Acadêmicos do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Juiz de Fora. 2

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Transcrição:

ISSN 1517-6770 Levantamento dos gêneros, flutuação das colônias e hábitos de nidificação de (HYMENOPTERA, VESPIDAE) no Campus da UFJF,, MG. Rita de Cássia da S. e Sá/ Gérman A.B. Mahecha/ Alicia El Haj/ Pat J. Butler Maria Augusta Pereira Lima 1 Janaina Rosa de Lima 1 Fábio Prezoto 2 SURVEY OF THE GENUS, SEASONAL FLUCTUATION OF THE COLONIES AND SITES OF FOUNDATION OF SOCIAL WASPS (HYMENOPTERA, VESPIDAE) IN THE CAMPUS OF UFJF, JUIZ DE FORA, MG. ABSTRACT: From September 1998 to September 1999, four censuses were carried out to get information about the number of colonies of paper wasps, their float and kind of substratum used in the campus of Universidade Federal de, in town, MG. Five genus were found in the campus: 65,25% belongs to Mischocyttarus genus, 23,72% to Polistes, 7,73% to Protopolybia, 3,13% to Polybia and 0,17% to Protonectarina, with an average of 287,75 active colonies. The number of wasps s colonies was more abundant during the hot and 1 Acadêmicos do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de. 2 Depto. de Zoologia, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de, Campus Universitário Martelos, Juiz de Fora, MG, Cep. 36.036-330. Email: fprezoto@icb.ufjf.br Rev. Rev. bras. bras. de de Juiz Juiz de de Fora Fora V.2Nº1 Dez/2000 p. p. 57-67 69-80 69

Levantamento dos gêneros, flutuação das colônias e hábitos de nidificação de (Hymenoptera, Vespidae) no campus da UFJF, Juiz de Fora, MG damps seasons (From September 1998 till the middle of March 1999), suffering a big reduction during the cold and dry season (April 1999 to September 1999). Mischocyttarus, Polistes and Polybia demonstrated a higher level of synanthropy than Protopolybia and Protonectarina, that presented foundations only on vegetation. Polybia presented a great reduction in the number of colonies, due mainly to anthropic action and parasitic infestation by Tachinidae. KEY-WORDS: Social wasps, nesting, season, substratum, Synanthropism. INTRODUÇÃO 70 Os insetos são o mais numeroso grupo de animais da biosfera, com cerca de 900 mil espécies descritas, podendo ser classificados de acordo com suas relações com o homem, como insetos úteis e nocivos (GARCIA, 1999). Desta forma, a coleta e a identificação de espécimes de uma determinada região, representam uma etapa importante na aquisição de conhecimentos, uma vez que fornecem informações para estudos mais amplos sobre as características ecológicas desse ambiente. Dentre os insetos, as vespas ou marimbondos, pertencentes à ordem Hymenoptera, desempenham uma valiosa função na agricultura, como agentes no controle biológico de um grande número de pragas de culturas (MARQUES, 1996), além de representarem um grupo importante para o estudo da evolução do comportamento social (EVANS & WEST-EBERHARD, 1970; WILSON, 1971 e 1975). Apesar da importância das, a literatura nacional registra poucos trabalhos recentes dedicados ao levantamento e identificação de espécies (RODRIGUES & MA- CHADO, 1982; LORENZATO, 1985; RAW, 1988, 1992, 1998a,b; MARQUES, 1989; HENRIQUES et al., 1992; MARQUES et al., 1993; DINIZ & KITAYAMA, 1994; ROCHA et al., 1994; SAN- TOS, 1996 e SANTOS & FERREIRA, 1997). Estudos sobre as interações das no meio urbano tanto no Brasil,

