Caracterização de dobras de laminação por metalografia e microscopia óptica



Documentos relacionados
Conceitos Iniciais. Forjamento a quente Forjamento a frio

UNIVERSIDADE SANTA. Objetivo Metodologia Introdução. Método Experimental Resultados Experimentais Conclusão Grupo de Trabalho

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO MECÂNICA

Aula 3: Forjamento e Estampagem Conceitos de Forjamento Conceitos de Estampagem

Curso de Engenharia de Produção. Processos de Fabricação

EFEITO DA ESTRUTURA BAINÍTICA EM AÇOS PARA ESTAMPAGEM

1. PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO MECÂNICA

Corte e dobra. Nesta aula, você vai ter uma visão geral. Nossa aula. Princípios do corte e da dobra

Introdução Vantagens e Desvantagens A Quente A Frio Carga Mecânica Matriz Aberta Matriz Fechada Defeitos de Forjamento

Ensaios não-destrutivos

MANEIRAS DE SE OBTER UMA DETERMINADA FORMA

Título: TREFILAÇÃO DE ARAME ATRAVÉS DE FIEIRAS E ANÉIS

4.Materiais e métodos

Processo de Forjamento

EFEITO DO PROCESSO DE LAMINAÇÃO A QUENTE SOBRE AS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE CHAPAS FINAS DE AÇO I.F. LAMINADAS A FRIO 1

INFLUÊNCIA DA GRAFITIZAÇÃO E FADIGA-CORROSÃO NO ROMPIMENTO DE TUBO DE CALDEIRA

REFINO DE GRÃO ATRAVÉS DE TRATAMENTO TÉRMICO SEM MOVIMENTAÇÃO DE MASSA

JATEAMENTO - INTRODUÇÃO APLICAÇÃO

O que são os Ensaios Não Destrutivos

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA DOBRA NA RESISTÊNCIA À FLEXÃO DE UM PERFIL DE AÇO FORMADO A FRIO APLICADO NO SETOR DE ESTRUTURAS METÁLICAS

NBR 7480/1996. Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado

Soldagem de manutenção II

Telecurso 2000 Processos de fabricação Peça; Retalho; Tira.

Curso Piloto de Informação para Operários e Encarregados Módulo: Estruturas de Concreto Armado Aula: Armaduras

Desempenamento. desempenamento de uma barra

ULTRA-SOM MEDIÇÃO DE ESPESSURA PROCEDIMENTO DE END PR 036

Aços Longos. Barras Trefiladas

ANÁLISE DE FALHA EM VIRABREQUIM DE MOTOR V8

DUREZA DE CORPOS SINTERIZADOS Por Domingos T. A. Figueira Filho

Aspectos de Segurança - Discos de Corte e Desbaste

Dobramento. e curvamento

Ensaio de Emissão Acústica Aplicado em Cilindros sem Costura para Armazenamento de Gases

TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

Resultados e Discussões 95

Influence of Austenitizing Temperature On the Microstructure and Mechanical Properties of AISI H13 Tool Steel.

materiais ou produtos,sem prejudicar a posterior utilização destes, contribuindo para o incremento da

PROCESSOS METALÚRGICOS DE FABRICAÇÃO

ANEXO IV ESPECIFICAÇÃO DE PINTURA PARA TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA

MONTAGEM INDUSTRIAL UNIDADE VII MONTAGEM ESTRUTURA METÁLICA

Mandrilamento. determinado pela operação a ser realizada. A figura a seguir mostra um exemplo de barra de mandrilar, também chamada de mandril.

Companhia Siderúrgica Nacional.

Construção de Edícula

Lista de cargos e funções disponíveis no Consórcio Ipojuca

Tubos cladeados. Tubos resistentes à corrosão. Tubos cladeados

Novas Tendências do Mercado de Laminação de Tiras a Frio (cilindros)

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SÃO PAULO CEFET-SP. Tecnologia Mecânica

IMPLEMENTAÇÃO DE MELHORIAS NO PROCESSO DE TRATAMENTO TÉRMICO PARA ALÍVIO DE TENSÕES DE COMPONENTES DE COLUNA DE DIREÇÃO

REDUÇÃO DA OCORRÊNCIA DE TRINCAS NAS BORDAS DE TIRAS DURANTE LAMINAÇÃO A FRIO ATRAVÉS DA PADRONIZAÇÃO DOS PARÂMETROS DE CORTE 1

Tubos. Especificações técnicas de fabricação

2 Sistema de Lajes com Forma de Aço Incorporado

Rodas Microligadas: Estudo e aplicação nas ferrovias da Vale

Ensaios Mecânicos de Materiais. Conceitos Fundamentais. Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues

TUDO PARA VOCÊ FAZER UM TRABALHO DE QUALIDADE

UERJ CRR FAT Disciplina ENSAIOS DE MATERIAIS A. Marinho Jr

TRABALHO DE GRADUAÇÃO. Projeto. Curso de Engenharia Mecânica ( ) Integral (X) Noturno. Aluno: xxxxxxx n

Aplicação de Técnicas de Processamento e Análise de Imagem na Análise Automática da Quantidade e do Tamanho do Grão em Imagens Metalográficas

SEGMENTAÇÃO DE IMAGENS EM PLACAS AUTOMOTIVAS

COLAGEM APLICADA A INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA.

