Brasília (DF), 27 de setembro de 1984. DEPARTAMENTO DE ORGANIZAÇÃO E AUTORIZAÇÕES BANCÁRIAS Maurício do Espírito Santo CHEFE



Documentos relacionados
CARTA-CIRCULAR Nº 997 Comunicamos que a alínea g do item do Manual de Normas e Instruções (MNI) passa a vigorar com a seguinte redação:

RESOLUÇÃO Nº II - (Revogado pela Resolução 2927, de 17/01/2002). III - (Revogado pela Resolução 2099, de 17/08/1994).

RESOLUÇÃO Nº 4.000, DE 25 DE AGOSTO DE 2011

CIRCULAR Nº Art. 2º Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação. Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen.

a) constituição e retorno de capitais brasileiros no exterior e de capitais estrangeiros no País;

CIRCULAR Nº Art. 3º Divulgar as folhas anexas, necessárias à atualização da CNC. - Carta-Circular 2.201, de 20 de agosto de 1991;

CARTA-CIRCULAR Nº 854. DEPARTAMENTO DO MERCADO DE CAPITAIS Iran Siqueira Lima CHEFE. Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen.

II - Manter suspensas as concessões de novas cartas patentes para o funcionamento de sociedade de arrendamento mercantil.

2. inadimplência na data de publicação desta Resolução, contratadas até 30 de junho de 2010;

RESOLUÇÃO Nº Da Alocação dos Recursos e da Política de Investimentos. I - as disponibilidades oriundas das receitas correntes e de capital;

RESOLUÇÃO Nº Da Alocação dos Recursos e da Política de Investimentos. I - as disponibilidades oriundas das receitas correntes e de capital;

RESOLUÇÃO Nº 752, DE 26 DE AGOSTO DE 2015

INSTRUÇÃO CVM Nº 51, DE 09 DE JUNHO DE 1986.

RESOLUÇÃO Nº º Para efeito do disposto nesta Resolução: I - Unidades da Federação são os Estados e o Distrito Federal;

CARTA-CIRCULAR Nº 2826

MINISTÉRIO DA SAÚDE. AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR Diretoria Colegiada

4. O cadastramento a que se refere o item anterior deve ser efetuado concomitantemente à abertura da conta.

CARTA-CIRCULAR Nº 2.826

RESOLUÇÃO

RESOLUÇÃO Nº II - de 2 (dois) a 4 (quatro) anos: PLE = 0,24(APR) + 0,015 (SW); IV - a partir de 6 (seis) anos: PLE = 0,08 (APR) + 0,015 (SW).

RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN n.º xx, de xx de xxxx de 2003.

RESOLUÇÃO Nº Parágrafo único. Não são considerados no cálculo da exigibilidade:

RESOLUÇÃO Nº Wadico Waldir Bucchi Presidente. Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen.

RESOLUÇÃO Nº Ilan Goldfajn Presidente, interino. Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen.

RESOLUÇÃO Nº 4.339, DE 20 DE JUNHO DE 2014

Lei nº , de (DOU )

RESOLUÇÃO Nº R E S O L V E U:

R e s o l u ç ã o. B a n c o C e n t r a l d o B r a s i l

CARTA-CIRCULAR N Repasses Interfinanceiros; BENEFICIÁRIOS DE GARANTIAS PRESTADAS;

CIRCULAR Nº 523. Documento normativo revogado pela Resolução 619, de 29/05/1980, a partir de 16/06/1980.

CARTA-CIRCULAR Nº 2.999, DE 2 DE ABRIL DE 2002

Resolução nº 3.305/2005 2/8/2005 RESOLUÇÃO BACEN Nº 3.305, DE 29 DE JULHO DE 2005 DOU

Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen.

RESOLUÇÃO N Parágrafo único. Para efeito desta resolução:

RESOLUCAO Dispõe sobre aplicações de investidor não residente nos mercados financeiro e capitais.

