IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NO PARTO HUMANIZADO IMPORTANCE OF THE NURSE IN HUMANIZED LABOR

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Transcrição:

89 IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NO PARTO HUMANIZADO IMPORTANCE OF THE NURSE IN HUMANIZED LABOR Luiz Henrique Teixeira de Siqueira Neto 1 Camile Cristina Salvador Ferronato 2 RESUMO: O termo humanização vem sendo utilizada há anos, em especial na área da saúde. O conceito de humanização ao parto inclui diversos aspectos, e está diretamente relacionado com a mudança na cultura hospitalar voltada a saúde da mulher. O presente trabalho consistiu em uma revisão bibliográfica. O enfermeiro, principalmente o enfermeiro obstetra, ocupa um lugar importante na assistência ao parto. São encontradas muitas dificuldades durante o trabalho de parto para se prestar assistência humanizada às mulheres Atualmente a desvalorização do parto natural e a prática de intervenções cirúrgicas desnecessárias cada vez maior mostram a carência de informação e educação em saúde para a população feminina. A valorização do parto humanizado deve ser levada em consideração por aumentar a autonomia e o poder de decisão da mulher. É papel do enfermeiro e da equipe multidisciplinar orientar a mulher sobre as vantagens de um parto vaginal e humanizado para mãe e para o bebê, assim como as orientações para que a mesma possa assumir o protagonismo e autonomia pré e pós parto. Descritores: Parto humanizado. Assistência de enfermagem no parto. Humanização no parto e nascimento ABSTRACT: The term humanization has been used for years, especially in the area of health. The concept of humanization at birth includes several aspects, and is directly related to the change in the hospital culture focused on women's health. The present work consisted in a bibliographical review. The nurse, especially the obstetrician nurse, plays an important role in childbirth care. Many difficulties are encountered during labor to provide humanized assistance to women. Today, the devaluation of natural childbirth and the practice of unnecessary surgeries shows the lack of information and health education for the female population. The valuation of humanized childbirth must be taken into account by increasing the autonomy and the decision power of the woman. It is the role of the nurse and the multidisciplinary team to guide the woman about the advantages of a vaginal and humanized delivery for the mother and the baby, as well as the guidelines so that it can assume the protagonism and autonomy before and after childbirth. Keywords: Humanized delivery. Nursing care at childbirth. Humanization in childbirth and birth Descriptors: Humanized delivery. Nursing care at birth. humanization at childbirth 1 Bacharel em Enfermagem, Docente da Curso de Enfermagem da Faculdade UNIJIPA. Enfermeiro Atenção Básica (Estratégia Saúde da Família) UBS Jucelino Cardoso de Jesus. Email: lhtsneto@gmail.com 2 Docente do Curso de Enfermagem da Faculdade UNIJIPA. Email: mile_csf83@outlook.com

90 1. INTRODUÇÃO O termo humanização vem sendo utilizado há anos, em especial na área da saúde. No campo de assistência ao parto, nos últimos anos vêm ocorrendo discussões sobre o tema sendo esse, citado por diversos autores e organizações. A preocupação principal é em torno da medicalização excessiva no parto. (DIAS; DOMINGUES, 2005) O conceito de humanização ao parto inclui diversos aspectos, e está diretamente relacionado com a mudança na cultura hospitalar, sendo necessário a organização de uma assistência realmente voltada para as necessidades das mulheres e suas famílias. Mudanças na estrutura física também são importantes, transformando o espaço hospitalar num ambiente mais acolhedor e favorável à implantação de práticas humanizadoras da assistência. Contudo, a humanização da assistência ao parto implica também e, principalmente, que a atuação do profissional respeite os aspectos de sua fisiologia, não intervenha desnecessariamente, reconheça os aspectos sociais e culturais do parto e nascimento, e ofereça o necessário suporte emocional a mulher e sua família, facilitando a formação dos laços afetivos familiares e o vínculo mãe-bebê. (DIAS; DOMINGUES, 2005) A partir da década de 80, a fim de resgatar a autonomia feminina na cena do parto, o movimento feminista passou a criticar fortemente esse modelo obstétrico tecnocrático, juntamente com outros setores da sociedade. Era questionado principalmente a qualidade da assistência prestada durante o ciclo gravídico-puerperal, a institucionalização do parto e o uso rotineiro de intervenções desnecessárias. Este movimento culminou em conferências, documentos e na busca de evidências científicas que articulassem as diversas áreas de conhecimento. (DIAS; DOMINGUES, 2005) A atenção humanizada é um conceito amplo e envolve um conjunto de conhecimentos, atitudes e práticas que visam a promoção do parto e do nascimento saudáveis e a prevenção da morbimortalidade materna e infantil. Inicia-se no pré-natal e procura garantir que a equipe de saúde realize procedimentos comprovadamente benéficos para a mulher e o bebê, que evite as intervenções desnecessárias e que preserve sua privacidade e autonomia. (DIAS, 2006)

