Artigo 40º Estacionamento 1- As operações de loteamento devem assegurar estacionamento dentro do prédio na proporção de: a) Nas moradias unifamiliares dois lugares por área de construção até 300m 2, e três lugares para valores superiores. b) Nos edifícios de habitação colectiva sem indicação da tipologia: - um lugar até 90m2 de área média de fogo; - dois lugares com área superior a 90m 2 e até 130m 2 de área média de fogo; - três lugares com área média de fogo superior a 130m 2. c) Nos edifícios de habitação colectiva com indicação da tipologia: - um lugar por fogo T0 ou T1; - dois lugares por fogo T2 ou T3; - três lugares por fogo T4 ou superior. d) Nos edifícios e áreas destinados a comércio é obrigatória a constituição de equivalente a 1 (um) lugar por cada 30m 2, se a área de construção for inferior a 1000m 2 ; 1(um) lugar por cada 25m 2, se a área de construção for superior ou igual a 1000m 2 e 1 (um) lugar por cada 15m 2, se a área de construção for superior a 2500m 2, acrescido de 1 (um) lugar de pesados por cada 200m 2 de área de construção. e) Nos edifícios destinados a serviços é obrigatória a constituição de estacionamento equivalente a 3 (três) lugares por cada 100m 2, se a área de construção for inferior ou igual a 500m 2 e 5 (cinco) lugares por cada 100m 2, se área de construção for superior a 500m 2. f) Nos edifícios com uso de indústria ou armazém, um lugar por cada 75m 2 de área de construção, e um lugar para veículos pesados por cada 500m 2 de área de construção; g) Nos edifícios destinados ao uso de turismo um lugar por cada quatro camas, e um lugar para cada 50 camas para veículos pesados de passageiros. Projecto de Regulamento Municipal da Urbanização e da Edificação 22 de 63