LEVANTAMENTO DAS FAMÍLIAS DE BACILLARIOPHYTA (DIATOMÁCEAS) DO CORREGO SÃO DOMINGOS, EM DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

Documentos relacionados
EFEITO DA URBANIZAÇÃO SOBRE A FAUNA DE INSETOS AQUÁTICOS DE UM RIACHO DE DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

Resumo. O objectivo deste trabalho foi caracterizar a comunidade bentónica de

Como estão as águas do rio Negro? Um dos maiores rios do mundo

ANALISES FISICO QUIMICA DO LAGO JABOTI

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS. Sandra Cristina Deodoro

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas

Comunidades de Microalgas e Variáveis Limnológicas Abióticas no Rio Santa Maria do Doce (Santa Teresa-ES) Introdução

Palavras-Chave: Algas de água doce, biomassa, chorume, efluentes.

Características Gerais

População conjunto de indivíduos de uma mesma espécie que ocorrem juntos em uma mesma área geográfica no mesmo intervalo de tempo (concomitantemente)

Programa Analítico de Disciplina BVE202 Biologia e Ecologia de Algas e Briófitas

BIOLOGIA. Ecologia e ciências ambientais. Níveis de organização da vida. Professor: Alex Santos

LEVANTAMENTO FICOLÓGICO PRELIMINAR DE UM CORPO LACUSTRE LOCALIZADO EM GUAÍBA, RS, BRASIL.

Macroinvertebrados bentônicos como bioindicadores da qualidade da água em uma lagoa do IFMG - campus Bambuí

ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS

Quais são os reinos dos seres que podemos encontrar as algas como representantes? Reino Monera: cianobactérias ou cianofíceas ou algas azuis (são

COMPORTAMENTO DE COLONIZAÇÃO DE DRUSAS DE BIVALVIA) EM SEU INÍCIO DA INVASÃO NA PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO DO ALTO RIO PARANÁ

Estrutura das Algas Perifíticas na Planície de Inundação do Alto Rio Paraná

Tarefa 4 Biomonitorização da Qualidade. da Água (UATLA) Data de Fim: 31 de Março de 2012

Professor: Fernando Stuchi REINO PROTISA ALGAS

Ecologia e funcionamento de ecossistemas de água doce: ênfase em macroinvertebrados bioindicadores e decomposição de matéria orgânica

ICTIOFAUNA DO RIACHO DO JAPIRA, BACIA DO TIBAGI, LOCALIZADO NO MUNICÍPIO DE APUCARANA-PR

PEA Projeto em Engenharia Ambiental

COMUNIDADES DE ARANHAS ENCONTRADAS EM LOCALIDADES DA CIDADE DE CALIFÓRNIA, PARANÁ

ANÁLISES FÍSICO QUÍMICO DAS NASCENTES DO PERÍMETRO URBANO DE CALIFÓRNIA - PR

ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE BRAGANÇA TRABALHO PRÁTICO Nº 7. Plâncton

FORMULÁRIO PARA CRIAÇÃO E/OU REGULAMENTAÇÃO DE DISCIPLINA

PHD-5004 Qualidade da Água

Ciências Naturais, 5º Ano. Ciências Naturais, 5º Ano FICHA DE TRABALHO 1. Escola: Nome: Turma: N.º:

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

Macroinvertebrados Bentônicos Bioindicadores

Universidade Estadual do Ceará UECE Centro de Ciências da Saúde CCS Curso de Ciências Biológicas Disciplina de Ecologia

Ricardo Ariel Rangel Bezerra et all 7º SIMPÓSIO DE PRODUÇÃO ACADÊMICA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

UTILIZAÇÃO DO ÍNDICE DE CONTAMINAÇÃO POR TÓXICOS PARA AVALIAÇÃO TEMPORAL DAS ÁGUAS DO RESERVATÓRIO DE BARRA BONITA, SP

PELD-FURG Reunião nr. 4: nov. 2011

unidade reprodutiva hifas alga hifas

Biota Neotropica ISSN: Instituto Virtual da Biodiversidade Brasil

QUALIDADE DA ÁGUA DE MANANCIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO ALTO RIO PARAÍBA

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

BIOINDICADORES DE QUALIDADE DA ÁGUA: UMA FERRAMENTA PARA PERÍCIA AMBIENTAL CRIMINAL

ALGAS COMO BIOINDICADORES DE POLUIÇÃO

Tonimara de Souza Cândido1, João Henrique Miranda2, Marcos Vinicius Sanches Abreu3, Larissa Quartaroli⁴

VARIAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DO FITOPLÂNCTON NO RESERVATÓRIO DA UHE DE ITAPARICA, NORDESTE, BRASIL

Tipos de Ecossistemas Aquáticos

MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS PRESENTES NO RIO DO CAMPO E CÓRREGO DOS PAPAGAIOS, CAMPO MOURÃO PARANÁ

Qualidade das águas do Rio São João

CLIMA E FUNCIONAMENTO DE ECOSSISTEMA DE ÁGUAS CONTINENTAIS CLIMATE AND FUNCTIONING OF FRESH WATER ECOSYSTEM

Avaliação do Impacto da Agropecuária sobre as Nascentes do rio Iquiri

Análise da Comunidade Fitoplanctônica. do Rio Doce e afluentes. GIAIA 2ª Expedição à Bacia do Rio Doce (30/03 a 08/04/16)

ANÁLISE DE TENDÊNCIAS EM SÉRIES DE DADOS DE LONDRINA E PONTA GROSSA, PR. Mirian S. KOGUISHI, Paulo H. CARAMORI, Maria E. C.

INVESTIGAÇÃO FARMACOEPIDEMIOLÓGICA DO USO DO CLONAZEPAM NO DISTRITO SANITÁRIO LESTE EM NATAL-RN

CARACTERÍSTICAS DO MEIO AQUÁTICO

ALIMENTAÇÃO DE DUAS ESPÉCIES DE PEIXES DO CÓRREGO ITIZ, MARIALVA, PARANÁ

TÍTULO: LEVANTAMENTO DE ESPÉCIES DA CLASSE ASTEROIDEA EM PRAIAS DO LITORAL NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO

CARACTERIZAÇÃO E GÊNESE DO ADENSAMENTO SUBSUPERFICIAL EM SOLOS DE TABULEIRO DO SEMI-ÁRIDO DO NORDESTE DO BRASIL MARIA SONIA LOPES DA SILVA

ECOLOGIA. Introdução Cadeias alimentares Pirâmides ecológicas

Sedimentos Límnicos 15/06/2015. Disciplina: Limnologia Docente: Elisabete L. Nascimento. Integrantes: Gabriel Jussara Natalia Nilza Solange

Algas douradas. Luciana O. S.

ÍNDICES BIÓTICOS DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS COMO INDICADORES DE QUALIDADE DA ÁGUA EM UM CÓRREGO EM ÁREA INDUSTRIAL

DIVERSIDADE NA BIOSFERA

Conclusões e Considerações Finais

Composição Florística e Síndromes de Dispersão no Morro Coração de Mãe, em. Piraputanga, MS, Brasil. Wellington Matsumoto Ramos

CARACTERIZAÇÃO LIMNOLÓGICA DE RESERVATÓRIOS NA BACIA DO RIO MAMANGUAPE, PARAÍBA, BRASIL

BIE-212: Ecologia Licenciatura em Geociências e Educação Ambiental. Comunidades II

BIOLOGIA FLORAL DA PAPOULA-DA- CALIFÓRNIA (Eschscolzia californica Cham., PAPAVERACEAE)

Módulo Bentos. Curso de Atualização em Ecologia e Restauração de Rios: Biodiversidade e Meio Ambiente

LISTA DE FIGURAS Figura 1. Área de estudo constituída pelo lago Jaitêua e sua réplica, o lago São Lourenço, Manacapuru, Amazonas, Brasil...

1. INTRODUÇÃO 1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

CORREÇÃO ROTEIRO CAPÍTULO 21: ECOLOGIA CONCEITOS E FLUXO DE MATÉRIA E ENERGIA

TIS. Papel do Azoto e dos micro organismos na Agricultura

Ecologia. introdução, fluxo de energia e ciclo da matéria. Aula 1/2

MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS: UMA ANÁLISE CIENCIOMÉTRICA

Qualidade das águas da Lagoa de Saquarema

CARACTERÍSTICAS GERAIS

TÍTULO: ANÁLISE DE PARÂMETROS FÍSICOS E QUÍMICOS DA ÁGUA E SUA INFLUÊNCIA NA SOBREVIVÊNCIA DOS ORGANISMOS DA PRAIA PEREQUÊ-MIRIM UBATUBA-SP.

