Justiça Militar estadual e Justiça de Transição Justiça Militar no Império Conselho Supremo Militar e de Justiça Decreto de 1º de abril de 1808. Necessidade de preservar a unidade e obediência das tropas que garantiam a dominação sobre a colônia. Órgão do Poder Executivo na Constituição de 1891. Órgão do Poder Judiciário na Constituição de 1934. Superior Tribunal Militar Georges Clemenceau: como há uma sociedade civil fundada sobre a liberdade, há uma sociedade militar fundada sobre a obediência, e o juiz da liberdade não pode ser o mesmo da obediência. Criação da Justiça Militar Estadual Constituição de 1934 Art. 84 Os militares e as pessoas que lhes são assemelhadas terão foro especial nos delitos militares. Este foro poderá ser estendido aos civis, nos casos expressos em lei, para a repressão de crimes contra a segurança externa do país, ou contra as instituições militares. Art. 167 As polícias militares são consideradas reservas do Exército, e gozarão das mesmas vantagens a este atribuídas, quando mobilizadas ou a serviço da União. A Lei Federal nº 192, de 17 de janeiro de 1936, autorizou a organização da Justiça Militar nos Estados. 1937. Em Minas Gerais, a Justiça Militar foi criada pela Lei nº 226, de 9 de novembro de um juiz auditor e Conselhos de Justiça, especiais ou permanentes e recurso para a Câmara Criminal da Corte de Apelação, hoje, Tribunal de Justiça.
Constituição Federal de 1946: art. 124, inciso XII. Competência da Justiça Militar Estadual A Lei Federal nº 4.162, de 4/12/1962 alterou a redação do artigo 88, letra l do Código de Justiça Militar então vigente (Decreto Lei nº 925, de 2/12/1938), ampliando a competência da Justiça Militar para julgar os crimes cometidos em serviços de natureza policial. 1963: Súmula 297 STF Oficiais e praças das milícias dos Estados no exercício de função policial civil não são considerados militares para efeitos penais, sendo competente a Justiça Comum para julgar os crimes cometidos por ou contra eles. Durante o regime militar, os Decretos nº 667, de 2/6/1969 (alterado pelo D. 1072/69) e nº 66.862, de 8/7/1970 definiram como funções policiais militares as atividades exercidas por policiais militares a serviço da corporação, inclusive o policiamento ostensivo, colocando em questão a validade da súmula 297 do Supremo Tribunal Federal, que considerava o policiamento uma atividade de natureza civil. Constituição da República 1967 Missão das polícias militares Art. 13 4º As polícias militares, instituídas para a manutenção da ordem e segurança interna nos Estados, nos Territórios e no Distrito Federal, e os corpos de bombeiros militares são considerados forças auxiliares, reserva do Exército. Competência da Justiça Militar Art. 122 À Justiça Militar compete processar e julgar, nos crimes militares definidos em lei, os militares e as pessoas que lhes são assemelhados. (Redação dada pelo Ato Institucional nº 6, de 1969) 1º Esse foro especial poderá estender se aos civis, nos casos expressos em lei para repressão de crimes contra a segurança nacional, ou às instituições militares. (Redação dada pelo Ato Institucional nº 6, de 1969) Emenda Constitucional nº 07 1977 o pacote de abril Artigo 144, parágrafo 1º, d): A lei poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça:
d) justiça militar estadual, constituída em primeira instância pelos Conselhos de Justiça, e, em segunda, pelo próprio Tribunal de Justiça, com competência para processar e julgar, nos crimes militares definidos em lei, os integrantes das polícias militares. Constituição da República 1988 Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. TÍTULO V Da Defesa do Estado e Das Instituições Democráticas CAPÍTULO III DA SEGURANÇA PÚBLICA Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I polícia federal; II polícia rodoviária federal; III polícia ferroviária federal; IV polícias civis; V polícias militares e corpos de bombeiros militares. Justiça Militar Estadual competência art. 125. 4º. Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. Justiça de Transição ONU/OEA 1ª. Investigar, processar e punir os violadores de direitos humanos, em atenção ao direito à justiça;
2ª. Revelar a verdade para as vitimas, seus familiares e toda a sociedade, em reconhecimento ao direito à verdade; 3ª. Oferecer reparação adequada para os danos produzidos, como corolário do direito à indenização; e 4ª. Reorganizar as instituições públicas, civis e militares, de segurança pública e judiciais em razão do direito à instituições democráticas. Direito à justiça O Supremo Tribunal Federal, nos autos do processo de Extradição nº 974, concedeu a Extradição de Manoel Cordeiro Piacentini para a República Argentina 04 de dezembro de 2009 operação condor. Comissão Interamericana de Direitos Humanos apresentou uma demanda, em 26 de março de 2009, perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos contra o Brasil ADPF nº 153/08 proposta pelo Conselho Federal da OAB. A Justiça do Estado de São Paulo, em 07 de outubro de 2008, reconhece que o Cel. Carlos Alberto Brilhante Ustra é responsável civil por atos de tortura no DOI CODI/SP. A 7ª Vara da Justiça Federal de São Paulo, em 27 de outubro de 1978, reconheceu que Wladmir Herzog foi torturado e morto por agentes do Estado Brasileiro. O Inquérito Policial Militar nº 1.153/75 que tramitou na 1ª Auditoria Militar de São Paulo acolheu a versão oficial de que houve suicídio. Corte Interamericana de Direitos Humanos 29 de setembro de 2006: caso Almonacid Arellan e outros. Ditadura do Chile: Pinochet 29 de junho de 2006: caso La Cantuta. Ditadura do Perú: Fujimori 14 de março de 2001: caso do massacre de Barrios Altos. Ditadura do Perú: Fujimori http://www.corteidh.or.cr/casos.cfm Corte Suprema da Nação Argentina 14 de junho de 2005: caso Julio Héctor Simon. Ditadura Argentina: Gal. Videla. http://www.csjn.gov.ar/cfal/fallos/cfal3/ver_fallos.jsp Direito à verdade - O Programa Nacional de Direitos Humanos, Decreto nº 7.037, de 21 de dezembro de 2009, propõe a instituição de uma Comissão da Verdade. - A Comissão Interamericana de Direitos Humanos apresentou uma demanda em 26 de março de 2009 perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos contra o Brasil, no Caso nº 11.552 Guerrilha do Araguaia.
- 1ª Vara Federal do DF decisão condenatória contra a União transitou em julgado em 08 de fevereiro de 2008: Guerrilha do Araguaia.. Direito à indenização - Lei Federal n 10.559/2002 indenização aos anistiados. - Lei Federal nº 9.140/1995 indenização aos desaparecidos políticos. - Lei Estadual n 13.187/1999 MG indenização aos torturados. Direito à reorganização das instituições - Polícias estaduais: PECs 430/09 e 432/09 Câmara Federal. - Órgãos da Justiça. Extinção das justiças militares estaduais competência restrita aos crimes propriamente militares