ANEXO ÚNICO DA DELIBERAÇÃO CIB-SUS/MG Nº 2.144, DE 15 DE JULHO DE DIAGNÓSTICO E DIRETRIZES PARA O PLANO DA REDE DE ATENÇÃO EM ONCOLOGIA

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Transcrição:

ANEXO ÚNICO DA DELIBERAÇÃO CIB-SUS/MG Nº 2.144, DE 15 DE JULHO DE 2015. DIAGNÓSTICO E DIRETRIZES PARA O PLANO DA REDE DE ATENÇÃO EM ONCOLOGIA SECRETARIA DO ESTADO DA SAÚDE DE MINAS GERAIS 2015 3

Fausto Pereira dos Santos SECRETÁRIO DE ESTADO DE SAÚDE Alzira de Oliveira Jorge SECRETÁRIA ADJUNTA DE ESTADO DE SAÚDE Maria Thereza Rodrigues da Cunha CHEFIA DE GABINETE Miriam Maria de Souza SUBSECRETARIA DE POLÍTICAS E AÇÕES DE SAÚDE Ana Augusta Pires Coutinho SUPERINTENDÊNCIA DE REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE Celeste de Souza Rodrigues SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA E PROTEÇÃO À SAÚDE Maria do Carmo SUBSECRETARIA DE REGULAÇÃO EM SAÚDE Grupo de condução: Márcia Dayrell (Coordenação Rede de Atenção às Doenças Crônicas/SUBPAS/SES-MG) Iveta Malachias (Diretora de Estudos e Análises Assistenciais/SUBREG/SES-MG) Fabio Augusto Guerra (SMSA-BH) Marcelo Almeida Campos (SMSA-BH) Maria Cristina Drummond (SMSA-BH) Márcia Moreira Morais (Assessora técnica COSEMS) Kátia Barbalho Diniz Costa (Secretaria Municipal de Saúde de Governador Valadares) Denise Adriana Andrade Santos (Secretaria Municipal de Saúde de Mesquita) Elizabeth Rodrigues (Subsecretaria de Planejamento e Regulação de Barbacena) Equipe técnica de Apoio Cristiane Aparecida de Lima (Rede de Atenção às Doenças Crônicas/SUBPAS) Marina Pires Maia Machado (Rede de Atenção às Doenças Crônicas/SUBPAS) Sabrina da Silva Mendes (Rede de Atenção às Doenças Crônicas/SUBPAS) Marcela Augusta Teixeira (Diretora de Informações em Saúde/SUBREG) Ingrid Melo Gonçalves (Diretoria de Programação Pactuada Integrada/SUBREG) Alcione Elaine Silva Campos (Diretora de Estudos e Análises Assistenciais/SUBREG) Maria Auxiliadora Silva Pinto (Diretora de Estudos e Análises Assistenciais/SUBREG) Helena Dutra de Almeida (Diretora de Estudos e Análises Assistenciais/SUBREG) Ana Paula Medrado de Barcelos (Diretoria de Atenção Primária à Saúde/ SUBPAS) Deise Aparecida dos Santos (Diretoria de Análise de Situação de Saúde/SVBVPS) Ana Maria de Jesus Cardoso (Atenção à Mulher/ SUBPAS) 4

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 6 2. ATENÇÃO ESPECIALIZADA HOSPITALAR... 8 2.1. REGIONALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS... 9 2.1.1- O MODELO DE REGIONALIZAÇÃO O PDR SUS/MG... 9 2.1.2- O PDR-SUS/MG E A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS UNIDADES HABILITADAS... 12 2.1.2-1. CRITÉRIOS PARA ADEQUAÇÃO... 13 2.2. TRATAMENTO DO CÂNCER... 20 2.2.1- QUIMIOTERAPIAS... 20 2.2.2- RADIOTERAPIA... 23 2.2.3- CIRURGIA ONCOLÓGICA... 26 2.3. FORMAS DE ORGANIZAÇÃO... 34 2.3.1- RESOLUBILIDADE DAS CIRURGIAS ONCOLÓGICAS... 35 2.3.1-1. CIRURGIAS CLASSIFICADAS CATEGORIA 1... 36 2.3.1-2. CIRURGIAS DE CABEÇA E PESCOÇO... 37 2.3.1-3. CIRURGIAS EM ORTOPEDIA... 37 2.3.1-4. CIRURGIA TORÁCICA... 38 2.3.1-5. CIRURGIAS DE TUMORES DO SISTEMA NERVOSO... 39 2.3.2- CIRURGIAS ONCOLÓGICAS EM PEDIATRIA... 40 2.3.3- CIRURGIAS EM OFTALMOLOGIA... 41 2.3.4- HEMATOLOGIA... 42 2.4. SERVIÇO DE APOIO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO (SADT) NOS HOSPITAIS... 44 2.5. FINANCIAMENTO... 49 2.6. CUSTO MÉDIO POR PACIENTE PARA REALIZAÇÃO DO SADT ONCOLOGIA... 52 2.7. O DIMENSIONAMENTO DAS NECESSIDADES ASSISTENCIAIS POR REGIÃO DE SAÚDE AGREGADA, CONSIDERADA COMO REFERENCIA A CIRURGIA ONCOLÓGICA... 53 2.8. CUIDADOS PALIATIVOS... 60 3. ATENÇÃO ESPECIALIZADA AMBULATORIAL... 61 3.1- PROGRAMA CÂNCER DE MAMA... 61 3.2- PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO... 64 4. ATENÇÃO BÁSICA... 66 4.1. PROMOÇÃO DA SAÚDE... 66 4.1.1- AÇÕES DA DIRETORIA DE PROMOÇÃO À SAÚDE RELACIONADAS COM AS MACROS AÇÕES PROPOSTA:... 66 4.1.1-1. INDICADORES... 68 5. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO... 69 6. CONCLUSÕES... 76 7. METAS... 78 8. GLOSSÁRIO PARA A REDE DE ONCOLOGIA... 83 5

1. INTRODUÇÃO O Câncer é o responsável por mais de 12% de todas as causas de óbito no mundo. Com o aumento gradativo da esperança de vida, a incidência de câncer, estimada em 2002 em 11 milhões de casos novos, alcançará mais de 15 milhões em 2020. (International Union AgaintCancer/UICC) No Brasil, com o recente envelhecimento da população, que projeta o crescimento exponencial de idosos, é possível identificar um aumento expressivo na prevalência do câncer, o que demanda dos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) imenso esforço para a oferta de atenção adequada aos doentes. Esta perspectiva deixa clara a necessidade de grande investimento na promoção de saúde, na busca da modificação dos padrões de exposição aos fatores de risco para o câncer (INCA,2006) Em Minas Gerais, a mortalidade por neoplasias tem aumentado ao longo dos anos e representa a segunda maior causa de óbito (Gráfico 1). Segundo a Análise da Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Regiões Ampliadas de Saúde de Saúde, ano 2013, 47% dos casos novos estimados do estado de Minas Gerais foram por sete tipos de cânceres passíveis de ações preventivas e /ou detecção precoce. GRÁFICO 1- PRINCIPAIS GRUPOS DE CAUSA ÓBITO. ESTADO DE MINAS GERAIS (MG) / BRASIL (2000 A 2013) As redes de atenção à saúde são organizações formadas por um conjunto de serviços de saúde, que permitem ofertar uma atenção contínua e integral a determinada população, coordenada pela atenção primária à saúde. 6

Há, na literatura internacional, evidências de boa qualidade de que as redes de atenção à saúde podem melhorar a qualidade clínica, os resultados sanitários, a satisfação dos usuários e reduzir os custos dos sistemas de atenção à saúde. No Brasil, o tema das redes de atenção à saúde é recente e não há experiências em escala, nem avaliações robustas. Contudo, estudos de casos de experiências de redes de atenção à saúde indicam que elas, à semelhança do que ocorre em países desenvolvidos, podem ter impacto significativo nos níveis de saúde, com custos suportáveis pelo SUS. A Política Nacional de Atenção Oncológica passou a tratar o câncer como problema de saúde pública, conforme orienta a OMS. O controle da doença deve focalizar o diagnóstico precoce e a prevenção, em vez de se concentrar no tratamento das fases avançadas. A Rede de Atenção Oncológica tem como objetivo reduzir a incidência e a mortalidade por câncer e garantir qualidade de vida aos pacientes em tratamento. A rede de atenção às pessoas com doenças crônicas no eixo temático do câncer é constituída pelos seguintes componentes: Atenção Básica: responsável pela promoção, prevenção, rastreamento, diagnóstico precoce, suporte e pelos cuidados paliativos. Atenção Especializada Ambulatorial: diagnóstico histológico do câncer e cuidados paliativos Atenção Especializada Hospitalar: CACON (Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia), UNACON (Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia) e Complexos - Hospital Geral com Cirurgia de Câncer de Complexo Hospitalar, Serviço de Radioterapia de Complexo Hospitalar responsáveis pelo diagnóstico, tratamento e cuidados paliativos. Sistemas de Apoio, Regulação, dos Sistemas Logísticos e Governança. Conforme previsto na Portaria 140 de 27 de fevereiro de 2014, os gestores devem descrever, no processo de solicitação de habilitação na atenção especializada em oncologia, a organização e as responsabilidades de todos os componentes da rede. 7

2. ATENÇÃO ESPECIALIZADA HOSPITALAR São atualmente 31 serviços credenciados na atenção especializada hospitalar no estado de Minas Gerais. São 13 Regiões Ampliadas de Saúde de saúde no estado, sendo que em 02 não há serviços habilitados pelo SUS. As Regiões Ampliadas de Saúde com maiores concentrações de serviços são a Centro (BH), Sudeste (Juiz de Fora) e a Sul (Alfenas) (Gráfico 2). Na Região Ampliada de Saúde Nordeste e Centro, 02 serviços novos aguardam credenciamento, respectivamente em Teófilo Otoni e Itabira. Gráfico 2- Distribuição Da Atenção Hospitalar Em Oncologia Segundo Região Ampliada De Saúde De Saúde. Secretaria Estadual De Saúde De Minas Gerais (Mg). Junho/2015 8

2.1. REGIONALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS 2.1.1- O MODELO DE REGIONALIZAÇÃO O PDR SUS/MG O PDR é base orientadora para a organização e descentralização dos serviços de saúde, tendo sido pensado de forma a promover fluxos mais racionais para populações nos seus diversos espaços, intra e inter-regionais. Nos processos de planejamento das redes é uma das orientações básicas, para se avaliar a maior acessibilidade. O PDR objetiva também, nos termos da Lei 8080 e Decreto 7508, promover economias de escala e escopo e maior equidade entre regiões, o que é avaliado anualmente. Para o ordenamento espacial foi considerada a extensão geográfica, as diferenças de densidade demográfica e de possibilidades dos equipamentos urbanos. O PDR em Minas Gerais foi estruturado de forma a atender, em suas referências, ao desenho dos modelos de atenção à saúde: primária, secundária, terciária. O primeiro nível de atenção é da responsabilidade dos municípios. O segundo nível é da responsabilidade dos municípios polos das Regiões de Saúde. O terceiro nível, que pressupõe demanda mais rarefeita e mais alta densidade tecnológica, é da responsabilidade do município polo das Regiões Ampliadas de Saúde, conceitualmente definidas como um conjunto de Regiões de Saúde circunvizinhas que referenciam a sua demanda de atenção terciária para o referido polo. Assim, o PDR possibilita estimar vazios assistenciais e direcionar, nos diversos níveis, investimentos que viabilizem as redes ou a estrutura física e assistencial para as linhas de cuidados, uma vez que estabelece critérios e princípios gerais (1) que dizem respeito às necessidades da demanda em termos de acesso e escala. O quadro abaixo cita alguns exemplos da proposta de organização dos níveis de atenção/regionalização, citando procedimentos que são orientadores e não obrigatórios. Há possibilidade da existência de outros municípios próximos que já ofertam parte do elenco de procedimentos esperados para um município polo e nível de atenção. 9

Quadro 1- Relação entre os níveis de atenção e de regionalização segundo o PDR-MG. Níveis de atenção (Sigla dos elencos) (2) Responsabilidade sanitária Ações e serviços ambulatoriais e hospitalares (2) (Exemplos) Primária (MCHB) Município PSF, UBS; internações clínicas para tratamento de infecções,primeiros socorros, parto risco habitual, etc. Secundária (MCH1 e 2) Polo de microrregião (cerca de 100.000 habitantes, distancia a cerca de 1h30min) É o 1º nível de referência. Mamografia, ultrassonografia, tomografia, internações para complicações da gravidez, UTI adulto e neonatal, cirurgias de media complexidade da urologia, vasculares, pequeno e médio trauma, tratamento de doenças cardiovasculares. Hospitais de médio porte e serviços ambulatoriais de especialidade, da MC. TRS, Cobertura dos municípios da micro. Terciária (AC-MCHE) É o 2º nível de referência, geralmente serviços de AC e de MC de Polo da macrorregião maior especialização, como as cirurgias de coluna. Devem atender o (cerca de 1.000.000 hab., grande trauma, as cirurgias e tratamento em Onco, Cirurgias com subconjuntos de Cardiovasculares, transplantes, etc. Devem contar com serviços de cerca de 500.000 Medicina Núclear, ressonância magnética e serviços diagnósticos e habitantes; a distância não terapêuticos de grande especialização. Hospitais de grande porte, ter é relevante oferta de mais de 70% do elenco esperado e referência ou cobertura de toda macro. Conforme capacidade instalada e portes demográficos diferenciados por município, ou por região de saúdes, as responsabilidades descritas no quadro acima podem ser adequadas às realidades específicas. Assim, um município do porte populacional de uma região de saúde pode assumir os serviços da atenção secundária. Não se caracterizará como região porque não absorve as responsabilidades de cobertura e abrangência intermunicipal. A Carteira de Serviços (Tipologia)/PDR-SUS/MG, que detalha conforme Tabela SIAH as ações e serviços por nível de atenção e regionalização, foi elaborada tendo em vista a necessidade e as capacidades instaladas em potencial dos serviços mapeados no Estado, segundo os princípios do SUS. Esses, além dos propósitos da descentralização/regionalização, apontam para observância da equidade, das economias de escala e escopo e são, indutores da qualidade dos serviços e da sustentabilidade do SUS. Atendendo a lógica e motivações acima descritas, o PDR-SUS/MG elaborado e aprovado pelo CES/MG, pela CIB-SUS/MG e pela CIT, em 2002, tem sido ao longo dos anos, discutido e ajustado pela SES/MG e COSEMS/MG. O PDR-SUS/MG conta com 13 Regiões Ampliadas de Saúde e 77 Regiões de Saúde. As cirurgias oncológicas, cardiovasculares, endovasculares e intervencionistas estão previstas para serem ofertadas nos polos da Região Ampliada de Saúde, geralmente localizados em municípios que permitem garantir fixação de equipes de especialistas e apoio a populações 10

maiores em diversas Regiões de Saúde no entorno. A maioria de tais procedimentos é eletiva e programável. A Rede de Urgência/Emergência prevê, quando necessário, outros recursos para acesso (Ambulâncias com UTI, etc.). 11

2.1.2- O PDR-SUS/MG E A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS UNIDADES HABILITADAS No caso da Oncologia, em gestões anteriores, serviços foram habilitados em desacordo às propostas de escala do PDR e das normas ministeriais que preveem um serviço para cerca de 500.000 habitantes. Há algumas diferenças na produção e de acesso atípico em serviços habilitados até presente data, a serem detalhados oportunamente neste documento (situação de Cataguases/Leopoldina e em São João Del Rey). Fica evidente também a não cobertura de regiões extensas e populosas como a Nordeste. A correção destas questões está sendo proposta pelo plano ora apresentado. Como é de conhecimento geral, a oferta condiciona a demanda. Nestes termos, há grande concentração de oferta e de acesso/cobertura para os residentes das Regiões Ampliadas de Saúde Sudeste e Leste do Sul, evidenciado a partir deste estudo. A habilitação de serviços em pontos geograficamente mais adequados garante o maior acesso por região e no estado. Em MG há algumas unidades que a habilitação foi motivada para atendimento aos residentes em Regiões de Saúde de baixa densidade populacional e sem necessidade para cobrir populações circunvizinhas (exemplo: serviços de Cataguases e de São João Del Rei). Por outro lado, há outras regiões geograficamente extensas e sem capacidade instalada (exemplo: Região Ampliada de Saúde Norte e Nordeste), e outras Regiões Ampliadas de Saúde com grandes déficits em relação à população dos seus territórios impossibilitando a cobertura adequada, como se pode observar nas Regiões Ampliadas de Saúde Oeste, Norte e Noroeste. As dificuldades espaciais de cobertura e distribuição dos UNACON e CACON em MG, considerando as 13 regiões ampliadas de saúde, implicam em se planejar para o futuro novas instalações, além da expansão e recontratação das atuais. Neste plano de ação que orientará a linha de cuidados da oncologia, há que se promover também adequações do PDR-SUS/MG de forma a garantir melhor identificação do território responsável, seja contribuindo com Atenção Primária na identificação e acompanhamento dos casos novos, seja na orientação dos fluxos para Atenção Secundária e Terciária, o mais próximo da residência. Assim, propõe-se que as 13 Regiões Ampliadas de Saúde sejam, quando necessário, subdivididas. Noutros termos, cada Região Ampliada de Saúde é um conjunto de Regiões de Saúde circunvizinhas ainda que distantes. Para a linha de cuidado da oncologia torna-se necessário identificar a Região de Saúde Agregada pertencentes a uma mesma Região 12

Ampliada de Saúde, tornando-se importante observar que sejam mais próximos, circunvizinhos, com população estimada em torno de 500.000 habitantes e que já tenham tradição de referir parte de sua demanda para municípios com prestadores já habilitados na prestação da assistência em oncologia. Tais características permitem melhor definição das áreas de abrangência, onde os serviços habilitados para atenção terciária, sob a coordenação da Atenção Primária garantirão o desenvolvimento da linha de cuidado a ser implantado, principalmente para a atenção dos pacientes acometidos pelos cânceres mais prevalentes. 2.1.2-1. CRITÉRIOS PARA ADEQUAÇÃO As Regiões Ampliadas de Saúde foram adequadas tendo em vista a necessidade de implementação da linha de cuidado em oncologia, em territórios denominados Regiões de Saúde Agregadas para definição de responsabilidades específicas, considerando: 1º) Existência de unidades habilitadas por território; 2º) Fluxo predominante já existente da demanda em oncologia para atendimento aos cânceres mais prevalentes 3º) Escala populacional das regiões de saúdes das agregadas em torno de 500.000 habitantes. 4º) Circunvizinhança das regiões de saúde. Foi identificado dentro de algumas Regiões de Saúde Agregadas, estabelecimentos localizados em municípios e em Regiões de Saúde diferentes, o que implicou na subdivisão destas Regiões de Saúde Agregadas, motivado pela necessidade de contratualização e monitoramento dos diversos prestadores. Conforme evidenciado nos mapas abaixo: O Mapa 1 ilustra a posição geográfica marginal de Cataguases e o grande poder de atração exercido por Muriaé, município prestador mais bem equipado e próximo deste município e com condições de atender toda a demanda da Região de Saúde Agregada. 13

O Mapa 2 ilustra a Região de Saúde Agregada Barbacena/São João Del Rei. O município de ocorrência de São João Del Rei está localizado próximo a outros municípios de ocorrência Barbacena, Belo Horizonte, Juiz de Fora e Muriaé, evidenciando a pouca adequação da habilitação do mesmo. Este fato também está agravado pela pequena densidade populacional da Região de Saúde são João Del Rei. Não existe possibilidade de ampliar a capacidade de produção deste prestador, considerando que a Região de Saúde de Conselheiro Lafaiete deverá ser referenciada para Barbacena, município no qual cediam várias outras redes de assistência, o que viabiliza as economias de escala e escopo. 14

