A SITUAÇÃO DA ENERGIA EÓLICA NO BRASIL As usinas movidas a vento devem se tornar a segunda fonte mais importante do país em 2019 marcusdealmeidalima@gmail.com
Histórico O Brasil é um país cuja produção de eletricidade baseou-se, historicamente, na dependência de duas principais matrizes: a hidrelétrica, predominante e prioritária, e a termoelétrica, cuja maioria das usinas opera somente em tempos de baixa da primeira matriz citada. Por esse motivo, a expansão da energia eólica no Brasil surge a partir da necessidade de diversificação das fontes energéticas do país para que este fique menos suscetível a crises no setor e também gere menos impactos ao meio ambiente.
O Crescimento A energia eólica ultrapassou a marca de 14,34 GW (gigawatts) de capacidade instalada no Brasil, patamar equivalente a uma usina de Itaipu a segunda maior hidrelétrica do mundo. Ao todo, são 568 parques eólicos, em 12 estados do país. A energia gerada nos últimos 12 meses é suficiente para abastecer 25 milhões de residências por mês, ou cerca de 75 milhões de brasileiros, segundo dados da Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica). A fonte tem vivido um crescimento exponencial no país desde 2009, estimulada por leilões promovidos pelo governo federal para contratar novos empreendimentos e, contando com os últimos leilões, a projeção é que até 2024 a energia eólica atinja ao menos 18,8 GW de capacidade instalada.
Alternativa Tecnológica A geração eólica foi a escolhida em virtude dos menores impactos ambientais em relação às usinas termelétricas (UTEs) e aos aproveitamentos hidrelétricos (AHEs). A alternativa eólica concentra seus impactos no sítio de instalação, no caso específico uma área com elevado nível de antropização, não sendo necessária a relocação de pessoas ou de infraestruturas. Não existe perda de habitat por grandes supressões de vegetação ou represamento de água, também não existem emissões atmosféricas de nenhum tipo na operação da CGE
Fonte: Associação Brasileira de Energia Eólica - http://abeeolica.org.br/quem-somos/
Avaliação dos Impactos Ambientais Danos a vegetação: aerogeradores são relativos a supressão vegetal, sendo mais agravado na fase de instalação, onde a movimentação de maquinas e pessoal é maior. Por se tratar de torres, as bases dos aerogeradores não oferecem uma agressão a flora local, não impedindo ou formando barreiras para o fluxo gênico. Danos socioambientais: são principalmente os sonoros, visuais e eletromagnéticos Danos à fauna: Impactos sobre a fauna alada, também associados aos anteriormente citados. Os primeiros estudos envolvendo os animais afetados pelos aerogeradores descreveram as aves e insetos voadores como os grupos mais atingidos (ROGERS et al., 1976, 1978). Na fase de instalação do empreendimento, as principais fontes de ruído estão ligadas a movimentação de máquinas e veículos, enquanto que na fase de operação estão associadas a movimentação das turbinas aerogeradoras. A área de influência desse ruído estará atrelada à potência acústica instalada e ao nível de pressão sonora estabelecido no zoneamento da área a ser avaliada.
Marcos Legais do Licenciamento Ambiental CONSTITUIÇÃO FEDERAL - ARTIGO 225 - LEI COMPLEMENTAR 140 CONAMA: - Resolução CONAMA nº 01, de 23 de janeiro de 1986, dispõe sobre o licenciamento ambiental sobre o estudo prévio de impacto ambiental - Resolução CONAMA 237/97 estabelece procedimentos para o licenciamento ambiental - Resolução nº 279, de 27 de junho de 2001, estabelece o procedimento simplificado para o licenciamento ambiental dos empreendimentos com impacto ambiental de pequeno porte - - Resolução nº 462, de 24 de julho de 2014 - procedimentos para o licenciamento ambiental de empreendimentos de geração de energia elétrica a partir de fonte eólica em superfície terrestre
Marcos Legais do Licenciamento Ambiental CONSTITUIÇÃO FEDERAL - ARTIGO 225 - LEI COMPLEMENTAR 140 CONAMA: - Resolução CONAMA nº 01, de 23 de janeiro de 1986, dispõe sobre o licenciamento ambiental sobre o estudo prévio de impacto ambiental - Resolução CONAMA 237/97 estabelece procedimentos para o licenciamento ambiental - Resolução nº 279, de 27 de junho de 2001, estabelece o procedimento simplificado para o licenciamento ambiental dos empreendimentos com impacto ambiental de pequeno porte - - Resolução nº 462, de 24 de julho de 2014 - procedimentos para o licenciamento ambiental de empreendimentos de geração de energia elétrica a partir de fonte eólica em superfície terrestre
Parque Eólico de Gargaú
Parque Eólico de Gargaú - entrou em funcionamento, em 26 de outubro de 2010, - a energia gerada, até 30 de junho deste ano, foi de 528.276 MWh. Esta energia vai para o Sistema Interligado Nacional, onde é transmitida para o subsistema Sudeste. - capacidade instalada pelo Parque Eólico de Gargaú é de 28,05 MW, através de 17 aerogeradores, o suficiente para abastecer uma cidade de 80 mil habitantes. - O parque ocupa uma área de 500 hectares, porém, apenas 1,7 de toda a área é usada. São ao todo 17 torres que possuem 80 metros de comprimento, podendo alcançar 110 metros totais com uma das hélices na vertical. - Foram dois anos de construção do parque com o auxílio de 300 pessoas.