como no exterior são ainda mais escassos (REED & VINSON, 1979; FOWLER, 1983; MARQUES & CARVALHO, 1993 e RA- MOS & DINIZ, 1993). No ambiente natural, os ninhos destes insetos são crípticos e muito bem camuflados, envolvendo fatores como forma, coloração e transparência, características encontradas em folhas de muitas plantas, bem como em troncos ou cavidades naturais (JEANNE, 1991; JEANNE & MORGAN, 1992 e WENZEL & CARPENTER, 1994). Já em áreas urbanas, muitas espécies de demonstram um alto grau de sinantropia, sendo freqüentes junto às edificações humanas, podendo alcançar um grande desenvolvimento e, desta forma, permanecer por muitos anos, apesar da interação humana (FOWLER, 1983). Desta forma, o objetivo deste trabalho foi levantar os gêneros de existentes no campus da Universidade Federal de, o número de colônias, sua flutuação e os tipos de substratos preferidos para nidificação. Maria Augusta Pereira Lima/Janina Rosa de Lima/Fábio Prezoto MATERIAL E MÉTODOS Este estudo foi conduzido no Campus da Universidade Federal de (lat. 21º 46 S e long. 43º 21 W, altitude de 678 metros), no Município de, Estado de Minas Gerais, localizado na Região denominada como Zona da Mata Mineira, com clima do tipo tropical de altitude. Durante o período de um ano, de setembro de 1998 a setembro de 1999, foram realizados quatro censos por toda a área do campus da UFJF (1.325.811 m 2, com exceção das áreas de florestas), duas vistorias compreendidas entre os meses de setembro de 1998 a março de 1999 (estação quente e úmida) e duas entre abril a setembro de 1999 (estação fria e seca). Em cada censo, foram analisadas cuidadosamente todas as edificações presentes no campus, bem como a vegetação adjacente (jardins e alamedas) a estas construções, numa área total de 85.597,17 m 2. As informações sobre os gêneros, número de colônias e tipos de substratos utilizados, foram tomadas à medida em que os ninhos eram encontrados. Quando necessário foram coletados alguns espécimens para que se V.2Nº1 Dez/2000 71

Levantamento dos gêneros, flutuação das colônias e hábitos de nidificação de (Hymenoptera, Vespidae) no campus da UFJF, Juiz de Fora, MG pudesse realizar a identificação do gênero, os quais foram incorporados à coleção do Departamento de Zoologia da UFJF. Os tipos de substratos utilizados pelos diferentes gêneros foram agrupados nas seguintes categorias: construção (paredes, estruturas de cimento e telhas); estruturas metálicas (ferro de construções, pregos, parafusos e suporte de lâmpadas); materiais sintéticos (plásticos, borrachas, vidros); madeiras (estruturas de alvenaria) e vegetação (todas as plantas onde foram encontrados ninhos). Os dados foram correlacionados com a variação climática mensal (temperatura média do ar, umidade relativa média e precipitação), obtida junto à Estação Climatológica Principal de (nº 83692), (Anexo I). RESULTADOS E DISCUSSÃO Durante o período de setembro de 1998 a setembro de 1999, encontrou-se uma média de 287,75 (164 360) colônias ativas de, no campus da UFJF. Deste total, 65,25% pertencentes ao gênero Mischocyttarus, 23,72% para Polistes, 7,73% para Protopolybia, 3,13% para Polybia e 0,17% para Protonectarina (Tabela 1). Em trabalhos semelhantes, o número de gêneros de ves- Gêneros Encontrados 72 Tabela 1 - Número de colônias de dos cinco gêneros encontrados no campus da UFJF a cada censo e sua média durante o período do trabalho 1º Censo Set/Out /Nov 1998 2º Censo Dez/Jan /Fev 1998/1999 3º Censo Mar/Abr /Mai 1999 4º Censo Jun/Jul/ Ago/Set 1999 Número Médio Total Mischocyttarus 181 255 196 119 87,75 Polistes 130 72 47 24 68,25 Protopolybia 33 16 24 16 22,25 Polybia 16 7 9 4 9 Protonectarina 1 - - 1 0,5 Total 360 350 276 164 287,75

