GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA CONTADORIA GERAL DO ESTADO SUPERINTENDÊNCIA DE NORMAS TÉCNICAS



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Transcrição:

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA CONTADORIA GERAL DO ESTADO SUPERINTENDÊNCIA DE NORMAS TÉCNICAS Rio de Janeiro, 08 de abril de 2015.

GOVERNADOR DO ESTADO LUIZ FERNANDO DE SOUZA SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA SECRETÁRIO JÚLIO CÉSAR CARMO BUENO CONTADOR-GERAL DO ESTADO FRANCISCO PEREIRA IGLESIAS SUPERINTENDENTE DE NORMAS TÉCNICAS EM EXERCÍCIO JORGE PINTO DE CARVALHO JUNIOR EQUIPE DA SUPERINTENDÊNCIA DE NORMAS TÉCNICAS HUGO FREIRE LOPES MOREIRA THIAGO JUSTINO DE SOUSA MARCELO JANDUSSI WALTHER DE ALMEIDA SUELLEN MOREIRA GONZALEZ ANTONIO DE SOUSA JUNIOR BRUNO CAMPOS PEREIRA DANIELLE RANGEL PINHEIRO CARVALHO CARLOS CESAR DOS SANTOS SOARES MARCIO ALEXANDRE BARBOSA IAN DIAS VELOSO DE ALMEIDA KELLY CRISTINA DE MATOS PAULA SERGIO PIRES TEIXEIRA MENDES ANDRE SIMÕES AMORIM CARLOS ROBERTO PINTO ALVES VANESSA GIL DE SOUZA Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 2

APRESENTAÇÃO Ao lançar o MANUAL DO GESTOR MÓDULO II - ASPECTOS TRIBUTÁRIOS, a Superintendência de Normas de Normas Técnicas da Contadoria Geral da Secretaria de Estado de Fazenda do Governo do Rio de Janeiro tem como objetivo oferecer aos Gestores Públicos, bem como aos profissionais da Contabilidade Aplicada ao Setor Público; de Auditoria; Diretores de Departamentos Gerais de Administração Financeira, - DGAF s e a todos aqueles que lidam na área de Contabilidade Governamental, Controle, Administração Financeira e Auditoria, um suporte documental, atualizado, com textos da legislação federal, estadual e municipal, objetivando que os atos a serem praticados pelos Gestores Públicos, no desempenho de suas atribuições, sejam realizados em consonância com a legislação vigente, como não poderia deixar de ser, com o propósito maior de que a eficácia, a legitimidade, a autenticidade documental e a correção contábil sejam alcançadas. Além do documental supracitado foram inseridos textos de legislação fiscal e previdenciária, e um facilitador ao usuário por meio de Links, que irão direcionar para as páginas inerentes as legislações ou da matéria sobre o assunto que servirá para leitura ou pesquisa, na execução dos procedimentos. O MANUAL DO GESTOR MÓDULO II - ASPECTOS TRIBUTÁRIOS não esgota o assunto, pois o mesmo é dinâmico por sua natureza. Servirá como repositório ordenado e sistemático da legislação a ser aplicada nos atos praticados pelos Gestores Públicos. Será sempre atualizado quando novos dispositivos legais forem publicados. A Coordenação de Estudos e Manuais - CEMAN está à disposição de todos para receber sugestões, críticas, como também, para elucidar dúvidas sobre qualquer capítulo do MANUAL DO GESTOR MÓDULO II - ASPECTOS TRIBUTÁRIOS. Para tanto, poderão ser utilizados os telefones 2334-4814 e 2334-4346 e também o e-mail: sunot@fazenda.rj.gov.br. Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 3

SUMÁRIO 1. IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE IRRF... 6 1.1 ASPECTOS GERAIS DA RETENÇÃO DO IMPOSTO... 6 1.1.1 RESPONSABILIDADE PELA RETENÇÃO/RECOLHIMENTO... 6 1.1.2 DISPENSA DE RETENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA... 7 1.1.3 IMUNIDADE/ISENÇÃO... 7 1.2 RENDIMENTOS PAGOS A PESSOA FÍSICA... 7 1.2.1 RENDIMENTOS DO TRABALHO ASSALARIADO... 10 1.2.2 RENDIMENTOS DO TRABALHO SEM VÍNCULO EMPREGATÍCIO... 11 1.2.3 REMUNERAÇÃO INDIRETA... 12 1.2.4 ALUGUÉIS, ROYALTIES E JUROS PAGOS À PESSOA FÍSICA... 13 1.3 RENDIMENTOS PAGOS A PESSOA JURÍDICA... 14 1.4 PAGAMENTOS A COOPERATIVAS DE TRABALHO E ASSOCIAÇÕES PROFISSIONAIS OU ASSEMELHADAS... 16 1.5 DIÁRIAS E AJUDA DE CUSTO... 16 1.6 DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE DIRF... 17 2. CONTRIBUIÇÕES RETIDAS NA FONTE (CSLL, PIS E COFINS)... 17 2.1 ASPECTOS GERAIS DA RETENÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO... 17 2.1.1 DISPENSA DE RETENÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO... 18 3. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA ISSQN... 22 3.1 ASPECTOS GERAIS DO IMPOSTO... 22 3.2 DO LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS... 22 3.2.1 RESPONSABILIDADE PELA RETENÇÃO/RECOLHIMENTO... 23 3.3 DA BASE DE CÁLCULO... 28 3.4 DO PAGAMENTO DO ISSQN... 29 3.5 DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO... 29 3.5.1 ASPECTOS GERAIS DO IMPOSTO... 29 3.5.2 DA NÃO INCIDÊNCIA... 29 3.5.3 DA ISENÇÃO... 29 3.5.4 DOS CONTRIBUINTES E DOS RESPONSÁVEIS... 30 3.5.5 DOS SERVIÇOS PROVENIENTES DO EXTERIOR DO PAÍS... 31 3.5.6 RETENÇÃO NA FONTE DE ISSQN... 31 3.5.7 RETENÇÃO NA FONTE DE ISSQN POR RESPONSABILIDADE CEPOM CADASTRO DE EMPRESAS PRESTADORAS DE OUTROS MUNICÍPIOS... 34 3.5.8 DAS ALÍQUOTAS E BASE DE CÁLCULO... 43 4 INSTITUTO NACIONAL DA SEGURIDADE NACIONAL INSS RETIDO NA FONTE 47 4.1 PESSOA JURÍDICA - ASPECTOS GERAIS DA RETENÇÃO... 47 4.1.1 RESPONSABILIDADE PELA RETENÇÃO/RECOLHIMENTO... 48 4.1.2 DISPENSA DE RETENÇÃO DO INSS... 49 4.2 SERVIÇOS SUJEITOS À RETENÇÃO... 50 4.3 DA NÃO APLICAÇÃO DA RETENÇÃO... 54 4.4 DA APURAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO... 56 4.4.1 DISCRIMINAÇÃO EM CONTRATO E EM NOTA FISCAL... 56 4.4.2 PREVISÃO EM CONTRATO E DISCRIMINAÇÃO EM NOTA FISCAL... 57 4.4.3 EQUIPAMENTO INERENTE AO SERVIÇO... 57 4.4.4 MATERIAL OU EQUIPAMENTO NÃO INERENTE AO SERVIÇO... 58 4.5 DAS DEDUÇÕES DA BASE DE CÁLCULO... 59 4.5.1 GASTOS COM VALE-TRANSPORTE E ALIMENTAÇÃO... 59 4.5.2 TAXA DE ADMINISTRAÇÃO OU DE AGENCIAMENTO... 59 4.6 DO DESTAQUE DA RETENÇÃO... 59 4.6.1 SUBCONTRATAÇÃO... 60 4.7 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM CONDIÇÕES ESPECIAIS... 61 4.8 RECOLHIMENTO DO VALOR RETIDO... 62 4.8.1 RECOLHIMENTO DE VALORES RETIDOS EM DUPLICIADE OU A MAIOR.. 62 4.9 OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS... 63 Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 4