Produto BNDES Exim Pós-embarque Normas Operacionais. Linha de Financiamento BNDES Exim Automático

II - operação de crédito com vínculo a exportação (securitização de exportações); e

RESOLUÇÃO Nº V - devolução de cheques pelo Serviço de Compensação de Cheques e Outros Papéis - SCCOP, exceto por insuficiência de fundos;

INSTRUÇÃO Nº 402, DE 27 DE JANEIRO DE 2004

RESOLUÇÃO Nº 4.263, DE 05 DE SETEMBRO DE 2013 Dispõe sobre as condições de emissão de Certificado de Operações Estruturadas (COE) pelas instituições

CARTA-CIRCULAR Nº I - as corretoras autorizadas a operar em cambio possam intermediar contratos de cambio simplificado de exportação; e

RESOLUÇÃO Nº 351. Paulo H. Pereira Lira Presidente. Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen.

MINUTA DE RESOLUÇÃO. Capítulo I DO OBJETO

RESOLUÇÃO Nº I - constituir um ou mais representantes no País; II - preencher formulário, cujo modelo constitui o Anexo a esta Resolução;

CIRCULAR N Documento normativo revogado pela Circular nº 3.280, de 9/3/2005. Art. 1º Regulamentar os seguintes normativos:

Produto BNDES Exim Pós-embarque Normas Operacionais. Linha de Financiamento BNDES Exim Automático

INSTRUÇÃO CVM Nº 554, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2014, COM AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELA INSTRUÇÃO CVM Nº 564/15.

RESOLUÇÃO N Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Francisco Roberto André Gros Presidente

A NOVA REGULAMENTAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS

REGULAMENTO DO MERCADO DE CÂMBIO E CAPITAIS INTERNACIONAIS TÍTULO : 1 - Mercado de Câmbio CAPÍTULO : 11 - Exportação SEÇÃO : 1 - Disposições Gerais

RESOLUÇÃO N Parágrafo 2º. A garantia de que trata este artigo não é extensiva à caderneta de poupança rural.

LEI , DE 29 DE DEZEMBRO DE

RESOLUÇÃO N Documento normativo revogado pela Resolução 3.919, de 25/11/2010.

QUADRO COMPARATIVO 1 UNIFICAÇÃO DOS MERCADOS DE CÂMBIO

Dispõe sobre aplicações de investidor não residente nos mercados financeiro e de capitais.

CIRCULAR Nº Art. 2º O CCS consiste em sistema informatizado, sob a gestão do Banco Central do Brasil, com a capacidade de:

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE CAPÍTULO I DA DEFINIÇÃO

(-) PROVISÃO PARA FINANCIAMENTOS DE INFRAESTRUTURA E DESENVOLVIMENTO

CIRCULAR Nº Altera o Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI).

RESOLUCAO N Dispõe sobre o mercado de câmbio e dá outras providências.

Concurso Prof. Cid Roberto. Bancos Comerciais. Bancos Comerciais.

RESOLUÇÃO Nº 4.433, DE 23 DE JULHO DE Brasil. CAPÍTULO I DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO

RESOLUÇÃO Nº 2732 RESOLVEU:

RESOLUÇÃO Nº R E S O L V E U:

REGULAMENTO A CONCESSÃO E MANUTENÇÃO DE EMPRÉSTIMO SIMPLES AOS PARTICIPANTES E ASSISTIDOS DO PLANO BENEFÍCIO PREV-RENDA.

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

R E S O L V E U: Art. 2. A sociedade corretora tem por objeto social:

PROGRAMA DE CRÉDITO EDUCATIVO - INVESTCREDE REGULAMENTO

CIRCULAR N Art. 4º Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação. Beny Parnes Diretor

RESOLUÇÃO CNSP N o 88, de 2002.

Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen.

REGULAMENTO DE EMPRÉSTIMO PESSOAL GERDAU PREVIDÊNCIA

Mercado de Câmbio. Mercado de câmbio é a denominação para o mercado de troca de moedas.