pas sociais encontrados é bastante variável. RODRIGUES & MACHADO (1982), ao estudarem as presentes no horto florestal Navarro de Andrade no município de Rio Claro, SP, encontraram 10 gêneros. HENRIQUES et al. (1992), encontraram 4 gêneros de nidificando na vegetação de cerrado, na região do Brasil central. Já MARQUES et al. (1993), também registraram a presença de 10 gêneros de ocorrendo no município de Cruz das Almas, BA. SANTOS (1996), realizou um levantamento das presentes em pomares no município de Goiânia, GO, com auxílio de armadilhas e registrou a ocorrência de cinco gêneros. Mais recentemente, RAW (1998b), estudou a densidade e a biomassa de do vale Cabeça de Veado no município de Brasília, DF, onde encontrou oito gêneros. Desta forma, ambientes degradados como agrossistemas e principalmente o meio urbano, demonstram uma baixa diversidade de espécies, se comparados com áreas naturais e reflorestadas. Embora durante todo o período do trabalho, fossem encontradas colônias dos gêneros Mischocyttarus, Polistes, Protopolybia e Polybia, em todas as fases de desenvolvimento (fundação, pós-emergência e declínio), comprovando uma assincronia de ciclo de desenvolvimento, já bem descrito na literatura para estes gêneros (WEST-EBERHARD, 1969; GOBBI & ZUCCHI, 1980; SIMÕES & MECHI, 1983; GOBBI, 1984; SIMÕES et al., 1985; GOBBI & SIMÕES, 1988; GIANNOTTI, 1992 e 1998; MARQUES et al., 1992 e GIANNOTTI & MA- CHADO, 1994), a flutuação do número de colônias dos cinco gêneros de encontrados foi muito semelhante, seguindo um padrão de maior abundância de colônias durante a estação quente e úmida (de setembro de 1998 até meados de março de 1999), seguida de uma grande redução deste número na estação fria e seca (do final de março de 1999 até o início de setembro de 1999) (Figura 1). Pode-se reconhecer dois grupos de, as vespas de fundação independente (Mischocyttarus e Polistes), que apresentam um acentuado conflito por dominância, durante a fase de fundação, que pode se estender até a emergência das primeiras operárias, resultando em uma grande diminuição no número de colônias fundadas após o estabelecimento de uma hierarquia (WEST-EBEHARD, 1969; JEANNE, Maria Augusta Pereira Lima/Janina Rosa de Lima/Fábio Prezoto V.2Nº1 Dez/2000 73

Levantamento dos gêneros, flutuação das colônias e hábitos de nidificação de (Hymenoptera, Vespidae) no campus da UFJF, Juiz de Fora, MG 1972; REEVE, 1991 e TANNURE & NASCIMENTO, 1999), podendo algumas vezes ocorrer uma usurpação de ninhos de espécies diferentes (GIANNOTTI, 1995 e PREZOTO & NASCI- MENTO, 1999). As vespas do segundo grupo fundam por enxameamento (Protopolybia, Polybia e Protonectarina), apresentam uma organização social bem definida, com presença de castas (rainhas e operárias), que leva o enxame a construir seu ninho em um curto espaço de tempo, além de apresentarem um envelope que auxilia na proteção do mesmo (RICHARDS & RICHARDS, 1951; JEANNE, 1980; RODRIGUES et al., 1981). No presente estudo registrou-se uma diminuição acentuada de ninhos do gênero Polybia, durante os meses de dezembro de 1998 a fevereiro de 1999, e o mesmo se repetindo para os meses de junho a setembro de 1999. A maior parte desta redução se deve ao fato da ação antrópica sobre esses ninhos, que são muito maiores e portanto mais visíveis e ameaçadores, provocando sua destruição, embora também tenha sido registrado a ocorrência de parasitismo por moscas (Tachinidae) em dois ninhos bem desenvolvidos, levando-os ao declínio. GOBBI (1984), estudando o ciclo básico de colô- Número de Colônias Mischocyttarus Polistes Protopolybia Polybia Protonectarina Set/Out/ Nov 1998 Dez/ Jan/Fev 1999 Mar/Abr/ Mai 1999 Jun/Jul/ Ago/Set 1999 CENSO 74 Figura 1: Flutuação do número de colônias de de cada gênero encontrado no campus da UFJF, durante os quatro censos realizados no período de observação (setembro de 1998 a setembro de 1999).

