3º Trimestre 2018 LIÇÃO 08 A Sobriedade na Obra de Deus TEXTO BÍBLICO E não vos embriagueis com o vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito Santo Efésios 5.18 OBJETIVOS DA LIÇÃO 1 - Explicar o vinho na história sagrada 2 - Discutir a respeito do vinho no ofício sagrado 3 - Compreender que o ministro precisa ser cheio do Espírito Santo INTRODUÇÃO: Amado professor, neste trimestre estamos estudando o livro de Levítico, sob o tema de Adoração, Santidade e Serviço, abordando os princípios de Deus para a sua Igreja. Este livro bíblico, apesar de pouco explorado e aplicado no contexto dos cultos semanais, terá até o fim do próximo mês o seu conteúdo inserido de modo aprofundado nos estudos dominicais em nossa Escola Bíblica. Estou certo de que este livro é uma fonte rica de orientações para nós, cristãos, aperfeiçoarmos o nosso relacionamento com Deus. Nesta pré-aula, abordaremos o tema Sobriedade na Obra de Deus, na qual você será incentivado a explorar com seus queridos alunos a incompatibilidade do exercício do ofício divino com práticas imorais, notadamente o alcoolismo, maus costumes e intemperanças. Tomando por base o texto que o apóstolo Paulo escreveu aos efésios (Ef 5.18), iremos argumentar em prol da sobriedade e da plenitude do Espirito Santo, em detrimento da embriaguez e seus efeitos danosos à saúde e a espiritualidade cristã. Gostou do tema? Então vem comigo neste estudo! 1 PONTO: O VINHO NA HISTÓRIA SAGRADA Neste primeiro tópico, recomendo que inicie questionando os seus alunos sobre o seguinte tema: O que é o vinho e o que ele representa nas Sagradas Escrituras?. Ouça atentamente às repostas, então esclareça que o vinho é o suco de uva que sofreu um processo chamado de fermentação, no qual os
açúcares presentes no suco (também chamado de mosto), são transformados principalmente em um álcool simples (etanol) por meio da ação de seres vivos microscópicos denominados leveduras. Após esta definição técnica sobre a bebida, construa com seus alunos um posicionamento no sentido de que o vinho, junto com o pão e o azeite, é visto como benção de Deus (Os 2:22) e simbolo da alegria e provisão (Pv 3:10). Porém, o seu mau uso influenciou homens de Deus à enveredarem-se pelo pecado e desonra. 1.1) Noé: O exemplo do velho Noé, registrado no livro do Genesis (Gn 9:20-27), mostra-nos os efeitos destrutivos que as bebidas alcoólicas podem ter sobre a estrutura familiar de um servo de Deus. Noé, após o dilúvio, assume o ofício de lavrador e planta uma vinha sobre a sua terra. Com os seus frutos, Noé produz vinho e embriaga-se. Já sob os efeitos inebriantes do álcool presente na bebida, Noé expõe vergonhosamente a sua nudez diante de seus filhos. Dica: Recomendo que faça uma reflexão com seus alunos sobre quais podem ser as possíveis consequências do uso e abuso do álcool. Pergunte também se algum aluno sente-se à vontade para compartilhar, a título de ilustração, um exemplo de familiares, amigos, colegas e/ou conhecidos que tem, ou já tiverem, problemas com o alcoolismo. Para concluir, leia com a turma os textos bíblicos a seguir: Pv 20.1; 23.31. 1.2) Ló: Ainda falando de problemas familiares causados pelo uso e abuso do álcool, a lição nos traz o caso das filhas de Ló. Conta-nos a palavra de Deus, no livro do Genesis (Gn 19.30-38), que Ló e suas duas filhas foram morar em uma caverna após a destruição de Sodoma e Gomorra. Com medo de não gerarem filhos para conservar a descendência do pai, elas então decidem embriagar Ló a ponto deste ficar anestesiado e perder a consciência sobre seus atos, provocando assim relações sexuais incestuosas sem o seu consentimento. Dica: Recomendo que faça uma exposição sobre a imoralidade das relações sexuais entre parentes (consanguíneos). Vale também expor o fato de que as relações sexuais entre familiares, no caso de produzirem gravidez, tendem a gerar filhos com algum tipo de deficiência física ou mental, devido à mutações genéticas que ocorrem desde a concepção.
