LIVRES PARA ADORAR, EM ESPÍRITO E EM VERDADE!

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Transcrição:

LIVRES PARA ADORAR, EM ESPÍRITO E EM VERDADE! "[1] Construa um altar de madeira de acácia para queimar incenso. [2] Faça-o quadrado, com 45 centímetros de lado e 90 centímetros de altura, com pontas em forma de chifre nos cantos entalhados da mesma peça de madeira que o altar. [3] Revista o topo, os lados e as pontas do altar com ouro puro e coloque uma moldura de ouro ao seu redor. [4] Faça duas argolas de ouro e prenda-as nos lados opostos do altar, debaixo da moldura de ouro, para sustentar as varas usadas para transportá-lo. [5] Faça as varas de madeira de acácia e revista-as com ouro. [6] Coloque o altar de incenso diante da cortina que protege a arca da aliança, em frente à tampa da arca, o lugar de expiação, que cobre as tábuas da aliança. Ali eu me encontrarei com você. [7] Todas as manhãs, quando cuidar das lâmpadas, Arão queimará incenso perfumado no altar. [8] E todas as noites, quando acender as lâmpadas, ele queimará incenso novamente na presença do SENHOR. Esse ato deverá ser repetido de geração em geração. [9] Não ofereçam sobre o altar incenso algum que não seja sagrado e não o usem para holocaustos, ofertas de cereal ou ofertas derramadas. [10] Uma vez por ano, Arão fará expiação pelo altar, aplicando em suas pontas o sangue da oferta realizada para a expiação pelo pecado do povo. Essa cerimônia será realizada todos os anos de geração em geração, pois esse é o altar santíssimo do SENHOR." (Êxodo 30.1-10 Nova Versão Transformadora). A epístola aos hebreus foi escrita com o intuito de expor a absoluta supremacia do Senhor Jesus Cristo e da aliança firmada com base em Seu sangue derramado na cruz. Nela o autor declara que todas as ofertas, sacrifícios e demais serviços litúrgicos realizados no Antigo Testamento são apenas uma representação, uma sombra das coisas celestiais. Por essa razão Deus ordenou a Moisés que tudo fosse feito de acordo com o modelo, que o próprio Deus, havia lhe mostrado no monte (cf. Hebreus 8.5). Nenhum detalhe poderia ser ignorado. O apóstolo Paulo, com pouco mais de clareza sobre o assunto, declara em sua carta aos colossenses que todas as celebrações e cerimônias do Antigo Testamento são apenas sombras da realidade futura, e o próprio Cristo é essa realidade (cf. Colossenses 3.17). A passagem bíblica, citada inicialmente, é parte da revelação de Deus entregue a Moisés e posteriormente encarnada na pessoa do Senhor Jesus Cristo. O texto bíblico é uma declaração dos princípios básicos estabelecidos por Deus, para que possamos adorá-lo de forma correta, em espírito e em verdade (cf. João 4.23), por meio de Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre (cf. Hebreus 13.21 Almeida Século 21). Algum tempo depois de proferir os Dez Mandamentos ao povo de Israel (cf. Êxodo 20.1-17), Deus ordenou que Moisés subisse ao monte Sinai para se encontrar com Ele (cf. Êxodo 24.12). Então