Macro Centro-Sul: divisão do Região de Saúde Agregada e distâncias de outros municípios de ocorrência Os Mapas 3, 4 e 5 ilustram na Região Ampliada de Saúde Sul a distribuição das Regiões de Saúde Agregadas e destaca em um deles as distancias e os fluxos predominantes já existentes. Por serem predominantes como indicam a espessura das linhas, exemplificadas em uma das Regiões de Saúde Agregada, optou-se por identificar na Região Ampliada de Saúde 03 Regiões de Saúde Agregadas (Mapa 3). 15

16

A opção por reagrupar o conjunto de Regiões de Saúde em Regiões de Saúde Agregadas, respeitados os limites dos territórios das Regiões Ampliadas de Saúde, resulta da necessidade de se manter, no futuro, a incorporação de outras redes temáticas que também poderão agregar economia de escala e escopo aos polos. 17

As Regiões de Saúde Agregadas, então, integram as 13 Regiões Ampliadas de Saúde. Eles reagrupam as Regiões de Saúde circunvizinhas, de forma a garantir melhor aproveitamento dos serviços e equipamentos, como também permitem mais adequada abrangência demográfica. Propiciam, assim, maior cobertura e cumprimento das normas, além de melhor orientarem pactuações e referências entre Regiões Ampliadas de Saúde. A Tabela 1, indica, denomina e detalha estas Regiões de Saúde Agregadas, informando as regiões de saúde e população. Algumas Regiões de Saúde Agregadas precisaram, devido à proximidade de duas unidades habilitadas, serem divididos (ou subdivididos ), conforme já esclarecido. A Tabela 1, além de identificar quantitativa e nominalmente as Regiões de Saúde Agregadas com suas Regiões de Saúde, também informa o quantitativo e a localidade das unidades prestadoras habilitadas. Além disso, ainda avalia se o quantitativo de unidades habilitadas está aquém ou além do esperado para uma população em torno de 500.000 pessoas (Port. MS 140). 18

Tabela 1-Número de Unidades Necessárias e Habilitadas para Assistência à Oncologia por população** das regiões do PDR-SUS/MG reagrupadas para Linha de Cuidado Região Ampliada de Saúde/Região de Saúde Agregada, por Região Ampliada de Saúde/Município de Atendimento (Residência) CENTRO 1 - BELO HORIZONTE: RS Belo Horizonte / N Lima / Caeté, Vespasiano, O. Preto, Contagem 3.283.345 1,066 7 6,6 0,4 2 - BETIM: RS Betim 613.674 0,815 1 1,2-0,2 3 - ITABIRA: RS Itabira, Guanhães e João Monlevade 438.809 0,000 0 0,9 a ser habilitada até 08/2015 4 - SETE LAGOAS: RS Sete Lagoas e Curvelo 558.225 0,896 1 1,1-0,1 JEQUITINHONHA 5 - DIAMANTINA: RS Diamantina e Minas Novas/Turmalina/Capelinha 267.183 0,000 0 0,5-0,5 Total da Região de Saúde Agregada Belo Horizonte e Região de Saúde Agregada Diamantina 3.550.528 0,986 7 7,1-0,1 CENTRO SUL 6 - BARBACENA / S. JOÃO DEL REI: RS Barbacena, Cons Laf/Cong e São João del Rei 702.010 1,424 2 1,4 0,6 Barbacena: RS Barbacena e Cons. Lafaiete/Congonhas 487.410 1,026 1 1,0 0,0 São João Del Rei: RS São João del Rei 214.600 2,330 1 0,4 0,6 LESTE 7 - GOVERNADOR VALADARES: RS Governador Valadares, Mantena, Resplendor e 625.037 0,800 1 1,3 Santa Maria do Suaçui -0,3 8 - IPATINGA: Micros Ipatinga, Caratinga e Coronel Fabriciano 754.649 0,663 1 1,5-0,5 LESTE DO SUL 9 - PONTE NOVA: RS Ponte Nova, Manhuaçu e Viçosa 625.468 0,799 1 1,3-0,3 NORDESTE 10 -TEÓFILO OTONI: RS Águas Formosas, Almenara, Araçuai, Itaobim, Nanuque, Pedra Azul e Teófilo Otoni 838.751 0,000 0 1,7 a ser habilitada até 08/2015 NOROESTE 11 -PATOS DE MINAS: RS João Pinheiro, Patos de Minas e Unaí 621.972 0,804 1 1,2-0,2 NORTE 12 - MONTES CLAROS: RS Montes Claros, Brasília de Minas/S.Francisco, Cor. de Jesus, Francisco Sá, Janaúba/ Monte Azul, Januária, Manga, Pirapora e Salinas/Taiobeiras 1.495.017 0,669 2 3,0-1,0 OESTE 13 -DIVINÓPOLIS: RS Divinópolis, Formiga, Itaúna, Bom Despacho, 1.129.450 0,443 1 2,3 Pará de Minas e Santo Antônio do Amparo/Campo Belo -1,3 SUDESTE 14 - JUIZ DE FORA: RS Juiz de Fora, Além Paraíba, Santos Dumont e São J. Nepomuceno 772.644 1,941 3 1,5 1,5 15 - MURIAÉ / CATAGUASES: RS Muriaé, Leopoldina/ Cataguases, Carangola e Ubá 713.646 1,401 2 1,4 0,6 Muriaé: RS Muriaé, Carangola e Ubá 549.711 0,910 1 1,1-0,1 RS Leopoldina / Cataguases 163.935 3,050 1 0,3 0,7 SUL 16 - PASSOS / ALFENAS: RS Passos, Alfenas, Guaxupé, São Sebastião do Paraíso 627.006 1,595 2 1,3 0,7 Passos: RS Passos e São Sebastião do Paraíso 289.738 1,726 1 0,6 0,4 Alfenas: RS Alfenas/Machado e Guaxupé 337.268 1,482 1 0,7 0,3 17 - POUSO ALEGRE/POÇOS DE CALDAS: RS Pouso Alegre, Poços de Caldas e Itajubá 668.690 1,495 2 1,3 0,7 Pouso Alegre: RS Pouso Alegre 371.832 1,345 1 0,7 0,3 Poços de Caldas: RS Poços de Caldas e Itajubá 296.859 1,684 1 0,6 0,4 18 - VARGINHA: RS Varginha, Lavras, São Lourenço, Três Corações e Três Pontas 625.958 0,799 1 1,3-0,3 TRIÂNGULO DO NORTE 19 - UBERLÂNDIA: RS Uberlândia / Araguari, Ituiutaba e Patrocínio/Monte Carmelo 882.279 0,567 1 1,8-0,8 TRIÂNGULO DO SUL 20 -UBERABA: RS Uberaba, Araxá e Frutal/Iturama 527.064 1,897 2 1,1 0,9 Total Minas Gerais 16.770.877 0,924 31 33,5-2,5 Fonte: PDR-SUS/MG; DEAA/SMACSS Denominação da Região de Saúde Agregada em Negrito e Município prestador em Negrito e Itálico População SUS Dependente (Estimativa 2014) *** Número de Unidades Habilitadas por 500.000 Hab Número de Unidades Habilitadas Número de Unidades Necessárias (com base parâmetro de 1 Unidade para 500.000 Déficit/ Superávit IM/Dora/Helena ** Conforme Portaria MS/SAS Nº 140 de 27/02/2014, Art. 28. O número de estabelecimentos de saúde a serem habilitadas como CACON ou UNACON observará a razão de 1 (um) estabelecimento de saúde para cada 500.000 (quinhentos mil) habitantes *** Conforme estimativa da população coberta pelo SUS (exclusão de população da Medicina Suplementar Estimada) 19

2.2. TRATAMENTO DO CÂNCER Existem três formas de tratamento do câncer: cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Elas são usadas em conjunto no tratamento das neoplasias malignas, variando apenas quanto à importância de cada uma e a ordem de sua indicação. Atualmente, poucas são as neoplasias malignas tratadas com apenas uma modalidade terapêutica. Daí, a importância de uma assistência integral pela integração de serviços oncológicos (de cirurgia, radioterapia e quimioterapia), entre si e com serviços gerais, em estrutura hospitalar. 2.2.1- QUIMIOTERAPIAS A quimioterapia é o método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada antineoplásica ou quimioterapia antiblástica. A quimioterapia pode ser utilizada em combinação com a cirurgia e a radioterapia. De acordo com as suas finalidades, a quimioterapia é classificada em: Curativa - quando é usada com o objetivo de se conseguir o controle completo do tumor, como nos casos de doença de Hodgkin, leucemias agudas, carcinomas de testículo, coriocarcinoma gestacional e outros tumores. Adjuvante - quando se segue à cirurgia curativa, tendo o objetivo de esterilizar células residuais locais ou circulantes, diminuindo a incidência de metástases à distância. Neoadjuvante ou prévia - quando indicada para se obter a redução parcial do tumor, visando a permitir uma complementação terapêutica com a cirurgia e/ou radioterapia. Paliativa - não tem finalidade curativa. Usada com a finalidade de melhorar a qualidade da sobrevida do paciente. 20

Gráfico 3 - Distribuição das quimioterapias segundo classificação (2014). 030404 Quimioterapia prévia (neoadjuvante/citorredut ora)- adulto 4% 030406 Quimioterapia curativa - adulto 2% 030407 Quimioterapia de tumores de crianca e adolescente 1% 030408 Quimioterapia - procedimentos especiais 6% 030403 Quimioterapia para controle temporário de doença - adulto 9% 030405 Quimioterapia adjuvante (profilática) - adulto 39% 030402 Quimioterapia paliativa - adulto 39% Gráfico 4 - Distribuição das quimioterapias paliativas segundo procedimentos. (2014) 0304020346 HORMONIOTERAPIA DO CARCINOMA DE MAMA AVANÇADO- 1ª LINHA; 6,1 DEMAIS QUMIOTERAPIAS ; 26,9 0304020079 HORMONIOTERAPIA DO ADENOCARCINOMA DE PRÓSTATA AVANÇADO - 1ª LINHA; 43,5 0304020060 HORMONIOTERAPIA DO ADENOCARCINOMA DE PRÓSTATA AVANÇADO - 2ª LINHA; 6,5 0304020338 HORMONIOTERAPIA DO CARCINOMA DE MAMA AVANÇADO - 2ª LINHA; 7,1 21

Cada estabelecimento de saúde habilitado como CACON e UNACON que tenha como responsabilidade uma população de 500.000 (quinhentos mil) habitantes ou 900 (novecentos) casos novos de câncer/ano (ou seus múltiplos a mais), exceto o câncer não melanótico de pele, deverá realizar no mínimo 5.300 (cinco mil e trezentos) procedimentos de quimioterapia. Tabela 2- Desempenho dos estabelecimentos oncológicos conforme parâmetro de 5300 procedimentos realizados de quimioterapia (2014) Unidade de Saúde Município Total de quimioterapia Parâmetro (mínimo 5300 procedimentos) 1 0027049 HOSPITAL DAS CLINICAS DA UFMG BH 24583 463,8 2 2200457 ASSOCIACAO MARIO PENNA BH 23942 451,7 3 2195453 HOSPITAL DO CANCER DE MURIAE Muriaé 22410 422,8 4 0027014 SANTA CASA DE BELO HORIZONTE BH 22352 421,7 5 2146355 HOSPITAL DE CLINICAS DE UBERLANDIA Uberlândia 21347 402,8 6 2695324 HOSPITAL DA BALEIA BH 20962 395,5 7 2159252 HOSPITAL SAO JOAO DE DEUS Divinópolis 19747 372,6 8 2153025 HOSPITAL MARIA JOSE BAETA REIS ASCOMCER Juiz de Fora 17505 330,3 9 2205440 HOSPITAL MARCIO CUNHA Ipatinga 16809 317,2 10 2761092 HOSPITAL BOM PASTOR Varginha 15634 295,0 11 2129469 SANTA CASA DE POCOS DE CALDAS Pouso alegre 15474 292,0 12 0026840 COMPLEXO HOSPITALAR SAO FRANCISCO BH 14422 272,1 13 2219646 HOSPITAL DILSON GODINHO Montes Claros 13290 250,8 14 2118661 HOSPITAL BOM SAMARITANO Governador Valadares 12641 238,5 15 2165058 HOSPITAL DOUTOR HELIO ANGOTTI Uberaba 12478 235,4 16 2153106 ONCOLOGICO Juiz de Fora 12040 227,2 17 2149990 HOSPITAL SANTA CASA DE MONTES CLAROS Montes Claros 10115 190,8 18 2171945 SANTA CASA DE ALFENAS Alfenas 9891 186,6 19 0026859 HOSPITAL FELICIO ROCHO BH 8393 158,4 20 2196972 HOSPITAL SAO LUCAS Patos de Minas 6701 126,4 21 2206528 HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS GRACAS Sete Lagoas 6518 123,0 22 2127989 HOSPITAL DAS CLIN SAMUEL LIBANIO POUSO ALEGRE Pouso alegre 6482 122,3 23 2098938 HOSPITAL IBIAPABA CEBAMS Barbacena 6091 114,9 24 0026964 HOSPITAL ALBERTO CAVALCANTI BH 5854 110,5 1 2111640 HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS DORES Ponte Nova 4316 81,4 2 2126494 HOSPITAL P R PROFESSOR OSVALDO R FRANCO Betim 4310 81,3 Desempenho alcançado cconforme parâmetro >= 100% 99 a 70% 1 2161354 SANTA CASA DA MISERICORDIA DE SAO JOAO DEL REI São João Del rei 3232 61,0 69 a 40% 1 2098911 IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE CATAGUASES Cataguazes 2103 39,7 39 a 20% 2 2206595 HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO Uberaba 1612 30,4 1 2153114 HOSPITAL DR JOAO FELICIO Juiz de Fora 741 14,0 < 20% Do total dos 31 estabelecimentos, 24(77,4%) alcançaram as metas estabelecidas. Nos demais serviços, o baixo desempenho pode estar relacionado número inferior de cirurgias realizadas, uma vez que há uma tendência dos pacientes permanecerem complementando o seu tratamento no estabelecimento onde realizou as cirurgias. 22

Cabeça e pescoço Cirurgia geral Pele e cirurgia plástica Ginecologia Mastologia Neurocirurgia Ortopedia Torácica Cirurgia pediátrica Urologia Total GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Considerando a relação 650 cirurgias/5300 procedimentos de quimioterapia, obtemos a relação 12,3 cirurgias/100 procedimentos de quimioterapia (QT). A Tabela 3 apresenta o desempenho dos serviços considerando este indicador. Somente o hospital das Clínicas Samuel Libâneo de Pouso Alegre e a Associação Mario Penna em Belo Horizonte aproximaram-se desta meta. Tabela 3- Desempenho dos estabelecimentos oncológicos conforme parâmetro de 01 cirurgia/100 procedimentos de quimioterapia (2014) Cirurgia / 100 Sessões QT (sem hematologia) CNES 2127989 HOSPITAL DAS CLIN SAMUEL LIBANIO POUSO ALEGRE 45,2 18,1 1.571,4 56,8 5,6 512,5 1.833,3 5,4 10,6 2,8 15,9 2200457 ASSOCIACAO MARIO PENNA 34,9 7,2 368,8 27,4 2,1 130,4 561,9 39,5 1,2 4,0 10,7 0027014 SANTA CASA DE BELO HORIZONTE 45,4 14,3 1.533,3 25,0 6,2 207,5 3.942,9 6,8 2,3 4,5 9,9 2775999 SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PASSOS 6,6 9,0 350,0 21,6 2,6 15,6 0,0 4,1 1,7 0,5 9,6 2761092 HOSPITAL BOM PASTOR 56,7 19,4 4.416,7 28,8 1,7 20,0 0,0 23,4 4,8 2,0 8,8 2195453 HOSPITAL DO CANCER DE MURIAE 60,8 6,6 217,5 22,2 5,8 6,1 1.023,5 10,8 1,3 1,6 8,4 2118661 HOSPITAL BOM SAMARITANO 11,3 21,6 186,2 20,2 4,1 0,0 1.800,0 0,8 41,7 3,3 8,1 2206595 HOSPITAL DE CLINICAS DA UFTM 300,0 14,9 0,0 33,9 0,7 0,0 0,0 7,7 5,4 0,0 7,8 2165058 HOSPITAL DOUTOR HELIO ANGOTTI 11,6 4,5 380,6 40,7 3,0 114,3 3.933,3 1,1 2,5 0,7 7,1 2111640 HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS DORES 17,0 8,4 100,0 27,9 5,2 0,0 0,0 0,7 0,0 2,0 7,1 0026964 HOSPITAL ALBERTO CAVALCANTI 50,6 9,6 193,8 28,6 3,7 0,0 0,0 0,0 0,0 3,4 6,9 2206528 HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS GRACAS 3,0 5,5 231,3 26,8 3,2 0,0 1.850,0 22,6 0,0 4,4 6,3 2171945 SANTA CASA DE ALFENAS 16,7 9,0 23,8 12,6 8,0 4,8 633,3 5,0 0,0 0,4 5,4 2153114 HOSPITAL DR JOAO FELICIO 0,0 0,0 0,0 0,0 13,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 5,2 2219646 HOSPITAL DILSON GODINHO 26,1 4,3 268,8 12,7 6,9 33,3 860,0 0,9 2,5 0,4 4,5 2129469 SANTA CASA DE POCOS DE CALDAS 14,2 2,4 163,6 12,2 2,0 55,6 0,0 1,3 0,0 0,3 4,5 2159252 HOSPITAL SAO JOAO DE DEUS 26,0 1,9 251,7 13,4 2,2 282,4 0,0 6,1 1,6 0,8 4,3 2205440 HOSPITAL MARCIO CUNHA 14,0 5,8 161,1 23,6 3,1 90,9 2.900,0 3,8 40,0 0,6 4,2 2695324 HOSPITAL DA BALEIA 15,0 5,2 490,0 20,3 4,0 34,0 213,0 0,7 3,3 1,5 4,1 2153106 ONCOLOGICO 47,3 4,3 24,3 12,3 1,9 106,3 100,0 5,4 1,3 1,2 3,8 2149990 HOSPITAL SANTA CASA DE MONTES CLAROS 18,0 5,1 38,0 10,8 1,6 170,0 633,3 6,3 1,7 0,3 3,6 0026859 HOSPITAL FELICIO ROCHO 5,7 6,0 557,1 19,5 0,7 116,7 0,0 5,6 0,0 0,5 3,5 2146355 HOSPITAL DE CLINICAS DE UBERLANDIA 41,7 6,3 381,8 22,0 1,1 121,7 135,5 12,8 3,6 0,6 3,3 0026840 COMPLEXO HOSPITALAR SAO FRANCISCO 41,9 2,7 50,0 7,4 1,3 0,0 84,6 13,6 0,0 2,2 3,2 0027049 HOSPITAL DAS CLINICAS DA UFMG 19,6 5,5 90,9 17,0 1,8 183,0 66,7 5,2 1,6 2,3 3,2 2098938 HOSPITAL IBIAPABA CEBAMS 0,0 2,4 0,0 4,6 3,6 12,5 0,0 0,0 0,0 0,9 2,9 2196972 HOSPITAL SAO LUCAS 5,6 0,3 347,4 8,8 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 2,7 2098911 IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE CATAGUASES 0,0 0,0 33,3 14,0 3,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 2,5 2153025 HOSPITAL MARIA JOSE BAETA REIS ASCOMCER 5,1 1,1 81,5 9,7 2,1 33,3 0,0 2,4 2,4 1,2 2,3 2161354 SANTA CASA DA MISERICORDIA DE SAO JOAO DEL REI 0,0 0,3 0,0 2,2 0,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,9 2126494 HOSPITAL P R PROFESSOR OSVALDO R FRANCO 0,8 1,7 3,8 3,8 0,0 400,0 16,7 0,0 0,0 0,1 0,5 MEDIA MG 41,8 8,7 359,4 25,9 4,1 119,2 746,7 6,5 2,5 2,1 5,7 MEDIANA MG 30,3 6,6 403,8 18,9 3,3 85,5 664,1 6,2 4,2 1,4 4,5 3 QUARTIL MG 16,7 5,5 186,2 19,5 2,6 33,3 66,7 4,1 1,3 0,8 7,4 PARÂMETRO PT GM/MS 140/2014 12,3 2.2.2- RADIOTERAPIA A radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes. Uma dose pré-calculada de radiação é aplicada, em um determinado tempo, a um volume de tecido que engloba o tumor, buscando erradicar todas as células 23

tumorais, com o menor dano possível às células normais circunvizinhas, à custa das quais se fará a regeneração da área irradiada. Cada estabelecimento de saúde habilitado como CACON e UNACON que tenha como responsabilidade uma população de 500.000 (quinhentos mil) habitantes ou 900 (novecentos) casos novos de câncer/ano (ou seus múltiplos a mais), exceto o câncer não melanótico de pele, deverá realizar no mínimo 43.000 (quarenta e três mil) dos seguintes campos de radioterapia, por equipamento(s) instalado(s): a) Cobaltoterapia; b) Acelerador Linear de Fótons; e c) Acelerador Linear de Fótons e Elétrons. Atualmente são 08 serviços não habilitados em radioterapia (25%). A Santa Casa de Alfenas e do município de São João Del Rei aguardam habilitação. Tanto o Hospital das Clínicas de Pouso Alegre quanto o Hospital Alberto Cavalcanti em Belo Horizonte, os equipamentos não estão em operação. Há necessidade de instalação de novos equipamentos considerando a importância da integralidade do cuidado em todos os estabelecimentos de saúde. (Tabela 4) Do total de 21 serviços com equipamentos de radioterapia funcionando, 12 alcançaram o parâmetro estabelecido pelo Ministério da Saúde (57%). Os piores desempenhos foram o Hospital Professor Oswaldo R. Franco em Betim e Hospital Felício Rocho em Belo horizonte, respectivamente com percentuais de 43,7 e 50,3%. 24

