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Transcrição:

DIREITO CONSTITUCIONAL Direitos da Nacionalidade Direitos da Nacionalidade Parte 2 Profª. Liz Rodrigues

- Naturalização: é a nacionalidade adquirida por um ato de vontade. - Como regra geral, não há direito subjetivo à naturalização - a exceção está no art. 12, II, b da Constituição. - A CF/88 não prevê nenhuma forma de naturalização tácita ou jure matrimonii (efeito direto e automático resultante de casamento civil).

Art. 12, CF/88: são brasileiros: II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; - Naturalização ordinária: adquirida na forma da lei (Estatuto do estrangeiro, Lei n. 6.815/80).

- Os requisitos exigidos dos originários de países de língua portuguesa (residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral) são menos restritivos que os exigidos dos estrangeiros em geral (veja o art. 112 do Estatuto do Estrangeiro). - Observe que, neste caso, não há um direito subjetivo à naturalização (ato discricionário).

Art. 12, CF/88: são brasileiros: II - naturalizados: b: os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. - Naturalização extraordinária: nesse caso, há direito subjetivo à naturalização, em razão do termo utilizado.

- STF: o requerimento de aquisição de nacionalidade brasileira, previsto na alínea b do inciso II do art. 12 da Carta de Outubro, é suficiente para viabilizar a posse no cargo triunfalmente disputado mediante concurso público. Isso quando a pessoa requerente contar com quinze anos ininterruptos de residência fixa no Brasil, sem condenação penal. A portaria de formal reconhecimento da naturalização, expedida pelo Ministro da Justiça, é de caráter meramente declaratório (RE n. 264.848).

Art. 12, 1º, CF/88: aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. - Quase-nacionais: o status é válido apenas para os portugueses que residem permanentemente no Brasil.

- Convenção sobre a Igualdade de Direitos e Deveres entre Brasileiros e Portugueses. - São assegurados praticamente todos os direitos garantidos aos brasileiros (inclusive direitos políticos, se requeridos) exceto aquilo que a CF/88 determina ser privativo de brasileiro nato.

- Não é um dispositivo de aplicação automática o cidadão português precisa fazer o requerimento e atender aos requisitos previstos no tratado. - Polipatria: é possível que, em razão de seu nascimento, que a pessoa tenha mais de uma nacionalidade originária; é possível, também, que não tenha nenhuma (apátrida) nesse caso, deve ser-lhe assegurada a nacionalidade do solo em que nasceu.

- Distinções entre brasileiros natos e naturalizados: a CF/88 veda o estabelecimento de distinções entre brasileiros natos e naturalizados, exceto nas situações que ela mesma determina. - Cargos privativos de brasileiros natos: Presidente e Vice-Presidente da República, Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado Federal, Ministro do Supremo Tribunal Federal, os da carreira diplomática, de oficial das Forças Armadas e o de Ministro de Estado da Defesa.

- Atenção aos detalhes: a Presidência do Conselho Nacional de Justiça e do Tribunal Superior Eleitoral são exercidas por Ministros do STF, que são brasileiros natos. - Conselho da República: o art. 89 prevê a participação de seis brasileiros natos, escolhidos nos termos do inciso VII; isso não significa dizer que o Conselho da República é composto exclusivamente por brasileiros natos, pois há participantes a quem não foi imposta esta exigência.

- Outras distinções: - Propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão: o art. 222 da CF/88 determina que a propriedade destas empresas é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos. - Extradição: é possível a extradição do brasileiro naturalizado, nos termos do art. 5º, LI da CF/88.