AGENDA TEMÁTICA DE INVESTIGAÇÃO E INOVAÇÃO ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

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Transcrição:

AGENDA TEMÁTICA DE INVESTIGAÇÃO E INOVAÇÃO ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS Filipe Duarte Santos fdsantos@fc.ul.pt Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável CCIAM CE3C Centre for Climate Change Impacts, Adaptation and Modelling - Universidade de Lisboa FCUL Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa http://cciam.fc.ul.pt/

Visão a Longo Prazo para Portugal em 2030 Objetivos Potenciar a reflexão coletiva sobre a base de conhecimento de suporte ao desenvolvimento científico e tecnológico e socioeconómico na área temática Identificar desafios societais e oportunidades e contribuir para respostas fundamentadas e inovadoras de forma colaborativa Processo Abordagem bottom-up, com o envolvimento da comunidade científica, tecnológica e empresarial, e de outras entidades Peritos identificam grandes áreas de desenvolvimento futuro e principais questões de investigação e de inovação até 2030 Workshops com discussão pública do documento de trabalho 2

Agendas FCT iniciadas em 2017 (14) Agroalimentar, Florestas e Biodiversidade Arquitetura Portuguesa Ciência Urbana e Cidades para o Futuro Cultura e Património Cultural Economia Circular Espaço e Observação da Terra Inclusão Social e Cidadania Indústria e Manufatura Mar Saúde, Investigação Clínica e de Translação Sistemas Ciberfisicos e formas avançadas de Computação e Comunicação Sistemas Sustentáveis de Energia Trabalho, Robotização e Qualificação de Emprego em Portugal Turismo, Hospitabilidade e Gestão do Lazer Agendas ainda em elaboração; Descrições sumárias destas agendas foram apresentadas no Encontro Ciência 2017 (julho 2017). 3

INVESTIGAÇÃO E INOVAÇÃO ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS Painel Científico da ENAAC 2020 Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas Alexandre Tavares Perito Universidade de Coimbra (FCT-UC) Afiliação Anabela Carvalho António Lemonde de Macedo Clemente Pedro Nunes Filipe Duarte Santos Helena Almeida Isabel Mendes Isabel Trigo João Ferrão João Ferreira do Amaral José Lima e Santos Margarida Santos Reis Maria José Vasconcelos Maria Rafaela Matos Miguel Bastos Araújo Rodrigo Oliveira Universidade do Minho Laboratório Nacional de Engenharia Civil Universidade de Lisboa (IST) - Vice-Presidente Universidade de Lisboa (FCUL) - Presidente Universidade de Lisboa (ISA) Universidade de Lisboa (ISEG) Instituto Português do Mar e da Atmosfera, Instituto Don Luiz Universidade de Lisboa (ICS) Universidade de Lisboa (ISEG) Universidade de Lisboa (ISA) Universidade de Lisboa (FCUL) Universidade de Lisboa (ISA) Laboratório Nacional de Engenharia Civil Universidade de Évora Universidade de Lisboa (IST) Rui Taborda Universidade de Lisboa (FCUL, IDL ) Sofia Núncio Teresa Pinto-Correia Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge Universidade de Évora 4

d. Subtemas propostos (Investigação & Inovação) 4.1 - O sistema climático e as alterações climáticas 4.2 - Impactos sobre sistemas e setores 4.3 - Vulnerabilidade, risco e adaptação 4.4 - Mitigação e políticas de baixo-carbono 5.1 - Inovação tecnológica de produtos, processos e serviços 5.2 - Governação, inovação institucional e societal 5

Em cada subtema (3-4 pgs.) 1. Desafios e objetivos para Portugal até 2030 2. Principais desenvolvimentos científicos [tecnológicos] nos últimos dez anos 3. As questões-chave [oportunidades e aplicações] para uma agenda de investigação [inovação] 4. Fatores críticos para o desenvolvimento futuro 6

Em cada subtema (3-4 pgs.) a. Focar em questões-chave concretas e não apenas em necessidades exclusivamente políticas e/ou técnicas; b. Dos atuais elementos para necessidades o mais concretas possíveis, e.g.: de Melhorar a resiliência da biodiversidade nacional Para Desenvolver indicadores de monitorização da resiliência da biodiversidade nacional às alterações climáticas ; c. Se possível, evitar agrupamentos de grandes desafios e ou conceitos, e.g., Promover o desenvolvimento sustentável do território através de politicas de gestão setorial e económica 7