Tabela 4- Desempenho dos estabelecimentos oncológicos conforme parâmetro de avaliação de desempenho da radioterapia (2014) Equipamentos Produção de campos em radioterapia Estabelecimento Hospitalar Oncologia Município Acelerador linear Cobaltoterapia Total nº Nº de campos por equipamento Parâmetro Portaria n 43.000 (%) Desempenho alacançado conforme parâmetro 1 2159252 HOSPITAL SAO JOAO DE DEUS Divinópolis 1 0 1 70180 70.180 163,2 2 2775999 SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PASSOS Passos 1 0 1 63755 63.755 148,3 3 2761092 HOSPITAL BOM PASTOR Varginha 2 0 2 113405 56.703 131,9 4 2195453 HOSPITAL DO CANCER DE MURIAE Muriaé 2 0 2 107309 53.655 124,8 5 2118661 HOSPITAL BOM SAMARITANO Governador Valadares 1 0 1 53212 53.212 123,7 6 2200457 ASSOCIACAO MARIO PENNA BH 3 0 3 151841 50.614 117,7 7 2695324 HOSPITAL DA BALEIA BH 2 0 2 97611 48.806 113,5 8 2219646 HOSPITAL DILSON GODINHO Montes Claros 1 1 2 97305 48.653 113,1 9 2205440 HOSPITAL MARCIO CUNHA Ipatinga 1 0 1 46612 46.612 108,4 10 2165058 HOSPITAL DOUTOR HELIO ANGOTTI Uberaba 1 0 1 45310 45.310 105,4 11 2153025 HOSPITAL MARIA JOSE BAETA REIS ASCOMCER Juiz de Fora 1 desativado 1 44877 44.877 104,4 12 0026840 COMPLEXO HOSPITALAR SAO FRANCISCO BH 2 0 2 86823 43.412 101,0 13 2129469 SANTA CASA DE POCOS DE CALDAS Poços de Caldas 3 0 3 128784 42.928 99,8 14 2146355 HOSPITAL DE CLINICAS DE UBERLANDIA Uberlândia 2 desativado 2 84050 42.025 97,7 15 2153106 ONCOLOGICO Juiz de Fora 1 0 1 41547 41.547 96,6 16 2149990 HOSPITAL SANTA CASA DE MONTES CLAROS Montes Claros 2 0 2 61335 30.668 71,3 17 0027014 SANTA CASA DE BELO HORIZONTE BH 2 0 2 60031 30.016 69,8 18 2196972 HOSPITAL SAO LUCAS Patos de Minas 1 0 1 26137 26.137 60,8 19 2153114 HOSPITAL DR JOAO FELICIO Juiz de Fora 1 0 1 23534 23.534 54,7 20 0026859 HOSPITAL FELICIO ROCHO BH 3 0 3 65293 21.764 50,6 21 2126494 HOSPITAL P R PROFESSOR OSVALDO R FRANCO Betim 1 0 1 18785 18.785 43,7 22 2127989 HOSPITAL DAS CLIN SAMUEL LIBANIO POUSO ALEGRE Pouso Alegre Parado 0 0 34610 - - 23 0026964 HOSPITAL ALBERTO CAVALCANTI BH Estragado 0 0 65 - - 1 2171945 SANTA CASA DE ALFENAS* Alfenas - - - - - - 2 2098938 HOSPITAL IBIAPABA CEBAMS Barbacena - - - - - - 3 2111640 HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS DORES Ponte Nova - - - - - - 4 2161354 SANTA CASA DA MISERICORDIA DE SAO JOAO DEL REI* São João Del Rei - - - - - - 5 2098911 IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE CATAGUASES Cataguases - - - - - - 6 0027049 HOSPITAL DAS CLINICAS DA UFMG BH - - - - - - 7 2206528 HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS GRACAS Sete Lagoas - - - - - - 8 2206595 HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO Uberaba - - - - - - * aguardando habilitação >=100% 99 a 70% 69 a 40% Não se aplica 25

2.2.3- CIRURGIA ONCOLÓGICA Cada estabelecimento de saúde habilitado como CACON e UNACON que tenha como responsabilidade uma população de 500.000 (quinhentos mil) habitantes ou 900 (novecentos) casos novos de câncer/ano (ou seus múltiplos a mais), exceto o câncer não melanótico de pele, observará o parâmetro mínimo de produção anual de 650 (seiscentos e cinquenta) procedimentos de cirurgia de câncer. Do total de 31 serviços habilitados, somente 05 (16%) conseguiram atingir este parâmetro: os 03 CACON (Associação Mario Penna, Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte e Hospital do Câncer de Muriaé), Hospital Bom Samaritano em Governador Valadares e Hospital das Clínicas/UFMG (Tabela 5). Os Hospitais com percentuais abaixo de 20% representaram cerca de ¼ do total de estabelecimentos habilitados, totalizando 07 serviços. Dentre eles, está o único hospital localizado na Região Ampliada de Saúde Noroeste (Patos de Minas); os 02 serviços habilitados na Região Ampliada de Saúde Centro- Sul (Barbacena e São João Del Rei); 02 dos 05 serviços na Região Ampliada de Saúde Sudeste (Hospital Dr. João Felício em Juiz de Fora e Santa Casa de Misericórdia de Cataguases); o Hospital da Universidade Federal do Triângulo Mineiro em Uberaba e por fim o Hospital Regional de Betim, com apenas 26 cirurgias realizadas no ano de 2014 (Tabela 5). 26

Tabela 5- Desempenho dos estabelecimentos oncológicos conforme parâmetro de 650 cirurgias realizadas (2014) N UNIDADE DE SAÚDE Município Total de cirurgias oncológicas Parâmetro (mínimo 650 cirurgias) 1 2200457 ASSOCIACAO MARIO PENNA BH 1484 228,3 2 0027014 SANTA CASA DE BELO HORIZONTE BH 1471 226,3 3 2195453 HOSPITAL DO CANCER DE MURIAE Muriaé 1032 158,8 4 2118661 HOSPITAL BOM SAMARITANO Governador Valadares 764 117,5 5 0027049 HOSPITAL DAS CLINICAS DA UFMG BH 695 106,9 1 2775999 SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PASSOS Passos 635 97,7 2 2159252 HOSPITAL SAO JOAO DE DEUS Divinópolis 614 94,5 3 2761092 HOSPITAL BOM PASTOR Varginha 583 89,7 4 2146355 HOSPITAL DE CLINICAS DE UBERLANDIA Uberlândia 537 82,6 5 2165058 HOSPITAL DOUTOR HELIO ANGOTTI Uberaba 513 78,9 6 2695324 HOSPITAL DA BALEIA BH 511 78,6 1 2129469 SANTA CASA DE POCOS DE CALDAS Poços de Caldas 418 64,3 2 2205440 HOSPITAL MARCIO CUNHA Ipatinga 418 64,3 3 2127989 HOSPITAL DAS CLIN SAMUEL LIBANIO POUSO ALEGRE Pouso Alegre 398 61,2 4 2219646 HOSPITAL DILSON GODINHO Montes Claros 398 61,2 5 2153106 ONCOLOGICO Juiz de Fora 369 56,8 6 2153025 HOSPITAL MARIA JOSE BAETA REIS ASCOMCER Juiz de Fora 325 50,0 7 2171945 SANTA CASA DE ALFENAS Alfenas 307 47,2 8 2206528 HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS GRACAS Sete Lagoas 286 44,0 9 2149990 HOSPITAL SANTA CASA DE MONTES CLAROS Montes Claros 277 42,6 10 0026964 HOSPITAL ALBERTO CAVALCANTI BH 275 42,3 11 0026840 COMPLEXO HOSPITALAR SAO FRANCISCO BH 266 40,9 1 2111640 HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS DORES Ponte Nova 203 31,2 2 0026859 HOSPITAL FELICIO ROCHO BH 168 25,8 1 2196972 HOSPITAL SAO LUCAS Patos de Minas 108 16,6 2 2206595 HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO Uberaba 107 16,5 3 2098938 HOSPITAL IBIAPABA CEBAMS Barbacena 99 15,2 4 2161354 SANTA CASA DA MISERICORDIA DE SAO JOAO DEL REI São João Del Rei 64 9,8 5 2098911 IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE CATAGUASES Cataguases 41 6,3 6 2153114 HOSPITAL DR JOAO FELICIO Juiz de Fora 30 4,6 7 2126494 HOSPITAL P R PROFESSOR OSVALDO R FRANCO Betim 29 4,5 Desempenho alcançado cconforme parâmetro 100% 99 a 70% 69 a 40% 39 a 20% < 20% Quando avaliado a série histórica entre 2008 a 2014, o desempenho dos serviços quanto ao número de cirurgias oncológicas realizadas (inclusos as cirurgias múltiplas e sequenciais em oncologia), verificou-se que no município de Belo Horizonte, dos 07 serviços habilitados, foi a Santa Casa de Misericórdia, o hospital que mais se destacou. Cabe lembrar que este hospital em 2009, aderiu ao Projeto 100% SUS. O hospital Felício Rocho apresentou redução desta oferta, principalmente a partir de 2012. (Gráfico 5) 27

Gráfico 5- Distribuição das cirurgias oncológicas realizadas em Belo Horizonte (MG). (2008 a 2013) Na Região Ampliada de Saúde Centro, no município de Belo Horizonte observou-se crescimento pouco expressivo. Em Sete Lagoas, apesar do não alcance das metas estabelecidas pela Portaria 140/2014, o número de procedimentos cresceu expressivamente no decorrer dos últimos anos, quadro não verificado no município de Betim. (Gráfico 6). Gráfico 6- Distribuição das cirurgias oncológicas realizadas na Região Ampliada de Saúde Centro segundo município de ocorrência. (2008 a 2013) Na Região Ampliada de Saúde Leste, a Santa Casa de Misericórdia de São João Del Rei não ultrapassou o valor de 70 cirurgias/ano, exceto em 2012, quando realizou 86 procedimentos. O Hospital IBIAPABA CEBAMS, em Barbacena, apresentou redução gradativa do número de cirurgias a partir de 2010. Entretanto em 2014, dobrou o número de cirurgias quando comparado com o ano anterior (Gráfico 7) 28

Gráfico 7-Distribuição das cirurgias oncológicas realizadas na Região Ampliada de Saúde Leste segundo estabelecimento de ocorrência. (2008 a 2013) Na Região Ampliada de Saúde Leste, a Santa Casa de Misericórdia de São João Del Rei não ultrapassou o valor de 70 cirurgias/ano, exceto em 2012, quando realizou 86 procedimentos. O Hospital IBIAPABA CEBAMS, em Barbacena, apresentou redução gradativa do número de cirurgias a partir de 2010. Entretanto em 2014, dobrou o número de cirurgias quando comparado com o ano anterior (Gráfico 7). Gráfico 7-Distribuição das cirurgias oncológicas realizadas na Região Ampliada de Saúde Leste segundo estabelecimento de ocorrência. (2008 a 2013) 29

nº absolutos GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Gráfico 9- Distribuição das cirurgias oncológicas realizadas na Região Ampliada de Saúde Leste do Sul segundo estabelecimento de ocorrência. (2008 a 2013) 250 200 150 100 50 2111640 HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS DORES 0 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 1 3 29 56 65 206 220 Na Região Ampliada de Saúde Oeste, o número de cirurgias realizadas pelo Hospital São João de Deus manteve-se estável (Gráfico 10). Gráfico 10 - Distribuição das cirurgias oncológicas realizadas na Região Ampliada de Saúde Oeste, segundo município de ocorrência. (2008 a 2013) Na Região Ampliada de Saúde Norte, a Santa Casa de Montes Claros apresentou tendência de queda quanto ao número de cirurgias e no Hospital Dílson Godinho houve tendência contrária. Em 2014, este último hospital realizou praticamente o dobro de cirurgias se comparado com o desempenho da Santa Casa de Montes Claros. (Gráfico 11) 30

Gráfico 11-Distribuição das cirurgias oncológicas realizadas na Região Ampliada de Saúde Norte, segundo estabelecimento de ocorrência. (2008 a 2013) Na Região Ampliada de Saúde Noroeste, o Hospital São Lucas, em Patos de Minas, manteve-se estável, próximo ao número de 100 cirurgias/ano. É o único hospital habilitado em oncologia na região. (Gráfico 12) Gráfico 12-Distribuição das cirurgias oncológicas realizadas na Região Ampliada de Saúde Noroeste, segundo estabelecimento de ocorrência. (2008 a 2013) Os territórios com as segundas maiores concentrações de serviços são asregiões Ampliadas de Saúde Sudeste e Sul, com 05 serviços em cada. Na Região Ampliada de Saúde Sudeste, os hospitais com maior número de cirurgias realizadas foram o Hospital Bom Pastor (Varginha) e a Santa Casa de Misericórdia de Passos, inclusive com desempenhos semelhantes. Entretanto, em Passos, houve crescimento gradativo de cirurgias e em Varginha esta situação não foi observada (Gráfico 13). Em Alfenas, Pouso Alegre e Poços de Caldas o número de cirurgias realizadas em 2014 também foram semelhantes. Houve crescimento gradativo de cirurgias no Hospital Samuel Libâneo (Pouso Alegre) e na Santa Casa de Poços de Caldas. (Gráfico 13) 31

nº absolutos nº absolutos GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Gráfico 13- Distribuição das cirurgias oncológicas realizadas na Região Ampliada de Saúde Sul, segundo município de ocorrência. (2008 a 2013) 1200 1000 800 600 400 200 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2171945 SANTA CASA DE ALFENAS 1 242 406 404 454 362 377 2775999 SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PASSOS 246 366 360 495 570 515 660 2761092 HOSPITAL BOM PASTOR 740 812 825 943 980 686 627 2127989 HOSPITAL DAS CLIN SAMUEL LIBANIO POUSO ALEGRE 2129469 SANTA CASA DE POCOS DE CALDAS 0 36 24 21 112 281 324 434 319 271 231 176 274 453 440 Na Região Ampliada de Saúde Sul, localiza-se o CACON Hospital do Câncer de Muriaé, terceiro maior serviço do estado, com 1170 cirurgias realizadas em 2014. Em Juiz de Fora, o Hospital Oncológico e o Maria José Baeta Reis ASCOMCER mantiveram o número de cirurgias estáveis, com cerca de 350 cirurgias realizadas em cada. Os piores desempenhos foram o Hospital João Felício, localizado em Juiz de Fora, e a Santa Casa de Misericórdia de Cataguases, com menos que 50 cirurgias/ano (Gráfico 14) Gráfico 14- Distribuição das cirurgias oncológicas realizadas na Região Ampliada de Saúde Sudeste, segundo município de ocorrência. (2008 a 2013) 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2153106 ONCOLOGICO 371 391 378 506 399 477 386 2153025 HOSPITAL MARIA JOSE BAETA REIS ASCOMCER 2153114 HOSPITAL DR JOAO FELICIO 1600 1400 1200 1000 800 600 400 200 2195453 HOSPITAL DO CANCER DE MURIAE 2098911 IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE CATAGUASES 0 387 320 337 300 305 311 347 75 65 19 0 3 19 32 1198 1242 1426 1362 1244 1169 1170 78 71 28 22 26 18 46 Na Região Ampliada de Saúde Triângulo do Sul, em Uberaba, houve crescimento gradativo de cirurgias no Hospital Doutor Hélio Angotti e declínio no Hospital das Clínicas da Universidade federal 32

do Triângulo Mineiro (UFTM). Na Região Ampliada de Saúde Triângulo do Norte, em Uberlândia, o Hospital das Clínicas de Uberlândia, único serviço habilitado, apresentou valores em número de cirurgias próximos à meta estabelecida pelo Ministério da Saúde. (Gráfico 15) Gráfico 15-Distribuição das cirurgias oncológicas realizadas na Região Ampliada de Saúde Triângulo do Norte e do Sul, segundo município de ocorrência. (2008 a 2013) 33

