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Transcrição:

DIREITO PENAL MILITAR Aplicação da Lei Penal Militar Parte 2 Prof. Pablo Cruz

Medidas de segurança... A doutrina afirma que o art. 3º, embora preveja a aplicação da lei vigente ao tempo da sentença, deve ser interpretado à luz do art. 5º, XL da CRFB. Assim, a lei penal posterior somente se aplica aos fatos anteriores a sua vigência se trouxer algum benefício ao réu. (UZEDA DE FARIA, Marcelo. Direito Penal Militar. Bahia: Editora Juspodivm, 2012, p. 38.)

Lei excepcional ou temporária: Art. 4º A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. Nesse artigo, à exemplo do Código Penal comum, se admite a utra-atividade gravosa das leis excepcionais e temporárias.

Tempo do crime: Art. 5º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o do resultado. Do mesmo modo que o CP, o CPM adota a teoria da atividade. STF, Súmula 711 - A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou a crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

Lugar do crime Art. 6º Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação omitida.

Quanto ao lugar do crime, o CPM difere do CP, pois adota uma um sistema misto. Assim, para o crime comissivo, o lugar do crime é definido de acordo com a teoria da ubiquidade, que reconhece tanto o lugar da conduta quanto do resultado. Entretanto, quanto ao crime omissivo, o CPM adota a teoria da atividade considerando local do crime o lugar em que deveria realizar-se a ação omitida.

Em razão da adoção da teoria da ubiquidade, que acaba por evitar o denominado conflito negativo de competência, o CPM expressa em seu art. 8º a vedação ao bis in idem, de modo a compatibilizar os institutos nos casos da esfera militar a respeito dos crimes à distancia, que são aqueles iniciados no Brasil e que se consumam fora dele ou vice-versa. Pena Cumprida no Estrangeiro - Art. 8º A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.

Territorialidade, Extraterritorialidade: Art. 7º Aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido, no todo ou em parte no território nacional, ou fora dêle, ainda que, neste caso, o agente esteja sendo processado ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira. No que tange à lei penal militar no espaço, a legislação penal militar adota, como regra, a territorialidade e a extraterritorialidade irrestrita e incondicionada.

Território nacional por extensão: 1 Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extensão do território nacional as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando militar ou militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda que de propriedade privada. Para o direito penal militar considera-se extensão do território nacional, as aeronaves ou navios brasileiros sob comando militar ou militarmente utilizados, ainda que de propriedade privada.

Ampliação a aeronaves ou navios estrangeiros 2º É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves ou navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração militar, e o crime atente contra as instituições militares. Conceito de navio 3º Para efeito da aplicação dêste Código, considera-se navio tôda embarcação sob comando militar.

No que tange à aeronave, dispõe o Código Brasileiro de Aeronáutica em seu art. 106: Considera-se aeronave todo aparelho manobrável em vôo, que possa sustentar-se e circular no espaço aéreo, mediante reações aerodinâmicas, apto a transportar pessoas ou coisas.

Registre-se que ainda se aplica a lei penal militar brasileira, sem prejuízo da aplicação da lei estrangeira, nos crimes cometidos em embarcações e aeronaves estrangeiros, nos casos do 2º, ou seja, quando o lugar estiver sujeito a administração militar e o crime atente contra as instituições militares brasileiras.

Militares estrangeiros: APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR Art. 11. Os militares estrangeiros, quando em comissão ou estágio nas fôrças armadas, ficam sujeitos à lei penal militar brasileira, ressalvado o disposto em tratados ou convenções internacionais. Referência a "brasileiro" ou "nacional" Art. 26. Quando a lei penal militar se refere a "brasileiro" ou "nacional", compreende as pessoas enumeradas como brasileiros na Constituição do Brasil. Estrangeiros: Parágrafo único. Para os efeitos da lei penal militar, são considerados estrangeiros os apátridas e os brasileiros que perderam a nacionalidade.

Os militares estrangeiros, em comissão ou estágio nas Forças Armadas são tratados como brasileiros, pois prestam serviço militar. O art. 26 dispõe sobre quem será considerado nacional ou brasileiro. Esses termos são considerados sinônimos na lei penal militar, englobando tanto brasileiros natos quanto naturalizados.

Equiparação a militar da ativa: Art. 12. O militar da reserva ou reformado, empregado na administração militar, equipara-se ao militar em situação de atividade, para o efeito da aplicação da lei penal militar. O presente dispositivo tem utilidade para fins de aplicação do art. 9º, II e III do CPM. Contudo, há quem sustente que o dispositivo foi superado pela edição do estatuto dos militares que considera os militares listados acima como inativos.

