PROTOCOLO ENTRE O CONSELHO SUPERIOR DOS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS E FISCAIS E O CENTRO DE ARBITRAGEM ADMINISTRATIVA

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Transcrição:

PROTOCOLO

PROTOCOLO ENTRE O CONSELHO SUPERIOR DOS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS E FISCAIS E O CENTRO DE ARBITRAGEM ADMINISTRATIVA Considerando que: Ao Estado compete assegurar o acesso aos tribunais, garantindo assim aos cidadãos a tutela plena e efectiva dos direitos ou interesses legalmente protegidos; Subjaz hoje o desafio da decisão atempada. Pese embora o esforço que tem sido desenvolvido no sentido de dotar os tribunais administrativos e fiscais com os meios técnicos necessários e os recursos humanos adequados à prossecução de uma pronta administração da justiça, o certo é que a realidade continua a demandar a adopção de outras medidas que respondam àquele desafio, em prol de uma justiça administrativa e fiscal mais célere, justa e equitativa; O modelo tradicional de administração da justiça administrativa e fiscal pode, com vantagem para o Estado e os cidadãos, ser alargado para além da rede de tribunais do Estado, contribuindo se assim para a superação da morosidade processual gerada pelo recurso constante e tantas vezes desnecessário aos tribunais; Daí que tenham sido já aprovadas reformas na administração da Justiça, incentivando e reforçando a aplicação dos meios de resolução alternativa de litígios, de importância crescente na sociedade contemporânea e de ampla legitimidade, que resulta da vontade das partes em prevenir ou pôr fim aos litígios nos espaços que não sejam constitucional ou legalmente vinculados; A composição dos litígios que não se apresente viável em sede administrativa deve ser feita não só dentro dos tribunais mas ainda, complementarmente, fora deles, com 1

garantias de credibilidade, qualidade, celeridade e eficácia, libertando os para o conhecimento daquelas questões que os devem em primeira linha ocupar; É na fase graciosa ou pré contenciosa que os primeiros mecanismos alternativos de composição de litígios, tais como a mediação e a conciliação, devem começar a actuar, valorizando se, deste modo, os próprios meios de impugnação administrativa; Aliás, esse foi o caminho traçado pelo legislador no Código de Processo nos Tribunais Administrativos, aprovado pela Lei n.º 15/2002, de 22 de Fevereiro, ao dedicar o Título IX ao tribunal arbitral e centros de arbitragem, ficando consagrada no artigo 187. desse diploma a possibilidade de criação de centros de arbitragem permanentes destinados à composição de litígios relativos a matérias potenciadoras de um elevado número de processos judiciais e a implicarem, na sua larga maioria, elevada qualificação técnica, tais como: contratos, responsabilidade civil da Administração, relações jurídicas de emprego público, sistemas públicos de protecção social e urbanismo; Quer isto dizer que o legislador deu, em 2002, um sinal claro no sentido da necessidade da institucionalização de centros de arbitragem, que deverão ser criados e apresentados como uma via alternativa aos tribunais, integrando membros dotados de garantias de independência e de imparcialidade; A expansão do território de actuação da arbitragem, bem como outros meios alternativos de composição de litígios, de natureza não jurisdicional, como é o caso da conciliação e da mediação, é hoje não só legalmente admissível como também sistemicamente necessária, sobretudo em domínios de grande complexidade técnica. Considerando ainda que: A recente criação do Centro de Arbitragem Administrativa CAAD, autorizada pelo Despacho n.º 5097/2009, do Secretário de Estado da Justiça (in Diário da República, n.º 30, 2.ª série, de 12 de Fevereiro), veio dar execução ao disposto no artigo 187. do CPTA; 2

A criação do CAAD resultou, assim, do reconhecimento das vantagens deste tipo de medidas para desenvolver uma nova realidade na jurisdição administrativa e fiscal, com vista a restabelecer nos cidadãos, em geral, e nos agentes económicos, em particular, elevados índices de confiança na justiça; Desde Janeiro, o CAAD promove a resolução, fora dos tribunais, e por acordo das partes, de litígios emergentes das relações jurídicas administrativas, de emprego público e de contratos celebrados por entidades públicas; O Centro de Arbitragem Administrativa tem a composição e funcionamento constante dos seus Estatutos e do Regulamento; Os princípios estruturantes do funcionamento e organização do CAAD estão delineados em função da sua competência material e da natureza dos intervenientes processuais; A adequação da estrutura do CAAD à natureza pública dos litígios que lhe são submetidos beneficia de uma relação de complementaridade entre o CAAD e os tribunais administrativos e fiscais; Para o acompanhamento ou monitorização administrativa do funcionamento do Centro, foi criado o Conselho de Representantes, órgão previsto nos Estatutos da Associação e integrado pelo Ministério da Justiça através do Gabinete para a Resolução Alternativa de Litígios; Para garantir o cumprimento escrupuloso pelos vários agentes envolvidos na resolução de litígios árbitros, mediadores e conciliadores de normas e princípios deontológicos, de molde a garantir se a independência e a imparcialidade do Centro, foi criado o Conselho Deontológico, órgão independente com competência para aprovar um código deontológico aplicável aos árbitros, mediadores e conciliadores, elaborar estudos, informações ou pareceres que lhe sejam solicitados pela Direcção ou por outro órgão da Associação, bem como pronunciar se sobre a lista de árbitros, mediadores e conciliadores do Centro. 3