91 A autonomia da mulher durante o processo de trabalho de parto deve ser respeitada pelos profissionais de saúde, com direito reservado por lei a ter um acompanhante de sua livre escolha, de serem informadas dos procedimentos que serão submetidas e de ter seus direitos de cidadania respeitados. Sendo assim, é defendido um processo que respeita a individualidade das mulheres, sua cultura, crenças, valores e diversidade de opiniões, ou seja, respeitar e criar condições para que todas as áreas do ser humano sejam respeitadas e atendidas, são elas, espirituais, psicológicas e biológicas. (CARVALHO et al., 2008) Como coadjuvantes desta experiência estão os profissionais de saúde que desempenham importante papel. Têm a oportunidade de colocar seu conhecimento a serviço do bem-estar da mulher e do bebê, reconhecendo os momentos críticos em que suas intervenções são necessárias para assegurar a saúde de ambos. (DIAS, 2006) Para incentivar o parto humanizado, a Organização Mundial de Saúde, o Ministério da Saúde e outros órgãos não-governamentais, têm proposto mudanças nessa assistência, incluindo o resgate do parto natural, com estímulo da atuação da enfermeira obstetra na assistência à gestação e parto. (CASTRO; CLAPIS, 2005) Porém devido ao modelo de saúde atual, a mulher por vezes não tem noção do que seria o respeito à individualidade e satisfaz-se simplesmente por encontrar o leito obstétrico disponível para acolhê-la para parir. Nesse contexto, a assistência a mulher perdeu seu ponto principal, que é a própria mulher. (CASTRO; CLAPIS, 2005) Nesse contexto, o profissional de enfermagem tem um papel importante que começa na assistência a mulher e ao recém-nascido, garantindo uma atenção humanizada, individualizadas e ampla. Além de promover ações que promovam a maternidade em sua complexidade, possibilitando sua autonomia quanto aos cuidados no pré-natal, parto, primeiros cuidados com o bebê. (CAMILLO et al., 2016) A partir dessa problematização, o objetivo do presente estudo, foi identificar a importância da equipe de enfermagem em relação a humanização da assistência ao parto, buscando evidenciar, através dos discursos, as ações desenvolvidas no processo de nascimento.

92 2. METODOLOGIA O presente trabalho consistiu em uma revisão bibliográfica, realizada em artigos de pesquisa desenvolvidos no Brasil, que respondam a temática, publicados em português no período entre 1996 e 2017 em locais como Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) do Ministério da Saúde (MS). Para busca de informações sobre a temática foram utilizados os seguintes DeCS Descritores em Ciências da Saúde: Parto humanizado, Assistência de enfermagem no parto, Humanização no parto e nascimento, associando a seus termos sinônimos. Foram selecionados 20 artigos, pela credibilidade dos sites que realizaram a pesquisa, documento ou artigo, sendo selecionados os 16 que viriam a contribuir para a execução desse trabalho. 3. HUMANIZAÇÃO DO PARTO O enfermeiro, principalmente o especialista enfermeiro obstetra, ocupa um lugar importante na assistência ao parto, sendo capaz de direcional e sensibilizar a equipe multiprofissional para um olhar mais humanizado e assim mudar o atual cenário da obstetrícia. (CARVALHO et al., 2008) A humanização como um processo que requer a articulação de diferentes níveis de administração do sistema de saúde, boas condições de infraestrutura, habilidades técnicas científicas e ética profissional. (MOURA, 2017) 3.1 Dificuldades para implementação do parto humanizado São encontradas muitas dificuldades durante o trabalho de parto para se prestar assistência humanizada às mulheres. Essas dificuldades estão diretamente relacionadas a necessidade de profissionais capacitados e sensibilizados para estar nesse momento, onde a mulher encontra-se mais suscetível a sentimentos como alegria, medo e dor, portanto necessitando de atenção e apoio emocional. Além da necessidade de que estejam disponíveis recursos tecnológicos e infraestrutura adequada. (MOURA, 2017)

