ESCALA DIAGRAMÁTICA PARA AVALIAÇÃO DA SEVERIDADE DA MANCHA DE RAMULÁRIA (Ramularia areola) DO ALGODOEIRO

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Transcrição:

ESCALA DIAGRAMÁTICA PARA AVALIAÇÃO DA SEVERIDADE DA MANCHA DE RAMULÁRIA (Ramularia areola) DO ALGODOEIRO Nelson Dias Suassuna 1, Alderí Emídio de Araújo 2. (1) Embrapa Algodão, Rua Osvaldo Cruz, 1143, Centenário, Campina Grande. PB, e-mail: suassuna@cnpa.embrapa.br, (2) Embrapa Algodão, e-mail: alderi@cnpa.embrapa.br RESUMO Elaborou-se uma escala diagramática visando auxiliar o avaliador e minimizar a subjetividade da estimativa da severidade da mancha de Ramulária. No seu preparo levou-se em consideração o limite superior da escala (correspondente à quantidade máxima de doença observada no campo); a determinação da quantidade real de doença no campo e sua representação na escala com alta precisão; e as subdivisões da escala respeitam as limitações da acuidade humana. Para a validação, três avaliadores, sem nenhuma experiência em quantificação de doença, estimaram a severidade de 4 folhas (totalmente desenvolvidas) de algodoeiro, com níveis diversos de severidade por duas vezes, uma sem e outra com a escala. Para cada avaliador foi realizada análise de regressão entre a severidade real e estimada pelo avaliador. Todos os avaliadores melhoraram tanto a acuidade (intercepto da reta e coeficiente angular) quanto a precisão (coeficiente de determinação) quando realizaram as avaliações com o auxílio da escala. Propõem-se a realização de mais testes com um maior número de folhas e envolvendo mais avaliadores, sendo estes pessoas com certo conhecimento de quantificação de doenças. INTRODUÇÃO A mancha de Ramulária é, atualmente, considerada em alguns locais a principal doença do algodoeiro (Araújo e Suassuna 23). Estudos visando incorporação de resistência a esta doença em cultivares de algodoeiro necessitam de métodos de quantificação confiáveis, precisos e que seus resultados sejam facilmente reproduzíveis. Mensurar a severidade - proporção ou porcentagem da área de tecido da planta coberto por sintomas (Campbell e Madden 199) em nível de campo, geralmente é um processo realizado por meio de escalas de notas que, na maioria das vezes, utiliza a severidade como critério. A severidade, em nível de campo, é estimada visualmente. A elaboração de escalas diagramáticas visa auxiliar o avaliador e minimizar a subjetividade da estimativa (Leite e Amorim 22). Uma escala diagramática é a representação de uma série de plantas, ou partes de plantas com sintomas em diferentes níveis de severidade da doença. No seu preparo deve-se levar em consideração os seguintes pontos: 1) o limite superior da escala deve corresponder à quantidade máxima de doença observada no campo (seu valor real, usualmente entre 2 e % ou o seu valor relativo igualado a %); 2) A determinação da quantidade real de doença no campo e sua representação na escala devem ter alta precisão; 3) as subdivisões da escala devem respeitar as limitações da acuidade humana e 4) a vista humana lê tecido doente para níveis de severidade abaixo de % e tecido sadio para níveis de severidade superiores a % (James, 1974). O objetivo do seguinte trabalho foi elaborar uma escala diagramática que auxilie a quantificação da severidade da mancha de Ramulária.

