NORMA DE DISTRIBUIÇÃO



Documentos relacionados
NORMA DE DISTRIBUIÇÃO

Redes de Distribuição Áreas Urbanas - RDAU

6. EXECUÇÃO DO PROJETO ELÉTRICO EM MÉDIA TENSÃO 6.1 DIMENSIONAMENTO DO TRANSFORMADOR

NT - CRITÉRIOS PARA PROJETOS DE REDES E LINHA AÉREAS DE DISTRIBUIÇÃO IT - APRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO E SUBESTAÇÃO REBAIXADORA

Analisando graficamente o exemplo das lâmpadas coloridas de 100 W no período de três horas temos: Demanda (W) a

Instalações Elétricas Industriais

COMUNICADO TÉCNICO Nº 02

- Para se aumentar a quantidade de líquido (W), para o mesmo copo de chopp, deve-se reduzir a quantidade de espuma (VAr). Desta forma, melhora-se a

Edição Data Alterações em relação à edição anterior. Nome dos grupos

DEOP DIRETORIA DE ENGENHARIA E OPERAÇÕES EPE PLANEJAMENTO E ENGENHARIA MANUAL DE TUBULAÇÕES TELEFÔNICAS PREDIAIS

PREENCHIMENTO DA PLANILHA DO PROJETO EXPRESSO V 2.0

Introdução ENERGIA ELÉTRICA: GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO.

Projeto de Rede Telefônica

Transformadores trifásicos

Tipos de linhas. Sumário Linhas Elétricas Dimensionamento. Aspectos Gerais Características Tipos de Linhas

6. ELABORAÇÃO DE PROJETO DE ORIENTAÇÃO DE DESTINO

REDES SUBTERRÂNEAS DE ENERGIA ELÉTRICA / 2013 EXPO & FORUM

ND CÁLCULO DA CARGA INSTALADA E DA DEMANDA

ENE065 Instalações Elétricas I

Manual de Aprovação de Projeto para Clientes de Média Tensão

GUIA DE APLICAÇÃO DE CAPACITORES BT

NORMA TÉCNICA CELG. Simbologia para Projetos de Redes de Distribuição de Energia Elétrica Urbanas e Rurais NTC-64

PROCEDIMENTOS DE APRESENTAÇÃO DE PROJETO ELÉTRICO À ENERSUL

COELCE DECISÃO TÉCNICA CRITÉRIO PARA INSTALAÇÃO DT RELIGADOR AUTOMÁTICO TRIFÁSICO DE 15 KV USO EM POSTE

PROCEDIMENTOS DE APRESENTAÇÃO DE PROJETO ELÉTRICO À ENERSUL

Realizar novas ligações. Executa ligação BT. HISTÓRICO DE MODIFICAÇÕES Edição Data Alterações em relação à edição anterior

IECETEC. Acionamentos elétricos AULA 1 PROJETO ELÉTRICO

Instalações elétricas resumo

VERIFICAÇÃO FINAL DOCUMENTAÇÃO

Instalações Elétricas Prediais

Aula 08 Instalações Elétricas de Distribuição. Professor Jorge Alexandre A. Fotius

COMUNICADO TÉCNICO Nº 60

LIGAÇÃO NOVA E AUMENTO DE CARGA PARA UNIDADES CONSUMIDORAS COMPREENDIDAS EM ENTRADAS COLETIVAS EXISTENTES (PADRÃO ANTIGO)

Norma Técnica Interna SABESP NTS 024

LEI Nº 848/01 DE, 01 DE OUTUBRO

Fluxo de Potência em sistemas de distribuição

13 - INSTALAÇÕES DE FORÇA MOTRIZ

Critérios Construtivos do Padrão de Entrada

FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. Introdução

Redes de Distribuição Aéreas Urbanas de Energia Elétrica

CÓPIA NÃO CONTROLADA

Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica

Novo Medidor Eletrônico

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

NOTA TÉCNICA Página 1 de 24. Diretoria de Planejamento e Engenharia. Gerência de Planejamento do Sistema. Gerência da Distribuição

Produtos & Serviços. Banco de Capacitores

Sitec Power Soluções em Energia ENERGIA REATIVA E FATOR DE POTÊNCIA

PROTEÇÃO CONTRA SOBRE CORRENTES

CERTIFICAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO

AULA 02 REVISÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS TRANSFORMADORES DE MEDIDAS DISJUNTORES DE POTÊNCIA

PROCEDIMENTOS DE APRESENTAÇÃO DE PROJETO ELÉTRICO À ENERSUL

RESIDENCIAL SANTA MONICA MEMORIAL DESCRITIVO ANEXO I

ID Instrução Técnica. Procedimento Técnico para Projetos e Implantação de Postes na AES Eletropaulo. Diretoria de Engenharia e Serviços

DIRETRIZES DO CADASTRO TÉCNICO DE REDES DE ESGOTOS SANITÁRIOS

Edição Data Alterações em relação à edição anterior. Atualização das informações. Nome dos grupos

PROJETO DE INSTALAÇÕES PREDIAIS

Capítulo V A IEEE 1584 e os métodos para cálculo de energia incidente e distância segura de aproximação

DEPARTAMENTO DE DISTRIBUIÇÃO

= CONSTANTE x CUB PR x M2

20 m. 20 m. 12. Seja L a indutância de uma linha de transmissão e C a capacitância entre esta linha e a terra, conforme modelo abaixo:

SUBESTAÇÃO 150KVA SEC. DE SAÚDE DO ESTADO DO CE. SESA

CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA (FP) Prof. Marcos Fergütz Fev/2014

PROGRAMA IMOBILIG - MANUAL DE ORIENTAÇÃO E PROCEDIMENTOS

CENTRO DE EDUCAÇÃO E ESPORTES GERAÇÃO FUTURA

PLANEJAMENTO E PROJETOS DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA. Projeto de Redes aéreas do sistema de distribuição

SUBESTAÇÃO 300KVA SEC. DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO CE. SEDUC

PLANO DE CURSO PARCERIA SENAI

Manual do Usuário. Complemento da componente curricular Instalações Elétricas do curso Técnico em Eletrônica

Monitor de Rede Elétrica Som Maior Pro. Manual do Usuário Versão 3.9f

SISTEMA DE COMPENSAÇÃO DE ENERGIA REATIVA EM TEMPO REAL LIVRE DE TRANSIENTES - ELSPEC

NT Nota Técnica. Diretoria de Planejamento e Engenharia Gerência de Engenharia. Felisberto M. Takahashi Elio Vicentini. Preparado.

PROJETOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO. 1 Introdução

Equipamentos Elétricos e Eletrônicos de Potência Ltda.

ENE065 Instalações Elétricas I

Eletrotécnica Geral. Lista de Exercícios 2

Perguntas e Respostas sobre a aplicação da Resolução Normativa nº 482/2012

Potência ativa (W): é a que realmente produz trabalho, isto é, faz os motores e os transformadores funcionarem.

NR-10 MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO

Aqui você encontra artigos que irão auxiliar seu trabalho a partir de informações relevantes sobre segurança e dicas de instalações elétricas.