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

INSTRUÇÃO NORMATIVA N o 76, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1998.

RESOLVEU: I - probidade na condução das atividades no melhor interesse de seus clientes e na integridade do mercado;

RESOLUÇÃO Nº 20 DAS SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO CAPÍTULO I CARACTERÍSTICAS, CONSTITUIÇÃO E AUTORIZAÇÃO

ESTADO DE MATO GROSSO PREFEITURA MUNICIPAL DE ALTO GARÇAS CONTROLE INTERNO

RESOLUÇÃO N Prazo de renegociação prorrogado. Vide Resolução nº 2.589, de 28/1/1999.

28. Câmbio. 1. Escrituração. 2. Disponibilidades em Moedas Estrangeiras

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Cédula de Crédito Imobiliário - CCI

Poder de voto de residentes: informar o poder de voto na empresa declarante detido por residentes.

COOPERATIVA DE CRI:DfTO DO SERVIDOR FEDERAL LTOA. SIC008 CREDFAZ SERVIDOR FEDERAL

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE

CIRCULAR Nº a) pagos pela utilização de cartões de crédito emitidos no País; e. II - a apresentação mensal ao Banco Central do Brasil de:

Introdução. Capitais Internacionais

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988

MINISTÉRIO DA FAZENDA Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional PORTARIA PGFN N 643, DE 1º DE ABRIL DE 2009

Cidadão Perguntas e Respostas

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

INSTRUÇÃO CVM Nº 531, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2013

RESOLUÇÃO N 49, DE 27 DE SETEMBRO DE 2012

MANUAL DE GARANTIAS 1

1.3. Ao comprador da LCI é conferido direito de crédito pelo valor nominal, juros e, se for o caso, atualização monetária.

CIRCULAR Nº Documento normativo revogado pela Circular nº 3.248, de 29/7/2004.

Administrar uso do FGTS no consórcio de imóvel

II) FAT INFRA-ESTRUTURA INSUMOS BÁSICOS E BENS DE CAPITAL SOB ENCOMENDA.

RESOLUÇÃO N Art. 2º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º. Revogar a Resolução nº 1.848, de

Legislação e regulamentação cambial (principais alterações)

Transcrição:

CARTA-CIRCULAR Nº 1093 Objetivando dirimir dúvidas relativamente à interpretação das normas consubstanciadas no MNI 16-7-2, comunicamos que a referida seção passa a vigorar com a redação indicada nas folhas anexas. Brasília (DF), 27 de setembro de 1984. DEPARTAMENTO DE ORGANIZAÇÃO E AUTORIZAÇÕES BANCÁRIAS Maurício do Espírito Santo CHEFE Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen Carta-Circular nº 1093, de 27 de setembro de 1984

1 O banco comercial, para fazer aplicações, deve: a) nas operações de crédito, observar os princípios de seletividade, garantia, liquidez e diversificação de riscos; operação; b) observar os limites operacionais e as normas específicas de cada tipo de c) cumprir as exigências relativas a credenciamentos, habilitação ou autorização. 2 Constituem infringência às normas de boa gestão e de boa técnica bancária: a) abrir crédito em conta corrente a descoberto, isto é, sem garantia suficiente; b) admitir saques a descoberto em contas de empréstimos, assim conceituados os excessos sobre o limite contratual; c) conceder empréstimos ou financiamentos a firmas ou pessoas: I responsáveis por operações de curso anormal; II emitentes de cheques sem a necessária provisão de fundos; III que tenham dado prejuízo ao banco; IV sem ficha de cadastro atualizada e satisfatória; d) preponderância de financiamento a um mesmo setor de atividade econômica; e) reformas de operações de crédito pelo valor integral, ou mesmo reformas parciais em número excessivo e de forma sistemática; f) a renovação de empréstimos com a incorporação de juros e encargos de transação anterior, ressalvados os casos de composição de créditos periclitantes; g) que seus 10 (dez) maiores devedores - considerado cada grupo econômico como um devedor respondem, em conjunto, por mais de 30% (trinta por cento) do total das operações de crédito do banco. (*) 3 O banco comercial privado deve aplicar, de preferência, não menos de 50% (cinqüenta por cento) dos depósitos do público que recolher, na respectiva unidade Federada ou Território. 4 O Conselho Monetário Nacional pode, em casos especiais, admitir que o percentual referido no item anterior seja aplicado em cada Estado ou Território, isoladamente ou por grupos de Estados e Territórios componentes da mesma região geo-econômica. 5 O banco comercial deve destinar à pessoas físicas brasileiras e empresas controladas por capitais privados nacionais pelo menos 50% (cinqüenta por cento) do valor global de suas operações de crédito, registradas nos balanços e nos balancetes mensais. 6 Considera-se empresa controlada por capitais privados nacionais aquela em que a maioria do capital social com direito a voto pertença: Carta-Circular nº 997, de 22.02.84 At. MNI nº 727