93 A dificuldade inicial para a implantação do projeto era a quantidade de enfermeiras obstetras insuficientes, porém após 1998 com o apoio do Ministério da Saúde, abriram-se novos cursos de especialização na área obstetrícia, e assim capacitaram 854 profissionais para a rede SUS. (BRASIL, 2001) Em segundo momento a dificuldade foi em relação aos médicos com aceitação à presença das enfermeiras obstetras diretamente na assistência ao parto, assim resultando no pronunciamento do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), com a publicação de uma resolução que colocava sob responsabilidade do profissional médico toda a assistência praticada dentro do hospital, inclusive aquela praticada por enfermeira na assistência ao parto de baixo risco. Na mesma publicação, colocava também a obrigatoriedade da informação aos usuários do serviço de saúde de que na instituição os partos eram assistidos tanto por médicos quanto por enfermeiros. Estas medidas têm o objetivo claro de, em última instância, pressionar o médico para que ele não abra espaço na assistência ao parto de baixo risco para a enfermeira obstetra. (DIAS; DOMINGUES, 2005) Atualmente a desvalorização do parto natural e a prática de intervenções cirúrgicas desnecessárias cada vez maior mostram a carência de informação e educação em saúde para a população feminina. A falta de informação e autonomia faz com que as mulheres se sintam cada vez menos capacitadas para escolher e fazer valer seus desejos e direitos, e assim tenham dificuldade em participar das decisões em relação ao parto. Esse fator poderia ser solucionado ou ao menos amenizado com a prática da humanização na assistência ao parto e nascimento. (MARQUES, 2006) A assistência a mulher na rede pública pode se tornar constrangedora desde o início, com dificuldades que se inicia na busca por uma vaga, ou sem opção por ter apenas uma unidade assistencial. Quando conseguem o local e a internação, esta é feita com a separação da família e com permanência durante o pré-parto em espaço coletivo, sem qualquer privacidade ou atenção as suas necessidades obstétricas. (DIAS; DOMINGUES, 2005) A proposta de humanização do parto sofre influência diretas e envolvem a aderência dessa proposta por gestores e profissionais, assim como a sua capacitação. (TEXEIRA, 2009)

94 3.2 O retorno ao natural A categoria natureza aparece com frequência nesse contexto de parto humanizado, e parece ser um ponto de acordo entre as vertentes médica e alternativa. A argumentação alternativa está associada ao processo fisiológico humano e do parto. Segundo autores encontrados na literatura, a assistência ao parto é definida como um resgate do acompanhamento do trabalho de parto respeitando a fisiologia destes momentos, oferendo suporte emocional não só para a mulher, mas englobando a família ou outras pessoas que a parturiente escolheu para estarem ao seu lado. Também faz parte desse processo respeitar o desejo da mulher, levando esse momento a ser vivido em sua plenitude e apesar de preconizar uma menor intervenção médica, o conceito de humanização prevê que toda a tecnologia perinatal existente atualmente possa ser utilizada para a garantia de maior segurança não só para as mães como também para os bebês. (DIAS, 2006) Outro fator sendo ampliado, é as características do espaço físico onde o trabalho de parto acontecerá, reforçando a ideia de que a mulher não se encontra em uma situação de doença. A visão de um espaço onde não se perceba estar em ambiente hospitalar, que seja mais acolhedor e que ofereça maior liberdade de movimentação para a parturiente foram implantados aos conceitos de humanização. (DIAS, 2006) Para a Organização Mundial da Saúde (1996) são condenados os excessos de intervenções utilizadas com intuito de acelerar o trabalho de parto, sendo essas prejudiciais e ineficazes. O modelo de atenção nas maternidades tem como objetivo adequar o parto em um processo fisiológico e de duração variável de mulher para mulher. (OMS, 1996) 3.3 Parto Humanizado Acredita-se que a chave da humanização do parto é o pré-natal pois neste período pode-se oferecer à mulher orientações adequadas para toda a gestação, parto e pós-parto, podendo também servir para conscientiza-las de seus diretos. (CARVALHO et al., 2008)