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS

COMUNICADO TÉCNICO CT CRITÉRIOS PARA ATENDIMENTO DE CLIENTES COM CARGA INSTALADA ACIMA DE 75 kw. Página 1 de 11. Diretoria de Engenharia

DIRETORIA DE ENGENHARIA. ADMINISTRAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO Autorização para implantação de oleodutos.

NORMA DE FISCALIZAÇÃO DA CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA ELÉTRICA Nº 002, DE 26 DE AGOSTO DE 2011.

Estabilizada de. PdP. Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Corpo de Bombeiros INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 23/2011

CÁLCULO DO CURTO CIRCUITO PELO MÉTODO KVA

Sumário ORIENTAÇÃO TÉCNICA - DISTRIBUIÇÃO OTD REDE MULTIPLEXADA BT - CONSTRUÇÃO

Os fusíveis NH e Diazed são dotados de características de limitação de corrente. Assim, para

1) MANUAL DO INTEGRADOR Este documento, destinado aos instaladores do sistema, com informações de configuração.

Prof. Manuel A Rendón M

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES?

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Corpo de Bombeiros INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS TERMINOLOGIA (parte integrante do site

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E VIAÇÃO DIVISÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA ANEXO XII - ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

NTD - 04 Norma Técnica de Distribuição

CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 010/2009.

MODELO PARA ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À CONSULTA PÚBLICA Nº 005/2014

ATENDIMENTO AO CLIENTE. Assistência Técnica Transformadores / Secionadores

9. MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES:

Afinal, o que Gerenciamento de Energia tem a ver com Automação Industrial?

Transcrição:

e Manutenção da NORMA DE DISTRIBUIÇÃO T Í T U L O ELÉTRICA PROTEGIDAS E ISOLADAS CÓDIGO Nº APROVAÇÃO DATA DATA DA R4 DCMD 01/09/2014 01/10/2014

e Manutenção da CONTROLE DE REVISÃO Data Responsáveis Descrição R4 01/09/2014 Elaboração: Revisão: Aprovação: Eng. Alberto J. P. da Silveira Filipe Werter de Meneses Ribas Eduardo Henrique A. Rachel Eng. Euclides Nogueira Júnior DCMD - Departamento de Construção e Manutenção da. 1. Item 8.3 Trafos deverão ter certificado INMETRO. 2. Níveis de tensão aceitáveis conforme PRODIST Módulo 8 3. Extinção da classe D na tabela 2. 4. Instalação de Religadores com chaves tipo By-Pass. 5. Os condutores em média tensão deverão ser exclusivamente cobertos.

e Manutenção da SUMÁRIO 1 Finalidade... 1 2 Âmbito de dplicação... 2 3 Conceitos básicos... 3 4 Tipos de projetos... 9 5 Dados gerais para projetos... 11 6 Dados de carga... 16 7 Execução de projeto... 28 8 Dimensionamento elétrico... 36 9 Locação dos postes... 45 10 Dimensionamento mecânico... 52 11 Proteção e manobra... 56 12 Aterramento... 60 13 Apresentação de projetos... 61 14 Referências... 62 15 Anexos... 65

e Manutenção da 1 FINALIDADE Esta Norma tem por finalidade estabelecer os critérios básicos necessários a elaboração de projetos de Redes de Aéreas Urbanas de forma a assegurar boas condições técnico-econômicas das instalações e a qualidade do serviço de energia elétrica. Estabelece também os requisitos técnicos mínimos ao atendimento a pedidos de extensão de rede de energia elétrica para loteamentos urbanos, na área de concessão da ENERSUL, quando de interesse e iniciativa de terceiros de modo que as instalações sejam aprovadas e energizadas pela ENERSUL, fazendo parte integrante imediata do sistema de distribuição da Empresa. ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 1 de 140

e Manutenção da 2 ÂMBITO DE APLICAÇÃO A presente Norma aplica-se a projetos de implantação de redes novas, reformas e extensões de Redes de Aéreas, nas classes de tensões de isolamento primárias de 15kV e 36,2 kv, e nas tensões secundárias de 220 / 127 V, em áreas que apresentam características urbanas (sedes municipais, distritos, vilas e loteamentos) com ou sem Iluminação Pública, bem como projetos de extensão de Redes de Aéreas em loteamentos elaborados pela ENERSUL ou pela própria loteadora. À ENERSUL é reservado o direito de modificar total ou parcialmente o conteúdo desta Norma, a qualquer tempo e sem aviso prévio, considerando a constante evolução da técnica e das legislações em vigor. ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 2 de 140

e Manutenção da 3 CONCEITOS BÁSICOS 3.1 Sistema de Parte de um sistema de potência destinado ao transporte e distribuição de energia elétrica, a partir do barramento secundário de uma subestação (onde termina a transmissão ou subtransmissão), até os pontos de consumo. 3.2 Subestação Parte do sistema de potência que compreendem os dispositivos de manobra, controle, proteção, transformação e demais equipamentos, condutores e acessórios, abrangendo as obras civis e estruturas de montagem. 3.3 Rede de Aérea Urbana Parte integrante do Sistema de Aérea, localizada dentro de perímetro urbano de cada localidade. 3.4 Rede primária nua Rede de distribuição em média tensão que utiliza condutores nus. 3.5 Rede secundária nua Rede de distribuição em baixa tensão que utiliza condutores nus, dispostos verticalmente. 3.6 Rede secundária isolada Rede de distribuição em baixa tensão que utiliza condutores multiplexados isolados. 3.7 Tensão máxima do sistema (U) Máximo valor de tensão de operação que ocorre sob condições normais de operação em qualquer tempo e em qualquer ponto do sistema. ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 3 de 140

e Manutenção da 3.8 Ramal de Ligação Conjunto de condutores e acessórios instalados pela distribuidora entre o ponto de derivação de sua rede e o ponto de entrega. 3.9 Carga Instalada Soma das potências nominais dos equipamentos elétricos instalados na unidade consumidora, em condições de entrar em funcionamento, expressa em quilowatts (kw). 3.10 Unidade Consumidora Conjunto composto por instalações, ramal de entrada, equipamentos elétricos, condutores e acessórios, incluída a subestação, quando do fornecimento em tensão primária, caracterizado pelo recebimento de energia elétrica em apenas um ponto de entrega, com medição individualizada, correspondente a um único consumidor e localizado em uma mesma propriedade ou em propriedades contíguas. 3.11 Ramal de Entrada Conjunto de condutores e acessórios instalados pelo consumidor entre o ponto de entrega e a medição ou a proteção de suas instalações. 3.12 Ponto de Entrega O ponto de entrega é a conexão do sistema elétrico da distribuidora com a unidade consumidora e situa-se no limite da via pública com a propriedade onde esteja localizada a unidade consumidora. 3.13 Loteamento Subdivisão de gleba de terreno em lotes destinados à edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes, cujo projeto tenha sido devidamente aprovado pela respectiva Prefeitura Municipal ou, quando for o caso, pelo Distrito Federal. ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 4 de 140