1.3) Davi: No segundo livro do profeta Samuel (2 Sm 11), esta registrada mais uma história em que a bebida alcoólica é protagonista de um plano que desagradou ao Senhor. Após enviar seu exército ao campo de batalha, Davi fica em Jerusalém onde comete o pecado de adultério com Bate-Seba, mulher do soldado Urias. Como fruto deste pecado, Bate-Seba engravida e informa a Davi o fato. Com medo de ter o seu pecado descoberto, Davi arquiteta um plano para que Urias deitasse com sua mulher e naturalmente considerasse que o filho de seu ventre era seu. Porém, como Urias resiste em descer à sua casa, Davi embriaga-o como meio de induzi-lo à a relacionar-se com sua esposa. Ainda assim, Urias não o faz e Davi tem o seu plano frustrado. Dica: Recomendo que estimule a participação dos seus alunos perguntando-os o seguinte: A atitude de Davi é compatível com os padrões de comportamento requeridos por Deus aos governantes do seu povo? E para nós, é válido o mesmo padrão?. Responda a estes questionamentos dizendo que não, esta atitude vai em desencontro aos elevados padrões de conduta para um rei de Israel, bem como aos padrões de comportamento de um cristão verdadeiro. 2 PONTO: O VINHO NO OFÍCIO DIVINO Neste segundo tópico, recomendo que inicie questionando os seus alunos da seguinte forma: Em relação ao ofício divino, quais as situações em que o vinho é citado? Nestas situações, seu uso era compatível com as funções dos ministros de Deus? Ouça atentamente às respostas de seus alunos, depois construa com eles uma linha de raciocínio que aborde a presença e uso do vinho desde o Antigo até o Novo Testamento, finalizando com a contextualização do uso do vinho pelos cristãos na atualidade. 2.1) Antigo Testamento: Neste item a lição aborda a função de adoração ao Senhor, através das ofertas de manjares, incluindo a libação. Libação era o derramamento de algum líquido, geralmente vinho ou óleo, como um ato de adoração a Deus, reconhecendo que Ele é o dono e Senhor de todas as coisas (por exemplo, ver Gn 35:14). Deste modo, o uso do vinho como oferta à Deus corresponde a um ato santo e responsável. Dica: Recomendo que faça uma reflexão com seus alunos baseada no versículo 10 do mesmo capítulo (Lv 10.10). Incentive-os a entender o por quê Deus recomenda que
esta norma seja seguida para fazermos a diferença entre o santo e o profano, entre o imundo e o limpo. Nós, como cristãos verdadeiros, devemos ser diferentes e fazer a diferença no mundo, conforme recomendado pelo Mestre no sermão do monte (Mt 5.13-14). 2.2) Novo Testamento: Nos tempos em que Jesus iniciou o exercício de seu ministério, contanos a palavra de Deus, no evangelho segundo escreveu João (Jo 2.1-11), o primeiro milagre operado pelo Cristo nas bodas de Caná da Galiléia. Ao faltar o vinho em uma festa de casamento, Jesus transforma a água contida em talhas de pedra em um vinho de excelente qualidade. O vinho simbolizava a alegria, logo a falta dele em uma festa era sinal de ruína. Jesus operou este milagre restaurando a alegria aos noivos e dando início aos sinais miraculosos de seu frutífero ministério. Para oficiar a sua maior celebração, a Ceia do Senhor, o Cristo utiliza o vinho como símbolo do seu sangue que seria derramado na cruz do calvário por todos nós. Desde então, a Igreja vem utilizando do mesmo para anunciar a morte do Senhor, até que Ele venha! (1 Co 11.23-32) Dica: Recomendo que dê enfase ao explicar aos seus alunos as duas simbologias do vinho aqui citadas: Alegria e o Sangue, concluindo que Cristo sempre provê alegria àqueles que o servem e mantém eternamente a aliança feita conosco através de seu sangue. 2.3) Advertência quanto ao uso do vinho: Conforme vimos na lição anterior, Nadabe e Abiú foram consumidos pelo fogo do Senhor porque apresentaram fogo estranho diante do altar. No tocante aos ministros do altar do Senhor, em seguida foram severamente advertidos pelo Senhor a abster-se do vinho quando fossem adentrar a tenda da congregação, sob pena de morte caso descumprissem. Deste modo, é possivel inferir que os filhos de Arão estavam sob o efeito de bebidas alcoólicas quando desagradaram ao Senhor com sua oferta. Dica: Recomendo que destaque o fato de que o Senhor fez tal advertência aos sacerdotes para garantir que tal tragédia não voltasse a ocorrer, preservando assim a vida dos seus ministros. Do mesmo modo esta advertência aplica-se a nós, cristãos verdadeiros, com o intuito de preservar a nossa saúde física e espiritual.