4.9.1 EMPRESA CONTRATADA... 63 4.9.2 EMPRESA CONTRATANTE... 64 4.9.3 GFIP/SEFIP... 65 4.10 INSS SOBRE SERVIÇOS PRESTADOS POR PESSOAS FÍSICAS... 66 4.10.1 CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS AUTÔNOMOS... 66 4.10.2 CONTRIBUIÇÃO PATRONAL... 66 4.10.3 CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL... 67 4.10.4 DO PRAZO PARA RECOLHIMENTO... 68 4.10.5 DO LIMITE MÁXIMO PARA O DESCONTO PREVIDENCIÁRIO... 68 Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 5

1. IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE IRRF 1.1 ASPECTOS GERAIS DA RETENÇÃO DO IMPOSTO O art. 157, inciso I, da Constituição Federal, dispõe que o produto da arrecadação do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte sobre rendimentos pagos, a qualquer título, pela Administração Estadual, incluídas suas autarquias e fundações, constitui receita do Estado. Quando a Administração Pública Direta do Estado do Rio de Janeiro, bem como as Autarquias e Fundações realizam a retenção do imposto de renda de seus servidores, recolhem o imposto ao próprio Estado através do DARJ (Documento de Arrecadação do Estado do Rio de Janeiro), ou seja, não recolhem aos cofres da União 1. As Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e outras Entidades que explorem atividade econômica, por força do art. 173, 1º e 2º, da Constituição Federal, que lhes dá o tratamento de direito privado, não estão abrangidas por aquela norma. Devem, então, reter e recolher o imposto através do DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais). A Receita Federal do Brasil elabora anualmente o Manual do Imposto de Renda Retido na Fonte MAFON esclarecendo os serviços prestados por pessoa física e/ou jurídica sujeitos à retenção na fonte, disponível em seu sitio: http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/dirf/mafondirf2014/mafon2014.pdf 1.1.1 RESPONSABILIDADE PELA RETENÇÃO/RECOLHIMENTO No caso de imposto de renda incidente exclusivamente na fonte, a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto é da fonte pagadora. Quando a incidência na fonte tiver a natureza de antecipação do imposto a ser apurado pelo contribuinte, a responsabilidade da fonte pagadora pela retenção e recolhimento do imposto extingue-se, no caso de pessoa física, no prazo fixado para entrega da declaração de ajuste anual e, no caso de pessoa jurídica, na data prevista para o encerramento do período de apuração em que o rendimento for tributado, seja trimestral, mensal estimado ou anual. Conforme dispõe o art. 45, da Lei 5.172/1966 (Código Tributário Nacional), a lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a 1 Encontra-se em estágio de implementação no Estado do Rio de Janeiro a GRE Guia de Recolhimento do Estado, que passará a ser o mecanismo de arrecadação de receitas estaduais. Quando da edição deste Manual, a GRE ainda não havia sido efetivamente implantada, razão pela qual se fez menção ao DARJ. Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 6

condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam. Exceção: Serviços de propaganda e publicidade prestados por pessoa jurídica. Neste caso, a fonte pagadora não será responsável pela retenção do Imposto de Renda na Fonte. 1.1.2 DISPENSA DE RETENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA A empresa enquadrada no SIMPLES NACIONAL não sofre retenção do imposto de renda (IN RFB Nº 765/2007). Fica dispensado de retenção de imposto de renda o valor igual ou inferior a R$ 10,00 (Lei Nº 9.430/1996, art. 67). 1.1.3 IMUNIDADE/ISENÇÃO Os casos de imunidade estão previstos no art. 150, inciso VI, alínea c, da Constituição Federal, e referem-se à renda de: Partidos políticos, inclusive suas fundações; Entidades sindicais dos trabalhadores; Instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da legislação específica. Com relação à isenção, prevista no art. 15 da Lei nº 9.532/1997, não estão sujeitas à retenção do imposto: Nota: Instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e científico; Associações civis que prestem os serviços para os quais houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam, sem fins lucrativos. As empresas que gozem do instituto da imunidade ou isenção deverão apresentar, juntamente com o documento comprobatório da despesa (Nota Fiscal/Fatura), declaração emitida pelo representante da empresa informando que a mesma é imune ou isenta. 1.2 RENDIMENTOS PAGOS A PESSOA FÍSICA Os rendimentos pagos por pessoas jurídicas a pessoas físicas estão sujeitos à retenção na fonte do imposto de renda (IRRF), utilizando a Tabela Progressiva Mensal. Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 7