a) a pessoas físicas brasileiras residentes e domiciliadas no País; e/ou b) a pessoas jurídicas cuja maioria de capital votante pertença também, direta ou indiretamente, a pessoas físicas brasileiras residentes e domiciliadas no País. 7 Para efeito do contido no item 5 e alínea a do item 6, as pessoas físicas estrangeiras que residam e trabalhem no Brasil e apresentem condições de estabilidade, caracterizada pela fixação permanente, com vínculo de família e patrimônio constituído, equiparam-se às pessoas físicas brasileiras. 8 Nas firmas cujo capital esteja em maioria representado por ações ao portador, a nacionalidade dos acionistas é apurada pela identificação, na última assembléia, sem prejuízo de outras comprovações. 9 Deve o banco comercial munir-se de elementos hábeis, que comprovem as condições de que tratam os itens 6 e 7 e, com base nos balanços e nos balancetes mensais de março, junho, setembro e dezembro, deve preencher mapa contendo a relação dos 20 (vinte) maiores devedores do banco, por grupo econômico, e a distribuição percentual das aplicações globais destinadas a empresas controladas por capitais privados nacionais e as destinadas a pessoas estrangeiras ou estatais. Carta-Circular nº 997, de 22.02.84 At. MNI nº 727

10 O mapa de que trata o item anterior deve ser remetido ao Banco Central/Departamento de Operações Bancárias, dentro dos 20 (vinte) dias subseqüentes à data do balanço ou balancete em que se baseou. 11 A adaptação ao disposto no item 5 deve ser feita progressivamente em função do acréscimo das aplicações do banco comercial, sendo que, pelo menos 80% (oitenta por cento) do referido acréscimo deve ser destinado às operações enquadradas no limite mínimo ali previsto. 12 Para que se obtenha uniformidade na contabilização das aplicações, deve o banco comercial classificar os empréstimos pela atividade predominante do beneficiário, apurada com base nos elementos cadastrais. 13 As operações de empréstimos realizadas com pessoas físicas, exceto as de crédito rural, devem ser registradas como empréstimos a particulares, qualquer que seja a atividade do mutuário. 14 As operações ativas do banco comercial são realizadas a taxas de mercado, ressalvadas as operações que obedecem a regime de limitação de taxas estabelecido em regulamentações específicas. 15 São vedadas ao banco comercial as seguintes operações: a) conceder empréstimos ou adiantamentos: (*) I a seus diretores e membros dos conselhos consultivo, administrativo, fiscal e semelhantes, bem como aos respectivos cônjuges; anterior; II aos parentes até o 2º. (segundo) grau das pessoas a que se refere o inciso III às pessoas físicas ou jurídicas que participem com mais de 10% (dez por cento) do capital do banco comercial, salvo autorização específica do Banco Central, em cada caso, quando se tratar de operações lastreadas por efeitos comerciais, resultantes de transações de compra e venda ou penhor de mercadorias, em limites que forem fixados, pelo Conselho Monetário Nacional, em caráter geral; por cento); IV às pessoas jurídicas de cujo capital o banco participe com mais de 10% (dez V às pessoas jurídicas de cujo capital participem, com mais de 10% (dez por cento), quaisquer diretores ou administradores do banco, bem como seus cônjuges ou parentes até o 2o. (segundo) grau; VI a empresas de cujos capitais participem, preponderantemente ou ponderavelmente, pessoas, firmas, grupos ou holdings com semelhante influência no capital do banco comercial, salvo a negociação de duplicatas e em montante nunca superior a 0,5% (meio por cento) do total do subgrupo Operações de Crédito ; VII a empresas cuja diretoria seja, no todo ou em parte, a mesma do banco comercial, ressalvada a hipótese de negociação de duplicatas, até o limite de 0,5% (meio por