UMA PROPOSTA PARA O ESTUDO DO PLÂNCTON NO ENTORNO DA ESCOLA

Qualidade das águas da Lagoa de Saquarema

Graduando em Engenharia Ambiental e Sanitária do Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM. (2)

ECOMORFOLOGIA E AVALIAÇÃO FUNCIONAL DE PEIXES SILURIFORMES NA BACIA DO ALTO RIO PARANÁ EM GOIÁS

PROJETO DE PESQUISA SOBRE ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DA ÁGUA DE MINAS UTILIZADAS PARA CONSUMO HUMANO

Professora Leonilda Brandão da Silva

COLONIZAÇÃO DA MEIOFAUNA EM SUBSTRATOS ARTIFICIAIS EM ECOSSISTEMA LÊNTICO NO SEMIÁRIDO PARAIBANO. Fábio Lucas de Oliveira Barros

Roteiro de Atividades Práticas: Ecologia de Bentos em riachos de altitude

Qualidade água na confluência dos rios Bugres e Paraguai, Mato Grosso. Quality water in the confluence of rivers Bugres and Paraguay, Mato Grosso

Manejo e monitoramento de bacias hidrográficas: Incorporando processos ecossistêmicos

Reino Protoctista: Algas

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DA ÁGUA DOS RIBEIRÕES MARIALVA E AQUIDABAN QUE ABASTECEM A CIDADE DE MARIALVA PR

AVALIAÇÃO ESPAÇO TEMPORAL DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS DO RIO PARATI, MUNICÍPIO DE ARAQUARI/SC.

Avaliação do Índice Apoptótico em Adenomas Pleomórficos de Glândulas Salivares

Caracterização gravimétrica dos resíduos sólidos domiciliares do bairro São Jorge, Uberlândia - Minas Gerais.

Lista de exercícios Aluno (a):

As Zonas Úmidas e a Política Nacional

ANÁLISE DA GENOTOXICIDADE DAS ÁGUAS DA LAGOA DE EXTREMOZ-RN

MONITORAMENTO FÍSICO QUÍMICO E BIOLÓGICO DA ÁGUA DOS TANQUES DE PISCICULTURA DO IFSULDEMINAS - CÂMPUS INCONFIDENTES

DATA: 25/10 DURAÇÃO: 1h/a para cada turma. PARTICIPANTES/SÉRIE: 1º e 4º anos do Técnico em Meio Ambiente.

Aplicação do Teste de Tetrazólio para a Avaliação da Qualidade de Grãos de Soja Produzidos no Brasil nas Safras 2014/15 a 2016/17

NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO ORGANISMO. POPULAÇÃO. COMUNIDADE. ECOLOGIA ECOSSISTEMA. CURSINHO 2018 BIOSFERA.

7º Ano de Escolaridade

LEVANTAMENTO PRELIMINAR DAS ESPÉCIES DE FITONEMATÓIDES ASSOCIADAS À CULTURA DO ALGODÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO.

Qualidade das águas do Rio São João

Transcrição:

1 LEVANTAMENTO DAS FAMÍLIAS DE BACILLARIOPHYTA (DIATOMÁCEAS) DO CORREGO SÃO DOMINGOS, EM DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL DATA SURVEY OF THE FAMILIES BACILLARIOPHYTA (DIATOMÁCEAS) OF STREAM SÃO DOMINGOS, IN DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL MAYER, Tatiana da Silva 1 ; GOUVEIA, Elida Jeronimo 2 ; MIRANDA, Leandro Oliveira 3 ; GRASSI, Luiz Eduardo 4 Resumo Foi realizado o levantamento da diversidade de diatomáceas do córrego São Domingos em Dourados MS, sendo a região muito influenciada por atividades agrícolas, despejos de dejetos, na qual estão causando sérios problemas aos corpos hídricos, afetando a vida aquática. Existem indicadores eficientes capazes de detectar a carga poluidora e as variações de ph no meio aquático. A comunidade de diatomáceas que são algas eucarióticas, unicelulares ou coloniais, caracterizadas pelas suas paredes celulares siliciosas, e que apresenta uma ampla ocorrência, está entre um dos indicadores e reconhecida como organismo chave na análise de qualidade de água. Foi realizado um levantamentos de diatomáceas em alguns pontos do córrego São Domingos entre o município de Dourados e Itaporã, as amostras de água foram coletadas com garrafas (pet) juntamente com partes do substrato para análise em microscopia e eventual identificação das espécies observadas, as amostras foram acondicionadas em geladeira a temperatura de 6ºC a fim de inibir o desenvolvimento a partir da coleta e manter as estruturas físicas dos organismos que auxiliam na identificação. O presente trabalho teve como objetivo verificar a biodiversidade aquática das famílias de diatomáceas da área amostrada. Foram identificadas 20algas de 3 famílias: Bacillariophyceaemais abundante, seguida de Coscinodiscophyceae e Fragilariophyceae. Palavras-chave: Diversidade, Diatomáceas, Água doce. Abstract Data were collected from the diatom diversity brook São Domingo in Dourados MS, and the region greatly influenced by agricultural activities, waste dumps, which are causing serious problems to waterbodies, affecting aquatic life. There are effective indicators to detect the pollution load and ph variations in the aquatic environment. The diatom community that are eukaryotic, unicellular or colonial algae, characterized by their siliceous cell walls, and features a wide occurrence, is among one of the indicators and recognized as a key body in the analysis of water quality. We conducted a diatomaceous surveys in some stream points São Domingo between the municipality of Dourados and Itaporã, water samples were collected with bottles (PET) along with parts of the substrate for analysis in microscopy and possible identification of the species observed, samples They were stored in refrigerator at a temperature of 6 C in order to inhibit the development from the collection and maintain the physical structures of organisms that aid in identification. This study aimed to evaluate the aquatic biodiversity of Diatoms families of the sampled area. 20 species of 3 families were identified: Bacillariophyceae most abundant, followed by Coscinodiscophyceae and Fragilariophyceae. Key words: Diversity, Diatoms, Freshwater. 1 Discente do Curso do curso de ciências Biológicas da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Dourados/MS, caixa postal 351 Cep: 79804-970 Brasil. E-mail: tatybio3@gmail.com. 2 Discente do Curso do curso de ciências Biológicas da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Dourados/MS. 3 Discente do Curso do curso de ciências Biológicas da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Dourados/MS. 4 Docente do curso de ciências Biológicas da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Dourados/MS.