2.3. FORMAS DE ORGANIZAÇÃO Na Tabela Unificada do SUS, os procedimentos oncológicos encontram-se em dois grupos: Em 2014, foram realizadas 13.873 cirurgias em oncologia e 5.869 procedimentos sequenciais em oncologia. A mastologia representou 1/5 do total das cirurgias oncológicas e também predominou entre os procedimentos sequenciais (33,6%), seguidos da ortopedia (17,1%), urologia (13,3%) e cabeça e pescoço (11,6%). As cirurgias neurológicas e oftalmológicas foram identificadas através da seleção dos CID (C00-C97. D00-D09 e D37-D48) relacionados às Neoplasias. (Tabela 6) Tabela 6- Distribuição das cirurgias e procedimentos sequenciais em oncologia por forma de organização. SES-MG (2014) Forma Organização Cirurgias oncológicas (0416) Procedimentos sequenciais em oncologia (041502005-0) nº % nº % nº % 041612 Mastologia 2799 20,2 1971 33,6 4770 24,2 041601 Urologia 2511 18,1 778 13,3 3289 16,7 041608 Pele e cirurgia plástica 2361 17,0 28 0,5 2389 12,1 041604 Esôfago-gastro duodenal e vísceras anexas e outros orgãos intra-abdominais 1282 9,2 498 8,5 1780 9,0 041606 Ginecologia 1239 8,9 232 4,0 1471 7,5 041602 Sistema linfático 1024 7,4 9 0,2 1033 5,2 041603 Cabeça e pescoço 961 6,9 680 11,6 1641 8,3 041605 Colo-proctologia 839 6,0 561 9,6 1400 7,1 041609 Ossos e partes moles 608 4,4 1006 17,1 1614 8,2 041611 Cirurgia torácica 249 1,8 106 1,8 355 1,8 Sub-total cirurgias oncológicas 13873 100,0 5869 100,0 19742 100,0 040303 Cirurgias do SNC/ Tumores do sistema nervoso* 433 3,0 - - 433 2,1 0405 Cirurgias do aparelho da visão* 50 0,3 - - 50 0,2 Total 14356 100,0 5869 100,0 20225 100,0 * CID: C00-C97, D00-D09 E D37-D48 Total As formas de organização foram categorizadas em 02 grupos (Quadro 2): 34

Categoria 1: cirurgias mais prevalentes (73% do total). Todos os municípios habilitados em oncologia deverão ofertar para 100% dos residentes em seu território de referência. Categoria 2: cirurgias menos prevalentes e/ou com menos oferta de especialistas. Identificação de quais municípios de ocorrência poderão ser referências para além do seu território. A forma de organização cirurgias do Sistema Linfático não foi incluída em nenhuma das duas categorias, considerando que durante o tratamento cirúrgico do câncer poderá ser necessária a ressecção dos linfonodos correspondentes às cadeias de drenagem do órgão acometido pelo tumor. Para avaliação do desempenho dos serviços na Hematologia, incluída na categoria 2, foram identificados os procedimentos clínicos, através da seleção no Sistema de Informação de Internações Hospitalares (SIH) dos registros com CID C81-C96, D46-D47e D60-D61. Quadro 2- Categorização das formas de organização cirurgias oncológicas. Categorias Forma de Organização nº % 1 2 041612 Mastologia 4766 23,2 041601 Urologia 3274 15,9 041608 Pele e cirurgia plástica 2377 11,5 041604 Esôfago-gastro duodenal e vísceras anexas e outros orgãos intra-abdominais 1761 8,6 041606 Ginecologia 1466 7,1 041605 Colo-proctologia 1398 6,8 Subtotal 15042 73,1 041603 Cabeça e pescoço 1631 7,9 041609 Ossos e partes moles 1575 7,7 04.03 Cirurgia do Sistema Nervoso central e Periférico* 801 3,9 041611 Cirurgia torácica 347 1,7 Onco Pediatria (Cirurgias Oncologias + Neurocirurgias tumores em < 15 anos ) 114 0,6 0405 Cirurgia do Aparelho de visão* 49 0,2 Subtotal 4517 21,9 Hematologia** 6058 29,4 Não se aplica 041602 Sistema linfático 1024 5,0 Total 20583 100,0 * selecionados CID: C00-C97, D00-D09 e D37-D48 ** Procedimentos clínicos SIH CID relacionados à oncologia Hematológica 2.3.1- RESOLUBILIDADE DAS CIRURGIAS ONCOLÓGICAS Por resolubilidade compreende a exigência de que, quando um indivíduo busca o atendimento ou quando surge um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível da sua competência. Para avaliar a regionalização da assistência e identificar estes vazios, o indicador de resolubilidade, permite verificar se a população tem acesso aos procedimentos demandados próximo ao local em que reside, ou se necessitam recorrer a outras áreas para realizá-los. 35

Trata-se de um relevante instrumento de avaliação e direcionador da implementação de políticas públicas prioritárias, uma vez que este indicador não se resume a uma ferramenta de avaliação, mas de ação, ao explicitar as deficiências dos territórios sanitários, e indicar quais intervenções necessárias para adequação da atenção às reais necessidades da população, o que contribui para redução das desigualdades inter-regionais. Resolubilidade = Total de cirurgias realizadas pelo município de ocorrência em residentes no território de referência X 100 Total de cirurgias realizadas em residentes no estado ou fora dele 2.3.1-1. CIRURGIAS CLASSIFICADAS CATEGORIA 1 Dos 18 municípios de ocorrência (exclusos Itabira e Teófilo Otoni que aguardam habilitação), em 08 (44%) a resolubilidade foi acima de 80%. Os piores desempenhos foram Betim (6,0%), Barbacena/São João Del Rei (30,1%), Patos de Minas (34,9%) e Ponte Nova (36,4%). Tabela 7- Resolubilidade nas cirurgias oncológicas das formas de organização da Categoria 1 dos municípios com estabelecimento habilitados em Oncologia considerando o conjunto de Regiões de Saúde referenciadas (2014) N Macrorregiões Munic Regiões de Saúde Agregadas Ocorrência fora do Estado Ocorrência total no território Residentes atendidos no território Total de residentes atendidos no estado Resolubilidade do território (%) 1 Centro 2 Leste 3 Sudeste 4 Sul 1 BH: Micros BH*/N.Lima/Caeté, Contagem, Vespasiano,Ouro Preto, e Macro Jequitinhonha: Micros Diamantina e Minas Novas/Turmalina/Capelinha 3 5.449 3424 3428 99,8 2 Betim: Micro Betim 0 23 23 384 6,0 3 Sete Lagoas: Micro Sete Lagoas 0 274 273 509 53,6 4 Itabira*: Micros Itabira, Guanhães e João Monlevade 0 0 0 298 0,0 6 Governador Valadares: Micros Governador Valadares*, Mantena, Resplendor e Santa Maria de Suaçui/São João Evangelista 0 779 644 759 84,8 7 Ipatinga: Micros Ipatinga*, Coronel Fabriciano/Timóteo e Caratinga 2 468 468 555 84,0 8 9 Juiz de Fora: Micros Juiz de Fora*/L. Duarte/B.Jardim, Santos Dumont, São João Nepomuceno/Bicas e Além Paraíba 1 598 492 579 84,8 Muriaé: Micros Muriaé*, Ubá, Carangola 0 830 349 638 54,7 Leolpoldina/Cataguases* 0 60 58 243 23,9 Muriaé e Cataguases 0 890 407 881 46,2 Passos: Micros Passos*/Piumhi, e São Sebastião do Paraíso 22 583 526 599 84,7 Alfenas: Guaxupé, Alfenas*/Machado 34 423 409 540 71,3 10 Passos e Alfenas 56 1.006 935 1139 78,2 11 Pouso Alegre: Micros Pouso Alegre*, itajubá 33 376 373 600 58,9 Poços de Caldas*; micro Poços de Caldas 6 513 315 316 97,8 Pouso Alegre/Poços de Caldas 39 889 688 916 72,0 5 Centro- Sul 12 Varginha: Micros Varginha*, Lavras, São Lourenço, Três Corações e Três Pontas 13 498 430 751 56,3 13 Barbacena: Micros Barbacena* e Conselheiro Lafaiete/Congonhas 0 108 102 405 25,2 São João Del Rei: Micro São João Del Rei* 0 63 62 140 44,3 Barbacena e São João Del Rei 0 171 164 545 30,1 6 Leste do Sul 14 Ponte Nova: Micros Ponte Nova*, Manhuaçu e Viçosa 1 243 240 658 36,4 7 Noroeste 15 Patos de Minas: Micros Patos de Minas*, João Pinheiro e Unaí 47 103 103 248 34,9 8 Oeste 16 9 Norte 17 Divinópolis: Micros Divinópolis*/Santo Antônio do Monte, Bom Despacho, Pará de Minas, Formiga, Itaúna, Santo Antônio do Amparo/Campo Belo Montes Claros: Micros Montes Claros*/Boacaiúva, Brasília de Minas/São Francisco, Coração de Jesus, Janaúba/Monte Azul, Salinas/Taioberas, Francisco Sá, Januária, Manga e Pirapora 1 644 643 996 64,5 2 766 742 758 97,6 10 Triângulo do Sul 18 Polo Uberaba: Micros Uberaba*, Araxá e Frutal/Iturama 74 692 554 554 88,2 11 Triângulo do Norte 19 Polo Uberlândia: Micros Uberlândia*/Araguari, Ituiutaba e Patrocínio/Monte Carmelo 77 523 500 562 78,2 12 Nordeste 20 * Serviços novos aguardando habilitação Polo Teófilo Otoni*: Micros Teófilo Otoni/Malacacheta/Itambacuri, Aguas Formosas, Nanuque, Almenara, Padre Paraíso, Araçuaí, Pedra azul e Itaobim 1 0 0 313 0,0 36

2.3.1-2. CIRURGIAS DE CABEÇA E PESCOÇO Em 03 Regiões de Saúde Agregadas não foram ofertados cirurgia de cabeça e pescoço: Betim e Barbacena/São João Del Rei. Além deles houve baixa resolubilidade nos municípios de ocorrência Sete Lagoas (7,5%), Patos de Minas (3,4%), Ponte Nova (20%). Tabela 8- Resolubilidade na cirurgia de Cabeça e Pescoço em municípios com estabelecimento habilitados em Oncologia considerando o conjunto de Regiões de Saúde referenciadas (2014) N Macrorregiões Munic Regiões de Saúde Agregadas Ocorrência fora do Estado Ocorrência total no território Residentes atendidos no território Total de residentes atendidos no estado Resolubilidade do território (%) 1 Centro 2 Leste 1 BH: Micros BH*/N.Lima/Caeté, Contagem, Vespasiano,Ouro Preto, e Macro Jequitinhonha: Micros Diamantina e Minas Novas/Turmalina/Capelinha 0 605 371 371 100,0 2 Betim: Micro Betim 0 3 0 35 0,0 3 Sete Lagoas: Micro Sete Lagoas 0 3 3 40 7,5 4 Itabira*: Micros Itabira, Guanhães e João Monlevade 0 0 0 19 0,0 6 Governador Valadares: Micros Governador Valadares*, Mantena, Resplendor e Santa Maria de Suaçui/São João Evangelista 0 44 39 64 60,9 7 Ipatinga: Micros Ipatinga*, Coronel Fabriciano/Timóteo e Caratinga 0 36 35 45 77,8 8 Juiz de Fora: Micros Juiz de Fora*/L. Duarte/B.Jardim, Santos Dumont, São João Nepomuceno/Bicas e Além Paraíba 0 132 104 116 89,7 3 Sudeste 9 Muriaé: Micros Muriaé*, Ubá, Carangola 1 216 86 94 90,5 Leolpoldina/Cataguases* 0 0 0 49 0,0 Muriaé e Cataguases 1 216 86 143 59,7 Passos: Micros Passos*/Piumhi, e São Sebastião do Paraíso 3 24 19 19 86,4 Alfenas: Guaxupé, Alfenas*/Machado 5 41 34 48 64,2 4 Sul 10 Passos e Alfenas 8 65 53 67 70,7 Pouso Alegre: Micros Pouso Alegre*, itajubá 3 47 44 63 66,7 11 Poços de Caldas*; micro Poços de Caldas 1 27 15 16 88,2 Pouso Alegre/Poços de Caldas 4 74 59 79 71,1 5 Centro- Sul 12 Varginha: Micros Varginha*, Lavras, São Lourenço, Três Corações e Três Pontas 1 122 106 113 93,0 Barbacena: Micros Barbacena* e Conselheiro Lafaiete/Congonhas 0 0 0 32 0,0 São João Del Rei: Micro São João Del Rei* 0 0 0 21 0,0 Barbacena e São João Del Rei 0 0 0 53 0,0 6 Leste do Sul 14 Ponte Nova: Micros Ponte Nova*, Manhuaçu e Viçosa 1 17 17 84 20,0 7 Noroeste 15 Patos de Minas: Micros Patos de Minas*, João Pinheiro e Unaí 8 1 1 21 3,4 8 Oeste 16 9 Norte 17 10 11 Triângulo do Sul Triângulo do Norte 13 12 Nordeste 20 * Serviços novos aguardando habilitação Divinópolis: Micros Divinópolis*/Santo Antônio do Monte, Bom Despacho, Pará de Minas, Formiga, Itaúna, Santo Antônio do Amparo/Campo Belo Montes Claros: Micros Montes Claros*/Boacaiúva, Brasília de Minas/São Francisco, Coração de Jesus, Janaúba/Monte Azul, Salinas/Taioberas, Francisco Sá, Januária, Manga e Pirapora 1 63 63 106 58,9 1 116 113 115 97,4 18 Polo Uberaba: Micros Uberaba*, Araxá e Frutal/Iturama 9 30 24 24 72,7 19 Polo Uberlândia: Micros Uberlândia*/Araguari, Ituiutaba e Patrocínio/Monte Carm 10 93 82 85 86,3 Polo Teófilo Otoni*: Micros Teófilo Otoni/Malacacheta/Itambacuri, Aguas Formosas, Nanuque, Almenara, Padre Paraíso, Araçuaí, Pedra azul e Itaobim 0 0 0 36 0,0 2.3.1-3. CIRURGIAS EM ORTOPEDIA Nos municípios de Betim e Cataguases não houve registro de cirurgias em ortopedia. Os municípios com as melhores resolubilidades foram em Belo Horizonte (100%), Governador Valadares (97%), Passos/Alfenas (96,8%), Pouso Alegre/Poços de Caldas (83,1%), Uberlândia (78,8%) e Juiz de Fora (76,3%). 37

Tabela 9- Resolubilidade na cirurgia de Ortopedia em municípios com estabelecimento habilitados em Oncologia considerando o conjunto de Regiões de Saúde referenciadas (2014) N Macrorregiões Munic Regiões de Saúde Agregadas Ocorrência fora do Estado Ocorrência total no território Residentes atendidos no território Total de residentes atendidos no estado Resolubilidade do território (%) 1 Centro 2 Leste 1 BH: Micros BH*/N.Lima/Caeté, Contagem, Vespasiano,Ouro Preto, e Macro Jequitinhonha: Micros Diamantina e Minas Novas/Turmalina/Capelinha 0 298 184 184 100,0 2 Betim: Micro Betim 0 0 0 26 0,0 3 Sete Lagoas: Micro Sete Lagoas 0 20 20 33 60,6 4 Itabira*: Micros Itabira, Guanhães e João Monlevade 0 0 0 13 0,0 6 Governador Valadares: Micros Governador Valadares*, Mantena, Resplendor e Santa Maria de Suaçui/São João Evangelista 1 349 325 334 97,0 7 Ipatinga: Micros Ipatinga*, Coronel Fabriciano/Timóteo e Caratinga 0 21 20 32 62,5 3 Sudeste 8 9 Juiz de Fora: Micros Juiz de Fora*/L. Duarte/B.Jardim, Santos Dumont, São João Nepomuceno/Bicas e Além Paraíba 0 58 45 39 115,4 Muriaé: Micros Muriaé*, Ubá, Carangola 0 170 64 68 94,1 Leolpoldina/Cataguases* 0 0 0 35 0,0 Muriaé e Cataguases 0 170 64 103 62,1 Passos: Micros Passos*/Piumhi, e São Sebastião do Paraíso 1 18 16 18 84,2 Alfenas: Guaxupé, Alfenas*/Machado 6 391 382 386 97,4 4 Sul 10 Passos e Alfenas 7 409 398 404 96,8 Pouso Alegre: Micros Pouso Alegre*, itajubá 2 47 45 51 84,9 11 Poços de Caldas*; micro Poços de Caldas 1 8 4 5 66,7 Pouso Alegre/Poços de Caldas 3 55 49 56 83,1 12 Varginha: Micros Varginha*, Lavras, São Lourenço, Três Corações e Três Pontas 2 53 50 61 79,4 5 Centro- Sul 13 Barbacena: Micros Barbacena* e Conselheiro Lafaiete/Congonhas 1 1 1 15 6,3 São João Del Rei: Micro São João Del Rei* 0 1 1 13 7,7 Barbacena e São João Del Rei 1 2 2 28 6,9 6 Leste do Sul 14 Ponte Nova: Micros Ponte Nova*, Manhuaçu e Viçosa 0 6 6 52 11,5 7 Noroeste 15 Patos de Minas: Micros Patos de Minas*, João Pinheiro e Unaí 6 4 4 14 20,0 8 Oeste 16 9 Norte 17 Divinópolis: Micros Divinópolis*/Santo Antônio do Monte, Bom Despacho, Pará de Minas, Formiga, Itaúna, Santo Antônio do Amparo/Campo Belo Montes Claros: Micros Montes Claros*/Boacaiúva, Brasília de Minas/São Francisco, Coração de Jesus, Janaúba/Monte Azul, Salinas/Taioberas, Francisco Sá, Januária, Manga e Pirapora 0 0 17 36 47,2 1 53 50 53 92,6 10 Triângulo do Sul 18 Polo Uberaba: Micros Uberaba*, Araxá e Frutal/Iturama 9 10 3 3 25,0 11 Triângulo do Norte 19 Polo Uberlândia: Micros Uberlândia*/Araguari, Ituiutaba e Patrocínio/Monte Carmel 8 45 41 44 78,8 12 Nordeste 20 * Serviços novos aguardando habilitação Polo Teófilo Otoni*: Micros Teófilo Otoni/Malacacheta/Itambacuri, Aguas Formosas, Nanuque, Almenara, Padre Paraíso, Araçuaí, Pedra azul e Itaobim 0 0 0 35 0,0 2.3.1-4. CIRURGIA TORÁCICA Os municípios de ocorrência com maiores resolubilidades na cirurgia torácica foram Belo Horizonte (98,8%), Sete Lagoas (94,3%), Juiz de Fora (87,5%), Varginha (89,3%), Montes Claros (90,9%) e Uberlândia (97,1%). As Regiões de Saúde Agregadas Betim, Patos de Minas e Barbacena/ São João Del Rey não realizaram este procedimento. 38

