PAINEL 1 Importância das inspeções prediais procurando-se evitar catástrofes e as atuais condições para implantação de legislação específica Palestrante Engº Edison Ramos de Quadros Defesa Civil da Cidade de São Paulo
PAINEL 1 Visitas técnicas de requalificação de segurança após o incêndio Palestrante Engº Edison Ramos de Quadros Defesa Civil da Cidade de São Paulo
Construído em 1968 24 andares, 03 subsolos Uso comercial Estrutura concreto/metálica
Palace II Rio de Janeiro - 1998 Edifício Residencial - 23 andares 08 óbitos São Bernardo do Campo SP 2012 Edifício de 14 andares 1 subsolo Edifício comercial de 1978 06 feridos - 01 óbito
Rio de Janeiro RJ 2012 Desabamento de 03 prédios comerciais 19 óbitos - 03 desaparecidos Distrito Federal 2018 Edifício de cerca de 40 anos Colapso de laje sobre 23 veículos
Idade Alterações Tipo de estrutura Uso Manutenção
EDIFÍCIO ANDRAUS - 1972 330 FERIDOS 19 ÓBITOS EDIFÍCIO JOELMA 1974 300 FERIDOS 191 ÓBITOS
EDIFÍCIO GRANDE AVENIDA 1981 53 FERIDOS 17 ÓBITOS EDIFÍCIO CESP 1987 01 ÓBITO
Londres 2017 24 andares residencial - 79 óbitos Teerã 2017 17 andares - comercial - incêndio e desabamento - 30 óbitos (bombeiros)
Propagação do fogo Limitações de equipamentos Efeitos da fumaça Acesso e abandono Concentração de pessoas
EDIFÍCIO WILTON PAES DE ALMEIDA Sinistro em 01/05/18 171 famílias desabrigadas 455 pessoas 84 bombeiros 07 óbitos
01/05 (TER) - Incêndio e desabamento 02/05 (QUA) Anúncio pelo Prefeito das vistorias em edifícios 07/05 (SEG) Início das visitas técnicas 18/05 - Portaria 353/18: Instituiu o Grupo Executivo intersecretarial 13/06 Conclusão das visitas técnicas 22/06 - Portaria 485/18: Prorrogação de prazo 22/07: Encerramento dos trabalhos do Grupo Executivo Port. 353/18
PORTARIA 353/18 Verificar as condições dos imóveis e emitir relatório de requalificação de segurança. Atribuições: 1. Realizar visitas técnicas; 2. Elaborar relatório-padrão para uniformização das visitas técnicas; 3. Apontar medidas mitigadoras a serem adotadas; 4. Estabelecer articulação entre proprietários, moradores e o Poder Público.
PORTARIA 353/18 Composição do Grupo Executivo: 1. Secretaria de Segurança Urbana Defesa Civil; 2. Secretaria de Habitação 3. Secretaria de Urbanismo e Licenciamento 4. Secretaria de Prefeituras Regionais 5. Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social 6. Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania 7. Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras 8. Representantes de Movimentos de Moradia
PREMISSAS Não é uma ação fiscalizatória Ação de defesa civil Oportunidade de diagnóstico e melhoria Considerar a questão social e habitacional da cidade
ESCOPO Realizar prevenção e proteção contra acidentes, incêndios ou desastres em ocupações irregulares. Identificar vulnerabilidades. Apontar medidas mitigadoras de proteção à vida.
Risco ESTRUTURAL Risco de ACIDENTE Risco de INCÊNDIO
RELATÓRIO PADRÃO 107 Quesitos Contextualização social Condição estrutural Condições de instalação elétrica Condições de segurança contra incêndio Condições de uso
PLANILHA DE REQUALIFICAÇÃO DE SEGURANÇA QUALIFICAÇÃO DO IMÓVEL: endereço, proprietário, Prefeitura Regional. DADOS DE OBSERVAÇÃO SOCIAL: tempo de ocupação, movimento, liderança, associação constituída, acesso a serviços públicos, nível de organização, perfil da população. DADOS SOBRE ESTRUTURA E INSTALAÇÕES DADOS SOBRE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO DADOS SOBRE CONDIÇÕES DE USO
ESTRUTURA E INSTALAÇÕES Projeto disponível, ocupação original, nº de pavimentos; Período construtivo, retrofit ; Tipo de estrutura; Vigas (vigas de transição, deformidades em vigas de transição, fissuras abaixo da linha média, fissuras próximas aos apoios, fissuras de torção); Pilares (fissuras por corrosão, falhas de cobrimento, falta de estribos, outras fissuras ou deformidades); Marquises/estruturas em balanço (impermeabilização, cargas adicionais, deformidades, fissuras);
ESTRUTURA E INSTALAÇÕES Lajes (grande vãos livres, cargas adicionais, deformidades, em lajes de cobertura: cargas adicionais, impermeabilização); Cobertura (tipo, estado de conservação, alterações); Fissuras (localização, abertura, geometria, extensão, profundidade, seca ou úmida, sinais de corrosão ou estalagtites ); Outras patologias (infiltrações, umidade, desagregação de materiais de revestimento, patologias em processo inicial, patologias em estado avançado).