Conforme indica a Lei Nº 12.469/2011, deverá ser utilizada a seguinte tabela a partir de 2014 até março de 2015: TABELA PROGRESSIVA MENSAL JAN/2014 A MAR/2015 Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$) Até 1.787,77 - - De 1.787,78 até 2.679,29 7,5 134,08 De 2.679,30 até 3.572,43 15 335,03 De 3.572,44 até 4.463,81 22,5 602,96 Acima de 4.463,81 27,5 826,15 Na determinação da base de cálculo sujeita à incidência mensal do imposto de renda poderão ser deduzidas: I as importâncias pagas a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de Família, quando em cumprimento de decisão judicial, inclusive a prestação de alimentos provisionais, de acordo homologado judicialmente, ou de escritura pública; II a quantia de R$ 179,71 por dependente; III as contribuições para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Deverá ser utilizada a seguinte tabela a partir de abril de 2015, de acordo com a Medida Provisória nº 670 (DOU 11/03/2015): Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 8

TABELA PROGRESSIVA MENSAL A PARTIR DE ABR/2015 Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$) Até 1.903,98 - - De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80 De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80 De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13 Acima de 4.664,68 27,5 869,36 Na determinação da base de cálculo sujeita à incidência mensal do imposto de renda poderão ser deduzidas: I as importâncias pagas a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de Família, quando em cumprimento de decisão judicial, inclusive a prestação de alimentos provisionais, de acordo homologado judicialmente, ou de escritura pública; II a quantia de R$ 189,59 por dependente; III as contribuições para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. NOTA: De acordo com a MP, a correção vale a partir de abril do anocalendário de 2015, ou seja, não terá efeito para as declarações que estão sendo entregues até o dia 30 de abril de 2015. O imposto será retido por ocasião de cada pagamento e, se no mês houver mais de um pagamento, a qualquer título, pela mesma fonte pagadora, aplicarse-á a alíquota correspondente à soma dos rendimentos pagos à pessoa física, compensando-se o imposto anteriormente retido no próprio mês. Apresentamos a seguir as situações mais rotineiras da Administração Pública, lembrando que no MAFON estão previstas todas as situações. Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 9

1.2.1 RENDIMENTOS DO TRABALHO ASSALARIADO Pagamento de salário, inclusive adiantamento de salário a qualquer título, indenização sujeita à tributação, ordenado, vencimento, soldo, pro labore, remuneração indireta, retirada, vantagem, subsídio, comissão, corretagem, benefício (remuneração mensal ou prestação única) da previdência social, remuneração de conselheiro fiscal e de administração, diretor e administrador de pessoa jurídica, titular de empresa individual, gratificação e participação dos dirigentes no lucro e demais remunerações decorrentes de vínculo empregatício, recebidos por pessoa física residente no Brasil. Observações: 1) No pagamento de remuneração indireta o rendimento será considerado líquido, cabendo o reajustamento do respectivo rendimento bruto, inclusive quando o beneficiário for identificado. 2) No caso de remuneração indireta, a não identificação dos beneficiários das despesas implicará a tributação exclusiva na fonte, mediante a aplicação da alíquota de 35% (trinta e cinco por cento) sobre o rendimento reajustado. 3) Em relação aos rendimentos recebidos acumuladamente provenientes do trabalho, quando correspondentes a anos-calendário anteriores ao do recebimento, deve ser observado o disposto no art. 12-A da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988. 4) No caso da ocorrência de vários pagamentos no mês, o imposto será retido por ocasião de cada pagamento ou crédito e, se houver mais de um pagamento ou crédito (reconhecimento da obrigação), pela mesma fonte pagadora à soma dos rendimentos pagos ou creditados no mês, a qualquer título. Ou seja, se um órgão ou entidade fizer pagamentos ou créditos quinzenais, no segundo cálculo serão computados os rendimentos pagos na primeira quinzena e do imposto resultante será deduzido o valor do imposto retido na primeira quinzena. Isenção e não incidência: 1) Rendimentos recebidos pelas pessoas físicas decorrentes de segurodesemprego, auxílio natalidade, auxílio-doença, auxílio-funeral e auxílioacidente, pagos pela previdência oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e pelas entidades de previdência complementar. Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 10