Tabela 10- Resolubilidade na cirurgia Torácica em municípios com estabelecimento habilitados em Oncologia considerando o conjunto de Regiões de Saúde referenciadas (2014) N Macrorregiões Munic Regiões de Saúde Agregadas Ocorrência fora do Estado Ocorrência total no território Residentes atendidos no território Total de residentes atendidos no estado Resolubilidade do território (%) 1 Centro 2 Leste 1 BH: Micros BH*/N.Lima/Caeté, Contagem, Vespasiano,Ouro Preto, e Macro Jequitinhonha: Micros Diamantina e Minas Novas/Turmalina/Capelinha 0 133 83 84 98,8 2 Betim: Micro Betim 0 0 0 15 0,0 3 Sete Lagoas: Micro Sete Lagoas 1 33 33 34 94,3 4 Itabira*: Micros Itabira, Guanhães e João Monlevade 0 0 0 6 0,0 6 Governador Valadares: Micros Governador Valadares*, Mantena, Resplendor e Santa Maria de Suaçui/São João Evangelista 0 1 1 3 33,3 7 Ipatinga: Micros Ipatinga*, Coronel Fabriciano/Timóteo e Caratinga 0 6 6 8 75,0 3 Sudeste 8 9 Juiz de Fora: Micros Juiz de Fora*/L. Duarte/B.Jardim, Santos Dumont, São João Nepomuceno/Bicas e Além Paraíba 0 11 7 8 87,5 Muriaé: Micros Muriaé*, Ubá, Carangola 0 24 12 13 92,3 Leolpoldina/Cataguases* 0 0 0 4 0,0 Muriaé e Cataguases 0 24 12 17 70,6 Passos: Micros Passos*/Piumhi, e São Sebastião do Paraíso 3 8 7 7 70,0 Alfenas: Guaxupé, Alfenas*/Machado 1 7 4 4 80,0 4 Sul 10 Passos e Alfenas 4 15 11 11 73,3 Pouso Alegre: Micros Pouso Alegre*, itajubá 9 5 5 7 31,3 11 Poços de Caldas*; micro Poços de Caldas 0 2 2 4 50,0 Pouso Alegre/Poços de Caldas 9 7 7 11 35,0 12 Varginha: Micros Varginha*, Lavras, São Lourenço, Três Corações e Três Pontas 3 26 25 25 89,3 5 Centro- Sul Barbacena: Micros Barbacena* e Conselheiro Lafaiete/Congonhas 0 0 0 5 0,0 São João Del Rei: Micro São João Del Rei* 0 0 0 2 0,0 Barbacena e São João Del Rei 0 0 0 7 0,0 6 Leste do Sul 14 Ponte Nova: Micros Ponte Nova*, Manhuaçu e Viçosa 0 1 1 8 12,5 7 Noroeste 15 Patos de Minas: Micros Patos de Minas*, João Pinheiro e Unaí 11 0 0 4 0,0 8 Oeste 16 9 Norte 17 Divinópolis: Micros Divinópolis*/Santo Antônio do Monte, Bom Despacho, Pará de Minas, Formiga, Itaúna, Santo Antônio do Amparo/Campo Belo Montes Claros: Micros Montes Claros*/Boacaiúva, Brasília de Minas/São Francisco, Coração de Jesus, Janaúba/Monte Azul, Salinas/Taioberas, Francisco Sá, Januária, Manga e Pirapora 0 24 24 38 63,2 1 11 10 10 90,9 10 Triângulo do Sul 18 Polo Uberaba: Micros Uberaba*, Araxá e Frutal/Iturama 2 4 2 2 50,0 11 Triângulo do Norte 13 12 Nordeste 20 * Serviços novos aguardando habilitação 19 Polo Uberlândia: Micros Uberlândia*/Araguari, Ituiutaba e Patrocínio/Monte Carmelo 1 36 34 34 97,1 Polo Teófilo Otoni*: Micros Teófilo Otoni/Malacacheta/Itambacuri, Aguas Formosas, Nanuque, Almenara, Padre Paraíso, Araçuaí, Pedra azul e Itaobim 0 0 0 7 0,0 2.3.1-5. CIRURGIAS DE TUMORES DO SISTEMA NERVOSO Considerando as formas de organização, as cirurgias oncológicas em neurologia foram as com menores resolubilidades por Regiões de Saúde Agregadas. Foram apenas Belo Horizonte (98,6%), Juiz de Fora (91,3%) e Montes Claros (92,3%) os que conseguiram absorver a demanda dos procedentes dos territórios de referência. Chama a atenção o baixo desempenho de Muriaé (35,3%), Governador Valadares (8,3%) e Varginha (24,3%). Diferentemente das demais formas de organização, foram as cirurgias neurológicas, os melhores resolubilidades da Região de Saúde Agregada Betim (21,7%) e Barbacena/ São João Del Rey (36,4%) 39

Tabela 11- Resolubilidade na cirurgia em Neurologia/Tumores do Sistema Nervoso em municípios com estabelecimento habilitados em Oncologia considerando as Regiões de Saúde Agregadas referenciadas (2014) N Macrorregiões Munic Regiões de Saúde Agregadas Ocorrência fora do Estado Ocorrência total no território Residentes atendidos no território Total de residentes atendidos no estado Resolubilidade do território (%) 1 Centro 2 Leste 1 BH: Micros BH*/N.Lima/Caeté, Contagem, Vespasiano,Ouro Preto, e Macro Jequitinhonha: Micros Diamantina e Minas Novas/Turmalina/Capelinha 1 331 208 300 69,1 2 Betim: Micro Betim 0 5 5 23 21,7 3 Sete Lagoas: Micro Sete Lagoas 0 19 17 30 56,7 4 Itabira*: Micros Itabira, Guanhães e João Monlevade 0 0 0 10 0,0 6 Governador Valadares: Micros Governador Valadares*, Mantena, Resplendor e Santa Maria de Suaçui/São João Evangelista 0 1 1 12 8,3 7 Ipatinga: Micros Ipatinga*, Coronel Fabriciano/Timóteo e Caratinga 0 17 17 21 81,0 3 Sudeste 8 9 Juiz de Fora: Micros Juiz de Fora*/L. Duarte/B.Jardim, Santos Dumont, São João Nepomuceno/Bicas e Além Paraíba 0 55 42 46 91,3 Muriaé: Micros Muriaé*, Ubá, Carangola 0 7 6 17 35,3 Leolpoldina/Cataguases* 0 0 0 4 0,0 Muriaé e Cataguases 0 7 6 21 28,6 Passos: Micros Passos*/Piumhi, e São Sebastião do Paraíso 1 7 5 6 71,4 Alfenas: Guaxupé, Alfenas*/Machado 5 55 32 37 76,2 4 Sul 10 Passos e Alfenas 6 62 37 43 75,5 Pouso Alegre: Micros Pouso Alegre*, itajubá 6 44 36 37 83,7 11 Poços de Caldas*; micro Poços de Caldas 2 5 5 5 71,4 Pouso Alegre/Poços de Caldas 8 49 41 42 82,0 5 Centro- Sul 12 Varginha: Micros Varginha*, Lavras, São Lourenço, Três Corações e Três Pontas 1 9 9 36 24,3 Barbacena: Micros Barbacena* e Conselheiro Lafaiete/Congonhas 0 4 3 9 33,3 São João Del Rei: Micro São João Del Rei* 0 1 1 2 50,0 Barbacena e São João Del Rei 0 5 4 11 36,4 6 Leste do Sul 14 Ponte Nova: Micros Ponte Nova*, Manhuaçu e Viçosa 1 24 23 29 76,7 7 Noroeste 15 Patos de Minas: Micros Patos de Minas*, João Pinheiro e Unaí 3 0 0 6 0,0 8 Oeste 16 9 Norte 17 Divinópolis: Micros Divinópolis*/Santo Antônio do Monte, Bom Despacho, Pará de Minas, Formiga, Itaúna, Santo Antônio do Amparo/Campo Belo Montes Claros: Micros Montes Claros*/Boacaiúva, Brasília de Minas/São Francisco, Coração de Jesus, Janaúba/Monte Azul, Salinas/Taioberas, Francisco Sá, Januária, Manga e Pirapora 0 54 52 80 65,0 3 98 96 101 92,3 10 Triângulo do Sul 18 Polo Uberaba: Micros Uberaba*, Araxá e Frutal/Iturama 6 25 24 25 77,4 11 Triângulo do Norte 13 12 Nordeste 20 * Serviços novos aguardando habilitação 19 Polo Uberlândia: Micros Uberlândia*/Araguari, Ituiutaba e Patrocínio/Monte Carmelo 5 28 28 31 77,8 Polo Teófilo Otoni*: Micros Teófilo Otoni/Malacacheta/Itambacuri, Aguas Formosas, Nanuque, Almenara, Padre Paraíso, Araçuaí, Pedra azul e Itaobim 0 0 0 12 0,0 2.3.2- CIRURGIAS ONCOLÓGICAS EM PEDIATRIA Os serviços habilitados em Oncologia UNACON com serviço de Oncologia Pediátrica (17.09) são o Hospital das Clínicas UFMG e Baleia; e CACON com serviço de Oncologia Pediátrica (17.03) a Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, sendo, portanto Belo Horizonte referência de atendimento para todas as regiões do estado. Belo Horizonte absorveu praticamente 50% da demanda, sendo a Santa Casa de Belo Horizonte (25,2%) e Hospital das Clínicas UFMG (15,4%) os principais serviços referenciados. O Hospital Bom Samaritano de Governador Valadares foi o terceiro maior serviço que ofertou esta assistência (12,2%), seguido do Hospital das Clínicas de Uberlândia (10,6%). Percentuais maiores que o Hospital da Baleia (7,3%). Sugere que estes serviços deverão ser habilitados em oncologia pediátrica também. 40

410601Urologia 41602 Sistema Linfático 41603 Cabeça e Pescoço 41604 cirurgia Geral 41605 Colo-proctologia 41606 (Ginecologia) 41608 Pele e Plástica 41609 Ortopedia 41611 Torácica 41612 Mastologia % GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Tabela 12- Distribuição das cirurgias oncológicas em pediatria, segundo estabelecimento de saúde, município de ocorrência e formas de organização. SES-MG (2014) Total Hospital MG (CNES) Município nº 0027014 SANTA CASA DE BELO HORIZONTE BH 3 1 1 10 0 2 3 8 2 1 31 25,2 0027049 HOSPITAL DAS CLINICAS DA UFMG BH 2 0 3 3 0 0 2 8 1 0 19 15,4 2695324 HOSPITAL DA BALEIA BH 1 1 0 3 0 0 1 2 0 1 9 7,3 2200457 ASSOCIACAO MARIO PENNA BH 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0,8 Subtotal Belo Horizonte 6 2 4 16 0 3 6 18 3 2 60 48,8 2159252 HOSPITAL SAO JOAO DE DEUS Divinópolis 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0,8 2118661 HOSPITAL BOM SAMARITANO Governador Valadares 0 0 3 0 1 1 3 7 0 0 15 12,2 2205440 HOSPITAL MARCIO CUNHA Ipatinga 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2 1,6 2153025 HOSPITAL MARIA JOSE BAETA REIS ASCOMCER Juiz de Fora 0 0 1 0 0 0 0 4 1 0 6 4,9 2153106 ONCOLOGICO Juiz de Fora 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 2 1,6 2153114 HOSPITAL DR JOAO FELICIO Juiz de Fora 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0,8 SubtotalJuiz de Fora 0 1 1 0 0 0 0 5 1 1 9 7,3 2149990 HOSPITAL SANTA CASA DE MONTES CLAROS Montes Claros 4 1 0 0 0 0 0 1 1 0 7 5,7 2219646 HOSPITAL DILSON GODINHO Montes Claros 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,8 Subtotal Montes Claros 4 2 0 0 0 0 0 1 1 0 8 6,5 2195453 HOSPITAL DO CANCER DE MURIAE Muriaé 0 2 0 0 0 0 1 0 0 0 3 2,4 2775999 SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PASSOS Passos 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 2 1,6 2127989 HOSPITAL DAS CLIN SAMUEL LIBANIO POUSO ALEGRE Pouso Alegre 0 1 0 0 0 0 1 3 0 0 5 4,1 2206595 HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO Uberaba 2 0 0 0 0 1 0 0 0 0 3 2,4 2165058 HOSPITAL DOUTOR HELIO ANGOTTI Uberaba 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0,8 Subtotal Uberaba 2 3 0 2 1 1 2 3 0 0 14 11,4 2146355 HOSPITAL DE CLINICAS DE UBERLANDIA Uberlândia 3 0 1 1 0 0 1 4 3 0 13 10,6 2761092 HOSPITAL BOM PASTOR Varginha 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,8 Total 15 9 10 19 2 5 12 39 8 4 123 100,0 2.3.3- CIRURGIAS EM OFTALMOLOGIA Foram somente 50 internações no ano de 2014 para cirurgia em oncologia oftalmológica. O município de Belo Horizonte foi o responsável por 70% dos casos atendidos e deverá ser referência de atendimento para todo o estado (Tabela 12) 41

Tabela 12- Distribuição das cirurgias oftalmológicas em municípios com estabelecimento habilitados em Oncologia, SES (MG), 2014. Hospital MG (CNES) município nº % 0027014 SANTA CASA DE BELO HORIZONTE Belo Horizonte 20 40,0 0027049 HOSPITAL DAS CLINICAS DA UFMG Belo Horizonte 10 20,0 2200457 ASSOCIACAO MARIO PENNA Belo Horizonte 5 10,0 sub- total Belo Horizonte 35 70,0 2775999 SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PASSOS Passos 7 14,0 2205440 HOSPITAL MARCIO CUNHA Ipatinga 2 4,0 2219646 HOSPITAL DILSON GODINHO Montes Claros 2 4,0 2159252 HOSPITAL SAO JOAO DE DEUS Divinópolis 1 2,0 2153106 ONCOLOGICO Juiz de Fora 1 2,0 2195453 HOSPITAL DO CANCER DE MURIAE Murié 1 2,0 2146355 HOSPITAL DE CLINICAS DE UBERLANDIA Uberlândia 1 2,0 Total 50 100,0 2.3.4- HEMATOLOGIA Do total dos 31 hospitais oncológicos, 16 serviços são habilitados em hematologia (51%). Após seleção no Sistema de Informação Internações Hospitalares (SIH) os CID relacionados às Neoplasias do Sistema Linfático (C81-C96, D46, D47, D60 e D61), observa-se que 36% dos estabelecimentos com atendimento a esta clientela foram em hospitais não habilitados em oncologia. Isto pode sugerir demanda reprimida para prestação desta assistência. (Gráfico 16) Gráfico 16- Distribuição dos procedimentos clínicos relacionados à assistência em Hematologia segundo estabelecimentos de saúde. SES- MG (2014) Hospitais habilitados; 64% Hospitais não habilitados; 36% Observou-se que 81,2% do total de procedimentos em radioterapia e quimioterapia para pacientes com diagnóstico de Linfoma ou Leucemias e outras Doenças proliferativas malignas foram realizados pelos 16 serviços habilitados, sendo que 38,9% concentraram em Belo Horizonte. O Hospital das Clínicas UFMG realizou 15,3% do total dos procedimentos para pacientes com Leucemia e Doenças proliferativas malignas, enquanto o Hospital da Baleia 42

absorveu 15% dos procedimentos para pacientes com Linfomas. Chamou a atenção que os procedimentos de radioterapia e quimioterapia para pacientes com Leucemia e outras doenças proliferativas malignas foram expressivamente maiores se comparados com aqueles destinados ao tratamento de pacientes com os linfomas (2,8%). Esta situação não se verificou nos demais serviços (Tabela 13) A Santa Casa de Montes Claros (5,6%) e Santa Casa de Misericórdia de Passos (3,4%), apesar de não habilitados, foram respectivamente os 7º e 12º maiores serviços com procedimentos realizados na área de hematologia. O Hospital João Felício em Juiz de Fora, apesar de habilitado, não realizou procedimentos nesta área. (Tabela 13) Tabela 13- Distribuição dos procedimentos de radioterapia e quimioterapia para tratamento em hematologia, segundo habilitação dos serviços e categorias de doenças (2014) Estabel-CNES-MG habilitado Leucemias e doenças imunoproliferarivas Linfomas Total nº % nº % nº % % acum 1 0027049 HOSPITAL DAS CLINICAS DA UFMG sim 6687 15,3 659 2,8 7346 11,0 11,0 2 2695324 HOSPITAL DA BALEIA sim 3861 8,8 3471 15,0 7332 11,0 22,0 3 0027014 SANTA CASA DE BELO HORIZONTE sim 4552 10,4 2281 9,9 6833 10,2 32,2 4 2200457 ASSOCIACAO MARIO PENNA sim 2757 6,3 1738 7,5 4495 6,7 38,9 5 2146355 HOSPITAL DE CLINICAS DE UBERLANDIA sim 2674 6,1 1706 7,4 4380 6,6 45,5 6 2195453 HOSPITAL DO CANCER DE MURIAE sim 2172 5,0 1475 6,4 3647 5,5 50,9 7 2219646 HOSPITAL DILSON GODINHO sim 1892 4,3 1353 5,9 3245 4,9 55,8 8 2761092 HOSPITAL BOM PASTOR sim 2384 5,5 781 3,4 3165 4,7 60,5 9 0026859 HOSPITAL FELICIO ROCHO sim 1688 3,9 1178 5,1 2866 4,3 64,8 10 2153025 HOSPITAL MARIA JOSE BAETA REIS ASCOMCER sim 2136 4,9 650 2,8 2786 4,2 69,0 11 2159252 HOSPITAL SAO JOAO DE DEUS sim 1804 4,1 634 2,7 2438 3,6 72,7 12 2127989 HOSPITAL DAS CLIN SAMUEL LIBANIO POUSO ALEGRE sim 1161 2,7 732 3,2 1893 2,8 75,5 13 2205440 HOSPITAL MARCIO CUNHA sim 1044 2,4 365 1,6 1409 2,1 77,6 14 2165058 HOSPITAL DOUTOR HELIO ANGOTTI sim 840 1,9 379 1,6 1219 1,8 79,4 15 2153106 ONCOLOGICO sim 694 1,6 422 1,8 1116 1,7 81,1 16 2153114 HOSPITAL DR JOAO FELICIO sim 51 0,1 0 0,0 51 0,1 81,2 17 2149990 HOSPITAL SANTA CASA DE MONTES CLAROS não 1512 3,5 2225 9,6 3737 5,6 86,8 18 2775999 SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PASSOS não 1217 2,8 1064 4,6 2281 3,4 90,2 19 2129469 SANTA CASA DE POCOS DE CALDAS não 1267 2,9 202 0,9 1469 2,2 92,4 20 2118661 HOSPITAL BOM SAMARITANO não 804 1,8 533 2,3 1337 2,0 94,4 21 2171945 SANTA CASA DE ALFENAS não 865 2,0 209 0,9 1074 1,6 96,0 22 0026840 COMPLEXO HOSPITALAR SAO FRANCISCO não 214 0,5 530 2,3 744 1,1 97,1 23 2206595 HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO não 373 0,9 98 0,4 471 0,7 97,8 24 2206528 HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS GRACAS não 217 0,5 88 0,4 305 0,5 98,3 25 2098938 HOSPITAL IBIAPABA CEBAMS não 242 0,6 32 0,1 274 0,4 98,7 26 2126494 HOSPITAL P R PROFESSOR OSVALDO R FRANCO não 99 0,2 142 0,6 241 0,4 99,0 27 2161354 SANTA CASA DA MISERICORDIA DE SAO JOAO DEL REI não 186 0,4 23 0,1 209 0,3 99,3 28 0026964 HOSPITAL ALBERTO CAVALCANTI não 75 0,2 84 0,4 159 0,2 99,6 29 2196972 HOSPITAL SAO LUCAS não 144 0,3 7 0,0 151 0,2 99,8 30 2111640 HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS DORES não 39 0,1 67 0,3 106 0,2 100,0 31 2098911 IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE CATAGUASES não 24 0,1 0 0,0 24 0,0 100,0 Total 43675 100,0 23128 100,0 66803 100,0 Fonte: SIA-SUS/DATASUS/Ministério da Saúde 43