e Manutenção da 3.14 Empreendimentos habitacionais para fins urbanos Loteamentos, desmembramentos, condomínios e outros tipos estabelecidos na forma da legislação em vigor, localizados em zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal. 3.15 Empreendimentos habitacionais para fins urbanos de interesse social Empreendimentos habitacionais destinados predominantemente às famílias de baixa renda, estabelecidos nas modalidades do item anterior (3.14) e inciso XXVII da REN 414/2010. 3.16 Distribuidora Agente titular de concessão ou permissão federal para prestar o serviço público de distribuição de energia elétrica. 3.17 Fator de Diversidade Relação entre a soma das demandas máximas individuais de um determinado grupo de consumidores e a demanda máxima real total desse mesmo grupo, ocorrida no mesmo intervalo de tempo especificado. É também a relação entre a demanda máxima de um consumidor e sua demanda diversificada. 3.18 Fator de Coincidência ou de Simultaneidade Relação entre a demanda simultânea máxima de um conjunto ou determinado grupo de consumidores, e a soma das demandas máximas individuais, ocorridas no mesmo intervalo de tempo especificado. É calculado ainda, pelo inverso do fator de diversidade. 3.19 Fator de Utilização Relação entre a máxima demanda verificada num intervalo de tempo especificado e a carga instalada. ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 5 de 140

e Manutenção da 3.20 Queda de Tensão Diferença entre as tensões elétricas existentes em dois pontos distintos de um circuito, percorrido por corrente elétrica, observadas no mesmo instante. 3.21 Fator de Potência Razão entre a energia elétrica ativa e a raiz quadrada da soma dos quadrados das energias elétricas ativa e reativa, consumidas num mesmo período especificado. 3.22 Energia elétrica ativa Aquela que pode ser convertida em outra forma de energia, expressa em quilowatts-hora (kwh). 3.23 Consumidores tipo C Consumidores que possuem ou apresentam possibilidade de utilização de alguns aparelhos eletrodomésticos (televisor, rádios, ferro, geladeira, chuveiro). Suas casas são de padrão regular, situando-se sua faixa de consumo mensal entre 76 e 150 kwh, inclusive. 3.24 Consumidores tipo B Consumidores de mediano recurso que possuem ou apresentam possibilidade de utilização de todos os eletrodomésticos e no máximo dois chuveiros. Suas casas são de padrão considerado médio, situando-se sua faixa de consumo mensal entre 151 e 300 kwh, inclusive. 3.25 Consumidores tipo A Consumidores de alto recurso que possuem ou apresentam possibilidade de utilização de todos os eletrodomésticos, aparelhos de ar condicionado, aquecedor, três ou mais chuveiros, etc. Suas casas são de alto padrão, com faixa de consumo mensal superior aos 300 kwh. ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 6 de 140

e Manutenção da 3.26 Consumidores Especiais Consumidores cujas cargas ocasionam flutuações de tensão na rede, necessitando, portanto, de uma análise específica para o dimensionamento elétrico da mesma. 3.27 Fator de Correção Sazonal Fator de correção da demanda máxima medida dos consumidores residenciais e comerciais, com o objetivo de se excluir a possibilidade de que a demanda medida não corresponda à ponta máxima do ano. 3.28 kva Térmico Potência limite de carregamento do transformador, estabelecida em função de suas características do tipo de curva de carga, adotando máximo de 130 %. 3.29 Chaves de Proteção Chaves utilizadas com a finalidade básica de proteção dos circuitos primários de distribuição ou de equipamentos neles instalados, desligando automaticamente os circuitos ou equipamentos que estejam sob condições de defeito ou sob tensão ou correntes anormais. 3.30 Chaves de Manobra Chaves utilizadas com a finalidade básica de seccionamento ou restabelecimento de circuitos, em condições normais, para fins de manobras como transferências de cargas, desligamentos de circuitos, etc. 3.31 Dispositivo Fusível Dispositivo de proteção que, pela fusão de uma parte especialmente projetada e dimensionada, abre o circuito no qual inserido e interrompe a corrente, quando esta excede um valor determinado durante um tempo especificado. ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 7 de 140

e Manutenção da 3.32 Chaves Seccionadoras Tipo Faca Chaves com função principal de permitir conexão ou desconexão de parte da rede nas manobras por ocasião das operações de fluxo de carga, de manutenção, de reforma ou de construção, através de fechamento ou abertura de um componente em forma de barra metálica basculante condutora, e operado mecanicamente com auxílio de vara de manobra. 3.33 Rede primária protegida Rede de distribuição em média tensão que utiliza cabos cobertos fixados em espaçadores. ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 8 de 140

e Manutenção da 4 TIPOS DE PROJETOS 4.1 Projetos de Alimentadores Os alimentadores podem ser: Alimentadores expressos exclusivos para atender prioritariamente cargas significativas em áreas industriais ou mesmo para alimentar cargas especiais, como fornos elétricos, etc. Alimentadores que irão energizar as redes de distribuição urbanas a partir das subestações rebaixadoras. Alimentadores que possibilitarão a energização de localidades onde não exista subestação. Alimentadores propostos para aliviar ou dividir cargas de circuitos sobrecarregados com demanda próxima de sua capacidade térmica ou queda de tensão elevada. 4.2 Projetos de Extensão de Redes São aqueles destinados a atender novos consumidores e que implicam no prolongamento das redes de distribuição existentes; quanto a sua natureza, podem ser: Extensão de rede primária para atender cargas industriais localizadas, com fornecimento em média tensão (15 kv ou 36,2 kv). Extensão de rede primária e secundária para atender ligações em novos loteamentos, pedidos de ligação de terceiros, ou para possibilitar a eletrificação de conjuntos habitacionais de baixa renda, etc. Extensão de apenas rede secundária para atender novas cargas próximas a redes existentes. Extensão de rede para atender projetos de loteamentos rurais com características urbanas. ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 9 de 140

e Manutenção da 4.3 Projetos de Reforma de Redes São aqueles que visam introduzir modificações em uma rede de distribuição existente, alterando a sua configuração física e elétrica, para atender os seguintes casos: Melhoria ou reforma de rede para atender ao crescimento de carga na área (novos alimentadores, divisão de circuitos, etc.) e/ou para permitir maior flexibilidade operativa, seja para adequá-las às modificações físicas do local (alargamento de rua, garagens, redes de esgotos, etc.), eliminando suas deficiências técnicas e procurando manter níveis de qualidade de fornecimento dentro de valores desejáveis ou pré-determinados. Essa melhoria pode ocorrer também para as substituições de estruturas e condutores obsoletos que se encontram em estado precário de conservação, corrigindo mais as deficiências técnicas que estéticas das redes existentes. Melhoramentos de redes com redimensionamento do esforço mecânico das estruturas, para que as mesmas possam suportar, com segurança, os esforços provenientes da ocupação por terceiros, tais como: redes das concessionárias de serviços telefônicos, TV a cabo, etc. 4.4 Projetos de Iluminação Pública São projetos que visam atender as solicitações para instalação de iluminação pública, com ou sem extensão de rede. Em loteamento fechado, conforme lei complementar nº 74, de 6 de Setembro de 2005, Artigo 48, Inciso III, da Prefeitura Municipal de Campo Grande, não serão disponibilizados serviços públicos municipais como iluminação das vias, entre outros. ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 10 de 140