nias de Polybia paulista e Polybia occidentalis occidentalis em uma área natural, encontrou que as maiores causadores de destruição dos ninhos para ambas as espécies são atividades humanas e as chuvas. Com relação ao tipo de substratos utilizados para nidificação, pode-se afirmar que os gêneros Mischocyttarus, Polistes e Polybia, construíram seus ninhos preferencialmente associados à construções humanas (64,0%; 56,27% e 51,35%, respectivamente), demonstrando-se assim, muito mais eussinantrópicos do que Protopolybia e Protonectarina, que nidificaram exclusivamente em vegetações próximas à estas edificações (Tabela 2). Estes dados conferem com os encontrados por MARQUES & CARVALHO (1993), para os mesmos gêneros que também ocorrem no município de Cruz das Almas, BA. O fato das construírem seus ninhos associados a construções humanas, confere aos mesmos uma maior chance de sucesso, uma vez que no ambiente urbano, ocorre uma grande redução da pressão de predação, bem como uma maior oferta de ambientes para construção de ninhos em segurança das intempéries climáticas (FOWLER, 1983 e RA- MOS & DINIZ, 1993). Desta forma, fazem-se necessários mais estudos para uma maior compreensão deste processo de associação das com o ambiente urbano, bem como para um melhor relacionamento entre homens e animais. Maria Augusta Pereira Lima/Janina Rosa de Lima/Fábio Prezoto Tabela 2 - Porcentagem das categorias de substratos utilizados pelos cinco gêneros de encontrados no campus da UFJF durante o período de setembro de 1998 a setembro de 1999 Gêneros Encontrados Categorias de Substratos Utilizados Construção Estruturas Metálicas Materiais Sintéticos Madeiras Vegetação Mischocyttarus 64,0% 31,86% 1,47% 0,67% 2,0% Polistes 56,27% 35,84% 3,95% 0,36% 3,58% Protopolybia - - - - 100,0% V.2Nº1 Dez/2000 Polybia 51,35% 29,73% - - 18,92% Protonectarina - - - - 100,0% 75

Levantamento dos gêneros, flutuação das colônias e hábitos de nidificação de (Hymenoptera, Vespidae) no campus da UFJF, Juiz de Fora, MG ANEXO I Dados climatológicos mensais do município de Juiz de Fora, estado de Minas Gerais, no período de setembro de 1998 a setembro de 1999. Mês/Ano Dados Climatológicos Temperatura média do ar em ºC Umidade relativa média em % Precipitação em mm Setembro 1998 18.9 83 21.1 Outubro 1998 18.4 86 192.3 Novembro 1998 18.2 89 205.5 Dezembro 1998 21.4 84 192.8 Janeiro 1999 22.3 80 333.8 Fevereiro 1999 22.3 80 152.8 Março 1999 21.0 86 215.4 Abril 1999 19.0 84 66.2 Maio 1999 16.7 78 4.0 Junho 1999 16.1 84 3.4 Julho 1999 15.8 83 20.1 Agosto 1999 16.3 69 7.9 Setembro 1999 18.3 67 34.8 AGRADECIMENTOS 76 Os autores agradecem ao Professor Fábio Santos Nascimento e a aluna Franciellen Nepomuceno, pela ajuda na fase inicial deste trabalho. Ao Professor Doutor Edilberto Giannotti, pelo auxílio na identificação dos espécimens e ao Coordenador do Laboratório de Climatologia do Departamento de Geociências da UFJF, o Professor Luiz Fernando Soares de Castro, pelos dados climatológicos cedidos.