ESTRUTURA E INSTALAÇÕES Saneamento básico (instalações de água e esgoto); Instalações elétricas (regulares ou irregulares); Chave seccionadora, quadro de força e luz, SPDA; Condições da fiação, tomadas, iluminação, chuveiros.
PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO Área construída, altura, nº de pavimentos, pavimentos ocupados; Isolamento entre edificações; Compartimentação vertical (fachada): distância verga peitoril, platibanda, fachada envidraçada; Tipo de escada (enclausurada, protegida, desprotegida); Compartimentação horizontal (alvenaria, divisórias); Materiais de acabamento interno; Alarme de incêndio, iluminação de emergência, extintores, hidrantes, brigada de incêndio, rotas de fuga.
CARACTERÍSTICAS E CONDIÇÕES DE USO Manejo do lixo Uso de GLP Acúmulo de materiais combustíveis e inflamáveis Uso de subsolos (garagem, depósito, acúmulo de lixo, residência) Elevadores Riscos de queda (vãos desprotegidos, guarda-corpo, parapeito, corrimãos) Histórico de sinistros
Fachada O QUE SE OBSERVOU? 1. Altura da edificação 2. Isolamento entre edificações 3. Compartimentação vertical 4. Patologias 5. Tubulações de água e esgoto 6. Elementos instáveis 7. Risco de acidentes
Condições de abandono e acesso O QUE SE OBSERVOU? 1. Larguras 2. Obstruções 3. Distâncias a percorrer 4. Sinalização 5. Iluminação de emergência 6. Alarme 7. Número de acessos à rua
Condições de abandono e acesso ESCADAS: O QUE SE OBSERVOU? 1. Proteção contra calor e fumaça 2. Dimensões (largura x balanceamento) 3. Segurança (corrimãos, guardacorpo, revestimento, estado de conservação)
Compartimentação e acabamento interno O QUE SE OBSERVOU? 1. Compartimentação vertical e horizontal; 2. Elevadores (risco de acidente, propagação de calor e fumaça); 3. Revestimentos (pisos, paredes forro); 4. Acúmulo de materiais combustíveis.
Condições das instalações elétricas O QUE SE OBSERVOU? 1. Condições gerais das instalações; 2. Existência e condições dos sistemas de proteção; 3. Condições dos condutores; 4. Riscos de acidentes.
Habitações O QUE SE OBSERVOU? 1. Acúmulo e disposição de materiais combustíveis; 2. Uso de equipamentos elétricos; 3. Forma de cocção de alimentos; 4. Riscos de acidentes.
Organização QUAL SUA IMPORTÂNCIA? 1. Favorece a prevenção contra incêndios e acidentes; 2. Contribui para a adoção de comportamentos de segurança; 3. Auxilia nas ações de emergência de combate a incêndio e abandono.
RELATÓRIO DE REQUALIFICAÇÃO DE SEGURANÇA Introdução Levantamentos Análise Ações Indicadas Ações Mitigadoras
Desejável: que não ocorram Incêndios Acidentes
Para que não ocorram incêndios Comportamento de segurança (educação pública) Controle de fontes de ignição Controle de materiais combustíveis
Para que não ocorram acidentes Choque elétrico: emendas isolamento aterramento Queda de pessoas: proteção de vãos Queda de elementos construtivos: manutenção preventiva e corretiva
Caso ocorra incêndio Que seja garantido o abandono Que haja possibilidade de conter o evento Que seja viabilizado o socorro ou combate a incêndio
Para o abandono Conhecimento precoce: alarme Iluminação e sinalização de emergência Leiaute favorável ao abandono Rotas de fuga desobstruídas
Para a contenção Conhecimento precoce: alarme Equipamentos de combate a incêndio Brigada treinada
Viabilidade de socorro e combate Acesso caminhamento Cargaincêndio Ausência de aberturas e vãos desprotegidos
AÇÕES INDICADAS Adequação às normas de Segurança Contra Incêndio: Decreto 56.819/11 e respectivas ITs; Adequação das instalações elétricas conforme normas técnicas: NBR 5410. Adequação às normas técnicas de SPDA: NBR5419. Adequação às normas técnicas de conservação e manutenção de edificações.
