Diagnóstico da bacia hidrográfica do rio Paranaíba. Herick Lima Araújo Pietra Porto

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Transcrição:

Diagnóstico da bacia hidrográfica do rio Paranaíba Integrantes: Claudia Ritzel Lenhordt Herick Lima Araújo Pietra Porto

Localização e informações gerais da bacia do rio Paranaíba A bacia hidrográfica do Rio Paranaíba é a segunda maior da região hidrográfica do Paraná, tem uma área de drenagem de aproximadamente 222 mil Km2. Está situada na região central do Brasil, a maior parte da bacia ocupa o estado de Goiás seguido por Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, além de ocupar 2,6% do território nacional. A bacia do rio Paranaíba possui 197 municípios mais o Distrito Federal, entre eles 28 sedes municipais se encontram fora do limite da bacia.

Regiões Hidrográficas

Regiões Hidrográficas A nascente do Rio Paranaíba está localizada na Serra da Mata da Corda, na cidade de Rio Paranaíba/MG, a altitude é cerca de 1 100m. Percorre aproximadamente 100km até alcançar o perímetro urbano de Patos de Minas/MG, e segue mais 150km até tornar-se limítrofe entre Goiás e Minas Gerais. O Rio Paranaíba segue até a confluência com o Rio Grande, exutório da bacia para formar o Rio Paraná. Após torna-se limite estadual, o rio Paranaíba recebe o rio São Marcos, um dos seus principais afluentes pela margem direita, onde alcança o reservatório da usina hidrelétrica Emborcação.

Regiões Hidrográficas Ao passar pelos municípios de Itumbiara/GO e Araporã/MG, o rio Paranaíba encontra a usina hidrelétrica Cachoeira Dourada. A partir desse ponto o rio recebe outros três afluentes da bacia, rios Meia ponte e Turvo pela margem direita, e o rio Tijuco pela margem esquerda. Posteriormente encontra a UHE São Simão, que é a última usina do rio Paranaíba. No seu trecho final, recebe os rios Claro, Verde e Corrente, afluentes na sua margem direita. Logo após recebe o rio Aporé ou do Peixe, limítrofe entre Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Depois de aproximadamente 100km o rio Paranaíba encontra o rio Grande para formar o rio Paraná.

Características físico-bióticas da Região Biomas: A região da bacia do Rio Paranaíba encontra-se em áreas de biomas de Cerrado e Mata Atlântica. Devido ao desmatamento na região, os biomas possuem apenas 22,4 e 14,4% de sua cobertura vegetal nativa, respectivamente. Nesse contexto, a cobertura nativa total da região abrange apenas 21,8% da sua área original, predominando o Cerrado. Os remanescentes de Mata Atlântica localizam-se próximos ao rio Paranaíba, prevalecendo nas UGHs Corumbá, São Marcos e Afluentes Mineiros do Alto Paranaíba. Enquanto que a concentração de remanescentes de Cerrado encontra-se nas UGHs Claro, Verde, Correntes e Aporé e Corumbá, tendo presença considerável também nas UGHs São Marcos e Rio Araguari.

Unidades de Conservação (UCs): As UCs desempenham importantes funções na limitação das atividades econômicas e no fornecimento de serviços ambientais, especialmente a manutenção da cobertura vegetal, trazendo benefícios para a disponibilidade e a qualidade dos recursos hídricos. A bacia do rio Paranaíba possui 44 UCs federais ou estaduais, estando 28 delas concentradas no Distrito Federal (ICMBio, 2011). Considerando as áreas efetivamente na bacia, as 18 UCs de proteção integral totalizam 1,1% de sua área total, enquanto as 26 UCs de uso sustentável totalizam 2,2% do território. Estão presentes também na bacia, Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade APCBs, federais e estaduais (GO, MG).

Clima: O clima na Bacia do Rio Paranaíba é tropical quente em todas as estações do ano, tendo sua temperatura média anual maior ou igual à 18ºC e inverno seco. Portanto, o clima varia de úmido e semiúmido para semi-árido ao longo do ano. A precipitação na bacia do rio Paranaíba está em torno de 1.500 mm e não há variações extremas entre as UGHs. A evapotranspiração anual apresenta pouca variabilidade também, com médias entre 909 mm e 1.129 mm. A distribuição pluviométrica anual caracteriza a existência de uma estação seca em toda a região, com duração entre maio/junho a agosto, tendo seus meses úmidos de outubro a abril.

Uso e Ocupação do Solo Atualmente, a área da bacia do rio Paranaíba é predominantemente utilizada para fins agropecuários, tendo suas atividades uma abrangência de 70% da área total da bacia.