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Levantamento dos gêneros, flutuação das colônias e hábitos de nidificação de (Hymenoptera, Vespidae) no campus da UFJF, Juiz de Fora, MG 78 (Hymenoptera, Vespidae, Polistini). I. Phenological account. Naturalia, 5: 97-104. HENRIQUES, R.P.B.; I.R.D. ROCHA & K. KITAYAMA. 1992. Nest density of some social wasp species in cerrado vegetation of Central Brazil (Hymenoptera, Vespidae). Entomol. Gener., 17(4): 265-268. JEANNE, R.L. 1972. Social biology of the neotropical wasp Mischocyttarus drewseni. Bull. Mus. Comp. Zool., 144(3): 63-150. JEANNE, R.L. 1980. Evolution of social behavior in the Vespidae. Ann. Rev. Entomol., 25: 371-396. JEANNE, R.L. 1991. The swarm-founding Polistine. In: K.G. ROSS & R.W. MATHEWS (ed.) The social biology of wasps. Itaca: Comstock, pp.191-231. JEANNE, R.L. & R.C. MORGAN. 1992. The influence of temperature on nest size, choice and reproductive strategy in temperate zone Polistes wasp. Ecol. Entomol., 17: 135-141. LORENZATO, D. 1985. Ocorrência e flutuação populacional de abelhas e vespas em pomares de macieiras (Malus domestica Bork) e pessegueiros (Punus persica Sieb. & Zucc.) no Alto Vale do Rio do Peixe, SC, e eficiência de atrativos alimentares sobre esses himenópteros. Agronomica Sulriograndense, 21(1): 87-109. MARQUES, O.M. 1989. Vespas sociais (Hymenoptera, Vespidae): em Cruz das Almas Bahia: levantamento, hábitos de nidificação e alimentares. Dissertação de Mestrado. Escola de Agronomia/UFBA. 67p. MARQUES, O.M. 1996. Vespas sociais (Hymenoptera, Vespidae): características e importância em agrossistemas. Insecta, 5(2): 18-39. MARQUES, O.M. & C.A.L. CARVALHO. 1993. Hábitos de nidificação de (Hymenoptera, Vespidae) no município de Cruz das Almas - Bahia. Insecta, 2(2): 23-40. MARQUES, O.M.; C.A.L. CARVALHO & J.M. COSTA. 1992. Fenologia de Polistes canadensis canadensis (L., 1758) (Hymenoptera, Vespidae) em Cruz das Almas - Bahia. Insecta, 1(1): 1-8. MARQUES, O.M.; C.A.L. CARVALHO & J.M. COSTA. 1993.

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Levantamento dos gêneros, flutuação das colônias e hábitos de nidificação de (Hymenoptera, Vespidae) no campus da UFJF, Juiz de Fora, MG 80 ROCHA, I.R.D.; R.B. CAVALCANTI; J.S. MARINHO FILHO; A.B. ARAÚJO & K. KITAYAMA. 1994. Fauna do Distrito Federal. p. 405-431. In: M.N. PINTO (Org.). Cerrado. 2.ed. Brasília, Ed. UNB. 681p. RODRIGUES, V.M. & V.L.L. MACHADO. 1982. Vespídeos sociais: espécies do horto florestal Navarro de Andrade de Rio Claro, SP. Naturalia, 7:173-175. RODRIGUES, V.M.; B.B. SANTOS & C.A.T. LUCCA. 1981. Vespídeos sociais: estudo de colônias de Polybia (Trichothorax) chrysothorax (Lichtenstein) (Hymenoptera, Vespidae, Polistinae, Polybiini). Revta. bras. Ent., 25(2): 149-253. SANTOS, B.B. 1996. Ocorrência de vespídeos sociais (Hymenoptera, Vespidae) em pomar em Goiânia, Goiás, Brasil. Agrárias, 15(1): 43-46. SANTOS, B.B. & M.J.M. FERREIRA. 1997. Flutuação populacional de alguns vespídeos sociais (Hymenoptera Vespidae) em pomar de Goiânia GO, Brasil. Revta. Agricultura, 72(3): 295-304. SIMÕES, D. & M.R. MECHI. 1983. Estudo sobre a fenologia de Polybia (Myrapetra) paulista Ihering, 1896 (Hymenoptera, Vespidae). Naturalia, 8: 185-191. SIMÕES, D.; N. GOBBI & B.R. BATARCE. 1985. Mudanças sazonais na estrutura populacional em colônias de 3 espécies do gênero Mischocyttarus. Naturalia, 10: 89-105. TANNURE, I.C. & F.S. NASCIMENTO. 1999. Influência do conflito de dominância entre fundadoras em colônias de vespas sociais pertencentes ao gênero Polistes (Hymenoptera, Vespidae)., 1(1): 31-40. WENZEL, J.W. & J.M. CARPENTER. 1994. Comparing methods, adaptative traits and tests of adaptation. P. 79-101. In: P. EGGLETON & R. VANE-WRIGHT (eds.) Phylogenetics and ecology. London, Academic Press. 616p. WEST-EBEHARD, M.J. 1969. The social biology of Polistine wasps. Misc. Publ. Mus. Zool. Univ. Mich., 140: 1-101. WILSON, E.O. 1971. The insect societies. Cambridge: The Belknap, 548p. WILSON, E.O. 1975. Sociobiology: the new synthesis. Cambridge: The Belknap, 697p.