95 Os profissionais devem desenvolver habilidades para que prestem assistência humanizada a mulher, relacionados ao contato, favorecendo sua adequação emocional a gravidez e ao parto, podem também ajuda lá a superar os medos as ansiedades e as tensões. (DIAS; DOMINGUES, 2005) O processo depende de uma mudança na cultura hospitalar que está implantada atualmente, com ações que tornem o local mais acolhedor e favorável a implantação de práticas humanizadas, assim como é dependente da atuação do profissional, que respeite os aspectos fisiológicos, sociais e culturais do parto e não intervenha desnecessariamente. (DIAS, 2006) Portanto, a assistência humanizada tem caráter amplo e envolve um conjunto de conhecimento, práticas e atitudes que visam não só a promoção do parto, mas também um nascimento saudável e a prevenção da morbimortalidade materna e perinatal, como o pré-natal. Garantindo que a equipe realize procedimentos que sejam benéficos, para a mulher e para o recém-nascido, evitando intervenções desnecessárias, preservando a privacidade e autonomia da mulher já que o nascimento é um evento fisiológico e é considerado um dos mais marcantes na vida. (MACHADO, 2006) Assim, fica claro ser imprescindível na assistência de enfermagem o embasamento teórico-prático, sendo de suma importância o estreitamento de laços afetivos entre profissional e parturiente, demonstrando que as ações de enfermagem vão além do saber técnico e constituem a humanização do cuidado. (CARVALHO et al., 2008) Segundo Moura et al., (2017) o protagonismo da mulher é um dos princípios da assistência humanizada, nessa perspectiva, é necessário que os profissionais da saúde adquiram a percepção de que a mulher é por direito, a protagonista do seu parto e assim reflita na forma de cuidar. Essa forma de olhar não deve ser exclusiva à atenção hospitalar, e sim deve-se iniciar desde a atenção básica, e assim desde o pré-natal a mulher já tenha acesso a todas informações necessárias para o planejamento do seu parto. Outro fator é relacionado a dor durante o trabalho de parto, sendo que é algo natural e real, não deve ser subestimado, porém pode ser administrado, sendo

96 transformado em vez de agoniante, uma experiência positiva e alegre. (MACHADO, 2006) Ainda hoje é possível encontrar hospitais públicos que afastam a mulher de seus familiares durante o parto, sendo submetidas a uma série de procedimentos de indicação e resultados duvidosos, com o objetivo de acelerar o processo do parto e assim diminuir o tempo de trabalho dos profissionais, a fisiologia é modificada por intervenções que tem o objetivo de acelerá-lo, independente dos desejos ou eventuais riscos para a mulher ou para o bebê. É comum encontrar mulheres que não foram informadas das intervenções executadas, assim como, abandonadas após o parto sem nenhum tipo de suporte físico ou emocional, com dor, em jejum, seminua, em um ambiente estranho e com profissionais desconhecidos. (DIAS; DOMINGUES, 2005) O enfermeiro deve estar atento as queixas e outras manifestações que possam indicar alguma irregularidade, assim como, ir orientando a gestante sobre a evolução da dilatação e do trabalho de parto, ensinando condutas a serem tomadas, como as técnicas respiratórias a cada contração e relaxamento nos intervalos. (MARQUES et al., 2006) De forma geral, pode-se dizer que a sala de parto é um local de difícil permanência para os profissionais devido ao parto envolver tantas dores e ser considerado um sofrimento e diante dessas dores pouco podendo ser feito. Não sendo oferecido remédios e apoio emocional em excesso. Por esses motivos, permanecer no pré-parto ao lado de mulheres se queixando de dores e não poder evitar, torna-se um sacrifício. Nesse contexto, portanto, o grande desafio para os profissionais que estão prestando assistência a mulher, é conseguir minimizar o sofrimento das parturientes tornando daquele momento uma experiência de crescimento e realização para a mulher e sua família. (MARQUES et al., 2006) Portando a atuação da enfermeira na assistência a mulher no processo de parturição é considerada como uma possibilidade de redução da morbimortalidade materna e perinatal. Com ações que poderão diminuir intervenções desnecessárias, além de privilegiar a parturiente como ser ativo no processo do parto e assim conduzindo uma assistência mais humanizada. (BARROS, 2004). O trabalho de parto deve ser abordado com ética profissional, aplicável a todas as situações de atenção à saúde. A adequada identificação da equipe médica, de