2 Introdução A flora ficológica de água doce constitui-se em um grupo diversificado, de organismos que habitam tanto ambientes lênticos como lóticos. As comunidades de algas são controladas por muitos fatores ambientais, bióticos e abióticos, os quais podem, por sua vez, ser afetados por espécies químicas estranhas ao meio (contaminantes), produzindo mudanças na estrutura e no funcionamento da comunidade (VIDOTTI; ROLLEMBERG, 2004). As algas podem sofrer efeitos diretos, em curtos períodos em função de alterações ambientais, e também, efeitos indiretos, sendo estes resultantes dos efeitos sobre outros organismos no meio. As diatomáceas constituem um grupo bastante representativo em ecossistemas de águas doces, salobras e marinhas, tanto em termos de riqueza de espécies de algas como em abundância, principalmente, na flora bentônica de rios Hoek et al. (1995) apud Ferrari e Ludwig (2007). As diatomáceas objeto deste estudo constituem um dos principais grupos na base da cadeia alimentar de todos os ecossistemas aquáticos (Moreno et al., 1996). Sendo encontradas em grandes quantidades no plâncton marinho e de água doce, onde podem formar densos lençóis flutuantes (Cooper, 1999). A presença de diatomáceas em registros fósseis deve-se à natureza resistente de sua parede celular que é composta de sílica, facilitando a formação de depósitos silicosos denominados diatomitos (SOUZA et al., 2007). Segundo Procopiak et al. (2006) a listagem de diatomáceas assim como de outras espécies de algas são importantes para conhecer a biodiversidade local, principalmente quando se trata de espécies nocivas ou exóticas que possam causardanos ao ambiente que impactam. Para Round et al. (1990) apud Schuch (2014) as algas diatomáceas exercem um papel fundamental como produtoras primárias dos ecossistemas aquáticos e ainda têm como importante característica o fato de muitas se encontrarem fixas a substratos e de possuírem preferências e tolerâncias ambientais específicas. Para um maior conhecimento das diatomáceas da região, o presente trabalho objetiva caracterizar as famílias que ocorrem no córrego São Domingos localizado em Dourados, Mato Grosso do Sul. Material e Método O material coletado para estudo foi obtido em alguns pontos do córrego São Domingos que tem sua nascente localizada no Município de Dourados (MS), entre as coordenadas S22º 09 2,5.0 W054º57 07.6 com ph 7,23 e o curso médio coordenadas S22º02 18.1 W054º51 55.0 ph 7.39. Foram coletadas amostras nos rios com recipientes adaptados de embalagens reaproveitadas (pet), e em seguida depositadas em recipientes plásticos em volume aproximado de 20L, e transportadas até o Laboratório de Eco fisiologia (AELEF) da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Após coleta procedeu-se o acondicionamento das amostras em geladeira a temperatura de 6ºC a fim de inibir o desenvolvimento a partir da coleta. Foram tomadas alíquotas (0,5ml) através do uso de pipetas, para montagem de lâmina e posterior observação em microscopia, a fim de constatar a presença de diatomáceas. Foram considerados ainda, para composição das amostras, partes do substrato, coletados com espátulas e depositados em potes plásticos. Foi optado por não fixar as amostras. As análises foram realizadas com lâminas a fresco para evitar a perda de algumas características das espécies, que poderiam ocorrer devido a fixação, como por exemplo a mudança na coloração. Resultados e Discussão