e Manutenção da 5 DADOS GERAIS PARA PROJETOS 5.1 Obtenção de Dados Preliminares Ao se iniciar um projeto de Rede de Urbana RDU devem ser obtidos dados e informações necessárias a sua elaboração, sendo eles: 5.1.1 Características do Projeto Consiste na determinação do tipo de projeto a ser desenvolvido a partir das causas de origem e/ou da finalidade de sua aplicação, da área a ser abrangida pelo projeto e do estado atual da rede. 5.1.2 Planejamento Básico Os projetos devem atender a um planejamento básico, que permita um desenvolvimento progressivo compatível com a área em estudo. Em áreas a ser implantado totalmente o sistema elétrico (redes novas), deve ser efetuado o planejamento básico através da análise das condições locais, observando-se o grau de urbanização das ruas, dimensões dos lotes, tendências regionais e áreas com características semelhantes que possuam dados de carga e taxa de crescimento conhecidas. Nas áreas energizadas, deve ser feita uma análise do sistema elétrico disponível, elaborando-se o projeto de acordo com o planejamento existente. 5.1.3 Planos e Projetos Existentes Na área onde deve ser desenvolvido o projeto, verifica-se a existência ou não de um outro projeto cuja obra ainda não tenha sido executada. Esta verificação objetiva evitar erros, com reflexos na participação de terceiros nesta obra, além de praticamente inutilizar o projeto por ocasião de sua construção devido a sua interferência na proposição de projetos cuja obra não tenha sido executada. Conforme o tipo e a magnitude do projeto, devem ser levados em consideração os planos diretores governamentais para a área. Deve também ser considerada a existência de convênio para uso mútuo de postes com a concessionária de serviços telefônicos. ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 11 de 140

e Manutenção da 5.1.4 Mapas e Plantas Para efeitos de planejamento, projeto e construção, deve-se dispor de plantas ou mapas atualizados, nas escalas adequadas, cujas denominações e características são indicadas a seguir: Cópias no software utilizado para o georreferenciamento das plantas cadastrais, disponíveis na área de Cadastro, responsável pela sua atualização; Cópias heliográficas de plantas do loteamento, obtidas nas Prefeituras Municipais ou firmas loteadoras; Levantamento topográfico da área. 5.1.4.1 Planta Geral A planta geral é a que abrange toda área a ser cadastrada, e sua finalidade é servir de infraestrutura aos serviços de planejamento, controle, operação e manutenção. A planta geral deverá ser apresentada em papel e em arquivo digital formato CAD.(Preferencialmente.dwg). Abrange toda área urbana em estudo, cuja finalidade é dar uma visão de conjunto da rede e mostrar sua articulação e posicionamento dentro do sistema da região. Esta planta deve conter em planimetria, entre outros, os acidentes e detalhes a seguir: Todos os logradouros, ruas, praças, avenidas, com indicação dos nomes principais; Todas as rodovias, ferrovias, viadutos, túneis, pontes e acidentes naturais; Prédios públicos e principais edificações, com indicação de nomes, tais como: palácios, secretarias, prefeituras, igrejas, estádios, mercados, praças de esportes, cemitérios, principais indústrias, hospitais, etc.; Serviços públicos essenciais: estações de tratamento e recalque de água e esgoto, centrais de telefonia, estações de rádio e televisão, etc. ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 12 de 140

e Manutenção da 5.1.4.2 Planta Geral da Rede Primária A planta geral da rede primária é obtida de cópia pelo software utilizado para o georreferenciamento e, embora mantenha o mesmo nome em todas as fases do projeto, ela evolui nas diversas etapas de elaboração. Assim, inicialmente, nela são lançadas, com a simbologia própria, todas as informações básicas do sistema para auxiliar no planejamento primário, tendo-se então uma planta básica. No final, quando o projeto estiver totalmente esquematizado no software com extensão.dwg, nele, devem ser acrescentados todos os elementos dimensionados e especificados pelo projeto, tornando-se então a planta geral da rede primária, devendo dela constar os seguintes elementos: Indicação do tipo e bitola dos condutores; Localização da subestação; Localização de todos os transformadores de distribuição; Localização dos consumidores de média tensão; Localização dos equipamentos de manobra, proteção e regulação tais como: pararraios, chaves fusíveis, chaves a óleo, chaves faca, religadores e reguladores de tensão, com suas respectivas características técnicas; Localização das derivações aéreas e/ou subterrâneas dos consumidores de média tensão e dos alimentadores rurais. 5.1.4.3 Planta do Projeto (Rede Primária e Secundária) A planta do projeto da rede primária e secundária, ou planta cadastral, é obtida a partir de cópia do software utilizado para o georreferenciamento. É caracterizada por evoluir no decorrer da elaboração do projeto, devendo dela constar os seguintes elementos: Circuitos primários e secundários; Indicação das estruturas primárias e secundárias, estaiamentos, aterramentos e seccionamentos; ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 13 de 140

e Manutenção da Localização de toda posteação, com indicação do tipo, altura, carga nominal e numeração pelo sistema de coordenadas, com uso do equipamento GPS; Indicação do tipo, bitolas e números de condutores primários, secundários e da iluminação pública; Tipo e capacidade de todos os transformadores; Religadores, seccionadores e chaves de manobra com suas características técnicas; Potência e tipo de lâmpadas de iluminação pública, bem como relés de comando; Chaves fusíveis, suas capacidades de ruptura e especificação do elo fusível; Reguladores de tensão, pararraios, capacitores, derivações e ramais de serviço com indicação do poste a que estão ligados e tipo de padrão; Redes telefônicas, telegráficas ou outras, indicando o uso mútuo de postes. Essas plantas de distribuição, nas escalas 1:1000 e 1:5000, contém informações básicas para subsidiar as atividades de planejamento, projeto, operação, manutenção, proteção e supervisão das redes de distribuição urbanas. Toda planta de projeto deve ter indicação bem clara da direção Norte Geográfico, seja através de seta, ou por meio de quadrículas de coordenadas UTM. 5.1.4.4 Simbologia A simbologia a ser observada para representação gráfica em projetos deve ser a constante no Anexo 1 desta Norma. 5.1.5 Levantamento de Campo O projetista deve percorrer a área a ser projetada, de posse de um jogo de cópias das plantas de distribuição, obtidas do software utilizado para o georreferenciamento, escala 1:1000, ou de outras plantas citadas no item, que serve de base para a elaboração do projeto. Para o projeto de redes novas, basta anotar, nas referidas plantas, os eventuais dados topográficos ou detalhes arquitetônicos importantes do local. Quando se tratar de rede existente, devem ser anotadas, além do estado de conservação dos materiais, as seguintes informações complementares: ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 14 de 140