Comitê da BH do rio Paranaíba O CBH Paranaíba é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e normativa, integrante do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e vinculado ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos. O comitê foi instalado em 10 de junho de 2008, com os desafios de implementar o Plano de Recursos Hídricos, fortalecer o CBH e torná-lo mais conhecido e influente na formulação e implantação de políticas públicas, consolidar o CBH-Paranaíba como um Comitê de Integração (formado por membros de comitês afluentes do Paranaíba em GO, MG, MS e DF);

Estrutura do Comitê - Plenária: composto por 45 (quarenta e cinco) membros titulares, representantes dos Poderes Públicos: Federal, Estadual, Municipal, da Sociedade Civil e dos Usuários de Recursos Hídricos. - Diretoria: composta por 1(um) presidente, 2 (dois) vice-presidentes, e 1 (um) Secretário, garantida a participação dos representantes dos três Estados e do Distrito Federal e de no mínimo 2 (dois) segmentos. - Câmara Técnica de Planejamento Institucional: tem a finalidade de elaborar a proposta de planejamento estratégico para o CBH-Paranaíba, assim como de estabelecer procedimentos para o seu acompanhamento.

Atuação do Comitê Entre 2010 e 2013 o comitê elaborou o PRH (Plano de Recursos Hídricos) que visa: - Embasar as ações para a gestão compartilhada e o uso múltiplo e integrado dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Definição dos objetivos e das metas a serem alcançadas em relação à quantidade e qualidade das águas, bem como no estabelecimento das diretrizes que orientam a aplicação dos instrumentos de gestão em recursos hídricos.

Reuniões do comitê As reuniões públicas ocorreram em agosto de 2011 (Diagnóstico), maio/junho de 2012 (Prognóstico) e novembro de 2012 (Metas e Programas) e envolveram um total de 11 cidades-polo da bacia. O público envolvido, ao longo do processo, alcançou aproximadamente 1.030 participantes pertencentes a 337 instituições divididas entre órgãos e autarquias governamentais, entidades empresariais e organismos do terceiro. Cabe destacar a criação do Grupo Técnico do Plano de Recursos Hídricos (GT Plano), que foi designado pelo CBH Paranaíba com a função de acompanhar e contribuir para a elaboração do PRH.

Diagnóstico da bacia hidrográfica Abastecimento Humano - As demandas de abastecimento humano estão concentradas nas UGHs com unidades político administrativas mais populosas, que também apresentam elevada taxa de urbanização, como Brasília e seu entorno, a região metropolitana de Goiânia e os municípios de Anápolis, Rio Verde, Uberlândia e Patos de Minas. Indústria - A demanda de água da indústria foi baseada no Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos (CNARH) da ANA e nos dados de outorga, Itarumã, Rio Verde e Goiânia são os municípios com maiores demandas, valores compreendidos entre 3,3 e 2,2 m³/s de retirada.

Diagnóstico da bacia hidrográfica Pecuária - A demanda para dessedentação animal é a que apresenta as menores discrepâncias entre as UGHs, embora se observe uma maior concentração no setor oeste da bacia, especialmente nos municípios sulmatogrossenses, na região de Rio Verde/Jataí/Quirinópolis e em Uberlândia/Prata e entorno. Agricultura Irrigada - Da área total irrigada na bacia do Paranaíba (608.808,9 ha), as UGHs Turvo e dos Bois e Afluentes Mineiros do Baixo Paranaíba concentram 23,4% e 17,5%, respectivamente; As UGHs mineiras Afluentes Mineiros do Baixo Paranaíba e Rio Araguari também apresentam áreas irrigadas expressivas com 85 e 77 mil ha, respectivamente, seguidas pelas UGHs goianas São Marcos e Claro, Verde, Correntes e Aporé com cerca de 50 mil ha irrigados cada.

Diagnóstico da bacia hidrográfica Qualidade das Águas - - A qualidade da água da bacia do rio Paranaíba sofre a influência das múltiplas atividades humanas que ocorrem em seu território, desde a agropecuária até a expansão e ocupação urbana. Os impactos causados se relacionam a processos como o assoreamento, a eutrofização e a contaminação por efluentes domésticos e industriais. As UGHs Lago Paranoá, Meia Ponte, Rio Araguari e Afluentes Mineiros do Alto Paranaíba, onde estão inseridos os municípios de Brasília, Goiânia, Uberlândia e Patos de Minas, respectivamente, apresentam o maior número de parâmetros com valores de concentração que não atendem os limites preconizados para a Classe 2 da Resolução CONAMA 357/05, principalmente com relação a coliformes termotolerantes.

Diagnóstico da bacia hidrográfica - As demais UGHs apresentaram, na maior parte do tempo, parâmetros com valores compatíveis para a Classe 2, indicando que as cargas poluidoras geradas nestas UGHs conseguem ser assimiladas pelos corpos d água. Uma preocupação em toda a bacia são as concentrações de coliformes termotolerantes, as quais sistematicamente não atendem aos padrões estabelecidos para balneabilidade. - As UGHs Lago Paranoá e Meia Ponte são responsáveis pelas principais contribuições de carga doméstica gerada de DBO na Bacia do rio Paranaíba, somando 54,2% da carga total.

Objetivos e metas a cumprir Devido às dimensões e complexidade na gestão de uma bacia hidrográfica como a do rio Paranaíba, os objetivos e metas são os mais diversos que vão desde investimentos no saneamento ambiental,bases da gestão, e ampliação da gestão dos recursos hídricos.

Referências bibliográficas http://www.cbhparanaiba.org.br/index.php http://www.cemig.com.br/pt-br/a_cemig_e_o_futuro/sustentabilidade/nossos_pro gramas/ambientais/peixe_vivo/paginas/rio_paranaiba.aspx