Considerando, por fim, que: Através do Decreto Lei n.º 182/2007, de 9 de Maio, foi aprovado um programa de acção para a modernização da justiça tributária, representando um conjunto muito significativo de soluções com o objectivo de melhorar a capacidade de resposta do sistema judicial, prevendo, entre outras medidas, a criação de juízos liquidatários exclusivamente afectos à tramitação de processos judiciais tributários; Através da Lei n.º 29/2009, de 29 de Junho, foi desencadeado um movimento de desjudicialização, consubstanciado no compromisso de alargar e promover os meios de resolução alternativa de litígios, em respeito absoluto pelo núcleo essencial e irredutível da função soberana de julgar, confiada aos tribunais; O que tudo foi agora acolhido no Programa do XVIII Governo Constitucional, ao consagrar como prioridade a aposta nos meios de resolução alternativa de litígios, proporcionando meios mais rápidos, acessíveis e baratos para o cidadão e empresas resolverem conflitos, anunciando se ainda que será viabilizada a criação de mecanismos de resolução alternativa de litígios em matéria fiscal. O CONSELHO SUPERIOR DOS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS E FISCAIS E O CENTRO DE ARBITRAGEM ADMINISTRATIVA, através do presente protocolo, estabelecem cooperação com vista a promover o efectivo uso de meios de resolução alternativa de litígios na área da jurisdição administrativa e fiscal, nos termos seguintes: 1 O Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais e o Centro de Arbitragem Administrativa: a) Diligenciarão pela criação, sob a directa responsabilidade do CAAD, de uma rede estruturada de comissões de conciliação, mediação e consulta: 4

i. Que podem ter competência só em matéria administrativa ou em matéria administrativa e tributária, de acordo com o seu regulamento interno; e ii. Cuja área de competência territorial das comissões é definida no seu regulamento interno, devendo ser sempre igual à da competência de um tribunal administrativo e tributário de 1.ª ou de 2.ª instância. b) Estudarão em conjunto e proporão ao Ministério da Justiça as alterações regulamentares ou legislativas necessárias para que fique consagrada a intervenção das referidas comissões também na fase judicial e na área tributária, clarificando os diferentes efeitos do acordo, nomeadamente: i. Renúncia à via graciosa ou contenciosa se o acordo for obtido na fase pré judicial, ou ii. Extinção da instância se o acordo for obtido na fase judicial. 2 O Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais e o Centro de Arbitragem Administrativa acordam que o Regulamento do CAAD será revisto por forma a acolher as alterações dos respectivos Estatutos, no sentido de: a) Determinar que seja o Conselho Deontológico a nomear árbitros, mediadores e conciliadores para os fins legalmente previstos; b) Estabelecer que seja o Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais a designar, de entre juízes jubilados dos tribunais superiores da jurisdição administrativa e fiscal, o Presidente do Conselho Deontológico do CAAD. 3 O Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais assume ainda a responsabilidade de: a) Assim que a alteração aos estatutos do CAAD prevista no número anterior esteja efectuada, designar o Presidente do Conselho Deontológico do CAAD e apoiar o respectivo funcionamento, afectando ao seu serviço dois membros, 5

adjuntos ou secretários, do Gabinete do Presidente do Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais; b) Divulgar junto dos magistrados a actividade do Centro de Arbitragem Administrativa; c) Informar os tribunais administrativos e fiscais da possibilidade e das vantagens em recorrer à jurisdição do Centro de Arbitragem Administrativa, para a resolução dos processos pendentes. 4 O Centro de Arbitragem Administrativa compromete se a: a) Aprovar as alterações regulamentares necessárias com vista à aplicação do presente protocolo; b) Garantir um regime de encargos processuais tendencialmente inferior ao dos Tribunais do Estado; c) Divulgar a actividade do Centro de Arbitragem. Este Protocolo, feito em dois exemplares de igual teor e valor, é assinado no Ministério da Justiça aos 14 de Dezembro de 2009. O Presidente do Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais, O Director do Centro de Arbitragem Administrativa, (Manuel Fernando dos Santos Serra) (Nuno de Villa Lobos) 6