P á g i n a 2 Moisés subiu ao monte, e a nuvem cobriu o monte. A glória do SENHOR pousou sobre o monte Sinai, e a nuvem o cobriu por seis dias. No sétimo dia, o SENHOR chamou Moisés de dentro da nuvem (Êxodo 24.15-16). Moisés desapareceu na nuvem ao subir ao monte e ali permaneceu quarenta dias e quarenta noites (Êxodo 24.18). Nesse período, Deus instruiu Moisés sobre o modo correto de adorá-lo e como proceder nas celebrações, cerimônias, sacrifícios e nos demais serviços litúrgicos. Como na época Deus, na pessoa do Espírito Santo, ainda não habitava o coração das pessoas com exceção dos reis, profetas e sacerdotes Ele ordenou que fosse construído um santuário de adoração, que figuraria como representação tipológica da pessoa dos Senhor Jesus (cf. Hebreus 8.1-5) e, posteriormente, da Igreja (cf. 2Coríntios 6.16): "[1] O SENHOR disse a Moisés: [2] Diga ao povo de Israel que me traga suas ofertas. Aceite as contribuições de todos cujo coração os dispuser a doar. [3] Aqui está uma lista das ofertas que você aceitará deles: ouro, prata e bronze; [4] fios de tecido azul, roxo e vermelho; linho fino e pelos de cabra para confeccionar tecido; [5] peles de carneiro tingidas de vermelho e couro fino; madeira de acácia; [6] óleo de oliva para as lâmpadas; especiarias para o óleo da unção e para o incenso perfumado; [7] pedras de ônix e outras pedras preciosas para serem fixadas no colete e no peitoral do sacerdote. [8] Instrua os israelitas a construírem para mim um santuário, para que eu viva no meio deles. [9] Devem fazer esse tabernáculo e sua mobília de acordo com o modelo que eu lhe mostrarei." (Êxodo 25.1-8 Nova Versão Transformadora). Nos versículos acima, existem três pontos fundamentais sobre adoração. São tão importantes que não podemos desprezá-los. Sem eles, não há adoração. Que pontos são esses? O primeiro ponto é a voluntariedade. Deus convida a todo o povo de Israel a adorá-lo, a trazer diante dele uma oferta. Porém, só seriam aceitas as contribuições de todos cujo coração os dispusesse a doar (v. 2). O que ofertarmos a Deus de forma compulsória, manipulada, mecânica, como ocorre com o pagamento de impostos, será rejeitado. A adoração precisa ser voluntária, de coração. Aquele(a) que adora, precisa estar motivado(a) a adorar. Para o filósofo e educador, Mario Sergio Cortella, há uma diferença entre motivação e incentivo. De acordo com ele, motivação é aquilo que move, que movimenta, como um motor. É, portanto, algo interno, precisa estar dentro de nós. É possível incentivar outra pessoa, dar estímulos. Mas não dá para motivá-la. A verdadeira adoração emana do íntimo do nosso ser. O segundo ponto é o propósito. O objetivo da adoração é que Deus viva no coração do adorador para que eu viva no meio deles (v. 8). Deus já estava com os israelitas. Mas agora Ele queria viver no meio deles. Assim como Jesus, chamado de Emanuel, que significa Deus conosco (cf. Mateus 1.23), se tornou ser humano, carne e osso, e habitou entre nós (João 1.14),

P á g i n a 3 viveu no meio de nós. O apóstolo Paulo entendeu profundamente esse conceito e declarou: já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim (cf. Gálatas 2.20). O terceiro e último ponto é a obediência. Ao instruir Moisés, Deus foi bem claro: Façam tudo como eu lhe mostrar, conforme o modelo do tabernáculo e de cada utensílio (v. 9 Nova Versão Internacional). Não há adoração desassociada da obediência. Ambas caminham sempre juntas, interligadas. Saul tentou agradar a Deus através de uma adoração sem obediência e foi rejeitado (cf. 1Samuel 15.23). Na ocasião o profeta Samuel o corrigiu dizendo que a obediência é melhor que o sacrifício (cf. 1Samuel 15.22). O apóstolo Pedro, em sua primeira epístola, declara que chegou a hora do julgamento, que deve começar pela casa de Deus. E, se o julgamento começa conosco, que destino terrível aguarda aqueles que nunca obedeceram às boas-novas de Deus! (1Pedro 4.17). Portanto, há três pilares sobre os quais, se estabelece a adoração: voluntariedade, propósito e obediência. Na lista de ofertas que o povo de Israel entregou a Deus, vamos destacar três: o ouro (v. 3), a madeira de acácia (v. 5) e as especiarias para o incenso perfumado (v. 6). Cada um desses elementos carrega uma simbologia importante. O ouro é símbolo de divindade, a madeira de acácia única madeira que não apodrece nem se corrompe simboliza a carne incorruptível e as especiarias para o incenso perfumado simboliza as orações de louvor e gratidão. Com esses três elementos, Deus ordenou que Moisés construísse um altar para queimar incenso. O que nos leva ao texto bíblico citado inicialmente. Os três elementos utilizados na construção do altar para queimar incenso, revelam a pessoa do Senhor Jesus, que é Deus [ouro]. Mas que, enquanto homem, não foi corrompido, estragado pelo pecado. Jesus morreu e ressuscitou, mas sua carne não se corrompeu [madeira de acácia]. De forma que podemos adorá-lo e oferecermos a Ele orações de louvor e gratidão [incenso perfumado]. Na sequência do texto bíblico, Deus estabelece alguns princípios sobre a forma correta de adorá-lo. Em primeiro lugar, o objetivo da adoração é produzir um encontro genuíno com Deus coloque o altar de incenso diante da cortina que protege a arca da aliança, em frente à tampa da arca, o lugar de expiação, que cobre as tábuas da aliança. Ali eu me encontrarei com você (v. 6). As ações do adorador não podem, em hipótese alguma, serem reduzidas à simples atos litúrgicos. Qualquer atitude mecanicista