3 PONTO: MINISTROS CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO Neste terceiro tópico, recomendo que inicie levando em consideração os episódios lamentáveis que citamos anteriormente, e faça uma inferência de que seja plausível que tenhamos uma orientação no Novo Testamento no sentido de resguardar-nos de incorrer nos mesmos erros que nossos antigos irmãos, conforme registros da História Sagrada. 3.1) Recomendações aos ministros: A luz do excerto ao seu jovem obreiro Timóteo, registrado na sua primeira carta (1 Tm 3.3,8), Paulo recomenda algumas qualificações àqueles que desejam ocupar a santa ordenança do ministério cristão. Paulo estabelece de maneira clara os critérios que os candidatos ao episcopado precisam cumprir para terem condições de galgar tais posições de honra. Dentre estas recomendações, devemos destacar a necessidade de sobriedade. Afinal, quem governa deve fazê-lo com capacidade cognitiva e total controle das suas emoções e atitudes, sob o risco iminente de esquecer-se da lei. Dica: Recomendo que reforce junto a seus alunos as virtudes que Paulo recomenda àqueles que querem ser pastores do rebanho do Senhor. No contexto desta lição, enfatize a abstinência de álcool como um dos principais a serem considerados. 3.2) Recomendações à Igreja: Quanto à Igreja de Cristo, o mesmo apóstolo Paulo recomenda que afastemo-nos do vinho devido ao poder que este tem de induzir o cristão à contendas (ver Ef 5.18). Logo, os padrões elevados que Deus exige de seus ministros são plenamente extensíveis à sua Igreja, não se limitando aos sacerdotes de ofício. Ao final do versículo destacado, Paulo recomenda que abandonemos o desejo de embriagar-nos com o vinho, mas que sejamos desejosos pela plenitude do Espírito Santo! Dica: Recomendo que faça uma reflexão com seus alunos sobre o tabu social que o uso da bebida alcoólica representa, principalmente nas faixas etárias que compreendem o período da adolescência a juventude. Discuta com eles sobre o seguinte termo amplamente aceito: Beber socialmente e conclua que a embriaguez não é um adorno social, mas uma fonte de transtornos imensuráveis para o cristão. 3.3) Ministros usados pelo Espírito Santo: Ser cheio do Espírito Santo é uma condição fundamental para que o ministro cristão exerça com sucesso a sua vocação. Quando Jesus
recomenda aos seus discípulos que ficassem em Jerusalém para receberem o poder do Espírito Santo no dia de Pentecostes, demonstra-nos a necessidade de contarmos com o poder divino. Apesar de terem sido considerados como bêbados nesse evento, após os sermão de Pedro fica claro que os discípulos falavam e operavam no poder de Deus. Dica: Recomendo que questione seus alunos sobre o seguinte tema: Para que uma pregação seja eficaz, é necessário o poder do Espírito Santo? Ouça atentamente as respostas e finalize afirmando que sim, é extremamente necessário pois é o Espírito Santo que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). CONCLUSÃO: Querido professor, nesta lição cabe concluirmos que o uso e abuso do vinho não é recomendado àqueles que professam uma fé genuína em Cristo. Oriente seus alunos para que façam uso do livre arbítrio para escolherem o certo em meio as várias opções erradas que se apresentam diante de deles. Tomando por referência às palavras de Paulo aos Coríntios (1 Co 6:12), nem todas as coisas me convêm e não me deixarei dominar por nenhuma delas! Incentive seus alunos a seguirem em frente, mirando o alvo que é Cristo (Hb 12:2), crescendo a cada dia em Graça e conhecimento do nosso Senhor! (2 Pe 3:18) APOIO BIBLIOGRÁFICO: Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD) Bíblia de Estudo Cronológia Aplicação Pessoal (CPAD) Comentário Bíblico Antigo Testamento (CPAD) Professor: Ícaro Nogueira Classe: Adultos Contatos: prof.icaronogueira@gmail.com