Desenho e Projeto de Tubulação Industrial

Catálogo de Tubos. Soluções em aço

Metalografia não Destrutiva pelo Método de Réplicas.

FÓRUM NOVAS TECNOLOGIAS NA SOLDADURA. 15 de Abril de 2010

Aplicação dos princípios de gestão da manutenção em uma fábrica de colchões

ASSISTÊNCIA TÉCNICA. Caderno 02

Estrutura Atuador Bateria

Dureza de materiais metálicos

Recomendações de Segurança do Trabalho

Papel. Etapa 6- Esta etapa trata-se do papel sendo utilizado por seus consumidores em diversas formas, como em livros, cartas, jornais, etc.

APLICAÇÃO DE GEOWEB EM REVESTIMENTO DE CANAL AEROPORTO INTERNACIONAL GUARULHOS SP

Radiologia Industrial. Radiografia de Soldas. Agenda. Tubulações e Equipamentos 23/08/2009. Walmor Cardoso Godoi, M.Sc.

ÍNDICE CORROSÃO E MEDIDAS DE PROTEÇÃO ESPECIFICAÇÃO DE AÇOS, LIGAS ESPECIAIS E FERROS FUNDIDOS (Módulo I)... 4 ACABAMENTO DE SUPERFÍCIE...

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA DOBRA NA RESITÊNCIA À FLEXÃO ESTÁTICA DE UM PERFIL DE AÇO FORMADO A FRIO APLICADO NO SETOR DE ESTRUTURAS METÁLICAS

TECNOLOGIA DA DEFORMAÇÃO PLÁSTICA. VOL II APLICAÇÕES INDUSTRIAIS (Enunciados de Exercícios Complementares)

Santos/SP, outubro de 2014.

Ensaiar é preciso! Como você se sentiria se a chave que acabou

Conceitos básicos de Componentes SMD. Eng. Décio Rennó de Mendonça Faria

THE SWEDISH DOCTOR BLADE

I CONFERÊNCIA LATINO-AMERICANA DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL X ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO

1. Objetivo Referências Condições gerais Condições específicas Inspeção 2. Tabela 1 - Características elétricas e mecânicas 4

PROTEÇÃO PARA CONTAMINAÇÃO DE LASTRO REGIÃO DE CARREGAMENTOS

COMPORTAMENTO DOS MATERIAIS SOB TENSÃO. Prof. Rubens Caram

Engenharia Diagnóstica

2 Materiais e Métodos

MANUTENÇÃO PREDITIVA

UM ENSAIO DO PROCESSO DE RECOZIMENTO PLENO

Manual de Instalação. Portas de Segurança

REVESTIMENTOS DUROS RESISTENTES AO DESGASTES DEPOSITADOS POR SOLDAGEM


Departamento de Engenharia Civil, Materiais de Construção I 3º Ano 1º Relatório INDÍCE

ALCOA Jantes de Alumínio Forjado. Dados e Caracteristicas

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Eliton Suldário da Silva Sousa Helton da Paixão Silva Joaquim Eliano Dutra Bezerra. Ensaios de dureza e microdureza do vergalhão GG50

- Nosso corpo é formado por inúmeras estruturas macro e microscópicas;

Suportes de Tubulações

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO Escola de Minas DECIV Patologia das Construções. Patologia das Madeiras

Aula 17 Projetos de Melhorias

Laminação controlada permite a obtenção de folhas de aço-carbono ultrafinas

REVESTIMENTO CERÂMICOS

Curso de Engenharia de Produção. Sistemas Mecânicos e Eletromecânicos

Transcrição:

Caracterização de dobras de laminação por metalografia e microscopia óptica Marcos Chogi Iano (1) Faculdade de Tecnologia de Sorocaba São Paulo Brasil e-mail: iano@fatecsorocaba.edu.br Mauro Pancera (2) Faculdade de Tecnologia de Sorocaba São Paulo - Brasil e-mail: mauropancera@ig.com.br Resumo As dobras de laminação durante o processo de fabricação do aço, são depressões oxidadas na superfície do produto, na direção de laminação. Essas dobras constantemente são preenchidas de óxidos e apresenta sua superfície intensamente descabonetada. As ferramentas de investigação mais comuns para detecção destes defeitos são as inspeções visuais, magna-flux (partículas magnéticas), líquidos penetrantes, ultra-som e microscopia. Neste estudo, empregamos as técnicas metalográficas para auxiliar a visualização através do microscópio. Os corpos de prova foram retirados das barras no sentido transversal após inspeção visual ou através de partículas magnéticas. Os resultados das análises indicaram dobras com profundidades de 0.30 e 0.51mm. Palavras-chave: dobras, laminação, metalografia e microscopia. 1

a) Introdução A competitividade e a busca de constante aprimoramento das organizações industriais fazem com que o monitoramento de todas as atividades e principalmente, do sistema produtivo, ganhe grande importância. Deste modo, no processo de produção de aço a laminação tem papel fundamental na qualidade final deste produto. Visando acompanhar e aprimorar o processo de conformação mecânica na forma de barra, lingote, placa, fio, ou tira [1], este estudo acompanhou várias corridas para levantar as causas de um dos defeitos mais comuns desta etapa de fabricação que são as chamadas dobras. Realizou-se o monitoramento das etapas de passagem do material entre os rolos onde o material sofre compressões [2,3] e conseqüentemente tensões elevadas, etapa realizada geralmente a quente. Depois dessa fase segue-se uma nova etapa de laminação a quente para transformar o produto no perfil semi-acabado. A laminação a frio vem em seguida com o intuito de finalizar esta etapa, proporcionando propriedades mecânicas interessantes ao material [4,5,6]. Durante a primeira fase de laminação (blooming) [7,8] a proporção de redução ganha importância, uma vez que nesta etapa o defeito de dobra pode começar a surgir. Grandes reduções de perfil em uma única passada podem comprometer todas as etapas seguintes. Inserido neste contexto este trabalho visa apontar algumas ações de cunho prático para minimizar a ocorrência deste defeito. b) Objetivos - Neste trabalho procuramos identificar os defeitos de dobra utilizando técnicas de metalografia e microscopia; - Caracterizar estes defeitos através de imagens fotográficas; - Promover ações corretivas para minimizar a ocorrência deste tipo de defeito. c) Revisão bibliográfica As dobras de laminação durante o processo de fabricação do aço são depressões oxidadas na superfície do produto, na direção de laminação, em geral bastante profundas sendo sua penetração não radial. Essas dobras constantemente são preenchidas de óxidos e apresenta sua superfície intensamente descarbonetada. No caso de material forjado pode ser intermitente no sentido longitudinal ou transversal. Este tipo de defeito é produzido por um alargamento lateral do material submetido a passadas com reduções elevadas e que em passadas sucessivas provoca sua dobra em um dos seus lados (podendo ocorrer em ambos os lados). Outro mecanismo de geração destes defeitos pode ser oriundos dos cantos vivos em produtos semi-acabados gerados por canais mal recondicionados, mal calibrados ou ainda através de forjamento e/ou laminação incorretos. A redução total atingida por laminação a frio geralmente varia de 50 a 90% [9,10,11]. Quando se estabelece o grau de redução em cada passe de laminação, deseja-se uma distribuição tão uniforme quanto possível nos diversos passes sem haver uma queda acentuada em relação à redução máxima em cada passada. 2

Normalmente, a porcentagem de redução menor é feita na última passada para permitir um melhor controle do aplainamento, bitola e acabamento superficial [12]. d) Materiais e métodos Os corpos de prova foram retirados das barras no sentido transversal, após inspeção visual ou através de partículas magnéticas. Através das técnicas investigativas empregando o processo de magna-flux e recalque realizado numa máquina de ensaio de tração com capacidade de 40 toneladas, aplicando uma redução de 2:1. Posteriormente o corpo de prova foi cortado ao meio e empregado as técnicas de micrografia convencional, ou seja, desbaste efetuado com lixas de 120 granas (fita) em seguida com lixas de 220, 320, 400 e 600 granas. O espelhamento dos corpos de prova foi realizado através de pasta diamantada com granulação 3μm no pré-acabamento e 1μm para acabamento final, seguido de limpeza em álcool absoluto. O reativo utilizado, quando necessário, foi uma solução alcoólica de acido nítrico a 3%v.v. (nital) empregado por imersão a frio por aproximadamente 8 segundos. A análise foi produzida através de microscopia óptica utilizando-se de um microscópio com ampliação de 50 vezes. e) Resultados e discussões Através da figura 1, podemos visualizar uma fratura característica de dobramento, uma vez que o posicionamento desta trinca se fez em posição radial e com desenvolvimento curvo. Neste corpo de provas detectou-se ainda o surgimento de outra fratura de dimensão inferior, localizada a 180º em relação à primeira (figura 2). Figura 1- Amostra recalcado com fratura radial 3