97 enfermagem e outros profissionais de saúde, o respeito e a privacidade da parturiente além de outros aspectos devem ser obedecidos com rigor no manejo do parto (BRASIL, 2001) Para o futuro, os profissionais de saúde buscam assumir o compromisso de modificar a assistência atual, proporcionando um novo pensamento e conscientização dos direitos da mulher. Não se pode perder de vista que, se o nascimento [...] é o espelho da cultura de um povo, já estamos na hora de sentar junto e repensar a assistência que, como sociedade, prestamos à mulher no ciclo grávido puerperal (GRIBOSKI, 2006) A valorização do parto humanizado deve ser levada em consideração por aumentar a autonomia e o poder de decisão da mulher, com uma relação menos autoritária entre o profissional de saúde e a parturiente, com ações mais efetivas para uma boa evolução do trabalho de parto e para a saúde da mulher e do bebê. (TEIXEIRA; BASTOS, 2009) O modelo atual de assistência, a humanização do parto está ligada a mudanças de atitude, filosofia de vida e percepção de si e do outro como ser humano. A sensibilidade, informação, comunicação, decisão e a responsabilidade devem ser compartilhadas entre a mulher, a família e os profissionais da saúde. Nesse contexto, o parto humanizado consiste em um conjunto de condutas e procedimentos que tem a finalidade a promoção do parto e nascimento saudáveis. (TEIXEIRA; BASTOS, 2009) Entre as conquistas adotadas na humanização do parto e nascimento, está a Lei no 11.108, de abril de 2005, que garante à parturiente um acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde SUS (TEIXEIRA; BASTOS, 2009) No entanto, ainda se faz necessário iniciativas governamentais para que sejam executadas essas ações, assim como, a participação social efetiva, garantindo serviços qualificados de saúde, reduzindo a mortalidade materna e neonatal. No Brasil desde o ano 2000 está implementado o Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento (PHPN), afim de garantir a diminuição da morbimortalidade materno infantil. Porém não atingiu seu objetivo da forma esperada. (DIAS; DOMINGUES, 2005)

98 Em 2011 o Ministério da Saúde Lançou o programa Rede Cegonha, uma vez que objetiva a implementação de um novo modelo de atenção à saúde da mulher e da criança, que garanta acesso, acolhimento e resolutividade e reduza, dessa forma, os índices de mortalidade materno infantil. (MOURA, 2017) Em relação à cesariana, é possível notar que indicações sem necessidade resultam em perigos desnecessários a mãe e ao bebê, como maior permanência no hospital, além de poder gerar transtornos respiratórios neonatais e prematuridade iatrogênica, assim a indicação da cesariana indiscriminada e sem controle é condenada pelo processo de assistência humanizada, pois com o parto humanizado o índice de mortalidade materna diminui em até 12 vezes. (BRASIL, 2004). Portanto, o respeito pelo direito da mulher a privacidade, a redução de riscos e complicações está diretamente relacionado ao trabalho de parto humanizado, estando todos os aspectos ligados a esses fatores, bem estar físico e emocional, transformando esse momento único e especial, aliado com uma assistência humana e de qualidade, contando com o apoio familiar durante a parturição. (CARVALHO et al., 2008) 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS De acordo com a literatura analisada, é possível observar que o enfermeiro obstetra tem um destaque junto a parturiente para auxiliar a paciente na assistência ao parto humanizado, levando em consideração sua autonomia nos centros de parto normal, capacidade de direcionar e sensibilizar a equipe de enfermagem e também a equipe multiprofissional, além de transmitir tranquilidade e segurança a parturiente. Nessa visão, nota-se que as atividades da enfermagem ultrapassam o saber técnico e constituem-se na humanização do cuidado e assim sendo fundamental para humanização do parto. É papel do enfermeiro e da equipe multidisciplinar orientar a mulher sobre as vantagens de um parto natural e humanizado para ela e para o bebê, assim como as orientações para que a mesma possa assumir o protagonismo e autonomia pré e pós parto, sendo que para isso, essa forma de cuidar humanizado deve ser iniciada desde a atenção básica até o momento do parto.