P á g i n a 4 voltada ao Divino, mesmo as melhores intenções, não pode ser classificada como adoração. Adorar envolve o exercício contínuo do relacionamento, da intimidade, do entrelaçamento espiritual com Aquele a quem se adora. Pois Deus é Espírito, e é necessário que seus adoradores o adorem em espírito e em verdade (João 4.24). Em segundo lugar, a verdadeira adoração é mensurada pela sua frequência. Adoração é ato contínuo. Não é simplesmente o que cantamos. É principalmente a forma como vivemos Todas as manhãs, quando cuidar das lâmpadas, Arão queimará incenso perfumado no altar. E todas as noites, quando acender as lâmpadas, ele queimará incenso novamente na presença do SENHOR. Esse ato deverá ser repetido de geração em geração (vv. 7-8). O altar de incenso era reabastecido em todas as manhãs e em todas as noites. Ele ficava aceso vinte e quatro horas por dia. Semelhantemente, a adoração a Deus envolve todos os momentos de nossa vida. Não existe momento específico para adorarmos a Deus. Tudo que somos deve ser reflexo da nossa adoração. Até o simples esboço da nossa respiração deve ser um gesto de adoração. Em terceiro e último lugar, a adoração que é ofertada e aceita por Deus não envolve apenas um relacionamento contínuo e dedicado. Também requer exclusividade na forma como ela ministrada Não ofereçam sobre o altar incenso algum que não seja sagrado e não o usem para holocaustos, ofertas de cereal ou ofertas derramadas (v. 9). O altar de incenso era abastecido e reabastecido pelas brasas extraídas do altar de incenso. Qualquer outro tipo de fogo, diferente do que Deus tinha ordenado, era considerado fogo estranho (cf. Levítico 10.1-2). A adoração a Deus não pode ser ministrada de forma estranha aos padrões de Deus. Mais que isso. Deus não aceitará da nossa parte nenhum tipo de adoração compartilhada, isto é, algo que ofertamos a Ele e, ao mesmo tempo, dedicamos a outro ser ou objeto. Um dos primeiros mandamentos de Deus ao Seu povo foi: Não tenha outros deuses além de mim. Não faça para si espécie alguma de ídolo ou imagem de qualquer coisa no céu, na terra ou no mar. Não se curve diante deles nem os adore, pois eu, o SENHOR, seu Deus, sou um Deus zeloso... (Êxodo 20.3-5a). Em outro momento Ele ratifica a Sua posição: Eu sou o SENHOR; este é meu nome! Não darei minha glória a ninguém, não repartirei meu louvor com ídolos esculpidos (Isaías 42.8). Temos algum ídolo em nosso coração? Um ídolo pode ser um objeto físico, uma propriedade, uma pessoa, uma atividade, uma posição, uma instituição, uma esperança, uma imagem, uma ideia, um prazer, um herói, qualquer coisa que possa substituir Deus.

P á g i n a 5 Não há adoração que não seja fruto das mortes do pecado, da carne, do eu. Não há adoração que não seja resultado da renúncia. O próprio Senhor Jesus declarou: Se alguém quer ser meu seguidor, negue a si mesmo, tome diariamente sua cruz e siga-me (Lucas 9.23). Cruz é símbolo de morte. Quando a podridão da nossa carne é consumida pelo altar do arrependimento, da conversão e regeneração, passamos a exalar um perfume que alegra e agrada o coração do nosso Pai. É aquele momento em que, à semelhança do salmista Davi, declaramos: Aceita minha oração, como incenso oferecido a ti, e minhas mãos levantadas, como oferta da tarde (Salmo 141.2). A adoração no Antigo Testamento nunca era perfeita. Havia um véu (v. 6) que fazia separação entre o lugar santo e o lugar santíssimo (cf. Êxodo 26.33) e separava Deus do adorador. Nos sacrifícios de adoração que eram oferecidos a Deus, os pecados do povo eram cobertos (cf. Salmo 32.1), mas não removidos. Por isso que João Batista, quando viu o Senhor Jesus caminhando em sua direção, exclamou: Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! (João 1.29). Isso de fato aconteceu. Na Cruz do Calvário, quando Jesus clamou em alta voz e deu o último suspiro, a cortina do santuário do templo se rasgou em duas partes, de cima até embaixo (Marcos 16.37-38). Agora, por causa do sangue de Jesus, podemos entrar com toda confiança no lugar santíssimo. Por sua morte, Jesus abriu um caminho novo e vivo através da cortina que leva ao lugar santíssimo (Hebreus 10.19-20). Por meio da fé em Cristo, agora nós, com ousadia e confiança, temos acesso à presença de Deus (Efésios 3.12). Estamos livres para adorarmos a Deus em espírito e em verdade (cf. João 4.23)!