2.4. SERVIÇO DE APOIO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO (SADT) NOS HOSPITAIS O diagnóstico do câncer deve constar de história clínica e exame físico detalhado e, sempre que possível, de visualização direta da área atingida, utilizando exames endoscópicos como broncoscopia, endoscopia digestiva alta, mediastinoscopia, pleuroscopia, retosigmoidoscopia, colonoscopia, endoscopia urológica, laringoscopia, colposcopia e laparoscopia. Na área em que houver alteração, o tecido deverá ser biopsiado e encaminhado a exame histopatológico, confirmando-se ou não o diagnóstico. Após a confirmação diagnóstica, é necessário ampliar a avaliação do paciente para estadiar a doença, ou seja, conhecer sua extensão no organismo, com o objetivo de: 1) auxiliar na escolha do tratamento; 2) fazer o prognóstico; 3) facilitar a comunicação entre os envolvidos; 4) determinar quando parar a terapia; e 5) padronizar o protocolo de tratamento Conforme estabelecido na Portaria 140/2014, cada estabelecimento de saúde habilitado como CACON ou UNACON inclusive em complexo hospitalar, que tenha como responsabilidade uma população de 500.000 (quinhentos mil) habitantes ou 900 casos novos de câncer/ano, exceto o câncer não melanótico de pele, observarão os seguintes parâmetros mínimos mensais para ampliação de oferta de procedimentos relacionados a consultas especializadas e exames diagnósticos e de seguimento, por tipo: I - 500 (quinhentas) consultas especializadas; II - 640 (seiscentos e quarenta) exames de ultrassonografia; III - 160 (cento e sessenta) endoscopias; IV - 240 (duzentas e quarenta) colonoscopias e retossigmoidoscopias; e V - 200 (duzentos) exames de anatomia patológica. Conforme dados apresentados Tabela 14, 09 serviços não cumpriram a média mensal de oferta de consultas especializadas (29%). Os Hospitais das Clínicas UFMG e o Hospital Escola Universidade federal do Triângulo Mineiro (Uberaba) foram os serviços que os maiores desempenhos. Alfenas, Cataguases e São João Del Rei não ofertaram consultas especializadas. 44

Tabela 14- Média mensal das consultas especializadas ofertadas pelos hospitais habilitados em oncologia (2014). CONSULTAS ESPECIALIZADAS (Parâmetro mensal: 500 consultas Estabel-CNES-MG nº anual média mensal % 1 0027049 HOSPITAL DAS CLINICAS DA UFMG 243492 20291 23,5 2 2206595 HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO 166602 13884 16,1 3 2695324 HOSPITAL DA BALEIA 68046 5671 6,6 4 2200457 ASSOCIACAO MARIO PENNA* 64268 5356 6,2 5 2195453 HOSPITAL DO CANCER DE MURIAE* 58094 4841 5,6 6 2127989 HOSPITAL DAS CLIN SAMUEL LIBANIO POUSO ALEGRE 57942 4829 5,6 7 2126494 HOSPITAL P R PROFESSOR OSVALDO R FRANCO 52809 4401 5,1 8 0027014 SANTA CASA DE BELO HORIZONTE 42971 3581 4,1 9 0026840 COMPLEXO HOSPITALAR SAO FRANCISCO 37981 3165 3,7 10 2205440 HOSPITAL MARCIO CUNHA 27852 2321 2,7 11 2149990 HOSPITAL SANTA CASA DE MONTES CLAROS 25708 2142 2,5 12 0026964 HOSPITAL ALBERTO CAVALCANTI 25482 2124 2,5 13 2219646 HOSPITAL DILSON GODINHO 20666 1722 2,0 14 2129469 SANTA CASA DE POCOS DE CALDAS 20166 1681 1,9 15 0026859 HOSPITAL FELICIO ROCHO 20066 1672 1,9 16 2165058 HOSPITAL DOUTOR HELIO ANGOTTI 18690 1558 1,8 17 2118661 HOSPITAL BOM SAMARITANO 18243 1520 1,8 18 2159252 HOSPITAL SAO JOAO DE DEUS 16350 1363 1,6 19 2153106 ONCOLOGICO 9334 778 0,9 20 2206528 HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS GRACAS 8801 733 0,8 21 2111640 HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS DORES 8603 717 0,8 22 2775999 SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PASSOS 7777 648 0,8 23 2761092 HOSPITAL BOM PASTOR 5586 466 0,5 24 2098938 HOSPITAL IBIAPABA CEBAMS 4883 407 0,5 25 2196972 HOSPITAL SAO LUCAS 2046 171 0,2 26 2153114 HOSPITAL DR JOAO FELICIO 1370 114 0,1 27 2153025 HOSPITAL MARIA JOSE BAETA REIS ASCOMCER 1255 105 0,1 28 2146355 HOSPITAL DE CLINICAS DE UBERLANDIA 773 64 0,1 29 2171945 SANTA CASA DE ALFENAS 4 0 0,0 30 2098911 IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE CATAGUASES 0 0 0,0 31 2161354 SANTA CASA DA MISERICORDIA DE SAO JOAO DEL REI 0 0 0,0 Total 1035860 86322 100,0 Somente 03 serviços ofertaram os exames de ultrassonografia conforme estipulado pela Portaria: Hospital das Clínicas UFMG, Hospital Escola da Universidade do triângulo Mineiro e Hospital Maria Jose Baeta reis ASCOMCER (Juiz de Fora). Na endoscopia somente o Hospital das Clínicas UFMG obteve desempenho satisfatório. A endoscopia nenhum dos serviços alcançou o desempenho proposto (240 exames/mês). Do total de 31 serviços, somente 12 ofertaram em número adequado os exames anatomopatológicos (39%) 45

Tabela 15- Média mensal dos exames de anatomopatologia, ultrassonografia, endoscopia, colonoscopia ofertados pelos hospitais habilitados em oncologia (2014). Estabel-CNES-MG ULTRASSONOGRAFIA 02.09.01.003-7 ENDOSCOPIA 02.09.01.002-9 Colonoscopia e 02.09.01.005-3 Retossigmoidoscopias ANATOMOPATOLÓGICO média mensal %Parâmetro mensal: 640 exames média mensal % Parâmetro mensal:160 exames média mensal %Parâmetro mensal:240 exames média mensal %Parâmetro mensal: 200 exames 1 0027049 HOSPITAL DAS CLINICAS DA UFMG 1564 244,4 416 259,9 126 52,6 991 495,3 2 2206595 HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO 1112 173,8 109 67,9 23 9,7 238 118,8 3 2153025 HOSPITAL MARIA JOSE BAETA REIS ASCOMCER 655 102,4 - - - - - - 4 0027014 SANTA CASA DE BELO HORIZONTE 601 93,9 18 11,3 - - 2318 1159,1 5 2126494 HOSPITAL P R PROFESSOR OSVALDO R FRANCO 521 81,3 79 49,3 7 3,0 0 0,0 6 2127989 HOSPITAL DAS CLIN SAMUEL LIBANIO POUSO ALEGRE 510 79,6 4 2,3 59 24,8 820 410,0 7 2149990 HOSPITAL SANTA CASA DE MONTES CLAROS 488 76,3 6 3,6 17 6,9 330 165,1 8 0026840 COMPLEXO HOSPITALAR SAO FRANCISCO 448 69,9 253 158,2 4 1,5 556 277,8 9 2205440 HOSPITAL MARCIO CUNHA 400 62,5 31 19,4 17 6,9 157 78,6 10 2146355 HOSPITAL DE CLINICAS DE UBERLANDIA 379 59,2 - - - - 1 0,3 11 2695324 HOSPITAL DA BALEIA 292 45,6 28 17,3 16 6,8 382 190,8 12 2165058 HOSPITAL DOUTOR HELIO ANGOTTI 272 42,6 10 6,5 20 8,3 144 71,8 13 2219646 HOSPITAL DILSON GODINHO 245 38,3 23 14,1 21 8,6 646 323,1 14 0026859 HOSPITAL FELICIO ROCHO 240 37,5 12 7,2 19 7,7 82 41,2 15 2171945 SANTA CASA DE ALFENAS 217 33,9 155 96,6 29 12,1 354 176,8 16 2200457 ASSOCIACAO MARIO PENNA* 212 33,2 25 15,5 43 18,1 1237 618,6 17 0026964 HOSPITAL ALBERTO CAVALCANTI 166 25,9 36 22,4 9 3,9 62 31,2 18 2195453 HOSPITAL DO CANCER DE MURIAE* 164 25,6 94 58,5 33 13,9 202 101,2 19 2775999 SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PASSOS 153 23,8 1 0,8 7 2,9 60 29,8 20 2129469 SANTA CASA DE POCOS DE CALDAS 137 21,4 13 7,9 10 4,1 9 4,5 21 2111640 HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS DORES 106 16,5 10 6,0 1 0,4 - - 22 2761092 HOSPITAL BOM PASTOR 81 12,6 16 9,9 12 4,8 - - 23 2118661 HOSPITAL BOM SAMARITANO 78 12,2 23 14,3 6 2,5 83 41,5 24 2161354 SANTA CASA DA MISERICORDIA DE SAO JOAO DEL REI 74 11,5 0 0,0 0 0,1 1 0,6 25 2098911 IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE CATAGUASES 54 8,4 2 1,3 - - 19 9,3 26 2098938 HOSPITAL IBIAPABA CEBAMS 33 5,2 - - - - 8 4,1 27 2159252 HOSPITAL SAO JOAO DE DEUS 18 2,7 - - 5 2,3 288 144,2 28 2196972 HOSPITAL SAO LUCAS 16 2,5 - - - - 31 15,7 29 2206528 HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS GRACAS 8 1,2 - - - - 17 8,4 30 2153106 ONCOLOGICO - - - - - - 108 53,8 31 2153114 HOSPITAL DR JOAO FELICIO - - - - - - - - Após seleção de cirurgias que necessitam previamente dos exames de biopsia guiada por ultrassom e colonoscopia para realização das mesmas, verificou-se que a razão entre biopsias e cirurgias foi < 1 em 21 serviços (68%) e a razão entre colonoscopias e cirurgias foi < 1 em 10 serviços (32%). Estes indicadores demonstram a dificuldade do acesso aos exames quando necessários. 46

Tabela 16- Razão número de biopsias guiadas por ultrassom e cirurgias selecionadas* que necessitam previamente deste exame (2014). N Hospital MG (CNES) Município Biopsias guiadas por ultrassom AIH procedimentos selecionados* Razão Biopsias/AIH procedimentos selecionados* 1 2206595 HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO Uberaba 73 11 6,6 2 0026859 HOSPITAL FELICIO ROCHO Belo Horizonte 170 31 5,5 3 2695324 HOSPITAL DA BALEIA Belo Horizonte 710 239 3,0 4 0027014 SANTA CASA DE BELO HORIZONTE Belo Horizonte 1.522 558 2,7 5 2196972 HOSPITAL SAO LUCAS Patos de Minas 52 21 2,5 6 2171945 SANTA CASA DE ALFENAS Alfenas 292 163 1,8 7 2200457 ASSOCIACAO MARIO PENNA Belo Horizonte 757 437 1,7 8 2153106 ONCOLOGICO Juiz de Fora 284 176 1,6 9 2205440 HOSPITAL MARCIO CUNHA Ipatinga 170 154 1,1 10 2149990 HOSPITAL SANTA CASA DE MONTES CLAROS Montes Claros 49 50 1,0 11 2195453 HOSPITAL DO CANCER DE MURIAE Muriaé 281 460 0,6 12 0027049 HOSPITAL DAS CLINICAS DA UFMG Belo Horizonte 89 171 0,5 13 2775999 SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PASSOS Passos 36 97 0,4 14 2165058 HOSPITAL DOUTOR HELIO ANGOTTI Uberaba 58 201 0,3 15 2129469 SANTA CASA DE POCOS DE CALDAS Pouso alegre 9 71 0,1 16 2153114 HOSPITAL DR JOAO FELICIO Juiz de Fora 3 30 0,1 17 2219646 HOSPITAL DILSON GODINHO Montes Claros 5 202 0,0 18 2111640 HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS DORES Ponte Nova 2 100 0,0 19 0026840 COMPLEXO HOSPITALAR SAO FRANCISCO Belo Horizonte 2 148 0,0 20 0026964 HOSPITAL ALBERTO CAVALCANTI Belo Horizonte 1 98 0,0 21 2098911 IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE CATAGUASES Cataguazes 0 31 0,0 22 2098938 HOSPITAL IBIAPABA CEBAMS Barbacena 0 66 0,0 23 2118661 HOSPITAL BOM SAMARITANO Governador Valadares 0 258 0,0 24 2127989 HOSPITAL DAS CLIN SAMUEL LIBANIO POUSO ALEGRE Pouso alegre 0 38 0,0 25 2146355 HOSPITAL DE CLINICAS DE UBERLANDIA Uberlândia 0 114 0,0 26 2153025 HOSPITAL MARIA JOSE BAETA REIS ASCOMCER Juiz de Fora 0 156 0,0 27 2159252 HOSPITAL SAO JOAO DE DEUS Divinópolis 0 161 0,0 28 2161354 SANTA CASA DA MISERICORDIA DE SAO JOAO DEL REI São João Del rei 0 45 0,0 29 2206528 HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS GRACAS Sete Lagoas 0 73 0,0 30 2761092 HOSPITAL BOM PASTOR Varginha 0 64 0,0 31 2126494 HOSPITAL P R PROFESSOR OSVALDO R FRANCO Betim 0 0-4.030 4424 0,9 *Procedimento: 0416010113 ORQUIECTOMIA UNILATERAL EM ONCOLOGIA, 0416010121 PROSTATECTOMIA EM ONCOLOGIA, 0416010130 PROSTATOVESICULECTOMIA RADICAL EM ONCOLOGIA, 0416030270 TIREOIDECTOMIA TOTAL EM ONCOLOGIA, 0416120024 MASTECTOMIA RADICAL C/ LINFADENECTOMIA AXILAR EM ONCOLOGIA, 0416120032 MASTECTOMIA SIMPLES EM ONCOLOGIA, 0416120040 RESSECCAO DE LESAO NAO PALPAVEL DE MAMA COM MARCACAO EM ONCOLOGIA (POR MAMA), 0416120059 SEGMENTECTOMIA/QUADRANTECTOMIA/SETORECTOMIA DE MAMA EM ONCOLOGIA 47

Tabela 17- Razão número de exames de colonoscopia e cirurgias selecionadas* que necessitam previamente deste exame (2014). Hospital MG (CNES) Município Colonoscopia Cirurgias selecionadas * Razão colonoscopia/ Cirurgias selecionadas 1 2171945 SANTA CASA DE ALFENAS Alfenas 348 8 43,5 2 2195453 HOSPITAL DO CANCER DE MURIAE Muriaé 399 12 33,3 3 0026859 HOSPITAL FELICIO ROCHO Belo Horizonte 226 13 17,4 4 0027049 HOSPITAL DAS CLINICAS DA UFMG Belo Horizonte 1.443 86 16,8 5 2695324 HOSPITAL DA BALEIA Belo Horizonte 197 13 15,2 6 2219646 HOSPITAL DILSON GODINHO Montes Claros 248 20 12,4 7 2206595 HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO Uberaba 279 23 12,1 8 2761092 HOSPITAL BOM PASTOR Varginha 158 14 11,3 9 2126494 HOSPITAL P R PROFESSOR OSVALDO R FRANCO Betim 85 8 10,6 10 2149990 HOSPITAL SANTA CASA DE MONTES CLAROS Montes Claros 205 24 8,5 11 2127989 HOSPITAL DAS CLIN SAMUEL LIBANIO POUSO ALEGRE Pouso alegre 221 31 7,1 12 2200457 ASSOCIACAO MARIO PENNA Belo Horizonte 405 61 6,6 13 2775999 SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PASSOS Passos 140 24 5,8 14 2165058 HOSPITAL DOUTOR HELIO ANGOTTI Uberaba 238 47 5,1 15 0027014 SANTA CASA DE BELO HORIZONTE Belo Horizonte 778 159 4,9 16 0026840 COMPLEXO HOSPITALAR SAO FRANCISCO Belo Horizonte 43 9 4,8 17 2205440 HOSPITAL MARCIO CUNHA Ipatinga 169 37 4,6 18 2129469 SANTA CASA DE POCOS DE CALDAS Pouso alegre 119 41 2,9 Governador Valadares 19 2118661 HOSPITAL BOM SAMARITANO 71 25 2,8 20 0026964 HOSPITAL ALBERTO CAVALCANTI Belo Horizonte 113 40 2,8 21 2111640 HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS DORES Ponte Nova 10 5 2,0 22 2159252 HOSPITAL SAO JOAO DE DEUS Divinópolis 10 51 0,2 23 2098911 IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE CATAGUASES Cataguazes 0 1 0,0 24 2098938 HOSPITAL IBIAPABA CEBAMS Barbacena 0 7 0,0 25 2146355 HOSPITAL DE CLINICAS DE UBERLANDIA Uberlândia 0 52 0,0 26 2153025 HOSPITAL MARIA JOSE BAETA REIS ASCOMCER Juiz de Fora 0 35 0,0 27 2153106 ONCOLOGICO Juiz de Fora 0 6 0,0 28 2161354 SANTA CASA DA MISERICORDIA DE SAO JOAO DEL REI São João Del Rei 0 6 0,0 29 2206528 HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS GRACAS Sete Lagoas 0 17 0,0 30 2153114 HOSPITAL DR JOAO FELICIO Juiz de Fora 0 0-31 2196972 HOSPITAL SAO LUCAS Patos de Minas 0 0 - Total 5.905 875 6,7 *Procedimento: 0416040276 RESSECCAO ALARGADA DE TUMOR DE INTESTINO EM ONCOLOGIA, 0416050018 AMPUTACAO ABDOMINO-PERINEAL DE RETO EM ONCOLOGIA, 0416050026 COLECTOMIA PARCIAL (HEMICOLECTOMIA) EM ONCOLOGIA, 0416050034 COLECTOMIA TOTAL EM ONCOLOGIA, 0416050050 EXCISAO LOCAL DE TUMOR DO RETO EM ONCOLOGIA, 0416050077 RETOSSIGMOIDECTOMIA ABDOMINAL EM ONCOLOGIA, 0416050115 PROCTOCOLECTOMIA TOTAL EM ONCOLOGIA 48

2.5. FINANCIAMENTO A Programação Pactuada Integrada (PPI) de Minas Gerais é um instrumento de planejamento e de pactuação entre municípios, através do qual eles definem e quantificam as ações de saúde a serem realizadas, buscando adequar a demanda à oferta de serviços de saúde. A quantidade de cirurgias oncológicas programadas na PPI 2014 foi menor que o total de cirurgias realizadas, conforme demonstra a Tabela 19, com extrapolamento de 23.052.355,54 reais. Tabela 18- Programação Pactuada Integrada (PPI) e produção cirurgias em oncologia segundo município de atendimento. SES-MG (2014) Município Atendimento Quantidade Valor Produção SIH Freqüência Valor Total Valor UTI Valor excluso UTI 310160 Alfenas 244 527.330,09 316 984.151,33 59840 924.311,33 310560 Barbacena 51 87.991,73 110 299.281,81 9095,68 290.186,13 310620 Belo Horizonte 4.446 9.952.376,55 5050 19.636.487,48 1487061,88 18.149.425,60 310670 Betim 21 27.320,40 26 86.060,34 4308,48 81.751,86 311530 Cataguases 68 167.946,45 43 117.134,66 8616,96 108.517,70 312230 Divinópolis 545 952.874,48 584 1.887.002,97 85594,88 1.801.408,09 312770 Governador Valadares 475 490.903,05 875 3.090.821,44 33989,12 3.056.832,32 313130 Ipatinga 231 459.581,19 425 1.516.474,58 33510,4 1.482.964,18 313670 Juiz de Fora 550 1.099.398,51 765 2.909.844,62 148762,23 2.761.082,39 314330 Montes Claros 550 1.191.221,71 636 2.043.274,35 52180,48 1.991.093,87 314390 Muriaé 1.440 2.810.214,95 1105 3.708.268,68 87127,04 3.621.141,64 314790 Passos 397 541.154,85 645 2.172.241,61 66637,7 2.105.603,91 314800 Patos de Minas 253 402.824,24 116 258.665,57 957,44 257.708,13 315180 Poços de Caldas 235 364.973,49 432 986.958,65 48829,44 938.129,21 315210 Ponte Nova 168 221.419,58 220 659.071,61 32552,96 626.518,65 315250 Pouso Alegre 777 1.267.316,95 383 1.300.354,77 43563,52 1.256.791,25 316250 São João del Rei 105 159.780,60 64 262.846,02 2202,1 260.643,92 316720 Sete Lagoas 128 269.516,42 326 975.682,22 31595,52 944.086,70 317010 Uberaba 450 1.118.149,75 606 2.032.420,37 127428,61 1.904.991,76 317020 Uberlândia 653 1.419.420,24 535 2.314.143,06 54244,43 2.259.898,63 317070 Varginha 248 484.125,35 611 2.359.522,93 114414,08 2.245.108,85 Soma: 12.035 24.015.840,58 13.873 49.600.709,07 2.532.512,95 47.068.196,12 Para tratamento de radioterapia e quimioterapia foi estimado o valor de 252.818.101,87 reais e 4,5% deste total, foi a estimativa de custo para realização dos procedimentos de média complexidade, indispensáveis para definição do diagnóstico/sadt (10.436.310,64 reais). (Tabela 19) 49