e Manutenção da 5.1.5.1 Rede Primária Para a rede primária, o levantamento de campo consiste na verificação da situação da rede, confirmando os dados necessários ao projeto, tipo de estruturas padronizadas, relação dos materiais das estruturas não padronizadas, estaiamentos, etc. 5.1.5.2 Rede Secundária Para a rede secundária, o levantamento de campo confirma os dados necessários ao projeto, tipos de estruturas, bitolas dos postes, saídas dos ramais de serviço, fases de ligação, consumidores que possuam motores ou outros equipamentos especiais; anotar também cargas especiais tais como raios X, máquinas de solda, compressores, prensas, serras recíprocas, etc. 5.1.5.3 Detalhes Importantes Devem ser lançadas nas plantas as marquises, beirais, entradas de postos de gasolina e fábricas, galerias pluviais e outras instalações subterrâneas, quando constatadas, que de um modo geral venham interferir na construção, declives e aclives acentuados e outros acidentes geográficos julgados necessários para o projeto. Devem ser anotadas também as entradas de garagens e a existência de passeios a serem reparados por ocasião da implantação de postes. ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 15 de 140

e Manutenção da 6 DADOS DE CARGA 6.1 Obtenção de Dados de Carga para Projetos de Reforma de Rede Nos projetos de reforma de rede, os consumidores envolvidos já estão ligados à rede sendo seus valores em kva, obtidos do software utilizado para o georreferenciamento ou estimados por classe de consumidor (Tabela 1). É conveniente anotar estes dados na planta de projeto antes de ser feito o levantamento de campo, para que os dados complementares indicados a seguir possam ser confirmados e anotados. 6.1.1 Consumidores ligados em média tensão Por ocasião do levantamento de campo de um projeto de reforma de rede (item 5.1.5), para uma boa confiabilidade do projeto, recomenda-se destacar na planta todos os consumidores ligados em média tensão, como por exemplo: indústrias, grandes edifícios, escolas, centros comerciais, etc. Devem ser anotados os seguintes dados: a) Natureza da atividade; b) Horário de funcionamento, indicando período de carga máxima e sazonalidade, caso haja; c) Carga total, caso não haja medição de demanda, e capacidade instalada. No caso de prédios de uso coletivo, verificar e anotar o número de unidades e tipo de ligação das mesmas (monofásicas, bifásicas ou trifásicas) e levantar a carga das instalações de serviço; d) As possibilidades na área do projeto, de novas ligações em média tensão, ou acréscimo de carga. ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 16 de 140

e Manutenção da 6.1.2 Consumidores Ligados em Baixa Tensão Localizar os consumidores residenciais anotando-se em planta o tipo de ligação (monofásica, bifásica ou trifásica) e a fase onde estão ligados. Localizar em planta todos os consumidores não residenciais indicando a carga total instalada e seu horário de funcionamento (ex: oficinas, panificadoras, etc.). Os consumidores não residenciais de pequena carga (ex: pequenos bares, lojas, etc.) devem ser tratados como residenciais. Em locais onde haja uma coincidência de cargas significativas acima do normal (como chuveiros, em bairros onde os moradores trabalham em indústrias, obedecendo praticamente o mesmo horário de saída e chegada em casa), as cargas dos transformadores destes locais devem ser verificadas através de medições. 6.1.3 Consumidores Especiais Para os consumidores especiais, anotar o horário de funcionamento e a carga total instalada, observando-se os critérios do item 6.3. 6.1.4 Iluminação Pública Indicar na planta o tipo de iluminação existente (lâmpada mista, vapor de mercúrio, vapor de sódio, etc.) anotando-se a potência das lâmpadas instaladas. 6.2 Obtenção de Dados de Carga para Projetos de Extensão de Rede Por ocasião da obtenção dos dados de carga para um projeto de extensão de rede, é preciso consultar o planejamento da área, anotando-se os dados para uma revisão do mesmo, caso as cargas levantadas forem substancialmente diferentes daquelas assumidas no planejamento. 6.2.1 Consumidores a Serem Ligados em média tensão Assinalar em planta, os consumidores a serem ligados na rede de média tensão, anotando-se os seguintes dados: a) Descrição da carga e a capacidade a ser instalada; b) Ramos de atividades; ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 17 de 140

e Manutenção da c) Horários de funcionamento; d) Sazonalidade prevista. 6.2.2 Consumidores a Serem Ligados em Baixa Tensão Assinalar em planta, os consumidores a serem ligados em Baixa Tensão, indicando o tipo de ligação (monofásica, bifásica ou trifásica), em função da sua carga instalada, conforme a Norma: Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão de Secundária 220/127 V - NOR-TDE-102. Para os não residenciais observar o disposto no item 6.1.2 desta Norma. 6.2.3 Consumidores Especiais Para os consumidores especiais cujas cargas ocasionam flutuação de tensão na rede, devem ser observados os critérios do item 6.3. 6.2.4 Iluminação Pública Assinalar em planta, quando for o caso, tipo e potência das lâmpadas a serem utilizadas no projeto que dependem do tipo das vias a serem iluminadas. 6.3 Obtenção de Dados de Carga de Equipamentos que Causam Perturbações Elétricas Para os consumidores cujas cargas ocasionam flutuação de tensão na rede, ou que introduzem tensões harmônicas no sistema elétrico, exigindo a determinação de equipamentos corretivos instalados pelo próprio consumidor, bem como um correto dimensionamento elétrico da rede de distribuição, devem ser levantados os seguintes dados em função do tipo de aparelho: 6.3.1 Aparelhos de Raios X Tipo; Capacidade nominal em kw; Número de fases; Corrente (ma) e tensão máxima de pico (kv) do tubo e tempo de exposição; ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 18 de 140

e Manutenção da Fator de potência; Frequência aproximada de operação; Correntes harmônicas e filtros empregados; Características de operação. 6.3.2 Máquinas de Solda Tipo (transformador ou retificador); Faixas de correntes de soldagem em função dos fatores de trabalho; Capacidade nominal em kva; Número de fases; Corrente de curto-circuito; Tensão em vazio. 6.3.3 Fornos Elétricos a Arco Tipo de ligação; Capacidade nominal em kw; Corrente máxima de curto-circuito e tensão de funcionamento; Reatores para limitação de corrente máxima de curto-circuito em percentagem; Características de operação (ciclo completo de fusão em minutos, número de fornadas por dia, materiais a serem fundidos, etc.). 6.3.4 Fornos Elétricos de Indução com Compensação de Capacitores Capacidade nominal em kw; Detalhes do banco de capacitores de compensação e o reator; Características de operação (ciclo completo de fusão em minutos, número de fornadas por dia, forma de acionamento de compensação reativa, etc.). 6.3.5 Retificadores e Equipamentos de Eletrólise Tipos e finalidade de utilização; Capacidade nominal e máxima de curta duração em kw; ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 19 de 140

