quarta-feira, 31 de março de 2010 Diário Oficial Poder Executivo - Seção I São Paulo, 120 (60)

Documentos relacionados
MINUTA DECRETO Nº, DE_ DE_ DE ALBERTO GOLDMAN, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais,

Deliberação CONSEMA 26/2010 De 26 de outubro de ª Reunião Extraordinária do Plenário do CONSEMA.

Sistema Nacional de Unidade de Conservação

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais,

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Define o Parque Florestal do Rio Vermelho como Parque Estadual do Rio Vermelho e dá outras providências.

DECRETO Nº , DE 6 DE JANEIRO DE 2009

Prefeitura Municipal de Vitória Estado do Espírito Santo DECRETO Nº

Política Nacional de Meio Ambiente: unidades de conservação. Biogeografia - aula 4 Prof. Raul

Governo do Estado de São Paulo. CLÁUDIO LEMBO, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais,

Manual para Elaboração dos Planos Municipais para a Mata Atlântica

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Lei nº , de 21 de fevereiro de 2008

DECRETO Nº 8.972, DE 23 DE JANEIRO DE 2017

Lei n.º 4.771/1965 Institui o novo Código Florestal, ainda vigente.

Prof. Guilhardes de Jesus Júnior, MSc.

RESOLUÇÃO SMA-15 DE 13 DE MARÇO DE 2008.

Deliberação Normativa COPAM nº., de XX de janeiro de 2010

SISEMA. Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. POLÍCIA MILITAR D E M I N A S G E R A I S Nossa profissão, sua vida.

DIREITO AMBIENTAL. Proteção do Meio Ambiente em Normas Infraconstitucionais- Mata Atlântica Lei nº /06 Parte 3. Prof.

Prefeitura Municipal de Vitória Estado do Espírito Santo DECRETO Nº

SNUC - SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

LEI N , DE 20 DE OUTUBRO DE Cria o Programa Estadual de Certificação de Unidades Produtivas Familiares do Estado do Acre.

Proposta de Minuta de Decreto

Deliberação Consema 20/2010 De 17 de agosto de ª Reunião Ordinária do Plenário do Consema.

Quinta-feira, 11 de Agosto de 2016 Edição N 874 Caderno II ESTADO DA BAHIA PREFEITURA MUNICIPAL DE ILHÉUS GABINETE DO PREFEITO DECRETO Nº 055/2016

ESTADO DO ESPÍRITO SANTO LEI Nº Dispõe sobre a criação do Fundo Estadual de Recursos Hídricos do Espírito Santo -FUNDÁGUA.

DECRETO Nº , DE 10 DE DEZEMBRO DE 2009

Normas e Instrumentos para a gestão integrada e participativa de áreas protegidas em um contexto regional. Clayton Lino-maio 2016

Comparação entre lei 4771 e PL relatado pelo Dep.Aldo Rebelo preparado por Zeze Zakia Versão preliminar ( Reserva Legal )

JOSÉ SERRA, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais,

Osvaldo Antonio R. dos Santos Gerente de Recursos Florestais - GRF. Instituto de Meio Ambiente de MS - IMASUL

GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA

LEI Nº 200, DE

ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL BARREIRO RICO TANQUÃ-RIO PIRACICABA

DECRETO Nº DE 27 DE DEZEMBRO DE O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições,

Resumo gratuito SNUC Prof. Rosenval Júnior. Olá, pessoal!

ESTADO DE SÃO PAULO PUBLICADA NO DOE DE SEÇÃO I PÁG 42 RESOLUÇÃO CONJUNTA SAA/SIMA Nº 01, DE 12_DE_MARÇO DE 2019

LEI Nº 6.745, DE

Prefeitura Municipal de Nova Viçosa publica:

DIREITO AMBIENTAL. Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC-Lei nº de 2000 e Decreto nº de 2002

A ECO-92 resultou na elaboração dos seguintes documentos oficiais: A Carta da Terra;

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE CONSEMA

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE. CAPÍTULO I Das Disposições Gerais

DECRETO Nº DE

DIREITO AMBIENTAL. Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC-Lei nº de 2000 e Decreto nº de 2002

Lei do Estado de Pernambuco nº , de

Reserva Legal e Sustentabilidade

Reserva Legal: Compensação em Unidades de Conservação em São Paulo. Análise da Resolução SMA 165/2018, sob a ótica do setor privado.