2) Pagamentos efetuados por pessoas jurídicas a título de incentivo à adesão a programas de demissão voluntária (PDV). 3) A partir de 01/01/1996 não estão sujeitos ao imposto sobre a renda os lucros e dividendos, apurados contabilmente pelas pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real, presumido ou arbitrado, pagos ou creditados a sócios, acionistas ou titular de empresa individual. A parcela dos rendimentos pagos ou creditados que exceder ao valor apurado com base na escrituração será imputada aos lucros acumulados ou reservas de lucros de exercícios anteriores, ficando sujeita à incidência do imposto sobre a renda calculado segundo o disposto na legislação específica, com acréscimos legais. Inexistindo lucros acumulados ou reservas de lucros em montante suficiente, a parcela excedente será tributada com base na tabela progressiva. 1.2.2 RENDIMENTOS DO TRABALHO SEM VÍNCULO EMPREGATÍCIO Importâncias pagas à pessoa física, a título de comissões, corretagens, gratificações, honorários, direitos autorais e remunerações por quaisquer outros serviços prestados, sem vínculo empregatício, inclusive as relativas a empreitadas de obras exclusivamente de trabalho, as decorrentes de fretes e carretos em geral e as pagas pelo órgão gestor de mão de obra do trabalho portuário aos trabalhadores portuários avulsos. Observações: 1) No caso de prestação de serviços de transportes, em veículo próprio, locado ou adquirido com reserva de domínio ou alienação fiduciária, o rendimento bruto corresponderá a, no mínimo: 10% (dez por cento) do rendimento decorrente do transporte de carga, para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2013; e sessenta por cento do rendimento quando relativo a transporte de passageiros. 2) No caso de pagamento a beneficiário não identificado, a tributação será exclusiva na fonte, mediante a aplicação da alíquota de 35% (trinta e cinco por cento) sobre o rendimento reajustado. 3) O imposto sobre a renda incidente sobre honorários advocatícios e serviços prestados no curso de processo judicial, tais como serviços de engenheiro, contador, leiloeiro, perito, assistente técnico, avaliador, médico, testamenteiro, liquidante, síndico etc., deve ser recolhido utilizando o código de receita próprio do rendimento. Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 11

4) No caso da ocorrência de vários pagamentos no mês, o imposto será retido por ocasião de cada pagamento ou crédito e, se houver mais de um pagamento ou crédito (reconhecimento da obrigação), pela mesma fonte pagadora à soma dos rendimentos pagos ou creditados no mês, a qualquer título. Ou seja, se um órgão ou entidade fizer pagamentos ou créditos quinzenais, no segundo cálculo serão computados os rendimentos pagos na primeira quinzena e do imposto resultante será deduzido o valor do imposto retido na primeira quinzena. 1.2.3 REMUNERAÇÃO INDIRETA Pagamentos efetuados no caso de não identificação dos beneficiários das despesas a título de remuneração indireta correspondente a: 1) contraprestação de arrendamento mercantil ou o aluguel ou, quando for o caso, os respectivos encargos de depreciação: a) de veículo utilizado no transporte de administradores, diretores, gerentes e seus assessores ou de terceiros em relação à pessoa jurídica; e b) de imóvel cedido para uso de qualquer pessoa dentre as referidas na alínea precedente; 2) despesas com benefícios e vantagens concedidas pela empresa a administradores, diretores, gerentes e seus assessores, pagas diretamente ou mediante a contratação de terceiros, tais como: Observações: a) a aquisição de alimentos ou quaisquer outros bens para utilização pelo beneficiário fora do estabelecimento da empresa; b) os pagamentos relativos a clubes e assemelhados; c) o salário e respectivos encargos sociais de empregados postos à disposição ou cedidos, pela empresa, a administradores, diretores, gerentes e seus assessores ou de terceiros; e d) a conservação, o custeio e a manutenção dos bens referidos no item 1. 1) O rendimento será considerado líquido, cabendo o reajustamento do respectivo rendimento bruto. Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 12

2) No caso de identificação dos beneficiários, os valores correspondentes deverão compor a remuneração mensal do beneficiário e o imposto deverá ser calculado mediante a aplicação da tabela progressiva, utilizando-se as deduções permitidas na legislação, conforme seja o trabalho com ou sem vínculo de emprego. 1.2.4 ALUGUÉIS, ROYALTIES E JUROS PAGOS À PESSOA FÍSICA Rendimentos mensais de aluguéis ou royalties, tais como: Aforamento; locação ou sublocação; arrendamento ou subarrendamento; direito de uso ou passagem de terrenos, de aproveitamento de águas, de exploração de películas cinematográficas, de outros bens móveis, de conjuntos industriais, invenções; direitos autorais (quando não percebidos pelo autor ou criador da obra); direitos de colher ou extrair recursos vegetais, pesquisar e extrair recursos minerais; juros de mora e quaisquer outras compensações pelo atraso no pagamento de royalties; o produto da alienação de marcas de indústria e comércio, patentes de invenção e processo ou fórmulas de fabricação; importâncias pagas por terceiros por conta do locador do bem ou do cedente dos direitos (juros, comissões etc.); importâncias pagas ao locador ou cedente do direito, pelo contrato celebrado (luvas, prêmios etc.); benfeitorias e quaisquer melhoramentos realizados no bem locado; despesas para conservação dos direitos cedidos (quando compensadas pelo uso do bem ou direito). Considera-se pagamento a entrega de recursos, mesmo mediante depósito em instituição financeira em favor do beneficiário, ou efetuado através de imobiliária, sendo irrelevante que esta deixe de prestar contas ao locador quando do recebimento do rendimento. Juros pagos à pessoa física decorrente da alienação a prazo de bens ou direitos. Observação: No caso de aluguéis de imóveis, poderão ser deduzidos os seguintes encargos, desde que o ônus tenha sido exclusivamente do locador: a) o valor dos impostos, taxas e emolumentos incidentes sobre o imóvel; b) o aluguel pago pela locação do imóvel sublocado; c) as despesas pagas para cobrança ou recebimento do rendimento; d) as despesas de condomínio. Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 13