e Manutenção da Existência de filtros supressores de correntes harmônicas; Dados sobre as harmônicas produzidas; Características de operação. 6.3.6 Motores Grandes, Síncronos e Assíncronos Tipos; Capacidade em kw; Finalidade; Corrente de partida; Dispositivos para partida; Características de operação. 6.3.7 Motores com Carga Oscilante (Serra Recíproca, Prensas, etc.) e com Partidas Frequentes Capacidade nominal em CV ou kw; Variação percentual da carga em cada ciclo de oscilação em seu período ou frequência; Número de fases; Tipo de partida, corrente máxima de partida e frequência das partidas. Nota: A determinação da carga e o dimensionamento da rede elétrica para as cargas acima devem ser feitas de acordo com as características peculiares de cada equipamento, utilizando-se do Anexo 2 desta Norma. 6.4 Determinação da Demanda para Projetos de Reforma de Rede O procedimento para determinação dos valores de demanda é descrito em função das várias situações possíveis de projeto, sendo analisados os casos em que existam ou não condições de se efetuar medições, conforme mostra o fluxograma do Anexo 3. ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 20 de 140

e Manutenção da 6.4.1 Processo Por Medição 6.4.1.1 Rede Primária a) Tronco de Alimentadores A determinação de demanda máxima de alimentadores é feita basicamente através de relatório de acompanhamento das subestações de distribuição. Na impossibilidade de se obter a demanda máxima através desse relatório, deve ser feita medição na saída do alimentador em estudo, na subestação. b) Ramais de Alimentadores Para determinação da demanda máxima dos ramais de alimentadores, devem ser instalados medidores de corrente no início do ramal. Para os consumidores ligados em média tensão, a verificação de demanda será feita através de medidor de demanda. No caso de prédios de uso coletivo, devem ser instalados medidores de corrente no ramal de entrada do mesmo. Deve ser considerada ainda a previsão de aumento de carga dos consumidores existentes. 6.4.1.2 Rede Secundária A determinação das demandas para o dimensionamento da rede secundária deve ser baseada em medições de uma amostragem (no mínimo 30%) de transformadores da área em estudo, que em função do número de consumidores, determinarão o kva médio, salvo em áreas de características muito heterogêneas: a) Transformadores Devem ser efetuadas, simultaneamente, as seguintes medições na saída do transformador, indicando os resultados no Anexo 4 desta Norma : Medição gráfica de tensão (uma fase x neutro); Medição gráfica de corrente de uma fase; Medição do valor de máxima corrente nas demais fases. ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 21 de 140

e Manutenção da Deve-se efetuar também medições de tensão nos fins de linha dos circuitos secundários. O valor máximo de demanda de cada transformador deve ser calculado, multiplicando-se a soma dos valores máximos de corrente de cada fase, pelo valor de tensão fase-neutro na hora de demanda máxima. Em áreas sujeitas a grandes variações de demanda, devido à sazonalidade (como por exemplo, áreas de veraneio), as medições de transformadores devem ser efetuadas no período suposto de máxima demanda. Na impossibilidade de se efetuar medições nesse período, deve ser adotado um fator de majoração, que dependerá de informações do comportamento da demanda, disponíveis na área de projeto. b) Consumidores Para os consumidores, adotar a rotina a seguir: Determinar a demanda individual dos consumidores especiais totalizando-os para cada transformador; Subtrair da demanda máxima do transformador, a demanda (coincidente com a ponta do transformador) dos consumidores não residenciais (especiais); Dividir o resultado da subtração acima pelo número de consumidores residenciais, obtendo-se assim, a demanda individual diversificada (kva/consumidor) dos consumidores residenciais. Quando o transformador de distribuição alimentar áreas de características heterogêneas (ex. favelas e prédios de apartamentos), devem ser efetuadas medições distintas que caracterizem as respectivas cargas. Para a determinação da demanda total do circuito a ser projetado, deve ser observada a tendência de ocupação dos lotes vagos. As cargas devidas à ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 22 de 140

e Manutenção da iluminação pública, ligadas no circuito já estão computadas automaticamente. Para áreas predominantemente comerciais, as demandas devem ser determinadas preferencialmente, a partir de medições de ramais de serviços. Para consumidores especiais, a demanda a ser considerada deve ser a demanda diversificada média por consumidores acrescida da demanda individual de carga especial. 6.4.2 Processo Estimativo 6.4.2.1 Rede Primária a) Tronco de Alimentadores No caso de reforma de rede, o processo estimativo não se aplica ao tronco de alimentadores. A determinação da demanda é sempre feita através de relatórios de acompanhamento ou de medição. b) Ramais de Alimentadores Para a estimativa da demanda de ramais de alimentador, determinase primeiramente o fator de demanda do alimentador, através de sua demanda máxima obtida na subestação, em relação à potência instalada ao longo do alimentador; a partir daí, calcula-se a demanda máxima dos ramais. c) Consumidores de Média Tensão A demanda dos consumidores ligados em Média Tensão deve ser estimada aplicando-se à carga instalada (através de levantamento), um fator de demanda típico dependendo da natureza da atividade, conforme Tabela 1 desta Norma. ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 23 de 140

e Manutenção da 6.4.2.2 Rede Secundária a) Consumidores Residenciais Para estimativa de demanda dos consumidores residenciais, devem ser adotados valores individuais de demanda diversificada em kva, correlacionando o número e classe de consumidores no circuito. Nota: Os valores de demanda diversificada kva/consumidor, são mostrados na Tabela 2 desta Norma. b) Consumidores não Residenciais Primeiro Método A estimativa dos valores de demanda para consumidores não residenciais, em função da potência total instalada, ramo de atividade e simultaneidade de utilização dessas cargas, é calculada através da fórmula: P FD D FP Onde: D = Demanda Máxima em kva; P = Potência instalada em kw; FD = Fator de Demanda Típico; FP = Fator de Potência. Segundo Método A estimativa da demanda deve ser feita através do consumo extraído dos dados de faturamento, segundo a fórmula: D 720 C FC FP ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 24 de 140

e Manutenção da Onde: D = Demanda Máxima em kva; C = Maior consumo mensal nos últimos doze meses em kwh; FC = Fator de carga (obtido através da Tabela 1); FP = Fator de potência. Terceiro Método A demanda deve ser estimada através da corrente nominal da proteção do consumidor, para o consumidor trifásico. D 3 V I 10 3 FD Este processo determina a demanda máxima em kva; seu horário de ocorrência, bem como o valor coincidente com a demanda máxima do transformador, devem ser obtidos do levantamento de carga, onde: D = Demanda Máxima em kva; V = Tensão Fase-Fase em Volts; I = Corrente Nominal da Proteção do consumidor em Ampère; FD = Fator de Demanda Típico. 6.4.3 Iluminação Pública A estimativa da demanda para as instalações de iluminação pública deve ser feita em função do número de postes previstos e das classificações das vias a serem iluminadas. 6.5 Determinação da Demanda para Projetos de Extensão de Rede Deve ser adotado o processo descrito a seguir: ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 25 de 140