DIREITO AMBIENTAL. Código Florestal Lei nº /12. Cadastro Ambiental Rural CAR Parte 2. Prof. Rodrigo Mesquita

permanente, da reserva legal e remanescentes de vegetação nativa localizadas no interior do imóvel, para fins de controle e monitoramento; e III - ins

LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº 815, DE 30 DE JULHO DE 1996

DIREITO AMBIENTAL. Código Florestal Lei nº /12. Reserva Legal Parte 2. Prof. Rodrigo Mesquita

CRIA a RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL CUJUBIM (RDS Cujubim), localizada na bacia do Rio Jutaí, e dá outras providências.

MÓDULO IV PLANO DE AÇÃO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA DECRETO Nº 327

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 528, DE 25 DE MARÇO DE Altera os valores constantes da tabela do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física.

DECRETO Nº , DE 13 DE MARÇO DE

LEI Nº DE 27 DE JULHO DE 2012

Decreto Estadual Nº /10

LEI Nº DE 03 DE DEZEMBRO DE 2015

DECRETO Nº DE (D.O. de 26/03/02) Cria a Área de Proteção Ambiental da Tambaba, no Estado da Paraíba e dá outras Providências.

Edição Número 176 de 13/09/2004

Atualiza o valor das custas judiciais, dos emolumentos e do Fundo de Reaparelhamento da Justiça.

DECRETO Nº 33, DE 09 DE FEVEREIRO DE 2003.

Conselho Municipal de Meio Ambiente da Cidade do Rio de Janeiro CONSEMAC

MÓDULO IV PLANO DE AÇÃO

LEI Nº 760 DE 18 DE ABRIL DE 2011

Cria o Refúgio de Vida Silvestre da Serra dos Montes Altos, no Estado da Bahia, e dá outras providências.

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 528, DE 25 DE MARÇO DE 2011

Instituto O Direito Por Um Planeta Verde Projeto "Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos"

LEI Nº , DE 11 DE ABRIL DE 2018

LEI Nº , DE 23 DE ABRIL DE 2008 (Projeto de lei nº53/08, do Deputado Valdomiro Lopes - PSB) Dispõe sobre a recomposição de reserva legal, no

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

Panorama sobre as Unidades de Conservação do município de São Paulo.

intersetorial do Estado e a articulação do poder executivo estadual com os demais órgãos e entidades da administração pública, municípios e com os seg

LEI Nº 1.372/2017, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2017.

10ª. Reunião de Atualização em Eucaliptocultura

9º. Curso de Atualização em Eucaliptocultura

Direito Ambiental noções gerais. Ana Maria de Oliveira Nusdeo Faculdade de Direito da USP

DECRETO Nº DE 26 DE ABRIL DE

DECRETO N , DE 7 DE NOVEMBRO DE 2002

III Congresso Brasileiro de Eucalipto

RESOLUÇÃO SMA Nº 157, de 07/12/2017

O Código Florestal nos Estados da Mata Atlântica

PERCEPÇÃO DA EXPANSÃO DA POLÍTICA DE IMPLEMENTO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO CENÁRIO DO MUNICÍPIO DE BARRA MANSA-RJ

Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei complementar:

Código Florestal - Lei /2012

órgão responsável pela administração da Estação Ecológica, sem prejuízo da necessidade de licenciamento ambiental e de outras exigências legais e obse

ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE PL nº 7.397/2006 GTMA FT APP 16 /09/2009

I - promoção do desenvolvimento estadual sustentável, com valorização da inovação e da diversidade cultural da comunidade sul-mato-grossense;

2. o acesso às unidades; 3. a fiscalização; 4. o monitoramento e avaliação dos Planos de Manejo; 5. a pesquisa científica; e 6. a alocação de recursos

XVIII COBREAP - CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS - IBAPE/MG

LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº 1.146, DE 24 DE AGOSTO DE Cria a Aglomeração Urbana de Jundiaí-AU Jundiaí, e dá providências correlatas.

1.1.1 SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE

5. DEFINIÇÃO DOS LIMITES GEOGRÁFICOS DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Prefeitura Municipal de Caravelas publica:

LEI Nº , DE 28 DE DEZEMBRO DE 2015

A Fundação Itesp vinculada à Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania planeja e executa as políticas agrária e fundiária no Estado de São Paulo

LEI Nº 3.678, DE 13 DE OUTUBRO DE 2005 (Autora do Projeto: Deputada ELIANA PEDROSA) DODF DE