1.3 RENDIMENTOS PAGOS A PESSOA JURÍDICA Os pagamentos ou créditos efetuados pelas pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas de direito privado, pela prestação de serviços, abaixo discriminadas, estão sujeitos à retenção na fonte do imposto de renda (IRRF): À alíquota de 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento): 1) Serviços de natureza profissional elencado no 1º do art. 647 do Regulamento do Imposto de Renda RIR/1999; Art. 647. (...) 1 º (...) 1. Administração de bens ou negócios em geral (exceto consórcios ou fundos mútuos para aquisição de bens); 2. Advocacia; 3. Análise clínica laboratorial; 4. Análises técnicas; 5. Arquitetura; 6. Assessoria e consultoria técnica (exceto o serviço de assistência técnica prestado a terceiros e concernente a ramo de indústria ou comércio explorado pelo prestador do serviço); 7. Assistência social; 8. Auditoria; 9. Avaliação e perícia; 10. Biologia e biomedicina; 11. Cálculo em geral; 12. Consultoria; 13. Contabilidade; 14. Desenho técnico; 15. Economia; 16. Elaboração de projetos; 17. Engenharia (exceto construção de estradas, pontes, prédios e obras assemelhadas); 18. Ensino e treinamento; 19. Estatística; 20. Fisioterapia; 21. Fonoaudiologia; 22. Geologia; Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 14

23. Leilão; 24. Medicina (exceto a prestada por ambulatório, banco de sangue, casa de saúde, casa de recuperação ou repouso sob orientação médica, hospital e pronto-socorro); 25. Nutricionismo e dietética; 26. Odontologia; 27. Organização de feiras de amostras, congressos, seminários, simpósios e congêneres; 28. Pesquisa em geral; 29. Planejamento; 30. Programação; 31. Prótese; 32. Psicologia e psicanálise; 33. Química; 34. Radiologia e radioterapia; 35. Relações públicas; 36. Serviço de despachante; 37. Terapêutica ocupacional; 38. Tradução ou interpretação comercial; 39. Urbanismo; 40. Veterinária. 2) Mediação de negócios, propaganda e publicidade e nos pagamentos a cooperativas de trabalho e a associações profissionais ou assemelhadas; e 3) Serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber. À alíquota de 1% (um por cento): 1) Prestação de serviços de limpeza e conservação de bens imóveis, exceto reformas e obras assemelhadas; 2) Prestação de serviços de segurança, vigilância (inclusive escolta) e transporte de valores (ADN COSIT Nº 6/2000); e 3) Locação de mão de obra de empregados da locadora colocados a serviço da locatária, pessoa jurídica, em local por esta determinada. Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 15

Atenção: A Superintendência Regional da Receita Federal da 8ª Região, em resposta à consulta formulada (Consulta Nº 134 de 14/09/2000) dispôs que o Imposto de Renda na fonte sobre serviços prestados por pessoa jurídica a outra pessoa jurídica tem como fato gerador o pagamento ou crédito. No momento de emissão da nota fiscal de serviços e sua contabilização, ocorre o fato gerador (crédito), devendo o imposto ser retido, nesta ocasião, e sobre o valor total da nota. Ratificando esse entendimento, a Receita Federal do Brasil publicou o Ato Declaratório Interpretativo nº 8, de 2 de setembro de 2014, que dispõe sobre o momento da ocorrência do fato gerador do imposto sobre a renda na fonte, no caso de importâncias creditadas, em relação à prestação de serviço de pessoa jurídica para pessoa jurídica: Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto sobre a renda na fonte, no caso de importâncias creditadas, na data do lançamento contábil efetuado por pessoa jurídica, nominal ao fornecedor do serviço também pessoa jurídica, a débito de despesas em contrapartida com o crédito de conta do passivo, à vista da nota fiscal ou fatura emitida pela contratada e aceita pela contratante. A retenção do imposto sobre a renda na fonte, incidente sobre as importâncias creditadas por pessoa jurídica a outra pessoa jurídica pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza profissional, será efetuada na data da contabilização do valor dos serviços prestados, considerando-se a partir dessa data o prazo para o recolhimento. 1.4 PAGAMENTOS A COOPERATIVAS DE TRABALHO E ASSOCIAÇÕES PROFISSIONAIS OU ASSEMELHADAS Estão sujeitas a retenção do imposto de renda na fonte, à alíquota de 1,5%, as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas à cooperativa de trabalho, associações de profissionais ou assemelhadas, relativas a serviços pessoais que lhes forem prestados por associados destas ou colocados à disposição. Na fatura deverão ser discriminadas as parcelas tributáveis e nãotributáveis. 1.5 DIÁRIAS E AJUDA DE CUSTO Não entram no cômputo do rendimento bruto, para fins de cálculo do imposto de renda, as diárias discriminadas no art. 6º, inciso II, da Lei nº 7.713/1988, conforme abaixo: Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 16

Art. 6º Ficam isentos do imposto de renda os seguintes rendimentos percebidos por pessoas físicas: II as diárias destinadas, exclusivamente, ao pagamento de despesas de alimentação e pousada, por serviço eventual realizado em município diferente do da sede de trabalho. Tais rendimentos devem ser informados na declaração de ajuste anual do imposto de renda em rendimentos isentos e não tributáveis, além de declarados pela fonte pagadora na DIRF. 1.6 DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE DIRF Os responsáveis pela retenção do IRRF sobre pagamentos a pessoas físicas e jurídicas sem vínculo empregatício com o Estado devem preencher a Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte DIRF, utilizando o programa da Receita Federal e transmitida pelo RECEITANET. Essas informações devem ser consolidadas com as referentes às retenções do imposto sobre trabalho assalariado para encaminhamento à Receita Federal, mediante DIRF. A DIRF deve ser feita pelos órgãos e entidades da Administração Estadual, sempre que pagarem rendimentos a terceiros, anualmente, devendo ser sua entrega realizada até o último dia útil do mês de fevereiro relativa ao anocalendário anterior. 2. CONTRIBUIÇÕES RETIDAS NA FONTE (CSLL, PIS E COFINS) 2.1 ASPECTOS GERAIS DA RETENÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO O art. 30 da Lei Nº 10.833/2003 criou a retenção na fonte da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido CSLL, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e da Contribuição para o PIS/PASEP nos pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas de direito privado, pela prestação de serviços de limpeza, conservação, manutenção, segurança, vigilância, transporte de valores e locação de mão de obra, pela prestação de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, bem como pela remuneração de serviços profissionais. Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 17