AÇÕES MITIGADORAS (exemplos) Implantar brigada de incêndio; Reparar recobrimento de elementos estruturais; Remover alvenarias que representem sobrecarga à laje; Instalar chave seccionadora na entrada de energia; Acondicionar fiação em eletrodutos; Substituir divisórias de madeira por placas de gesso; Estabelecer cozinha comunitária em área ventilada, retirando-se os fogões e botijões das habitações;
MEDIDAS MITIGADORAS Substituir porta de enrolar por porta convencional com uma folha e abertura no sentido de saída.
MEDIDAS MITIGADORAS Remover divisória que estrangula rota de fuga
MEDIDAS MITIGADORAS Fechar com alvenaria o vão existente entre o estacionamento e a ocupação, evitando-se a propagação de calor e fumaça em caso de princípio de incêndio.
AÇÕES MITIGADORAS (exemplos) Instalar corrimãos nas escadas; Instalar extintores, sistema de alarme sonoro, iluminação e sinalização de emergência; Remover objetos dos corredores que obstruam a rota de fuga; Remover ou substituir forro combustível; Não permitir o aumento da ocupação. ATENÇÃO: A adoção das medidas mitigadoras não substitui ou dispensa o cumprimento das exigências das normas técnicas e de segurança vigentes.
PONTOS COMUNS Eletricidade irregular Escada desprotegida Uso de GLP Ausência de alarme e iluminação de emergência
FATORES CRÍTICOS Ligação direta da rede pública, falta de chave seccionadora, fiação condenada / subdimensionada Compartimentação por madeira Patologias em estágio avançado Aberturas desprotegidas que ameaçam abandono ou socorro Indisponibilidade de equipamentos de combate a incêndio Desorganização
Onde não se vislumbraram medidas mitigadoras razoáveis, viáveis ou suficientes para reduzir os risco de acidente, incêndio ou ruína da edificação, indicou-se a remoção dos moradores, em razão do alto risco à vida e à integridade física das pessoas, propondo-se a desocupação preventiva da edificação.
Rua Harry Dannemberg Características: Edifício residencial 16 pavimentos 80 famílias Desocupação: 07/09/18
Rua Harry Dannemberg
Rua Harry Dannemberg
Rua do Carmo ACIDENTES PREDIAIS - LIÇÕES APRENDIDAS Características: Edifício garagem 23 pavimentos (01 subsolo) 80 famílias Desocupação: 13/07/18
Rua do Carmo ACIDENTES PREDIAIS - LIÇÕES APRENDIDAS
Rua do Carmo ACIDENTES PREDIAIS - LIÇÕES APRENDIDAS
75 imóveis triados 51 edifícios visitados 03 desocupações 03 intervenções parciais 45 intervenções programadas
Imóveis Nº de imóveis pesquisados Nº de famílias Nº de pessoas Públicos 16 31% 1535 4.699 Privados 35 69% 1968 5863 Total 51 100% 3503 10562
PORTARIA 648, de 07/08/18, constitui Grupo Técnico Intersecretarial Atribuições: 1. Avaliar os relatórios elaborados pelo Grupo Executivo Port. 353/18; 2. Propor soluções técnicas e jurídicas para efetivação das medidas de mitigação de riscos; 3. Avaliar edificações que não tenham sido visitadas pelo Grupo Executivo Port. 353/18 Composição: SEHAB; SMSU; SMUL; SGM; SMADS; SMDHC; SMJ; SMPR (SMSUB); PGM.
OBRIGADO! Defesa Civil da Cidade de São Paulo edisonquadros@prefeitura.sp.gov.br (11) 3101-5050
Palace II Rio de Janeiro - 1998 Edifício Residencial 23 andares Conclusão prevista para 1996, não possuía habite-se ainda à época do acidente Houve dois desabamentos no intervalo de 5 dias 08 óbitos
São Bernardo do Campo SP 2012 Edifício de 14 andares 1 subsolo Edifício comercial de 1978 06 feridos - 01 óbito
São Bernardo do Campo SP 2012 Edifício de 14 andares 1 subsolo Edifício comercial de 1978 06 feridos 01 óbito
Rio de Janeiro RJ 2012 Desabamento de 03 prédios comerciais A retirada de paredes e a construção de novos andares colaborou com o desastre 19 óbitos 03 desaparecidos
Distrito Federal 2018 Edifício de cerca de 40 anos Colapso de laje sobre 23 veículos Colaboraram com o acidente: falha de impermeabilização, peso sobre laje, corrosão da armadura da laje.
EDIFÍCIO WILTON PAES DE ALMEIDA Construído em 1968 24 andares, 03 subsolos Uso comercial Estrutura concreto/metálica Sinistro em 01/05/18 Desabrigados 171 famílias Vítimas fatais 07 (sete)
EDIFÍCIO WILTON PAES DE ALMEIDA Construído em 1968 24 andares, 03 subsolos Uso comercial Estrutura concreto/metálica