Transcrição:

quarta-feira, 31 de março de 2010 Diário Oficial Poder Executivo - Seção I São Paulo, 120 (60) DECRETO Nº 55.662, DE 30 DE MARÇO DE 2010 Cria o Parque Estadual de Itaberaba, o Parque Estadual de Itapetinga, a Floresta Estadual de Guarulhos, o Monumento Natural Estadual da Pedra Grande e dá providências correlatas JOSÉ SERRA, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais, Considerando as disposições do artigo 225 da Constituição Federal e do artigo 191 da Constituição Estadual, relativas à preservação, conservação, defesa, recuperação e melhoria do meio ambiente; Considerando a competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios em proteger e preservar o meio ambiente, nos termos do artigo 23, incisos VI e VII, da Constituição Federal; Considerando as disposições da Lei federal n 9.985, de 18 de julho de 2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC, em especial seu artigo 11 e 4º que dispõem sobre os objetivos de criação da unidade de conservação da categoria parque estadual; Considerando os resultados dos estudos do projeto denominado Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade do Estado de São Paulo, desenvolvido pelo Programa Biota - FAPESP, com a indicação de forte grau de importância para a criação de unidades de conservação de proteção integral, nas áreas constituídas, em maior parte, pelas Serras de Itaberaba e de Itapetinga; Considerando que a relevância do setor nortenordeste da Serra da Cantareira para a conservação da biodiversidade ao longo das últimas décadas, tem sido objeto de inúmeros estudos que ressaltam, entre outras, a importância do Corredor Cantareira-Mantiqueira, desde a conectividade dos fragmentos florestais, às evidências de presença e

deslocamento de felinos e pela necessidade de proteção dos seus recursos hídricos; e Considerando que o Parque Estadual da Cantareira é exemplo de manutenção de integridade florestal em região de forte pressão e expansão urbana, e vem demonstrando, ao longo do tempo, que essa categoria de unidade de conservação é a mais adequada à proteção da biodiversidade, Decreta: Artigo 1 - Ficam criados o Parque Estadual de Itaberaba, que abrange os municípios de Arujá, Guarulhos, Nazaré Paulista e Santa Isabel, com área total de 15.113,11ha (quinze mil, cento e treze hectares e onze ares) e o Parque Estadual de Itapetinga, que abrange os municípios de Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Mairiporã e Nazaré Paulista, com área total de 10.191,63ha (dez mil, cento e noventa e um hectares e sessenta e três ares). Artigo 2 - A área do Parque Estadual de Itaberaba está definida no memorial descritivo do Anexo I, e a área do Parque Estadual de Itapetinga está definida no memorial descritivo do Anexo II, que fazem parte integrante deste decreto. Artigo 3 - Os Parques Estaduais de Itaberaba e de Itapetinga têm por objetivo a proteção da biodiversidade e recursos hídricos da região norte-nordeste da Serra da Cantareira, compostos pelos maciços das serras de Itapetinga e Itaberaba, contíguos ao Parque Estadual da Cantareira. Artigo 4 - O Parque Estadual de Itaberaba e o Parque Estadual de Itapetinga serão administrados pela Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo, vinculada à Secretaria do Meio Ambiente. Artigo 5 - Fica criada a Floresta Estadual de Guarulhos, que abrange o município de Guarulhos, com área total de 92,20ha (noventa e dois hectares e vinte ares). Artigo 6 - A área da Floresta Estadual de Guarulhos está definida no memorial descritivo do Anexo III, que faz parte integrante deste decreto. Artigo 7 - A Floresta Estadual de Guarulhos tem por objetivos: I - fomentar atividades de manejo florestal e agroflorestal sustentáveis nas zonas rural e periurbana do município abrangido;

II - transferir tecnologia de produção desenvolvida pelo setor público, incentivar e valorizar as propriedades rurais com o adequado uso da terra, permitindo ao proprietário rural aprender a desenvolver novas possibilidades de retorno econômico com conservação ambiental; III - fomentar o estabelecimento de pomares de sementes de espécies nativas, iniciando também a geração de alternativas de renda e aprendizado para a população periurbana de entorno sem acesso à terra; IV - gerar pesquisas de produção e manejo florestal com espécies nativas de Mata Atlântica, enfocando o benefício de comunidades de entorno de unidades de conservação. Artigo 8 - A Floresta Estadual de Guarulhos será administrada pelo Instituto Florestal, da Secretaria do Meio Ambiente. Artigo 9 - Fica criado o Monumento Natural Estadual da Pedra Grande, que abrange os municípios de Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Mairiporã e Nazaré Paulista, com área total de 3.297,01ha (três mil, duzentos e noventa e sete hectares e um are). Artigo 10 - A área do Monumento Natural Estadual da Pedra Grande está definida no memorial descritivo do Anexo IV, que faz parte integrante deste decreto. Artigo 11 - O Monumento Natural Estadual da Pedra Grande tem por objetivo preservar os atributos bióticos, abióticos e cênicos do maciço da Pedra Grande. Artigo 12 - A área da Pedra Grande, inserida nos limites do Monumento Natural Estadual da Pedra Grande, representada pelo memorial descritivo do Anexo V, com área total de 131,38ha (cento e trinta e um hectares e trinta e oito ares), deverá ser de posse e domínio públicos. Artigo 13 - O Monumento Natural Estadual da Pedra Grande será administrado pela Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo, vinculada à Secretaria do Meio Ambiente. Artigo 14 - A Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo irá elaborar, no prazo de 12 (doze) meses contados da publicação deste decreto, o levantamento fundiário detalhado das ocupações e propriedades das áreas inseridas nos limites do Parque Estadual de Itaberaba, do Parque Estadual de Itapetinga, da Florestal Estadual de Guarulhos e da área da Pedra Grande, no interior do Monumento Natural Estadual da Pedra Grande,