Nota: A lei Nº 10.833/2003, em seu art. 33, também criou a possibilidade da retenção na fonte das contribuições CSLL, COFINS E PIS/PASEP sobre os pagamentos no caso de prestação de serviços em geral e fornecimento de bens para órgãos da administração pública dos Estados, do Distrito Federal e os Municípios. Entretanto, tal possibilidade fica condicionada à assinatura de convênio entre a União (através da Receita Federal do Brasil), os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. O modelo do Convênio consta na Portaria SRF Nº 1.454/2004. Entretanto, a União ainda não formalizou o referido convênio com o Estado do Rio de Janeiro, até o presente momento. Logo, não existe a obrigatoriedade de retenção na fonte das contribuições CSLL, COFINS E PIS/PASEP pelos órgãos da administração direta, autarquias e suas fundações. Os prestadores de serviços de que trata este item estão sujeitos à retenção na fonte mediante a aplicação, sobre o montante a ser pago, do percentual de 4,65% (quatro inteiros e sessenta e cinco centésimos por cento), correspondente à soma das alíquotas de 1% (um por cento), 3% (três por cento) e 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento), relativos à CSLL, COFINS e PIS, respectivamente. Ocorrendo mais de um pagamento no mesmo mês à mesma pessoa jurídica, deverá ser efetuada a soma de todos os valores pagos no mês, compensandose o valor retido anteriormente. Atenção: O fato gerador das contribuições sociais é o pagamento do rendimento a outra pessoa jurídica. Portanto, o fato gerador das contribuições é diferente ao do imposto de renda, que incide no pagamento ou crédito, o que ocorrer primeiro. Nos casos em que a pessoa jurídica prestadora de serviços for beneficiária de isenção, na forma da legislação específica, de uma ou mais das contribuições da CSLL, COFINS ou PIS, a retenção dar-se-á mediante a aplicação da alíquota específica e código de DARF correspondente às contribuições não alcançadas pela isenção. 2.1.1 DISPENSA DE RETENÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO Não será exigida a retenção na hipótese de pagamentos efetuados a: a) Cooperativas, relativamente à CSLL; Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 18

b) Empresas estrangeiras de transporte de valores; c) Transporte internacional de valores efetuados por empresa nacional, relativamente à COFINS e PIS; d) Optantes pelo SIMPLES; Fica dispensado de retenção das contribuições o valor igual ou inferior a R$ 5.000,00 (art. 30, 3º, da Lei Nº 10.433/2003). Lembrando que, deve-se somar todos os valores pagos à mesma pessoa jurídica, no mês, para efeito de cálculo deste limite de dispensa de retenção. TABELA DE RETENÇÃO (IRRF CSLL PIS/PASEP COFINS) Item ESPÉCIE DOS SERVIÇOS IRRF CSLL PIS COFINS TOTAL Código do DARF 1708 5987 5979 5960 5952 1 Limpeza 1,0% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 2 Conservação de bens imóveis, exceto reformas e obras assemelhadas (Instrução Normativa SRF nº 34/89) 3 Segurança, inclusive o Transporte de Valores (ADN COSIT 6/2000) 1,0% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 1,0% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 4 Vigilância (inclusive escolta) 1,0% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 5 Locação de mão de obra de empregados da locadora colocados a serviço da locatária, em local por esta determinado 6 Administração de bens ou negócios em geral (exceto consórcios ou fundos mútuos para aquisição de bens) 1,0% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 7 Advocacia 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 8 Análise clínica laboratorial 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 9 Análises técnicas 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 19

10 Arquitetura 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 11 Assessoria e consultoria técnica (exceto o serviço de assistência técnica prestado a terceiros e concernente a ramo de indústria ou comércio explorado pelo prestador do serviço) 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 12 Assistência social 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 13 Auditoria 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 14 Avaliação e perícia 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 15 Biologia e biomedicina 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 16 Cálculo em geral 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 17 Consultoria 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 18 Contabilidade 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 19 Desenho técnico 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 20 Economia 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 21 Elaboração de projetos 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 22 Engenharia (exceto construção de estradas, pontes, prédios e obras assemelhadas) 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 23 Ensino e treinamento 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 24 Estatística 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 25 Fisioterapia 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 26 Fonoaudiologia 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 27 Geologia 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 28 Leilão 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 20

29 Medicina (exceto a prestada por ambulatório, banco de sangue, casa de saúde, casa de recuperação ou repouso sob orientação médica, hospital e prontosocorro) 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 30 Nutricionismo e dietética 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 31 Odontologia 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 32 Organização de feiras de amostras, congressos, seminários, simpósios e congêneres 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 33 Pesquisa em geral 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 34 Planejamento 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 35 Programação 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 36 Prótese 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 37 Psicologia e psicanálise 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 38 Química 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 39 Radiologia e radioterapia 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 40 Relações públicas 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 41 Serviço de despachante 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 42 Terapêutica ocupacional 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 43 Tradução ou interpretação comercial 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 44 Urbanismo 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 45 Veterinária 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% Código do DARF 8045 46 Comissões e corretagens pela mediação de negócios 1,5% Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 21