e Manutenção da 6.5.1 Processo Estimativo 6.5.1.1 Rede Primária a) Tronco e Ramais de Alimentadores A estimativa da demanda deve ser feita em função da demanda dos transformadores de distribuição, observando-se a homogeneidade das áreas atendidas e levando-se em consideração a influência das demandas individuais dos consumidores de média tensão. b) Consumidores de média tensão Para os consumidores de média tensão, a demanda deve ser estimada em função da potência a ser instalada, aplicando-se fatores de demanda típicos (Tabela 1). Pode ser considerada também a demanda contratada entre o consumidor e a ENERSUL. 6.5.1.2 Rede Secundária a) Consumidores Residenciais A estimativa da demanda deve ser feita em função do número e da classe de consumidores, aplicando-se os valores de demanda diversificada da Tabela 2 desta Norma. b) Consumidores Não Residenciais A demanda deve ser estimada aplicando-se a seguinte fórmula: D = a + b + c + FR (d + e + f) Onde: D = Demanda estimada diversificada em kw; a = Demanda em kw das potências para iluminação e tomadas, calculada conforme Tabela 3; b = Demanda em kw de todos os aparelhos de aquecimento (chuveiros, aquecedores, fogões), conforme Tabela 4; c = Demanda em kw dos condicionadores de ar, conforme Tabela 5; ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 26 de 140

e Manutenção da d = Demanda em KW dos motores elétricos e máquinas de solda tipo motor gerador, conforme Tabela 6; e = Demanda em kw das máquinas de solda tipo transformador e aparelhos de raio X, conforme indicado a seguir: 100% da potência em kw do maior equipamento, mais; 70% do segundo maior equipamento em kw, mais; 50% do terceiro maior equipamento em kw, mais; 30 % dos demais equipamentos. f = Demanda em kw dos motores das bombas d'água e elevadores, obedecendo aos seguintes fatores de demanda: Bomba d'água: uma bomba 100%, o restante 60%; Elevadores em edifícios de apartamentos: um elevador 100%, o restante 60%; FR= Fator de Redução em função do número de consumidores para um mesmo circuito, conforme Tabela 7. Notas: 1. A conversão de cv para kw deve ser feita de por meio da equação a seguir: 1 cv = 736 W 2. A potência aparente em kva, deve ser obtida segundo o critério abaixo: Para cargas resistivas considerar fator de potência 1,0; Para cargas indutivas considerar fator de potência 0,92. ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 27 de 140

e Manutenção da 7 EXECUÇÃO DE PROJETO Para iniciar um projeto, deve ser providenciada, preliminarmente, a confecção das plantas básicas da localidade através do software utilizado para o georreferenciamento. De modo geral, o projeto de uma rede de distribuição pode ser executado em 4 (quatro) etapas, assim descritas: 7.1 Primeira Etapa - Levantamentos Nesta etapa o projetista vai à localidade para efetuar o levantamento de carga ou a sua revisão, avaliar o melhor lado das ruas para a posteação, verificar a aplicação dos diferentes tipos de postes, os possíveis obstáculos para a construção da rede, as ruas mais convenientes para a passagem de rede primária, a tendência de desenvolvimento da cidade, os locais prováveis para a instalação de indústrias, e todas as informações que possam influir no traçado e construção da rede. Deve-se notar que o levantamento de carga não é apenas o registro das cargas instaladas dos consumidores, mas sim, o conjunto de dados e observações necessárias a uma boa estimativa das demandas diversificadas desses consumidores. Em muitos casos, não deve haver nem mesmo um registro de cargas, mas simplesmente o estabelecimento das demandas. É imprescindível notar ainda que, ao analisar a estimativa das demandas e o consequente dimensionamento da rede, deve-se estudar as perspectivas da localidade, verificando principalmente se a mesma encontra-se estagnada por falta de energia elétrica, quais as possibilidades de desenvolvimento, se existe tendência à industrialização, o padrão de vida dos habitantes, etc. Cumpre notar finalmente que, a adoção de um valor de demanda varia de região para região e até mesmo dentro da própria localidade, exigindo para sua definição, muita experiência, informações precisas, amplas e acima de tudo, bom senso do projetista. Os critérios e processos para o levantamento de carga encontram-se nos itens 6.4 e 6.5 desta Norma. ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 28 de 140

e Manutenção da 7.2 Segunda Etapa Anteprojeto da Rede De posse de todos os elementos e informações de campo coletadas na primeira etapa, deve-se executar o anteprojeto da rede, cujo roteiro pode ser resumido na definição dos seguintes itens: 7.2.1 Estimativa das Demandas As estimativas das demandas residenciais típicas devem ser completadas no escritório de forma a levar em conta as cargas de aquecimento. Os casos especiais devem ser estudados particularmente. As demandas da classe residencial a serem consideradas, salvo aquelas já definidas em campo, devem ser estabelecidas mediante análise entre as medidas e as estimadas no escritório em função da carga ligada, levando em conta as observações feitas por ocasião do levantamento de carga. Os critérios e processos para a determinação da demanda estão indicados nos itens 6.4 e 6.5 desta Norma. 7.2.2 Planejamento do Primário 7.2.2.1 Número de Alimentadores De posse das demandas definidas levando-se em conta as informações da localidade, deve-se lançá-las em uma cópia heliográfica do mapa chave e efetuar-se o planejamento da rede primária. Esse planejamento deve ser feito considerando todas as informações registradas por ocasião do levantamento de carga, tendo em vista o número de alimentadores a ser construído, as facilidades de manobra e operação, o atendimento racional a indústrias, hospitais, grandes consumidores, etc., a fim de que as interrupções sejam mínimas e afetem o menor número possível de consumidores. De modo geral, a escolha do número e bitola dos alimentadores primários, devem observar as condições de operação, das demandas atual e futura traduzidas pelo carregamento do horizonte de projeto que não deve ultrapassar a 30 MVA x km, com 5% de queda de tensão. Como orientação geral, a escolha do número de alimentadores pode inicialmente ser feita conforme critério a seguir: ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 29 de 140

e Manutenção da Demanda da Área (kva) Número de alimentadores Até 2.500 01 De 2.500 a 5.000 02 De 5.000 a 7.500 03 De 7.500 a 10.000 04 De 10.000 a 12.500 05 Acima de 12.500 análise caso a caso Esse critério pode ser modificado devido à natureza e posição das cargas, densidade habitacional, área a ser coberta pela rede de distribuição, alimentação de outras localidades derivando desta, etc. Sendo necessários mais de um alimentador, deve-se prever sua interligação para manobras e situações de emergência, através de chaves seccionadoras com operação em carga, que permitam a transferência de carga de um para outro alimentador. A bitola desses alimentadores, até o ponto de interligação, deve ser calculada para a demanda conjunta com queda de tensão ainda aceitável. Além das chaves referidas acima, deve ser estudada a instalação de outras com o fim de reduzir a duração e a área de interrupções, no caso de defeito, extensões ou modificações. 7.2.2.2 Trajeto dos Alimentadores O traçado do tronco principal de um alimentador deve basicamente: Passar por ruas que ofereçam boas condições de acesso, facilidade de derivações e com a urbanização bem definida; Passar o mais próximo possível do centro de carga dos consumidores primários, evitando-se, porém, as ruas de tráfego intenso; Manter sempre o mesmo lado da rua, evitando inversão de direção (cruzamento de alimentadores na saída da subestação) e de posição relativa (ora por cima, ora por baixo) e a mesma sequencia de fases; ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 30 de 140