Tabela 19- Programação Pactuada Integrada (PPI) para tratamento em oncologia (radioterapia e quimioterapia) segundo município de atendimento. SES-MG (2014) Município Atendimento Quantidade Valor 310160 Alfenas 6.807 6.076.228,90 310560 Barbacena 5.440 3.061.878,75 310620 Belo Horizonte 506.959 70.920.569,98 310670 Betim 20.420 2.406.848,60 311530 Cataguases 1.934 1.280.985,13 312230 Divinópolis 89.970 12.032.239,54 312770 Governador Valadares 56.572 8.629.220,42 313130 Ipatinga 64.460 9.937.371,58 313670 Juiz de Fora 140.279 18.523.240,78 314330 Montes Claros 121.630 18.962.054,56 314390 Muriaé* 119.730 19.046.707,06 314790 Passos* 67.839 9.690.849,59 314800 Patos de Minas 28.567 2.982.686,92 315180 Poços de Caldas 135.730 13.578.407,50 315210 Ponte Nova 2.685 1.898.000,51 315250 Pouso Alegre 6.040 2.790.386,08 316250 São João del Rei 2.424 1.575.928,44 316720 Sete Lagoas 3.285 2.203.410,83 317010 Uberaba 60.775 11.010.433,04 317020 Uberlândia 136.974 13.676.860,21 317070 Varginha* 104.958 12.097.482,83 SADT 0 10.436.310,64 Soma: 1.683.478 252.818.101,87 Dos 18 municípios de atendimento em gestão plena, o Teto financeiro de tratamento em oncologia foi extrapolado em 14 municípios (78%). Estes valores serão ressarcidos pela câmara de compensação da SES-MG (Resolução SES nº 1.066, de 13 de dezembro de 2006), nos valores extrapolados se houver extrapolamento do Teto MAC, fato este ocorrido em 06 municípios (33%). O extrapolamento do Teto MAC ocorreu em 09 municípios (50%) (Tabela 20). 50

Tabela 20- Extrapolamento Teto Quimioterapia, Radioterapia e MAC segundo o município de atendimento. SES-MG 2014 Município Atendimento Teto RT Teto QT Total Teto RT e QT Produção QT/RT Subgrupo 0304 Financiamento MAC Extrapolamento QT/RT (Teto - Produção) Teto MAC Ano Sem Incentivos (Soma Mês/12) Produção MAC Total (Ambulatorial + Hospitalar) Extrapolamento teto MAC 310160 Alfenas - 5.753.592,04 5.753.592,04 6.540.920,78 787.328,74 33.548.763,86 37.346.556,51 (-) 3911725,07 310560 Barbacena - 2.970.363,12 2.970.363,12 2.955.657,18 126.936,92 39.056.206,81 35.354.741,47 (+)4.893.934,23 310620 Belo Horizonte 16.018.569,70 52.763.721,42 68.782.291,12 83.753.021,99-14.970.730,88 892.010.176,37 684.487.061,91 (+) 207523114,46 310670 Betim 562.577,12 1.844.271,47 2.406.848,59 2.776.707,90-369.859,31 62.087.907,48 47.521.038,13 (+)16303520,61 311530 Cataguases - 1.280.985,13 1.280.985,13 991.061,93 289.923,20 8.897.264,65 8.696.218,70 (-)931776,83 312230 Divinópolis 2.330.324,28 8.913.510,75 11.243.835,03 12.451.760,07-1.207.925,04 42.542.119,84 46.384.682,92 (-)5027669,77 312770 Governador Valadares 1.678.528,95 6.851.774,06 8.530.303,01 9.737.687,01-1.207.384,00 897.437.485,39 69.889.540,36 (+) 7341711,50 313130 Ipatinga 1.705.779,81 7.711.082,07 9.416.861,88 9.817.201,02-400.339,14 68.417.748,10 63.848.713,82 (+) 4569034,27 313670 Juiz de Fora 4.385.242,79 13.629.436,14 18.014.678,92 19.626.992,19-1.612.313,27 144.847.862,82 147.561.963,21 (-)2714100,39 314330 Montes Claros 4.858.494,97 13.304.693,73 18.163.188,70 20.029.749,32-3.380.495,25 119.770.104,67 111.618.358,93 (+)8151745,73 314390 Muriaé* 314790 Passos* 314800 Patos de Minas 915.075,00 2.053.286,96 2.968.361,96 3.538.662,75-570.300,79 34.525.135,18 35.353.168,09 (-)828032,90 315180 Poços de Caldas 4.654.915,60 8.616.679,22 13.271.594,82 13.187.201,57 84.393,25 40.501.673,01 44.238.393,33 (-)3736720,32 315210 Ponte Nova - 1.744.295,92 1.744.295,92 2.530.888,95-786.593,03 21.945.610,84 23.691.397,53 (-)1745786,69 315250 Pouso Alegre - 1.132.970,12 1.132.970,12 2.135.997,44-1.003.027,32 17.311.688,09 19.490.436,15 (-)2178748,06 316250 São João del Rei - 1.575.928,44 1.575.928,44 1.656.822,48-80.894,04 16.643.866,02 15.785.032,22 (+)858833,80 316720 Sete Lagoas - 2.203.410,83 2.203.410,83 3.616.225,36-1.412.814,52 28.378.508,41 34.729.915,15 (-)6351406,73 317010 Uberaba 122.233,48 717.126,30 839.359,78 905.428,90-66.069,11 76.823.610,83 72.891.122,09 (+)3932488,73 317020 Uberlândia 3.451.845,83 9.603.192,29 13.055.038,12 14.312.882,65-1.257.844,53 177.610.510,97 162.667.104,61 (+) 14943406,35 317070 Varginha* * Municípios de gestão estadual Fonte: SUB-REG/SES-MG O anexo 1, apresenta os valores macro alocados pelo Ministério da Saúde, destinados à assistência em oncologia que deverão ser incluídos para estudo do financiamento da assistência em oncologia (Valor 38.777.006,20 reais) 51

2.6. CUSTO MÉDIO POR PACIENTE PARA REALIZAÇÃO DO SADT ONCOLOGIA Em 2014, foram encaminhados para a Associação Mário Penna, pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, 4832 pacientes com diagnóstico ou com alta suspeição de câncer (Fonte: SISREG- SMSA-BH). Considerando 20% de absenteísmo nas consultas agendadas e 30% de pacientes procedentes do próprio município, foi possível o cálculo do custo médio estimado para realização do SADT no âmbito hospitalar, considerando que: O hospital atende exclusivamente pacientes oncológicos; Toda a propedêutica necessária para pacientes procedentes de Belo Horizonte foram autorizadas. O custo médio estimado para SADT foi de 737,43 reais por paciente. Considerando e estimativa de 27.794 casos novos/ano no estado (parâmetro PT 140/2014: 900.000 casos novos/500.000 hab.), serão necessários 21.496.713,42 reais para atendimento a esta demanda. Seleção dos procedimentos de média complexidade realizados pela Associação Mário Penna em pacientes encaminhados para tratamento residentes em Belo Horizonte. SIA 2014-02 Procedimentos diagnósticos Frequência Valor total tabela Valor médio 0201 Coleta de material (a) 2.623 225.775,04 86,06 0202 Diagnóstico em laboratório clínico (b) 157.082 617.612,06 3,93 0203 Diagnóstico por anatomia patológica e citopatologia (a) (c) 11.396 338.300,43 29,69 0204 Diagnóstico por radiologia (b) (c) 4.918 81.684,97 16,61 0205 Diagnóstico por ultra-sonografia (a) 3.343 113.279,30 33,88 0206 Diagnóstico por tomografia (a) (c) 3.155 399.376,18 126,59 0208 Diagnóstico por medicina nuclear in vivo (a) 2.910 962.624,40 330,80 0209 Diagnóstico por endoscopia (a) 1.217 71.513,53 58,78 0211 Métodos diagnósticos em especialidades (b) 4.207 18.621,08 4,43 0212 Diagnóstico e procedimentos especiais em hemoterapia (a) 1.280 21.811,20 17,04 SUBTOTAL GRUPO 02 192.131 2.850.598,19 14,84 a) Estimado a partir da produção população própria b) Estimado a partir da produção população total c) Deduzida produção externa para rede SM SA/BH Custo médio por procedimento relacionado ao SADT por paciente. Frequência por Valor por Estimativa SADT por paciente paciente paciente 0201 Coleta de material (a) 0,7 58,41 0202 Diagnóstico em laboratório clínico (b) 40,6 159,77 0203 Diagnóstico por anatomia patológica e citopatologia (a) 2,9 87,52 0204 Diagnóstico por radiologia (b) 1,3 21,13 0205 Diagnóstico por ultra-sonografia (a) 0,9 29,30 0206 Diagnóstico por tomografia (a) 0,8 103,32 0208 Diagnóstico por medicina nuclear in vivo (a) 0,8 249,02 0209 Diagnóstico por endoscopia (a) 0,3 18,50 0211 Métodos diagnósticos em especialidades (b) 1,1 4,82 0212 Diagnóstico e procedimentos especiais em hemoterapia (a) 0,3 5,64 SUBTOTAL GRUPO 02 49,7 737,43 a) Parâmetro população própria b) Parâmetro população total Fonte: SMSA-Belo Horizonte (MG) 52

2.7. O DIMENSIONAMENTO DAS NECESSIDADES ASSISTENCIAIS POR REGIÃO DE SAÚDE AGREGADA, CONSIDERADA COMO REFERENCIA A CIRURGIA ONCOLÓGICA A avaliação por categoria será aqui apresentada por Região de Saúde Agregada conforme os passos trabalhados: 1. Cálculos das necessidades totais e por categoria de cirurgia oncológica, essa com base na proporção observada em MG, e também anteriormente apontada; 2. Levantamento da ocorrência ou capacidade de produção por município prestador; 3. Avaliação do déficit ou superávit em relação à necessidade dos residentes por Região de Saúde Agregada e categoria. 4. Avaliação do potencial de atendimento dos municípios por categoria e Região de Saúde Agregada, com destaque para as especialidades da Categoria 02 que terão cobertura em municípios específicos. Avaliar o potencial de atendimento com prioridade para: 1º. O residente da Região de Saúde Agregada; 2º. Residentes das demais Regiões de Saúde Agregada da própria Região Ampliada de Saúde; 3º. Das Regiões Ampliadas de Saúde vizinhas ou com igualdade de déficits em relação à capacidade residual de produção. 5. A avaliação da meta física de atendimento por Região de Saúde Agregada considerou a soma da meta necessária para atendimento do residente e as demais referências sugeridas por Região de Saúde Agregada. 6. Para a Categoria 01, propõe-se expansão do atendimento de forma a atender: 1. o total da necessidade da população quando a ocorrência maior que 50%; 2. 50% da necessidade quando a ocorrência atual for menor que 20% Assim, a ocorrência avaliada em relação à necessidade do residente poderá evidenciar um déficit quando a capacidade de ocorrência não for suficiente para atender todas as cirurgias 53

indicadas como necessárias para os residentes da Região de Saúde Agregada. Por outro lado, havendo capacidade de ocorrência/atendimento além da necessidade, haverá um potencial maior ou um superávit a ser disponibilizado para outras regiões. O Anexo 2, ilustra os déficits ou superávits por categoria, com base na necessidade total apontada por Região de Saúde Agregada. Territórios de cobertura para a linha de cuidado por Região de Saúde Agregada e metas 20/05/2016 Tendo superávit, cada Região de Saúde Agregada poderá atender outras Regiões de Saúde Agregadas conforme pactuação a ser ou não oportunamente firmada. A meta final do atendimento será aquela que os gestores municipais contratarão com os prestadores, e será resultante da frequência de cirurgias oncológicas indicadas como necessidade e que se reservará prioritariamente para atendimento do próprio residente, acrescido do que for pactuado com outros gestores de forma a cobrir os déficits destes, em reuniões das CIRA, tendo como base o plano apresentado pela CIB. Os quadros 3 a 6 indicam por Categoria e Regiões de Saúde Agregada, os territórios de abrangência a serem atendidos por municípios de ocorrência e os quantitativos estimados como necessários. 54

Quadro 3- Territórios de Referência sugeridos por Categoria* de Cirurgia Oncológica para Categoria 1 (síntese) Região Ampliada de Saúde Centro Municípios de Atendimento Residentes da Região de Saúde Agregada Desempenho (2014) Meta (2016) Desempenho (2014) BH 3582 (**) 6872 1904 Residentes de outras Regiões de Saúde Agregadas Meta (2016) Itabira 208; Diamantina 254; Patos de Minas195; Divinópolis 214; T. Otoni 207 ; Total = 1078 Betim 23 583 0 0 Sete Lagoas 270 530 4 Montes Claros 327; Centro Sul Leste Leste do Sul Itabira (Em habilitação)?? 209 0 0 Barbacena 102 286 6 0 São João Del Rei 62 134 1 0 Gov. Valadares 447 594 335 T. Otoni 188; Ipatinga 468 717 0 0 Ponte Nova 240 419 3 0 Nordeste Teófilo Otoni (Em habilitação)?? 402 0 0 Noroeste Patos de Minas 103 396 0 0 Norte Montes Claros 742 1093 24 0 Oeste Divinópolis 623 859 21 0 Juiz de Fora 492 598 106 0 Sudeste Muriaé 587 522 740 Barbacena/S. João Del Rei 247; Ponte Nova175 ; J. Fora 68; Total = 490 Cataguases 58 156 2 J Fora 68; Passos 596 275 68 0 Alfenas 409 320 14 0 Sul Pouso Alegre 422 353 3 0 Poços de Caldas 315 282 198 0 Varginha 717 595 104 0 Triângulo Norte Uberlâdia 501 681 23 0 Triângulo Sul Uberaba 554 501 138 Uberlândia 157; Fonte: DEAA/SMACSS (*) Ver Anexo 2, em anexo, que indica prováveis quantitativos de necessidade e déficits/superávits a serem resolvidos. (**) residentes da Região de Saúde Agregada BH + Região de Saúde Agregada Diamantina (1) A ocorrência se dará em 12 das 13 macros, em 19 das 20 Regiões de Saúde Agregadas, 3 deles com duas subdivisões por sediarem mais de um prestador habilitado; em 21 de 21 municipios prestadores até a data atual e até Agosto de 2015 em 23 dos 23 municípios prestadores RS = Região de Saúde 55

Quadro 4- Territórios de Referência sugeridos por Categoria* de Cirurgia Oncológica para Cirurgia Cabeça e Pescoço (síntese) Região Ampliada de Saúde/ Municípios de Atendimento 1- Centro Belo Horizonte 2- Leste Sul Ponte Nova 3- Leste Gov. Valadares Ipatinga 4- Sudeste Muriaé Cataguases Juiz de Fora subdivisão Residentes da Região de Saúde Agregada Desempenho (2014) Meta (2016) Desempenho (2014) 379 (**) 743 232 Meta (2016) Betim 63; Itabira 45; Sete Lagoas 57; Divinópolis 26; Diamantina 27; Teófilo Otoni 86; Patos de Minas 64; Total: 368 17 41 0 0 39 64 5 0 35 78 1 0 86 73 130 Residentes de outras Regiões de Saúde Agregadas Ponte Nova 23; Barbacena/S. J. Del Rei 72; Total: 95 0 0 0 0 104 79 28 0 5- Sul Passos 19 30 5 0 Alfenas 34 35 7 0 Pouso Alegre 44 38 3 0 Poços de Caldas subdivisão subdivisão 15 30 12 0 Varginha 106 64 16 0 6- Norte Montes Claros 113 154 3 0 7- Oeste Divinópolis 63 90 0 0 8- Tri. Norte Uberlândia 82 91 11 0 9- Tri. Sul Uberaba 24 54 6 0 (*) Ver Anexo 2, em anexo, que indica prováveis quantitativos de necessidade e déficits/superávits a serem resolvidos. (**) Residentes da Região de Saúde Agregada BH + Região de Saúde Agregada Diamantina Notas: (1) A ocorrência se dará em 9 das 13 macros, em 13 das 20 Regiões de Saúde Agregadas, três das quais com duas subdivisões cada; e em 15 dos 21 municípios que sediam prestadores habilitados até 05/2015. RAS: Região Ampliada de Saúde RS: Região de Saúde 56

Quadro 5- Territórios de Referência sugeridos por Categoria* de Cirurgia Oncológica para Cirurgia Ortopedia (síntese) Região Ampliada de Saúde Centro Municípios de Atendimento Residentes da Região de Saúde Agregada Desempenho (2014) Meta (2016) Desempenho (2014) BH 185 (**) 724 114 Residentes de outras Regiões de Saúde Agregadas Meta (2016) Betim 61 ; Itabira 44; Diamantina 27; Patos de Minas 29; Divinópolis 48; Teófilo Otoni 34 ; Montes Claros 48; Total: 291 Sete Lagoas 20 56 0 0 Centro Sul Barbacena 2 35 0 0 Leste Gov. Valadares 325 63 24 Ipatinga 22; Teófilo Otoni 50; Total: 72 Ipatinga 20 54 1 0 Leste do Sul Ponte Nova 6 35 0 0 Noroeste Patos de Minas 4 33 0 0 Norte Montes Claros 50 102 3 0 Oeste Divinópolis 17 65 0 0 Sudeste Juiz de Fora 45 77 13 0 Muriaé 64 55 106 Cataguases 8; Barbacena/São João Del Rei 35; Ponte Nova 28; Total: 71 Cataguases 0 8 0 0 Passos subdivisão de 16 29 2 0 atendimento Sul Alfenas 382 34 9 Uberlândia 44?? ; Uberaba 21??; Pouso Alegre 31 37 1 0 Poços de Caldas 4 30 4 0 Varginha 50 63 3 0 Triângulo Uberlândia 41 Norte 44?? 4 0 Triângulo Sul Uberaba 3 32?? 7 0 Fonte: DEAA/SMACSS (*) Ver Anexo 2, em anexo, que indica prováveis quantitativos de necessidade e déficits/superávits a serem resolvidos. (**) Residentes da Região de Saúde Agregada BH + Região de Saúde Agregada Diamantina Notas: (1) A ocorrência se dará em 11 das 13 macros, em 16 das 20 Regiões de Saúde Agregadas, 3 delas com duas subdivisões que sediam prestadores habilitados; em 18 dos 21 municipios prestadores. RS: Região de Saúde subdivisão de atendimento 57