99 Porém ainda há muito a ser feito, pois, a assistência a mulher no período gravídico puerperal no Brasil ainda está inserida no modelo onde a cesariana é o foco principal das mulheres grávidas e dos profissionais envolvidos no parto. Por isso, é necessário a valorização do parto humanizado e a conscientização além da educação em saúde para a população, sendo abordado que o parto normal é o mais aconselhável e natural para a mulher e para o bebê. Para isso a implementação de programas de educação e apoio ao parto normal é um dos principais métodos para mudar e diminuir os procedimentos invasivos e desnecessários aos quais a mulher é submetida. Portanto cabe aos profissionais envolvidos ampliar seu método de assistência, seus conhecimentos e rever suas práticas com o objetivo de humanizar o cuidado, tendo em vista o cuidado com o ser humano como um todo. REFERÊNCIAS BARROS, L.M, SILVA, R.M. Atuação da enfermeira na assistência à mulher no processo de parturição. Texto Contexto Enfermagem. 2004 Jul-Set; 13(3):376-82. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0104-07072004000300006&script=sci_abstract&tlng=pt> Acesso: Acesso em: 18 maio 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar / Ministério da Saúde, Secretaria de Assistência à Saúde. Brasília: Ministério da Saúde. 2001 Disponível em <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pnhah01.pdf> Acesso: Acesso em: 18 maio 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal. Ministério da Saúde, 2004. Disponível em < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/pacto_reducao_mortalidade_materna_neonatal.pdf > Acesso em: 18 maio 2018. CARVALHO, G. M. et al., Enfermagem obstétrica: descobrindo as facilidades e dificuldades do especialista nesta área. Novo mundo. 3ª ed. São Paulo: 2008. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=000086&pid=s0034-7167201200010000200005&lng=pt> Acesso em: 18 maio 2018.

100 CASTRO, J. C; CLAPIS, M. J. Parto humanizado na percepção das enfermeiras obstétricas envolvidas com a assistência ao parto. Revista Latino-americana de Enfermagem, [s.l.], v. 13, n. 6, p.960-967, dez. 2005. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0104-11692005000600007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0104-11692005000600007>. Acesso em: 18 maio 2018. DIAS, M.A.B. Humanização da assistência ao parto: conceitos, lógicas e práticas no cotidiano de uma maternidade pública. 2006. Tese (Doutorado) - Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=000164&pid=s1414-3283201300020001300015&lng=pt> Acesso: 18 de Maio de 2018 GRIBOSKI, R.A, GUILHEM, D. Mulheres e profissionais de saúde: o imaginário cultural na humanização ao parto e nascimento. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2006; 15(1): 107-14 MACHADO, N. S.. Centro de parto normal e assistência obstétrica centrada nas necessidades da parturiente. Rev. Esc. Enferm USP. 2006; 40(2): 274-9. MARQUES, F. C; DIAS, I. M. V; AZEVEDO, L. A percepção da equipe de enfermagem sobre humanização do parto e nascimento. Rev. Enferm. 2006; 10(3): 439-47. MOURA, D. A. et al., ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PARTO HUMANIZADO. In: JOIN, [S.I]., 2017, Piauí. Encontro Internacional de Jovens Investigadores. p. 1-8. Disponível em: <http://www.editorarealize.com.br/revistas/joinbr/trabalhos/trabalho_ev081_md 1_SA50_ID1546_15092017172017.pdf>. Acesso em: 18 maio 2018. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Maternidade segura. Assistência ao parto normal: um guia prático. Genebra: OMS; 1996. Disponível em: < http://pesquisa.bvsalud.org/bvsms/resource/pt/mis-9570> Acesso: 22 Maio de 2018 TEIXEIRA, K. C; BASTOS, R. HUMANIZAÇÃO DO PARTO. In: IX Congresso Nacional De Educação PUCPR. 2009. p. 1472-1477. Disponível em: < http://books.scielo.org/id/pr84k/pdf/maia-9788575413289.pdf>. Acesso em: 22 maio 2018.