3 Das espécies observadas foi possível aidentificação de20 espécies de 3 famílias sendo a mais abundante Bacillariophyceae(16 espécies), seguida de Coscinodiscophyceae (2 espécies) e Fragilariophyceae (2 espécies)compatíveis com espécies descritas por Bicudo e Menezes(2006).Segue as Diatomáceas registradas e identificadas por suas respectivas famílias. Conclusões No estudo realizado a partir de amostras de água do Córrego São Domingos em Dourados (MS), permitiu a identificação de 3 famílias da Classe Bacillariophyta, com predominância da família Bacillariophyceae sendo a melhor representada, seguida da Coscinodiscophyceae e Fragilariophyceae. O estudo nestecampo de conhecimento, fornece uma maior informação sobre as espécies de Diatomaceas existente na região que compreende a Bacia do Rio Parana, sendo um fator de importância ecológica, considerando aspectos de eutrofização em cultivos aquáticos, toxidade e outros. Referências Bibliográficas BICUDO, C. E. M.; MENEZES, M. Gêneros de algas de águas continentais do Brasil: chave para identificação e descrições. 2. ed. São Carlos: Rima, 2006. 502p. COOPER, S.R. Estuarinepaleoenvironmentalreconstructionsusingdiat oms. 1999. Pp. 352-373. In: E.F. Stoerner& J.P. Smol (eds.). The diatoms: applications for theenvironmentalandsciences. Cambridge, University Press. FERRARI, F.; LUDWIG, T. A. V. Coscinodiscophyceae, Fragilariophyceae e Bacillariophyceae (Achnanthales) dos rios Ivaí, São João e dos Patos, bacia hidrográfica do rio Ivaí, município de Prudentópolis, PR, Brasil. Acta Bot. Bras, Curitiba, v. 2, n. 21, p.421-441, out. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abb/v21n2/16.pdf>. Acessoem: 16/mar/2016. MORENO, J.L.; LICEA, S.; SANTOYO, H. Diatomeas del Golfo de California. La Paz: Universidad Autónoma de Baja California Sur. 1996. PROCOPIAK, L. K.; FERNANDES, L. F.; MOREIRA FILHO, H. Diatomáceas (Bacillariophyta) marinhas e estuarinas do Paraná, Sul do Brasil: lista de espécies com ênfase em espécies nocivas. Biota Neotropica, Campinas, v. 6, n. 3, p.2-29, out. 2006. Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=1991142900 13>. Acesso em: 12/mar/2016. SCHUCH, M. Índice Trófico De Qualidade Da Água (Itqa) Para Sistemas Lóticos Subtropicais Temperados Brasileiros Utilizando Diatomáceas Epilíticas: Uma Nova Ferramenta Tecnológica Para O Monitoramento Ambiental. 2014. 93 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Tecnologia Ambiental, Gestão e Tecnologia Ambiental, Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, 2014. Disponível em: <http://www.unisc.br/portal/upload/com_arquivo/dis sertacao_final_2014_ok.pdf>. Acesso em: 15/mar/2016. SOUZA, G. S et al. Diatomáceas indicadoras de paleoambientes do Quaternário de Dois Irmãos, Recife, PE, Brasil. Acta BotanicaBrasilica, Belo Horizonte, v. 3, n. 21, p.521-529, jan. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abb/v21n3/a02v21n3.pdf>. Acesso em: 12/mar/2016. VIDOTTI, E. C.; ROLLEMBERG, M. C. E. Algas: da economia nos ambientes aquáticos à bioremediação e à química analítica. Quim. Nova, v. 27, n. 1, p. 139-145, fev. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/qn/v27n1/18822.pdf>. Acesso em: 15/jan/2016.

4 1 2 3 4 5 6 7 8 Figuras 1-2. Família Coscinodiscophyceae. 3-4. Família Fragilariophyceae. 5-8. Família Bacillariophyceae.

5 9 10 11 12 13 14 15 16 Figuras 9-20. Família Bacillariophyceae. 17 18 19 20