Posturas necessárias para quem deseja bons relacionamentos... e comunhão cristã na igreja Pr. Fernando Fernandes PIB em Penápolis 10/08/2008 1
A comunhão cristã depende diretamente da qualidade dos relacionamento que temos com os demais irmãos na igreja. É impossível alcançar a comunhão e desfrutar de suas bênçãos se não nos relacionamos bem com as pessoas, apesar das pessoas, na igreja local. 2
Refletindo sobre esta verdade, encontrei no livro O DNA dos relacionamentos, do Dr. Gary Smalley, orientações sobre algumas posturas necessárias da parte das pessoas que desejam bons relacionamentos, bem como a comunhão cristã abençoadora. 3
Dentre as várias posturas alistadas no livro, destaquei duas, que são bíblicas, conforme Romanos 12.17-18 e Filipenses 4.4, 7 e 19, e que são necessárias e fundamentais para que a comunhão cristã se torne realidade entre nós. Vejamos tais posturas. 4
1. Assuma o controle de seus pensamentos e sentimentos: A maioria de nós, devido a natureza decaída, transfere a culpa por pensamentos negativos e sentimentos distorcidos para outras pessoas, em especial para aquelas que nos perturbam ou nos afrontam. 5
Isso é o que chamo de a Síndrome de Adão, inoculada no ser humano ainda no Éden. Na verdade, poucos de nós somos honestos o suficiente para assumir que dedicamos muito tempo e trabalho duro na tentativa de mudar a maneira como as pessoas nos tratam. 6
Seja pela excessiva demonstração de carência ou pelo carisma pessoal, estamos, de certa forma, sempre tentando manipular as pessoas, para que nos sintamos bem e afetivamente supridos em nossos relacionamento. O problema é quando esta manipulação se dá por meios doentios ou desequilibrados. 7
Porém, a Bíblia orienta para que não deixemos que o desejo de retribuição, Romanos 12.17, que é um sentimento negativo, seja o manipulador do nosso inconsciente e de nossas reações, nos relacionamentos. Depende de nós o controle da situação. 8
Da mesma forma, Romanos 12.18 nos orienta para que tenhamos autocontrole, mantendo firme em nossas mãos o volante de nossas vidas, ou seja, os nossos pensamentos. A exortação é para que em tudo o que dependa de nós, vivamos em paz. 9
2. Não dependa de ninguém m para ser alegre e feliz: Essa postura exige uma mudança radical em nossa maneira de encarar e de pensar a própria vida. Quando experimentamos essa mudança, o nosso coração passa a refletir a emoção correspondente em ações. 10
Na maioria das situações, nos tornamos dependentes dos outros para sentirmos alegria ou para a obtenção da felicidade. Essa atitude é um método de pseudo-autodefesa, visto não queremos nos entristecer com as ranhuras causadas pelos relacionamentos. 11
Porém, ficar à mercê de outras pessoas não nos ajuda a sentir alegria verdadeira ou a ser verdadeiramente feliz. Se não controlamos nossos pensamentos, sentimentos, emoções e reações, vivendo numa dependência infantil de aprovação constante, por certo não somos emocionalmente maduros para bons relacionamentos. 12
Por isso, se você deseja desfrutar de bons relacionamentos e auxiliar na construção de comunhão verdadeira em amor na igreja, não dê aos outros o poder de controlar seus sentimentos. Tome a decisão de ser alegre e assuma o comando de sua vida na busca da felicidade. 13
Ninguém tem condições de satisfazer todas as nossas necessidades a não ser Deus. A nossa alegria está em Deus, Filipenses 4.4, que nos faz transbordar de paz, que é a fonte da felicidade, Filipenses 4.7, e que supre todas as nossas necessidades, Filipenses 4.19, segundo as suas riquezas, em Jesus. 14
Quando não temos em Deus a fonte de nossa alegria e felicidade, dependo de pessoas, nos tornamos manipuladores ou autodefensivos nos relacionamentos, que, por sua vez, se tornam doentios, ancorados na co-dependência, que é uma grave afetação espírito-psiquico-emocional. 15
Amados, sei que alcançar maturidade para adotarmos estas duas posturas em nossas vidas, para que os nossos relacionamentos sejam equilibrados, benfazejos e abençoadores, bem como promotores da comunhão cristã, não é nada fácil. 16
Porém, somos orientados pela Bíblia, nossa única regra de fé e de conduta, para que sejamos nós os controladores de nossos próprios vôos existenciais, espirituais e relacionais, Romanos 12.17-18, assim como para que dependamos somente de Deus para sentirmos alegria e para obtermos felicidade, Filipenses 4.4, 7 e 19. 17
Se conseguirmos, mesmo que com muito esforço, aplicar a exortação bíblica em nossas vidas, poderemos atuar como co-pilotos de nossos próprios pensamentos, de nossas próprias emoções e reações, de nossas vidas, em todos os níveis do relacionamento humano. Que Deus nos ajude. 18