cento) do total do subgrupo Operações de Crédito ; VIII a terceiros, por desconto de duplicatas, notas promissórias rurais ou outros títulos de crédito, emitidos e endossados por firmas de cujo capital participem, com mais de 10% (dez por cento), diretores ou administradores do banco comercial, seus cônjuges ou parentes até o 2o. (segundo) graus; IX vinculados, sob qualquer forma, ao pagamento ou custeio de viagens ou passagens internacionais e gastos correlatos; X a cooperativas de crédito, salvo as de crédito rural; b) aplicar ou promover a colocação, no exterior, de recursos coletados no País; c) emitir debêntures e partes beneficiárias; d) adquirir imóveis não destinados ao próprio uso, salvo os recebidos em liquidação de empréstimos de difícil ou duvidosa solução, caso em que deve vendê-los no prazo de 1 (um) ano, a contar do recebimento, prorrogável até 2 (duas) vezes, a critério do Banco Central; e) manter aplicações em imóveis de uso próprio que, somadas ao seu ativo em instalações, excedam o valor de seu capital realizado e reservas; f) realizar operações de crédito com instituições financeiras bancárias; g) realizar operações triangulares, assim caracterizadas aquelas que impliquem na aceitação de depósitos, à vista ou a prazo, mediante compromisso de efetuar empréstimos à pessoas, físicas ou jurídicas, ligadas ou não à instituição financeira. 16 Não se incluem entre as operações vedadas de que trata o item anterior: a) os empréstimos ou adiantamentos, previamente autorizados pelo Banco Central, a empresa comercial exportadora nacional de cujo capital participem, com mais de 10% (dez por cento), o banco comercial ou quaisquer de seus administradores, bem como seus cônjuges e respectivos parentes até o 2o. (segundo) grau, desde que a empresa preencha os seguintes requisitos: I seja controlada por capitais nacionais; II possua registro especial na Carteira de Comércio Exterior do Banco do Brasil S.A. (CACEX) e na Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda, de acordo com as normas aprovadas pelo Ministro da Fazenda; III seja constituída sob a forma de sociedade por ações, devendo ser nominativas as ações com direito a voto; IV atenda as disposições fixadas pelo Conselho Monetário Nacional sobre capital mínimo; b) os empréstimos ou adiantamentos concedidos às pessoas jurídicas de que participem membros dos Conselhos Fiscal e Consultivo, seus cônjuges ou parentes até o 2o. (segundo) grau;

