Sistema de monitorização e gestão de energia Kisense Projeto ANA - Aeroportos de Portugal (Grupo Vinci Airports)

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Transcrição:

Sistema de monitorização e gestão de energia Kisense Projeto ANA - Aeroportos de Portugal (Grupo Vinci Airports)

O Projeto ANA O projeto derivou da procura pela ANA de uma solução para um sistema de medição dos consumos de energia, que permitisse conhecer em detalhe os seus consumos, disponibilizar ferramentas aos seus técnicos e fazer a gestão de energia. Neste sentido, a ANA Aeroportos reconheceu a necessidade de normalizar e regular a utilização da energia e dos consumos energéticos em seis aeroportos de Portugal Continental e ilhas, uma vez que conhecia os consumos energéticos das suas infraestruturas apenas de forma desagregada.

Abrangeu a monitorização de consumos nos Aeroportos do Continente: Humberto Delgado (Lisboa), Sá Carneiro (Porto), Faro. Ilhas dos Açores: João Paulo II (Ponta Delgada), Santa Maria, Horta, Flores. Ilhas da Madeira: Cristiano Ronaldo (Madeira) Porto Santo.

A fase inicial do projeto valorizou-se em 580.000,00 e foi iniciado em 2011, com medição de 2.308 pontos de consumo de energia elétrica (1.035 em Lisboa, 436 no Porto, 452 em Faro, 195 no João Paulo II, 69 em Sta. Maria e 121 na Horta), 347 pontos de consumo de água (188 em Lisboa, 65 no Porto, 51 em Faro, 28 no João Paulo II, 14 Sta. Maria e 1 na Horta), 19 pontos de consumo de gás (14 em Lisboa, 4 em Faro e 1 no João Paulo II), 110 pontos de leitura de combustíveis líquidos (46 em Lisboa, 10 no Porto, 22 em Faro, 18 no João Paulo II, 8 em Sta. Maria e 6 na Horta). A monitorização no aeroporto tem crescido, e atualmente integra os aeroportos da Madeira, contando com mais de 4.000 pontos de consumo de energia medidos.

Para gerir os consumos energéticos dos Aeroportos de forma eficiente, a proposta de intervenção da VPS (antiga ISA-Energy) assentou na sua experiência em soluções Machine to Machine, tendo implementado um sistema de monitorização e controlo dos consumos. A solução passa por equipamentos de medição remota e um software de gestão de energia (kisense). A utilização da ferramenta contribuiu para o aumento da eficiência total, com ganhos >=10%.

A utilização da ferramenta Kisense permitiu ainda: 1. Otimizar os custos energéticos; 2. Comparar consumos vs custos e eficiência por pontos de contagem entre e intra-edifícios; 3. Encontrar ineficiências e ganhos potenciais; 4. Ajudar a identificar e quantificar objetivos de redução de consumo/custo; 5. Permitir monitorizar o cumprimento dos objetivos; 6. Propor medidas de alterações comportamentais; 7. Propor ajustes nos parâmetros de funcionamento dos sistemas existentes

Para além do fornecimento e instalação de equipamentos de medição e contagem, o projeto teve uma forte componente de integração com sistemas já existentes. A integração entre os sistemas existentes e o Kisense foi realizada na sua maioria com recurso à tecnologia OPC, sendo esta tecnologia constituída por um conjunto de standards abertos que possibilitou a integração com vários sistemas heterogéneos.

Nos Aeroportos foram integrados os seguintes sistemas no Kisense: Obtenção de dados das seguintes plataformas: Sistemas de Gestão Técnica Centralizada (GTC), tais como o System Platform Wonderware, TAC Vista, Factory Talk View SE, ; Sistemas de Comando e Controlo de Sinalização Luminosa (CCSLe), tais como o SIMATIC, Sistema Powerlogic; Sistema de Gestão de Combustíveis (Sistema Petrotec); Envio de dados para as seguintes plataformas: Sistemas de faturação da ANA, tais como SAP, BILL_AS

Objetivos e desafios: Reduzir os consumos energéticos e os custos operacionais do aeroporto Promover a contenção dos custos operacionais Conhecer a realidade dos consumos detalhados do aeroporto quais os principais consumidores Obter melhorias dos níveis de produtividade Publicar os resultados em canais internos e externos da empresa Deter o estatuto de entidade ativa na redução da sua pegada de carbono

Benefícios alcançados: Redução dos consumos e custos energéticos Melhoria da qualidade de serviço Investimento em produtos inovadores Aumento da eficiência na gestão dos recursos energéticos Redução de ineficiências, desperdícios e consumos excessivos Redução da pegada de CO2

Indicadores de consumo energético (2012 a 2016): Na ANA é consumida energia direta (gasolina, gasóleo, gás natural, gás butano e gás propano) e energia indireta (eletricidade).

Período 2012 a 20141 Em 2014, a eletricidade continuou a ser a fonte de energia mais representativa. Verifica-se que os contributos para o aumento do consumo na ANA decorrem do incremento dos consumos no Aeroporto de Lisboa (+6,7%), Aeroporto de Ponta Delgada (+6,3%), Aeroporto de Santa Maria (5,4%), Aeroporto das Flores (20,4%) e Aeroporto de Porto Santo (+9,8%), em virtude sobretudo do aumento do tráfego registado. Contudo, a correta avaliação da evolução do comportamento dos aeroportos em matéria de energia (incluindo consumos de eletricidade, combustíveis líquidos e gás natural/propano) necessita ser ponderada por Traffic Unit (TEP/TU), caracterizando-se por energia específica, que se apresenta na figura seguinte. Á exceção dos aeroportos de Ponta Delgada, Flores e Beja, verificou-se uma redução dos consumos específicos de energia em todos os aeroportos da ANA. Após um período de monitorização e análise de consumos, em 2014 foram várias as medidas de eficiência energética implementadas no Grupo ANA, umas de carácter corporativo, outras adaptadas à realidade de cada aeroporto/atividade.