Quadro 6- Territórios de Referência sugeridos por Categoria* de Cirurgia Oncológica para Cirurgia Neurológica (síntese) Região Ampliada de Saúde/ Município de Atendimento Residentes do subconjunto Desempenho (2014) Meta (2016) Residentes de outros subconjuntos Desempenho (2014) Meta (2016) 1- Centro Belo Horizonte 196 (**) 367 109 Barbacena/S. João Del Rei 36; Betim 31; Itabira 22; Diamantina 14; Gov Valadares 32; T. Otoni 43; Patos de Minas 32; Total 210 Sete Lagoas 15 28 3 0 2- Leste Ipatinga 16 38 0 0 3- Sudeste Juiz de Fora 40 39 10 Muriaé 6 Muriaé 6 30 1 0 4- Tri. Norte Uberlândia 19 45 0 0 5- Triângulo Sul Uberaba 20 27 1 0 6- Sul Passos 37 32 25 Pouso Alegre/Poços 34; Varginha 32; Total 66 7- Oeste Divinópolis 48 57 2 0 8- Leste do Sul Ponte Nova 23 32 1 0 9- Norte Montes Claros 85 76 2 0 (*) Ver Anexo 2, em anexo, que indica prováveis quantitativos de necessidade e déficits/superávits a serem resolvidos. (**) residentes do subconjunto BH + subconjunto Diamantina Notas: (1) A ocorrência se dará em 9 das 13 macros, em 11 dos 20 subconjuntos. 58

Quadro 7- Territórios de Referência sugeridos por Categoria* de Cirurgia Oncológica para Cirurgia Torácica (síntese) Residentes do subconjunto Residentes de outros subconjuntos Região Ampliada de Saúde Municípios de Atendimento Desempenho (2014) Meta (2016) Desempenho (2014) Meta (2016) 1 - Centro Belo Horizonte 87 (**) 160 50 Betim 14; Itabira 10; T. Otoni 19; Diamantina 6; Montes Claros 33; Gov Valadares 14; Total 96 Sete Lagoas 29 12 4 0 Juiz de Fora 7 17 4 0 2 - Sudeste Muriaé 12 16 12 Ponte Nova 14; Barbacena/S. João Del Rei 16; Total 30 3- Triângulo Norte Uberlândia 34 19 2 Patos de Minas 14 4- Triângulo Sul Uberaba 2 12 2 0 5- Sul Passos 11 14 4 0 Varginha 25 14 1 0 Pouso Alegre 5 8 0 0 Poços de Caldas 2 7 0 0 6- Oeste Divinópolis 24 25 0 0 7- Leste Ipatinga 6 17 0 0 (*) Ver Anexo 2, em anexo, que indica prováveis quantitativos de necessidade e déficits/superávits a serem resolvidos. (**) residentes do subconjunto BH + subconjunto Diamantina Nota: (1) Ocorrência em 7 das 13 macros e em 11 dos 20 subconjuntos, em 12 dos 21 municípios que sediam prestadores habilitados até 05/15 (serão 23 até setembro de 2015) RS = Região de Saúde 59

2.8. CUIDADOS PALIATIVOS O câncer constitui-se na segunda causa de morte no país e pelo menos 60% dos pacientes necessitarão em alguma fase da doença de Cuidados Paliativos, independente do tratamento instituído e do prognóstico. No entanto, apesar do enunciado da portaria GM nº 2.439, de 19 de dezembro de 2005 incluí-lo, não existe uma regulamentação específica para este tipo de cuidado no SUS. Há necessidade de se criar um modelo que integre o hospital habilitado em oncologia à atenção primária e ao SAD. 60

3. ATENÇÃO ESPECIALIZADA AMBULATORIAL O aumento progressivo da demanda por diagnósticos e tratamentos torna especialmente importante que a rede de assistência oncológica esteja adequadamente estruturada e que seja capaz de possibilitar a ampliação da cobertura do atendimento, de forma a assegurar a universalidade, equidade e integralidade da atenção oncológica aos pacientes de que dela necessitam. Há evidências que a atual oferta de consultas especializadas é insuficiente, como também os exames de média e alta complexidade indispensáveis para o diagnóstico em oncologia. O diagnóstico situacional deste ponto de atenção ficou impossibilitado de ser construído, considerando que são 66 consórcios intermunicipais que prestam esta assistência no estado e somente 06 deles registram sua produção no sistema oficial do Ministério da Saúde (SiaSUS). Iniciativas já estão sendo realizadas no sentido da garantia do acesso a estas informações. 3.1- PROGRAMA CÂNCER DE MAMA O câncer de mama é segundo tipo mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas no Brasil, muito provavelmente pelo diagnóstico da doença em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%. Estratégias para controle de câncer de mama em Minas Gerais: Rastreamento de mulheres entre 50 e 69 por meio de mamografia, com financiamento do Ministério da Saúde. Aumento da cobertura de rastreamento por meio de unidades móveis para mamografia. Utilização de Call Center como ferramenta de gestão de caso de mulheres com mamografia sugestiva de câncer de mama. Incentivo aos Centros de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) para captação de mulheres com mamografias sugestivas de câncer para realização de procedimentos diagnósticos complementares e início precoce de tratamento. 61

Situação atual GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Cobertura de rastreamento ainda insuficiente Custo efetividade do rastreamento em faixa etária não recomendada pelo INCA não mensurado. Monitorização insuficiente das ferramentas para gestão do caso Gráfico - Proporção de mamografias realizadas segundo faixa etária e tipo de prestador. 2014 Gráfico Distribuição das mamografias realizadas segundo tipo de financiamento. 2014 62

Estratégias 2015/2016 Adequação de protocolo de rastreamento às recomendações do INCA Adequação da cobertura de rastreamento a partir de discussão sobre adesão ao protocolo centrada na Atenção Primária e gestão regional Revisão da estratégia de unidades móveis de mamografia à luz da Telessaúde/Telemedicina Redefinição da estratégia do Call center para auxílio na gestão de caso com base na estratégia da Atenção Primária Revisão das políticas de incentivo aos CACON Estabelecimento de monitoramento da efetividade das ações implantadas 63

3.2- PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO O câncer do colo do útero, é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, seguindo o câncer de mama e o colo retal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. De acordo com o INCA, atualmente 44% dos casos diagnosticados no Brasil são de lesão precursora do câncer, chamada in situ, o que denota uma janela de oportunidade para atuação em saúde pública. Estratégias para controle de câncer de colo de útero em Minas Gerais: Vacinação para HPV em meninas de 9 a 13 anos, conforme calendário de vacinação do Ministério da Saúde. Rastreamento de mulheres conforme protocolo de INCA. Aumento da cobertura de rastreamento por meio de habilitação de profissionais da Atenção Primária para coleta e de laboratórios para realização do exame citopatológico. Habilitação de unidades laboratoriais para monitoramento e controle de qualidade dos exames citopatológicos realizados. Situação atual Cobertura de rastreamento ainda insuficiente. 141 laboratórios credenciados. 73 laboratórios aguardando habilitação pelo Ministério da Saúde. Ausência de ferramentas para acompanhamento do percurso assistencial das mulheres com exame citopatológico alterados. 64

Gráfico Distribuição Dos Exames Citopatológicos Segundo Tipo De Financiamento. 2014 Estratégias 2015/2016 Adequação cobertura de rastreamento a partir de com discussão sobre adesão ao protocolo centrada na Atenção Primária e gestão regional; Avaliação da estratégia do Call Center para auxílio na gestão de caso com base na estratégia da Atenção Primária; Estabelecimento de monitoramento da efetividade das ações implantadas. 65

4. ATENÇÃO BÁSICA 4.1. PROMOÇÃO DA SAÚDE Macro ações de prevenção primária, no contexto da prevenção de doenças crônicas não transmissíveis e de promoção da saúde, com a finalidade de eliminação ou diminuição, de maneira eficiente, eficaz e efetiva, dos fatores de risco associados ao câncer e a várias outras doenças crônicas não-transmissíveis: Prevenção do uso de tabaco; Redução do consumo de álcool; Estímulo à alimentação saudável; Estímulo à prática de atividades físicas regulares. 4.1.1- AÇÕES DA DIRETORIA DE PROMOÇÃO À SAÚDE RELACIONADAS COM AS MACROS AÇÕES PROPOSTA: A - Programa Saber Saúde Tem por objetivo geral reduzir, entre jovens, a prevalência de consumidores de tabaco e álcool, a exposição inadequada às radiações solares, o consumo de alimentos inadequados e o sedentarismo, estimulando, assim, a alimentação saudável e as atividades físicas entre professores, demais profissionais da área de educação e escolares, atingindo também as famílias e a comunidade em geral. B-Programa Saúde na Escola (PSE) Visa à integração e articulação permanente da educação e da saúde, proporcionando melhoria da qualidade de vida da população brasileira, tendo como objetivo contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, com vistas ao enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de ensino. O público beneficiário do PSE são os estudantes da Educação Básica, gestores e profissionais de educação e saúde, comunidade escolar e, de forma mais amplificada, estudantes da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Para alcançar estes propósitos o PSE foi constituído por três componentes: 66

COMPONENTE I: Avaliação das Condições de Saúde das crianças, adolescentes e jovens que estão na escola pública; COMPONENTE II: Promoção da Saúde e de atividades de Prevenção; COMPONENTE III: Educação Permanente e Capacitação dos Profissionais da Educação e da Saúde e de Jovens. C-Projeto Unidades Promotoras de Saúde Esse projeto visa apoiar as Unidades de Atenção Primária à Saúde na implantação/implementação de ações multiprofissionais, que têm como objetivo estimular estilos de vida saudáveis através do fortalecimento do debate acerca de hábitos promotores de saúde relacionados ao estímulo ao autocuidado, à prevenção das doenças tabaco-relacionadas, à cessação do tabagismo e trazer provocações e aprofundar o conhecimento a respeito do tema álcool e outras drogas, promovendo a saúde dos servidores, o que irá refletir na rotina de trabalho e atingir, assim, a população adscrita. O projeto consta de 3 etapas: 1ª etapa: implantação do ambiente livre do tabaco 2ª etapa: Realizar oficinas sobre Alimentação Saudável e Atividade Física/Práticas Corporais 3ª etapa: Realizar oficinas abordando o tema drogas. D-Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB) Essa estratégia atua com a qualificação do processo de trabalho dos profissionais da atenção básica para o fortalecimento das ações de promoção do aleitamento materno e da alimentação complementar para crianças menores de dois anos, por meio de: Incentivo a orientação alimentar como atividade de rotina nos serviços de saúde; Manejo na amamentação e seus determinantes; Formação de hábitos alimentares saudáveis, com a introdução da alimentação complementar em tempo oportuno e de qualidade; Respeito a identidade cultural e alimentar das diversas regiões. E- Programa Academia da Saúde O programa objetiva é contribuir para a promoção da saúde da população a partir da implantação de espaços públicos construídos com infraestrutura, equipamentos e profissionais qualificados para o desenvolvimento de práticas corporais; orientação de 67

atividade física; promoção de ações de segurança alimentar e nutricional e de educação alimentar, bem como outras temáticas que envolvam a realidade local. F-Ofertar Atividade Física/Práticas Corporais pelos Municípios Essa ação objetiva estimular a prática de atividade física preferencialmente para população idosa e hipertensa usuária da atenção primária à saúde tornando-as ativas e melhorando assim sua qualidade de vida, sendo esta atividade orientada e monitorada por profissionais. A ação está no Projeto de Fortalecimento da Vigilância em Saúde. 4.1.1-1. INDICADORES Estaduais: 1- (Nº de UBS que implantaram o Projeto Unidades Promotoras de Saúde/nº de UBS do Estado/município) x 100. 2- (Nº de municípios >=50% das ações pactuadas no Termo de Compromisso do Programa Saúde na Escola /nº de municípios do Estado que aderiram ao Programa Saúde na Escola) x 100. 3- Número de municípios com Pólos do Programa Academia da Saúde/número total de municípios 4- Número de municípios que ofertam atividade física/ número total de municípios Municipais: 1- (Nº de UBS que implantaram o Projeto Unidades Promotoras de Saúde/nº de UBS do Estado/município) x 100. 2- Número de Pólos do Programa Academia da Saúde em funcionamento/número de Pólos total do município. 3- Alcance das metas do Programa Saúde na Escola pelo Município 4- Número de municípios equipes que ofertam atividade física/ número total de equipes no município. 5- Percentual de sobrepeso/obesidade do município por faixa etária. 68

5. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Considerando a Portaria SAS/MS Nº 140 de 27 de fevereiro de 2014 que redefine os critérios e parâmetros para organização, planejamento, monitoramento, controle e avaliação dos estabelecimentos de saúde habilitados na atenção especializada em oncologia e define as condições estruturais, de funcionamento e de recursos humanos para habilitação destes estabelecimentos no âmbito do Sistema Único de Saúde, a presente proposta referente aos Sistemas de Informação RHC (Registro Hospitalar do Câncer) e SISCAN web (Sistema de Informação do Câncer) selecionou as seguintes determinações para os estabelecimentos habilitados em oncologia: (1) Obrigatoriedade de manter atualizados regularmente os sistemas de informação vigentes, especialmente o SISCAN e o RHC -Ref: CAP. II, Art. 13, IV (2) Obrigatoriedade de determinar a extensão da neoplasia (estadiamento) -Ref: CAP. II, Art. 13, VI (3) O SISCAN e o RHC devemestar implantados e em funcionamento dentro da estrutura do hospital habilitado como CACON ou UNACON, sendo que o Hospital Geral com Cirurgia de Câncer e o Serviço de radioterapia que integram Complexos Hospitalares com CACON ou UNACON, devem garantir a coleta, armazenamento, análise e divulgação de forma sistemática e contínua das informações das pessoas com câncer, atendidas e acompanhadas pelo estabelecimento de saúde habilitado em oncologia. - Ref: Cap. III- Art. 27 (4) Avaliação dos indicadores mínimos da assistência nos estabelecimentos habilitados segundo a mediana de tempo entre a confirmação diagnóstica e o início do tratamento oncológico calculado através do SISCAN - Ref: Cap. IV- Art. 33 III (a) (5) Avaliação dos indicadores mínimos da assistência nos estabelecimentos habilitados segundo o número de casos novos de câncer registrados no RHC - Ref: Cap. IV- Art. 33 III (b) Dados oficiais das instituições que realizam assistência oncológica são obtidos dos RHC dos hospitais responsáveis pela assistência de câncer no Brasil. Conforme tabela 1 há 37 RHC no estado de Minas Gerais, entretanto o Complexo Hospitalar do Instituto Mário Penna, formado pelos Hospitais Luxemburgo e Mário Penna, e o Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericórdia do município de Poços de Caldas, formado pelo Hospital da Santa Casa e a Clínica Memorial, por possuírem especificidades distintas no perfil da assistência, possuem RHC distintos. Há também quatro estabelecimentos de saúde privados com RHC implantados e em funcionamento sendo monitorados pelo Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e seus fatores de Risco/Diretoria de Análise de Situação de Saúde/Superintendência de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do 69

Trabalhador/Subsecretaria de Vigilância e Proteção à Saúde (PAV/DAS/SVEAST/SUBVPS/SES- MG) considerados voluntários. Sendo assim em Minas Gerais existem atualmente 33 RHC nos hospitais de alta complexidade em Oncologia credenciados pelo SUS com obrigatoriedade do envio das bases de dados anuais ao Sistema Nacional de Informação de Câncer/Instituto Nacional do Câncer /Ministério da Saúde (INCA/MS). No momento há informações de 28 RHC com a última base de dados anual referente ao ano de 2013, o prazo para o envio das bases para a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais ainda está vigente e expira em setembro de 2015. Conforme diretrizes do INCA/MS a defasagem proposta é de dois anos antes do ano vigente, entretanto a SES/MG já está recebendo as bases de dados referente ao ano de 2014. 70

Tabela 1 - Evolução dos casos hospitalares assistidos nos hospitais de referência, MG Macro Municipio Instituição Centro Centro Sul Leste Credenc. no SUS 2009 2010 2011 2012 2013 Belo Horizonte 1-Alberto Cavalcanti S 732 767 644-637 Belo Horizonte 2-Baleia S 1193 947 826-786 Belo Horizonte 3-Belo Horizonte N* 598 644 532 506 537 Belo Horizonte 4-Clínicas UFMG S 1414 1213 1288-950 Belo Horizonte 5-Felício Rocho S 1084 1086 1200-1700 Belo Horizonte 6-IPSEMG* N* - - 316 408 542 Belo Horizonte 7-Luxemburgo S 3188 3072 2967-2867 Belo Horizonte 8-Mário Penna S 2237 1761 1897-2191 Belo Horizonte 9 -Mater Dei* N* 197 178 - - - Belo Horizonte 10 Santa Casa BH S 1370 1557 1370 1132 1057 Belo Horizonte 11-São Francisco S 815 1634 1327-1282 Betim 12-Regional_Betim S 108 278 521-633 Curvelo 13-N S da Conceicao * N* - 112 81 - - Sete Lagoas 14-Nossa S das Graças S 261 336 486 - - Barbacena 15-Ibiapaba S 393 451 473 371 479 São João Del Rei 16-Santa Casa SJDR S 186 790 - - - G. Valadares 17-Samaritano S 326 637 1192-1410 Ipatinga 18-Márcio Cunha S 1173 1253 1184 1380 - Leste Sul Ponte Nova 19-Nossa S.das Dores S 107 216 290 - - Noroeste Patos de Minas 20-São Lucas S - 138 231 - - Norte Montes Claros 21-Dilson Quadros S 802 812 927 849 976 Montes Claros 22-Santa Casa MOC S 751 864 914-822 Oeste Divinópolis 23-São João de Deus S 1450 1443 1473 1204 1365 Sudeste Sul Cataguases 24-H.Cataguases S 148 136 176-145 Juiz de Fora 25-ASCOMCER S 955 1016 1072-1107 Juiz de Fora 26-João Felício S 200 164 181 157 275 Juiz de Fora 27-Instituto Oncológico S 1322 1220 1240-1274 Muriaé 28-Cristiano Varella S 1682 1929 2104-2071 Alfenas 29-Sta Casa de Alfenas S 495 475 391-358 Passos 30-Sta Casa de Passos S 610 824 928 1071 1232 Poços de Caldas 31-Clínica Memorial S 640 802 814-927 Poços de Caldas 32-Sta Casa de Poços S 945 1088 977-1054 Pouso Alegre 33-Samuel Líbano S 470 455 485-786 Varginha 34-Bom Pastor S 1113 1266 1599 1650 1437 T. do Norte Uberlândia 35-Clínicas Uberlândia S 1788 1571 1664-1343 Triângulo do Sul Uberaba 36-Clínicas UFTM S 470 414 516-492 Uberaba 37-Hélio Angotti S 938 1142 1191 - - MINAS GERAIS 37 Instituições com RHC 30161 32691 33477 8728 30735 *hospitais com RHC voluntário e monitorados pelo PAV-MG A Portaria 140/14 estabelece indicadores mínimos da assistência, número de casos novos de câncer registrados no RHC cálculo da mediana do intervalo de tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento oncológico no hospital. Na Tabela 2 estão descritos os indicadores da 71

assistência dos 28 hospitais com RHC ativo e base do ano 2013 consolidada. Foram registrados 28.669 casos novos hospitalares procedentes de municípios. Em relação ao intervalo mediano entre o diagnóstico e o início do tratamento no hospital os dados do RHC mostram de 62 dias para todas as neoplasias variando entre as localizações primárias como colo do útero (80 dias) e 39 dias para câncer de pulmão, conforme gráfico 1. 72

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