MATERIAL E MÉTODOS A elaboração da escada desenvolvida nesse estudo tomou como base os limites mínimo e máximo de severidade da mancha de Ramulária no campo. Para tal, foram coletadas 2 folhas de algodoeiro (cv. Delta Opal) com níveis variáveis de severidade. As folhas foram digitalizadas e as imagens analisadas utilizando-se o programa ImageTool (UTHSCSA, University of Texas Health Science Center, San Antonio). Mensurou-se a área foliar total e a área afetada por sintomas. Definidos os limites, elaborou-se a escala (figura 1) com os níveis de severidade aumentando em escala logarítmica ( 2, 4, 8, 16, 32 e 64% de área foliar afetada). Durante a validação, três avaliadores, sem nenhuma experiência em quantificação de doença, estimaram a severidade de 4 folhas (totalmente desenvolvidas) de algodoeiro, com níveis diversos de severidade por duas vezes. Na primeira, os avaliadores estimavam a severidade das folhas sem auxílio. Na segunda avaliação os avaliadores utilizaram a escala diagramática. As imagens de todas as folhas utilizadas foram digitalizadas e as imagens analisadas conforme citado anteriormente para se estimar a severidade real. Para cada avaliador foi realizada análise de regressão entre a severidade real e estimada pelo avaliador. A precisão de cada avaliador foi estimada pelo coeficiente de determinação da regressão e pela distribuição dos erros. A acurácia foi determinada para cada avaliador pelo teste t aplicado ao intercepto da regressão, testando-se a hipótese de que o intercepto estimado é diferente de zero e ao coeficiente angular, testando-se a hipótese que este é diferente de 1, com probabilidade de p=,1. RESULTADOS E DISCUSSÃO Para a mancha de Ramulária, propõe-se uma escala diagramática para que o avaliador mensure com precisão a severidade da doença em cada terço da planta (figura 1). Um grave problema nas chaves ou escalas descritivas é como devo analisar os dados, uma vez que estou de posse das notas (de 1 a 5) e não posso mais transformá-las em porcentagem (ex. nota 3 = 5% ou 25% da área foliar afetada). A sugestão é associar uma escala diagramática validada com um esquema de amostragem de plantas dentro do talhão e de folhas dentro da planta e atribuir notas às folhas. Uma idéia é percorrer o talhão em zig-zag e amostrar de,25 a 5% das plantas e dentre essas estratificar os três terços e dentro de cada terço amostrar uma folha em cada quadrante. Pode ser um pouco mais trabalhoso, mas certamente poderemos diferenciar genótipos com mais facilidade que usando a escala de notas, onde uma nota 3 ou 4 pode ser facilmente trocada. Na etapa de validação, todos os avaliadores melhoraram tanto a acuidade (intercepto da reta e coeficiente angular) quanto a precisão (coeficiente de determinação) quando realizaram as avaliações com o auxílio da escala. Nas avaliações sem a utilização da escala os valores de severidade estipulados foram bastante discrepantes, principalmente nos níveis iniciais da doença, sendo unânime a superestimação dos valores de severidade (Gráficos 1 a 6). Todavia, não foi possível detectar diferenças estatísticas significativas para os parâmetros estimados (intercepto e inclinação da reta) para todos os avaliadores. Ainda, a distribuição dos erros foi bastante irregular, sendo comum, para determinados avaliadores, variâncias tanto com ou sem a escala. Propõem-se a realização de mais testes com um maior número de folhas e envolvendo mais avaliadores, sendo estes pessoas com certo conhecimento de quantificação de doenças. CONCLUSÃO A utilização da escala aumentou a precisão e a acuidade dos avaliadores, sendo portanto, uma ferramenta útil, para auxiliar na avaliação da severidade da mancha de ramulária do algodoeiro.

Figura 1. Escala Diagramática: Representação de folhas de algodoeiro com 2, 4, 8, 16, 32 e 64% de área foliar afetada por lesões angulares

7 y =.9199x + 3.9778 R 2 =.897 7 4 3 2 4 3 2 y =.9895x + 1.1571 R 2 =.818 7 y =.935x + 2.527 R 2 =.8932 7 y =.8834x + 6.1259 R 2 =.8231 4 3 SEv. Estimada 4 3 2 2 7 y =.9468x + 2.32 R 2 =.9582 7 y =.943x +.8919 R 2 =.8887 4 3 4 3 2 2 De cima para baixo: avaliadores 1, 2 e 3 utilizando a escala diagramática. De cima para baixo: avaliadores 1, 2 e 3 sem a utilização da escala diagramática. Figura 2. Severidade de manchas de Ramulária em folhas de algodoeiro estimada por três avaliadores em função da severidade real, sem e com o uso de escala diagramática.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO, A. E.; N. D. SUASSUNA (23). Guia de identificação e controle das principais doenças do algodoeiro no Estado de Goiás. Embrapa Algodão. Documentos, 113: 4 p. CAMPBELL, C. L.; L. V. MADDEN (199). Introduction to Plant Disease Epidemiology. New York City, John Wiley & Sons. JAMES, W. C. (1974). Assessment of plant diseases and losses. Annual Review of Phytopathology 12: 27-48. LEITE, R. M. V. B.; L. Amorim (22). Elaboração e validação de escala diagramática para mancha de Alternária em girassol. Summa Phytopathologica 28: 14-19.