Período 2014 a 20162 Em 2016 consumido um total de 24 458 TEP, o que significou uma redução de 20% no consumo global de energia, entre 2015 e 2016, decorrente das ações de redução dos consumos e incremento de eficiência energética desenvolvidos no âmbito do Grupo de Gestão e Eficiência Energética, ainda que tenha havido um aumento significativo do tráfego processado nos aeroportos ANA. Esta redução, em termos absolutos, foi particularmente expressiva no aeroporto de Lisboa, Ponta Delgada, Horta, Flores e Faro. A correta avaliação da evolução do comportamento dos aeroportos em matéria de energia necessita ser ponderada por Traffic Unit (TEP/TU), caracterizando-se por energia específica, que se apresenta na figura seguinte. Neste caso verificou-se uma redução dos consumos específicos de energia em todos os aeroportos da ANA3, resultado da conjugação dos esforços de redução dos consumos globais de energia e incremento significativo do volume de tráfego processado. Esta redução foi mais elevada nos aeroportos de Beja (-46,8%), João Paulo II (-34,7%), Faro (-33,2%) e Lisboa (-31,5%).

Os valores apresentados para a redução de consumo derivam da recolha de dados através da plataforma Kisense (sistema de smartmeetering instalado em todos os aeroportos e nos edifícios da Sede), sua interpretação e posterior implementação de ações/medidas de eficiência. 1 Informação institucional do Relatório de Desempenho Ambiental de 2013 e 2014 da ANA - Aeroportos de Portugal em 2018-04-05 do sítio da internet: https://www.ana.pt/en/system/files/documents/relatorio_desempenho_ambiental_2014_pt_0.pdf 2 Informação institucional do Relatório de Desempenho Ambiental de 2016 da ANA - Aeroportos de Portugal em 2018-04-05 do sítio da internet: https://www.ana.pt/pt/system/files/documents/relatorio_gestao_ambiental_ana_2017.pdf

Quem é a ANA Aeroportos de Portugal?3 A ANA é a empresa responsável pela gestão de 10 aeroportos em Portugal Continental (Lisboa, Porto, Faro e Terminal Civil de Beja), na Região Autónoma dos Açores (Ponta Delgada, Horta, Santa Maria e Flores) e na Região Autónoma da Madeira (Madeira e Porto Santo). 3 Informação institucional da ANA - Aeroportos de Portugal em 2018-04-05 do sítio da internet: https://www.ana.pt/pt/institucional/a-ana/sobre-a-ana A partir de Setembro de 2013 passou a integrar a VINCI Airports (http://www.vinci-airports.com). A VINCI Airports administra uma ampla rede de aeroportos a nível internacional, assegurando o desenvolvimento e a exploração de 35 aeroportos - 12 em França, 10 em Portugal, 3 no Camboja, 1 no Chile, 2 no Japão, 6 na República Dominicana e 1 no Brasil.

Resultados obtidos: A eficiência energética assume particular relevância na atividade aeroportuária, quer em termos de repercussões económicas, quer associadas aos impactes ambientais resultantes de emissões atmosféricas e dos gases com efeito de estufa, representando um aspeto fundamental de atuação no sentido da sustentabilidade. Na ANA é consumida energia direta (gasolina, gasóleo, gás natural, gás butano e gás propano) e energia indireta (eletricidade) tendo em 2016 consumido um total de 24 458 TEP, o que significou uma redução de 20% no consumo global de energia, entre 2015 e 2016, decorrente das ações de redução dos consumos e incremento de eficiência energética desenvolvidos no âmbito do Grupo de Gestão e Eficiência Energética, ainda que tenha havido um aumento significativo do tráfego processado nos aeroportos ANA. Esta redução, em termos absolutos, foi particularmente expressiva no aeroporto de Lisboa, Ponta Delgada, Horta, Flores e Faro.

MOD 064605 03 A correta avaliação da evolução do comportamento dos aeroportos em matéria de energia necessita ser ponderada por Traffic Unit (TEP/TU)2, caracterizando-se por energia específica, que se apresenta na figura seguinte. Neste caso verificou-se uma redução dos consumos específicos de energia em todos os aeroportos da ANA3, resultado da conjugação dos esforços de redução dos consumos globais de energia e incremento significativo do volume de tráfego processado. Esta redução foi mais elevada nos aeroportos de Beja (-46,8%), João Paulo II (- 34,7%), Faro (-33,2%) e Lisboa (-31,5%).

Em 2016 a ANA deu início à realização de auditoria energética à empresa em conformidade com as disposições explanadas no Decreto-Lei n.º 68-A/2015, de 30 de abril, bem como a consequente definição de proposta de planos de ações de eficiência energética. Encontra-se igualmente contemplada a realização de um levantamento dos edifícios que se encontram abrangidos pela certificação energética nos termos do Decreto-Lei n.º 118/2013, e respetivas alterações, e consequente elaboração de plano de certificação, por forma a assegurar o integral cumprimento desta legislação na empresa.

Desde Já Agradecemos, Flávio Verissimo 55 (21) 97466-3285 flavio@energyefficient.com.br www.energyefficient.com.br