Em cada subtema (3-4 pgs.) a. Caixas de texto e chamada de atenção: Processos de gestão de informação e dados [em Fatores Críticos] Monitorização, reporte e avaliação (MRE) da adaptação? [cap. 4.3 Vulnerabilidades vs. cap. 3 Politicas publicas?] Outras? Definições, projetos, etc? b. Utilização de referências [ attribution and traceability ] c. Ligação c/ outras agendas [clusters + análise semântica FCT] 8

Capítulo - Subtema 4.1 - O sistema climático e as alterações climáticas 4.2 - Impactos sobre sistemas e setores 4.3 - Vulnerabilidade, risco e adaptação 4.4 - Mitigação e políticas de baixo-carbono 5.1 - Inovação tecnológica de produtos, processos e serviços 5.2 - Governação, inovação institucional e societal Redatores Isabel Trigo Filipe Duarte Santos Rui Taborda Maria José Vasconcelos Alexandre Tavares Sofia Núncio António Lemonde Macedo Isabel Mendes Clemente Pedro Nunes Rafaela Matos Anabela Carvalho João Ferrão Convite aceite? 9

2. Cronograma e próximos passos a. Prazo conclusão agenda = final 2018 b. Vários redatores referiram dificuldades de agenda nos próximos meses, incluindo férias; c. Apesar de secções curtas (max. 3-4 pág.) será necessário tempo suficiente para articular entre redatores e editores, recolher e discutir e contributos entre os peritos e escrever textos; d. Todos os peritos poderão contribuir para e rever todos os subtemas e textos; 10

2. Cronograma e próximos passos Novosdraftscompletos por subtema 10 set 2018 Workshop discussão agenda meados out 2018? Compilação, revisão e edição agenda 30 set 2018 Nota: Acompanhamento mensal dos trabalhos (e.g., 15 jul; 15 ago;..) 11

Trajectórias das emissões de CO 2 e (2005 = 380 ppmv) Miles de millones de toneladas de CO 2 4 C 3 C 2 C MITIGAÇÃO Fuente: Stern Review; World Resources Institute

Projeção das emissões globais com base nas Contribuições nacionais voluntárias de redução das emissões (INDC) feitas para o Acordo de Paris Impact of national climate pledges (aka INDCs) on world s greenhouse gas emissions measured in CO2 equivalents (CO2e).

Respective year on year changes, since 1960, of the world GDP (purple curve), and the world energy consumption, excluding wood (dark blue). Um exemplo significativo foi o choque petrolífero de 1979 causado pela Revolução Iraniana que baixou a oferta global de petróleo de apenas 4% mas provocou um aumento do seu preço para mais do dobro no ano seguinte. Desde esse período o PIB médio europeu per capita nunca cresceu acima de 2%.

É possível descarbonizar a economia mundial até 2050 com aumento do número de empregos no setor da energia e diminuição da procura de energia Fonte: Jacobson, 2018

Emissões de GEE, índice (1990 = 100) 150 140 130 Meta 120 27% 110 14,9% 100 90 86,7 % 80 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 Portugal UE28 1990, Portugal: 62,1 MtCO2e PT - 1,08% da UE 1990, UE28: 5735,1 MtCO2e Fonte: Eurostat

Fonte: Eurostat, 4 de maio 2018

Neutralidade carbónica de Portugal em 2050 Objetivo estabelecido em 2016 pelo governo

Fonte, IPMA Variação decadal da precipitação em Portugal Continental

Projected changes in annual (left) and summer (right) precipitation (%) in the period 2071-2100 compared to the baseline period 1971-2000 for the forcing scenario RCP 8.5. Model simulations are based on the multi-model ensemble average of RCM simulations from the EURO-CORDEX initiative.

Subida observada e projectada do nível Médio global do mar FONTE: IPCC, 2014 RCP8.5 RCP2.6

Furadouro, 2014

Obrigado pela vossa atenção 26