Militar da reserva ou reformado: Art. 13. O militar da reserva, ou reformado, conserva as responsabilidades e prerrogativas do pôsto ou graduação, para o efeito da aplicação da lei penal militar, quando pratica ou contra êle é praticado crime militar. Sobre a condição de militar, vale a transcrição dos dispositivos relacionados do Estatuto do Militares que complementam a norma penal: Lei 6.880/80, Art. 3 Os membros das Forças Armadas, em razão de sua destinação constitucional, formam uma categoria especial de servidores da Pátria e são denominados militares.

1 Os militares encontram-se em uma das seguintes situações: a) na ativa: I - os de carreira; II - os incorporados às Forças Armadas para prestação de serviço militar inicial, durante os prazos previstos na legislação que trata do serviço militar, ou durante as prorrogações daqueles prazos; III - os componentes da reserva das Forças Armadas quando convocados, reincluídos, designados ou mobilizados; IV - os alunos de órgão de formação de militares da ativa e da reserva; e

V - em tempo de guerra, todo cidadão brasileiro mobilizado para o serviço ativo nas Forças Armadas. b) na inatividade: I - os da reserva remunerada, quando pertençam à reserva das Forças Armadas e percebam remuneração da União, porém sujeitos, ainda, à prestação de serviço na ativa, mediante convocação ou mobilização; e II - os reformados, quando, tendo passado por uma das situações anteriores estejam dispensados, definitivamente, da prestação de serviço na ativa, mas continuem a perceber remuneração da União.

lll - os da reserva remunerada, e, excepcionalmente, os reformados, executado tarefa por tempo certo, segundo regulamentação para cada Força Armada. 2º Os militares de carreira são os da ativa que, no desempenho voluntário e permanente do serviço militar, tenham vitaliciedade assegurada ou presumida.

Defeito de incorporação: Art. 14. O defeito do ato de incorporação não exclui a aplicação da lei penal militar, salvo se alegado ou conhecido antes da prática do crime. A incorporação é o marco legal definidor da condição de militar para fins penais. Considera-se incorporado aquele que presta serviço militar obrigatório. O presente dispositivo apresenta importância vital para os crimes de insubmissão (art. 183) e deserção (art. 187), pois neles a condição de militar é imprescindível à oferta da respectiva ação penal, ou ao seu adequado prosseguimento.

Tempo de guerra: Art. 15. O tempo de guerra, para os efeitos da aplicação da lei penal militar, começa com a declaração ou o reconhecimento do estado de guerra, ou com o decreto de mobilização se nêle estiver compreendido aquêle reconhecimento; e termina quando ordenada a cessação das hostilidades. A guerra é a luta entre Estados. Segundo Enio Luiz Rossetto, tempo de guerra, por sua vez, é o tempo que medeia entre a declaração de guerra pelo Presidente da República e a celebração da paz. (ROSSETTO, Enio Luiz. Código Penal Militar comentado. 1ª edição. São Paulo: Editora RT, 2012, p. 135.)

Legislação especial. Salário-mínimo: Art. 17. As regras gerais dêste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei penal militar especial, se esta não dispõe de modo diverso. Para os efeitos penais, salário mínimo é o maior mensal vigente no país, ao tempo da sentença. A parte final do dispositivo, segundo afirma Jorge Cesar de Assis, não foi recepcionada pela constituição, haja vista a dicção do texto constitucional em seu art. 7º, inciso IV que veda a vinculação do salário mínimo para qualquer fim, inclusive o penal.

Pessoa considerada militar: Art. 22. É considerada militar, para efeito da aplicação dêste Código, qualquer pessoa que, em tempo de paz ou de guerra, seja incorporada às fôrças armadas, para nelas servir em pôsto, graduação, ou sujeição à disciplina militar. A incorporação é o marco legal definidor da condição de militar para fins penais. Considera-se incorporado aquele que presta serviço militar obrigatório.

Segundo Renato Brasileiro de Lima, a praça é o indivíduo que, na hierarquia militar, situa-se abaixo do segundo-tenente. Assim, no Exército, temos como praças o Subtenente, os sargentos, cabos, soldados, etc. Por sua vez são considerados oficiais do Exército o primeiro-tenente, segundo tenente, capitão, major, tenente-coronel, coronel, general-de-brigada, general-de-divisão, general-de-exército e Marechal. (LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal, vol. I, Niterói, RJ: Impetus, 2011, p. 484.)

O posto não se confunde com graduação. Posto é o grau hierárquico do Oficial. Graduação é o grau hierárquico da Praça. Para uma definição adequada de militar devemos utilizar o estatuto dos militares, pois o conceito do art. 22 não é tido como completo, pois trata apenas dos incorporados e se restringe às Forças Armadas.