NORMAS ESTADUAIS APLICÁVEIS AO LICENCIAMENTO - BAHIA RESOLUÇÃO 4.180 de 2011 aprova NT 01/2011 6.1.3. Por se tratar de empreendimentos de geração de energia elétrica a partir de fonte de energia renovável e considerada de potencial baixo impacto, não se aplica, em princípio, a exigência de realização de EIA/RIMA. 6.1.3.1. Os empreendimentos que, entretanto, forem passíveis de causar significative degradação do meio ambiente, estarão sujeitos à realização de EIA/RIMA. 6.1.4. A instalação de torres de medição de ventos, assim como a realização de sondagens geotécnicas referentes à instalação dos parques eólicos, são dispensadas de licenciamento ambiental, devendo ser objeto de prévia comunicação ao órgão ambiental, acompanhada de memorial descritivo sucinto com localização georreferenciada em planta com levantamento planialtimétrico, indicando, quando couber, a que empreendimento se refere.
NORMAS ESTADUAIS APLICÁVEIS AO LICENCIAMENTO - CEARÁ RESOLUÇÃO COEMA nº 5 de 12 de Julho de 2018 Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre os critérios e os procedimentos relacionados ao licenciamento ambiental de empreendimentos de geração de energia elétrica a partir de fonte eólica em superfície terrestre, no Estado do Ceará, complementando a Resolução nº 462, de 24 de julho de 2014 do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA. Art. 3º Os procedimentos de licenciamento ambiental dos empreendimentos de geração de energia elétrica por fonte eólica, considerando o porte e o potencial poluidor estabelecidos nesta Resolução, serão os seguintes: I Para os portes micro, pequeno, médio e grande, a licença ambiental será emitida em duas etapas: Licença Prévia (LP) e Licença de Instalação e Operação (LIO); II Para o porte excepcional, a licença ambiental será emitida em três etapas: Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO). Art. 4º Os prazos para análise e emissão das licenças de que trata o inciso I do art. 3º, serão: I de, no máximo, 45 (quarenta e cinco) dias contados a partir da data de protocolização do requerimento da Licença Prévia (LP); II- de, no máximo, 45 (quarenta e cinco) dias a partir da data de protocolização do requerimento da referida Licença de Instalação e Operação (LIO).
NORMAS ESTADUAIS APLICÁVEIS AO LICENCIAMENTO - CEARÁ RESOLUÇÃO COEMA nº 5 de 12 de Julho de 2018 Art. 5º Não será considerado de baixo impacto, exigindo a apresentação de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), e de audiências públicas, nos termos da legislação vigente, além das situações previstas no art. 3º, 3º da Resolução CONAMA nº 462/2014, os empreendimentos eólicos classificados como de porte excepcional, conforme estabelecido no art. 2º desta Resolução. Parágrafo 1 Os procedimentos para o licenciamento prévio (LP) dos empreendimentos que trata este artigo, obedecerão Instrução Normativa específica emitida pelo órgão licenciador. Esses procedimentos somente poderão ser realizados após a publicação da Instrução Normativa que trata este parágrafo. Parágrafo 2 Deverá ser realizada Reunião Técnica Informativa, às expensas do empreendedor, sempre que houver conflitos socioambientais e/ou comunidade significativa afetada, além das condições previstas já estabelecidas nas resoluções CONAMA ou legislação pertinentes.
Questões a serem debatidas A importância das normas estaduais regulamentando o licenciamento ambiental, estimulando o setor com regras claras, visando celeridade, e dando ênfase ao Pós-Licença O mito sobre EIA-Rimas e necessidade de implementação dos zoneamentos e Avaliações Ambientais Estratégicas O mito sobre o risco de guerra fiscal pela autonomia dos estados em regulamentar licenciamento A Crise de Desconfiança e o futuro do licenciamento ambiental no Brasil
Muito Obrigado! marcusdealmeidalima@gmail.com