47 Propaganda e Publicidade (Base de cálculo de acordo com a IN SRF 123/92 1,5% Código do DARF 3280 48 Cooperativas de Trabalho 1,5% 49 Associações profissionais e assemelhadas 1,5% Código do DARF 5944 50 Assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, inclusive quando o serviço for prestado por empresas de factoring 1,5% 1,0% 0,65% 3,0% 4,65% 3. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA ISSQN 3.1 ASPECTOS GERAIS DO IMPOSTO A competência para instituir o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) pertence ao Município, conforme dispõe o art. 156, III, da Constituição Federal, seguindo as normas gerais que reza a Lei Complementar Nº 116/2003 e cada Município estabelece a sua regulamentação de forma interna. A LC Nº 116/2003, aduz no seu art. 1º, que o ISSQN tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador. Os serviços ali mencionados estão dispostos em quarenta itens e seus respectivos subitens, que determinam os contribuintes do imposto. 3.2 DO LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Para fins de incidência e do pagamento do ISSQN, o serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 22

previstas no item 3.2.1, quando o imposto será devido no local da prestação do serviço. 3.2.1 RESPONSABILIDADE PELA RETENÇÃO/RECOLHIMENTO Em regra, o serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador. Porém, os Municípios e o Distrito Federal, mediante Lei, poderão atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação, inclusive no que se refere à multa e aos acréscimos legais. De acordo com o art. 3º da LC Nº 116/2003, o ISSQN será devido no local da prestação dos serviços: I do tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País; II por retenção, pela pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediária dos serviços descritos nos subitens 3.05, 7.02, 7.04, 7.05, 7.09, 7.10, 7.12, 7.14, 7.15, 7.16, 7.17, 7.19, 11.02, 17.05 e 17.10 da lista do item 3.2.1.1 Assim sendo, a retenção/recolhimento do imposto sobre serviços de qualquer natureza, dos serviços acima mencionados, é da fonte pagadora. Os órgãos da administração direta ou indireta do Estado do Rio de Janeiro sempre que contratarem serviços de pessoas físicas ou jurídicas devem observar os serviços acima quanto à retenção e recolhimento do ISSQN. Os responsáveis estão obrigados ao recolhimento integral do imposto devido, multa e acréscimos legais, independentemente de ter sido efetuada sua retenção na fonte. 3.2.1.1 SERVIÇOS SUJEITOS À RETENÇÃO da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso dos serviços descritos no subitem 3.05 da lista de serviços; 3.05 Cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário. Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 23

da execução da obra, no caso dos serviços descritos nos subitens 7.02 e 7.19 da lista de serviços; 7.02 Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive, sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS). 7.19 Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia, arquitetura e urbanismo. da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da lista de serviços; 7.04 Demolição. das edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.05 da lista de serviços; 7.05 Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS). da execução da varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer, no caso dos serviços descritos no subitem 7.09 da lista de serviços; 7.09 Varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer. da execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.10 da lista de serviços; 7.10 Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres. Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 24

da execução, da decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores, no caso dos serviços descritos no subitem 7.11 da lista de serviços; 7.11 Decoração e jardinagem, inclusive corte e poda de árvores. do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos, no caso dos serviços descritos no subitem 7.12 da lista de serviços; 7.12 Controle e tratamento de efluentes de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos. do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.16 da lista de serviços; 7.16 Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres. da execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.17 da lista de serviços; 7.17 Escoramento, contenção de encostas e serviços congêneres. da limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no subitem 7.18 da lista de serviços; 7.18 Limpeza e dragagem de rios, portos, canais, baías, lagos, lagoas, represas, açudes e congêneres. onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos serviços descritos no subitem 11.01 da lista de serviços; 11.01 Guarda e estacionamento de veículos terrestres automotores, de aeronaves e de embarcações. dos bens ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados ou monitorados, no caso dos serviços descritos no subitem 11.02 da lista de serviços; 11.02 Vigilância, segurança ou monitoramento de bens e pessoas. Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 25

do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do bem, no caso dos serviços descritos no subitem 11.04 da lista de serviços; 11.04 Armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda de bens de qualquer espécie. da execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e congêneres, no caso dos serviços descritos nos subitens do item 12, exceto o 12.13, da lista de serviços; 12 Serviços de diversões, lazer, entretenimento e congêneres. 12.01 Espetáculos teatrais. 12.02 Exibições cinematográficas. 12.03 Espetáculos circenses. 12.04 Programas de auditório. 12.05 Parques de diversões, centros de lazer e congêneres. 12.06 Boates, taxi-dancing e congêneres. 12.07 Shows, ballet, danças, desfiles, bailes, operas, concertos, recitais, festivais e congêneres. 12.08 Feiras, exposições, congressos e congêneres. 12.09 Bilhares, boliches e diversões eletrônicas ou não. 12.10 Corridas e competições de animais. 12.11 Competições esportivas ou de destreza física ou intelectual, com ou sem a participação do espectador. 12.12 Execução de música. 12.13 (..) 12.14 Fornecimento de música para ambientes fechados ou não, mediante transmissão por qualquer processo. Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 26

12.15 Desfiles de blocos carnavalescos ou folclóricos, trios elétricos e congêneres. 12.16 Exibição de filmes, entrevistas, musicais, espetáculos, shows, concertos, desfiles, óperas, competições esportivas, de destreza intelectual ou congêneres. 12.17 Recreação e animação, inclusive em festas e eventos de qualquer natureza. do Município onde está sendo executado o transporte, no caso dos serviços descritos pelo subitem 16.01 da lista de serviços; 16.01 Serviços de transporte de natureza municipal. do estabelecimento do tomador da mão de obra ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.05 da lista de serviços; 17.05 Fornecimento de mão de obra, mesmo em caráter temporário, inclusive de empregados ou trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados pelo prestador de serviço. da feira, exposição, congresso ou congênere a que se referir o planejamento, organização e administração, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.10 da lista de serviços; 17.10 Planejamento, organização e administração de feiras, exposições, congressos e congêneres. do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou metroviário, no caso dos serviços descritos pelo item 20 da lista de serviços. 20 Serviços portuários, aeroportuários, ferroportuários, de terminais rodoviários, ferroviários e metroviários. 20.01 Serviços portuários, ferroportuários, utilização de porto, movimentação de passageiros, reboque de embarcações, rebocador escoteiro, atracação, desatracação, serviços de praticagem, capatazia, armazenagem de qualquer natureza, serviços acessórios, movimentação de mercadorias, serviços de Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 27