e Manutenção da Ter os ramais derivados de tronco principal, o menos extenso e carregados possíveis. 7.2.3 Planejamento Secundário Uma vez definido o sistema primário, usando a mesma cópia heliográfica do mapa chave que serviu para planejar o primário, inicia-se o estudo do planejamento da rede secundária, que consiste em dividir e estabelecer os arranjos para circuitos, localizar os transformadores e escolher os condutores de modo que atendam um período mínimo de 05 (cinco) anos, sem reforma. Cada transformador deve ficar situado mais próximo possível do centro de carga do circuito e, de preferência, próximo aos consumidores de cargas maiores ou especiais. Os circuitos devem ser projetados de modo a evitar que as cargas localizadas mais próximas de um transformador sejam atendidas pelo adjacente. Deve-se evitar colocar o transformador em postes de ângulos e de esquinas. Ressalte-se que, a divisão em dois itens de planejamento (primário e secundário) é apenas para ordenar o raciocínio. O estudo feito em cima do mapa chave é aconselhável pela visão de conjunto que oferece e que deve estar presente na fase de planejamento. O desenho do projeto é apenas o detalhamento da planta geral que foi definida no planejamento. 7.2.3.1 Configuração Básica A configuração da rede secundária dependerá do traçado das ruas e dimensionamento do circuito. A rede secundária pode ser radial ou em anel fechado. O comprimento da rede secundária deve ser limitado pela queda de tensão, podendo-se admitir 200m, como a distância máxima entre o transformador e um ponto qualquer do circuito e 35 postes como número médio, por circuito. A bitola dos condutores do tronco dos transformadores (barramento) deve ser reforçada, ainda que a queda de tensão não o exija, até o ponto de derivação das ruas transversais, se houver, ou então até um ponto conveniente que permita o aumento de carga desse circuito, com a troca de transformador, mas sem troca de ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 31 de 140

e Manutenção da condutores secundários. Quando o tronco dos transformadores correr ao longo do primário, a bitola de seus condutores deve ser também reforçada, permitindo uma futura divisão do circuito em 02 (dois) ou mais, com a instalação de novos transformadores. 7.2.3.2 Carregamento dos Transformadores Definidos os circuitos, estimam-se as demandas dos transformadores através das somas das demandas diversificadas lançadas no software que gerencia o georreferenciamento. Os transformadores devem ser projetados, em princípio, para 80% (oitenta por cento) de sua capacidade nominal. Deve-se evitar, sempre que possível, a utilização inicial de transformadores acima de 75 kva, os quais devem ser utilizados para substituir os existentes por aumento de carga. 7.2.3.3 Iluminação Pública A iluminação pública deve ser prevista para efeito de dimensionamento da rede, mesmo que não seja inicialmente implantada. 7.2.4 Queda de Tensão Uma vez definidas as configurações dos circuitos primários e secundários e as posições dos ramais das derivações dos consumidores primários e dos transformadores de distribuição, falta a confirmação da posição dos transformadores da rede no circuito, que deve ser dada após o cálculo de queda de tensão, pois pode haver necessidade de mudança de sua posição para atender ao limite de queda de tensão. Entretanto, deve ser útil realizar em primeiro lugar, o cálculo de queda de tensão para os circuitos secundários. Confirmada a posição dos transformadores e as bitolas dos condutores secundários, calcula-se a queda de tensão do circuito primário. 7.2.4.1 Queda de Tensão da Rede Secundária Estabelecida a posição dos transformadores e suas áreas de ação, deve-se calcular a queda de tensão de cada circuito, visando o dimensionamento elétrico dos condutores. O cálculo de queda de tensão deve ser feito em planilha própria (conforme modelo do Anexo 5) utilizando-se dos coeficientes unitários de queda de ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 32 de 140

e Manutenção da tensão (Tabela 29). A queda de tensão máxima nos pontos mais desfavoráveis deve ser de 3,5%. A escolha do condutor deve ser feita pela Tabela 28. Caso o condutor escolhido inicialmente para as condições (inclusive previsão de aumento de carga) do projeto, não for suficiente, deve-se aumentar uma bitola e recalcular o circuito ou, se não for viável, proceder à nova divisão do circuito, de forma a adequá-lo às condições programadas. 7.2.4.2 Queda de Tensão da Rede Primária Definido o esquema do circuito primário e secundário no mapa - chave, deve ser traçado o diagrama primário em planilha própria para o cálculo de queda de tensão (conforme exemplo do Anexo 6). Nesse diagrama devem constar todas as cargas definidas, concentradas nos transformadores de redes e particulares, e nos ramais (urbanos e rurais). Procede-se à divisão dos circuitos em trechos bem definidos, identificando-se os pontos de divisão com letras. Mede-se, a partir da fonte, os comprimentos de cada trecho e anotam-se as medidas no resumo, para efeito de cálculos. Completam-se os parâmetros dos condutores e a queda de tensão unitária (Tabela 20) efetuando-se os cálculos, verificando-se a queda de tensão acumulada nos pontos mais desfavoráveis, que não devem ultrapassar 5% na condição de máxima carga. As previsões do planejamento primário podem somente agora, ser ou não confirmadas e, se necessário revisadas e adaptadas à realidade do projeto. 7.2.5 Seccionamento Deve ser previsto seccionamento em pontos convenientes dos alimentadores, a fim de facilitar as manobras e reduzir o trecho a ser interrompido em caso de manutenção ou defeito. As chaves usadas para seccionamento são, chaves facas com ou sem abertura em carga, chaves a óleo e seccionadoras. ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 33 de 140

e Manutenção da A escolha da chave e a localização de um ou outro tipo devem ser analisadas pelo projetista, tendo como linha geral os critérios previstos no item 11.3 desta Norma. 7.2.6 Aterramento O aterramento da rede deve seguir orientação do item 12 desta Norma. 7.2.7 Proteção A proteção da rede deve ser orientada pelos critérios expostos no item 11 desta Norma, considerando os seguintes elementos: A demanda e o tipo de carga; A responsabilidade no fornecimento; A coordenação da proteção; A operação: a necessidade de maior ou menor facilidade de manobra, existência ou não de operador para atendimento imediato, de meios de comunicação, disponibilidade de transporte, estradas, etc. A especificação do equipamento deve levar em conta a demanda futura. Além das chaves de manobra previstas, deve-se estudar a instalação de chaves de proteção, para evitar que defeitos na rede em uma parte considerada secundária da localidade venham afetá-la nas partes importantes, prejudicando o fornecimento a hospitais, indústrias, etc. Essas chaves devem coordenar com a proteção inicial do alimentador. 7.2.8 Posteação A posteação da rede deve seguir a orientação do item 9 desta Norma. 7.3 Terceira Etapa - Locações Executado o anteprojeto da rede, conforme a fase anterior, o projetista volta à localidade para efetuar a locação dos postes nas posições definitivas, conferindo a localização dos transformadores, ramais primários, o traçado da rede primária e secundária, os detalhes de soluções particulares surgidas por ocasião da elaboração do anteprojeto, travessias, etc. ENERSUL Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Página 34 de 140