Fratura menor Fratura maior Figura 2- Esquema do posicionamento das fraturas na amostra Para comparação e facilitação da visualização das dobras, foram confeccionados amostras com diferentes acabamentos (ataque químico), a fim de promover contrastes variáveis nas imagens captadas pelo microscópio e posteriormente fotografadas. Na figura 3, é mostrado um corpo de provas sem o ataque químico final, o que gerou a visualização da fratura na cor escura. Esta fratura possui uma profundidade de aproximadamente 0,30 mm, com preenchimento de óxidos, fator que gera o aspecto de escurecimento desta região. Figura 3- Amostra sem ataque químico A outra amostra foi atacada (figura 4), gerando uma imagem onde se pode verificar uma dobra de aproximadamente 0,51 mm de profundidade, além disso, uma região levemente descarbonetada (indicada pela seta). 4

Figura 4- Amostra atacada com reagente químico Na figura 5, também não atacada com reagentes químicos, pode-se visualizar a diferenciação de contraste em relação à figura 4, uma vez que são amostras retiradas de regiões próximas. Outra informação interessante, diz respeito à evolução do crescimento da dobra, visto na região inicial na figura 3, e região central nas figuras 4 e 5. Figura 5 mostra uma diferença de profundidade f) Conclusões Os corpos de provas foram retirados de barras originárias de palanques de cantos não arredondados, o que comprova a grande incidência na geração deste tipo de defeito com estas características. A adequação nos planos de passadas durante o desenvolvimento do processo de laminação, por meio da calibração adequada dos cilindros, evitará reduções drásticas e conseqüentemente o surgimento dos cantos vivos. Além destes procedimentos duas outras ações são 5

recomendáveis: (i) suprimir a ocorrência de rebarbas nos lingotes ou semiacabados, (ii) arredondamento dos cantos produzidos durante a escarfagem ou esmerilhamento das zonas recondicionadas. g) Referências bibliográficas [1] HOILE, S. (October 2000), Materiais science and technology, 1079-1093. [2] GORNI, A. A.; VALLIN, P. S. S. (2003), Efeito da Recristalização Dinâmica na Resistência à Deformação de Aços Processados no Laminador de Tiras à Quente, 40º Seminário de Laminação Processos e Produtos Laminados e Revestidos Vitória (E.S). [3] HULKA, K. (2000), High strength extra deep drawing quality sheet, CBMM On-line Technical Report. [4] OUCHI, C. et. al. (March 1982), Transactions of the ISIJ, 214-222. [5] SENUMA, T. et. al. (June 1998), ISIJ Internacional, 587-594. [6] KWON, O. & MIN, K. Z. (May 1994), In: Physical Metallurgy of if Steeels, Proceedings. The Iron and Steel Institute of Japan, Tokyo, 9-12. [7] LOUREIRO, F. G. E outros. (Setembro 2000), In: XXXVII Seminário de Laminação, Anais. Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais, Curitiba, [8] BORATTO, F. et. al. (1988), In: Thermec 88, Proceedings. Iron and Steel Institute of Japan, Tokyio, p. 383-390. [9] BLECK, W. Et al. (September 1993), Steel Research, 396-400. [10] RUIZ-APARICIO, L. et. al. (1993) In: International Symposium on Low- Carbon Steels for The 90 s, Proceedings. TMS, Warrendale, 419-426. [11] SILVA, J. M. S. et. al. (1997), In: II Congresso Internacional de Tecnologia Metalúrgica e de Materiais, Anais. Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais, São Paulo. [12] GORNI, A.A.; SILVEIRA, J. H. D.; FILHO, C. A. (2002), Efeito do Processo de Laminação a Quente sobre as Propriedades Mecânicas de Chapas Finas de Aços I.F Laminados a Frio, 39º Seminário de Laminação Processos e Produtos Laminados e Revestidos, Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais, Ouro Preto (MG). Contato (1) Professor Dr., Av. Eng. Carlos Reinaldo Mendes, 2015, Alto da Boa Vista Sorocaba SP. 6

Tel. (15) 32282366 e-mail: iano@fatecsorocaba.edu.br (2) Professor, Av. Eng. Carlos Reinaldo Mendes, 2015, Alto da Boa Vista Sorocaba SP. Tel. (15) 32282366 e-mail: mauropancera@ig.com.br 7