apoio marítimo, de movimentação ao largo, serviço de armadores, estiva, conferência, logística e congêneres. 20.02 Serviços aeroportuários, utilização de aeroporto, movimentação de passageiros, armazenagem de qualquer natureza, capatazia, movimentação de aeronaves, serviços de apoio aeroportuários, serviços acessórios, movimentação de mercadorias, logística e congêneres. 20.03 Serviços de terminais rodoviários, ferroviários, metroviários, movimentação de passageiros, mercadorias, inclusive suas operações, logística e congêneres. 3.3 DA BASE DE CÁLCULO A base de cálculo do imposto é o preço do serviço. Notas: I. Quando os serviços descritos pelo subitem 3.04 da lista de serviços forem prestados no território de mais de um Município, a base de cálculo será proporcional, conforme o caso, à extensão da ferrovia, rodovia, dutos e condutos de qualquer natureza, cabos de qualquer natureza, ou ao número de postes, existentes em cada Município. 3.04 Locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso, compartilhado ou não, de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza. II. Não se inclui na base de cálculo o valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços previstos nos itens 7.02 e 7.05 da lista de serviços. 7.02 Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS). Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 28

3.4 DO PAGAMENTO DO ISSQN 7.05 Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS). O pagamento deverá ser realizado via documento de arrecadação do ISSQN de cada município beneficiário. Por envolver vários municípios, a fonte pagadora deve consultar os procedimentos relativos ao ente beneficiário. 3.5 DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 3.5.1 ASPECTOS GERAIS DO IMPOSTO A legislação referente ao ISSQN, no Município do Rio de Janeiro, tem sua fundamentação na Constituição Federal, na Lei Complementar Nº 116/03, no Código Tributário (Lei Nº 691/84 e alterações) e Decreto Municipal Nº 10.514/91 e alterações. O fato gerador do ISSQN é a prestação de serviços por empresa ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo, de serviço constante da lista de serviços anexa à LC Nº 116/03. 3.5.2 DA NÃO INCIDÊNCIA O imposto não incide sobre: I. As exportações de serviços para o exterior do País. Não se enquadram os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior; II. A prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos, dos diretores e membros do conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundações, bem como dos sóciosgerentes e dos gerentes-delegados; III. O valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valor dos depósitos bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações de crédito realizadas por instituições financeiras. 3.5.3 DA ISENÇÃO Estão isentos do imposto: Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 29

I. Os profissionais ambulantes, jornaleiros e também os localizados em feiras-livres e cabeceiras-de-feira; II. As associações de classe, os sindicatos e respectivas federações e confederações; III. As associações culturais, recreativas e desportivas; IV. Os serviços de veiculação de publicidade prestados por táxis autônomos e táxis de cooperativas; V. Os espetáculos circenses nacionais e teatrais; VI. As promoções de concertos, recitais, shows, festividades, exposições, quermesses e espetáculos similares, cujas receitas se destinem integralmente a fins assistenciais; VII. Os serviços prestados por músicos, artistas e técnicos de espetáculos, definidos em lei; VIII. Os serviços de exibição de filmes cinematográficos em salas ocupadas por entidades brasileiras sem fins lucrativos; IX. Os serviços de reforma, reestruturação ou conservação de prédios de interesse histórico, cultural ou de interesse para a preservação ambiental, respeitadas as características arquitetônicas das fachadas, com observância da legislação específica; X. Os serviços de profissionais autônomos não estabelecidos; XI. Os estudos e projetos contratados por empresas adquirentes de lotes nos polos industriais criados pelo Município, desde que vinculados à construção ou instalação dos respectivos estabelecimentos naqueles locais; XII. As obras de construção e as obras construídas sem licença, a legalizar em áreas abrangidas em dispositivos específicos para habitações unifamiliares, e multifamiliares, construídas pelos próprios moradores, por profissionais autônomos não estabelecidos ou em mutirão com vizinhos. 3.5.4 DOS CONTRIBUINTES E DOS RESPONSÁVEIS O Município do Rio de Janeiro seguiu o estabelecido pela LC 116/2003 dispondo que o contribuinte é o prestador do serviço. O artigo 7º do RISS, através de vários incisos, prescreve a responsabilidade tributária em diversas situações. Entretanto, vamos nos ater ao inciso XXVII que trata das ocasiões nas quais o imposto é devido no local da prestação, devendo, portanto, reter e pagar o imposto quando tomarem ou intermediarem os serviços em que o contribuinte não seja localizado no Município do Rio de Janeiro. Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 30

3.5.5 DOS SERVIÇOS PROVENIENTES DO EXTERIOR DO PAÍS No caso de serviços provenientes do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País, são responsáveis pelo imposto devido na respectiva prestação, na seguinte ordem: a) O tomador do serviço, se localizado no Município do Rio de Janeiro; b) O intermediário do serviço, se o tomador do serviço for localizado no Município do Rio de Janeiro e se for impossível exigir do tomador o respectivo crédito tributário. 3.5.6 RETENÇÃO NA FONTE DE ISSQN Com base no Decreto 10.514/1991, são responsáveis no caso dos serviços abaixo, pelo imposto devido na respectiva prestação, na seguinte ordem, e apenas no caso em que o contribuinte não seja localizado no Município do Rio de Janeiro, na seguinte ordem: a) O tomador do serviço, se localizado no Município do Rio de Janeiro; b) Caso o tomador do serviço não seja localizado no Município do Rio de Janeiro, o intermediário do serviço, se localizado no Município do Rio de Janeiro; c) No caso de inexistência de tomador e intermediário localizados no Município do Rio de Janeiro, o intermediário do serviço, ainda que localizado fora do Município do Rio de Janeiro; d) No caso de inexistência de tomador e intermediário localizados no Município do Rio de Janeiro e na impossibilidade de se exigir do tomador o respectivo crédito tributário, o intermediário do serviço. 3.04 Cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário. 7.02 Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS). 7.04 Demolição. Coordenação de Estudos e Manuais Superintendência de Normas Técnicas 31