bem como promoverá, posteriormente a este prazo, a regularização fundiária dessas áreas. 1º - A Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo priorizará a regularização fundiária das terras inseridas nos Parques, mediante aquisição amigável das propriedades particulares, de preferência com recursos financeiros provenientes de compensações ambientais a que se refere o artigo 36 da Lei federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000, regulamentada pelo Decreto federal nº 4.340, de 22 de agosto de 2002, e por intermédio de aquisições para compensação de reserva legal, nos termos do Decreto nº 53.939, de 6 de janeiro de 2009, podendo recebê-los em doação. 2º - Fica a Fazenda Pública do Estado de São Paulo autorizada a receber em doação os imóveis adquiridos pela Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo. Artigo 15 - Considerando o prazo para realização do levantamento fundiário estipulado no artigo anterior, o Poder Executivo poderá proceder as eventuais retificações dos limites territoriais desses espaços protegidos, não superiores a 5% (cinco por cento) da área total de cada unidade de conservação criada, desde que observadas as formalidades constitucionais e legais, além das seguintes condições: I - quando estudos técnicos indicarem a necessidade da retificação para compatibilizar a área da Unidade de Conservação com o zoneamento previsto em seu Plano de Manejo; II - se a proposta de alteração, após manifestação do Conselho Consultivo das unidades de conservação, e os procedimentos administrativos pertinentes, for previamente aprovada pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente - CONSEMA. Artigo 16 - As áreas particulares inseridas nos limites do Parque Estadual de Itaberaba, do Parque Estadual de Itapetinga, da Florestal Estadual de Guarulhos e da área da Pedra Grande, no interior do Monumento Natural Estadual da Pedra Grande, que porventura não vierem a ser adquiridas amigavelmente pela Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo na forma do artigo 14 deste decreto, serão objeto de declaração de utilidade pública para fins de desapropriação, por via amigável ou judicial, a serem promovidas pela Fazenda Pública do Estado de São Paulo. Parágrafo único - Para as hipóteses previstas no caput, poderá a Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo complementar a cobertura das indenizações advindas daquelas

desapropriações, na forma da Lei nº 5.208, de 1º de julho de 1986, e demais normas regulamentares aplicáveis à espécie. Artigo 17 - Cada unidade de conservação criada por este decreto contará com um Conselho Consultivo, a ser instituído conforme dispuser resolução do Secretário do Meio Ambiente. Artigo 18 - Mediante proposta da Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo, caberá à Secretaria do Meio Ambiente estabelecer os critérios de sustentabilidade e investimentos necessários à manutenção de atividades agropecuárias e outras que, provisoriamente, poderão ser desenvolvidas pelos respectivos proprietários até a sua efetiva aquisição amigável, observando o disposto no artigo 14 deste decreto, ou imissão na posse em caso de desapropriação. Parágrafo único - Não será permitida a ampliação ou alteração dessas atividades a partir da publicação deste decreto. Artigo 19 - A Secretaria do Meio Ambiente decidirá, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, por meio de resolução, sobre a instituição do Mosaico de Unidades de Conservação do Contínuo da Cantareira. Artigo 20 - O disposto nos artigos 14, 15 e 16 deste decreto aplica-se, no que couber, atendidas as formalidades legais, às demais áreas sob administração da Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo indicadas no Anexo I do Decreto estadual nº 54.079, de 4 de março de 2009. Artigo 21 - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação. Palácio dos Bandeirantes, 30 de março de 2010 JOSÉ SERRA Francisco Graziano Neto Secretário do Meio Ambiente Aloysio Nunes Ferreira Filho Secretário-Chefe da Casa Civil Publicado na Casa Civil, aos 30 de março de 2010.