c) as operações deferidas a empresas nas condições mencionadas nos incisos VI e VII da alínea a do item anterior sob as seguintes formas, desde que os créditos concedidos a cada empresa não ultrapassem o limite de 0,5% (meio por cento) do total do subgrupo Operações de Crédito do banco comercial: (*) I repasse de recursos internos e externos, adiantamentos sobre contratos de câmbio e financiamento de produtos manufaturados destinados à exportação; II empréstimos em geral, não representativos da negociação de duplicatas, exclusivamente no caso de empresa que não emita tal tipo de título. 17 Para efeito dos impedimentos legais ou regulamentares, representante legal de banco comercial estrangeiro se equipara a diretor de instituição financeira nacional. 18 Os impedimentos legais e regulamentares, no que diz respeito a empréstimos e adiantamentos, estendem-se também aos membros suplentes, considerado que as vedações são decorrentes da eleição para membro suplente, e não do eventual exercício efetivo das funções. 19 A concessão de empréstimo ou adiantamento a diretores do banco, a membros de seu conselho consultivo, administrativo, fiscal ou semelhante, bem como aos respectivos cônjuges, constitui crime e sujeita os responsáveis pela transgressão à pena de reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos, aplicando-se, no que couber, o Código Penal e o Código de Processo Penal, nos termos do 1º do art. 34 da Lei 4.595/64. 20 O responsável pelo banco comercial que autorizar a concessão de empréstimo ou adiantamento proibido pela Lei Bancária, se o fato não constituir crime, fica sujeito, sem prejuízo das sanções administrativas ou civis cabíveis, à multa igual ao dobro do valor do empréstimo ou adiantamento concedido. 21 Os empréstimos ou adiantamentos concedidos aos diretores, membros de conselhos, seus cônjuges ou parentes até o 2º (segundo) grau, antes da posse, devem ser liquidados, impreterivelmente, nos vencimentos. 22 Ao banco comercial é facultada a aquisição de títulos de renda fixa e de créditos oriundos de operações realizadas por bancos de investimento, observada a norma de que qualquer excesso entre o valor total dessas aplicações deduzido o valor das Letras do Tesouro Nacional não vinculadas a compromissos de revenda ou venda - e o valor total dos depósitos a prazo fixo captados pelo banco é computado na faixa de aplicações não prioritárias. observar que: 23 O banco comercial na aquisição de créditos aludida no item anterior, deve a) as operações sejam revestidas dos princípios de segurança e liquidez; b) as operações transferidas sejam acompanhadas de todos os elementos que serviram de base para o seu deferimento na origem, tais como: proposta, laudo de avaliação, cópia da ficha cadastral do mutuário e intervenientes, estudo e enquadramento regulamentar e os comprovantes de aplicação do crédito, quando for o caso; c) nas operações lastreadas por garantia real, fique assegurada ao adquirente a

preferência legal sobre os respectivos bens; para a eventualidade de ser compelido a recorrer aos meios judiciais contra os responsáveis inadimplentes; d) ao devedor seja dada ciência do ato quando, por sua natureza, exija a transferência semelhante formalidade; desta Seção. e) as operações objeto de cessão subordinam-se às demais normas constantes 24 Quando se tratar de operações de curso anormal, a aquisição de créditos referida no item 22 deve satisfazer, ainda, os seguintes requisitos: a) o mutuário seja devedor do banco comercial, de preferência em operações amparadas em garantias reais de valor suficiente para cobrir, também, os créditos adquiridos; b) haja conveniência em reunir em uma instituição as responsabilidades do mutuário, inclusive para efeito de composição de dívidas; c) no caso de operação cuja garantia seja ou venha a ser representada por aval ou fiança, que o interveniente garantidor não tenha responsabilidade de curso anormal junto ao cedente ou cessionário, podendo, entretanto, ser substituído o garantidor; d) o banco adquirente desfrute de tradição econômica que lhe assegure poder constituir reservas adequadas e suficientes para cobrir a operação, na eventualidade de o crédito tornar-se passível de registro em Créditos em Liquidação. 25 O banco comercial público não está impedido de conceder empréstimos ou adiantamentos a pessoas jurídicas de cujo capital participe. 26 O banco comercial deve instituir registros especiais, em que se relacionem os nomes das pessoas físicas e jurídicas impedidas de operar com o banco, tendo em vista as vedações legais sobre empréstimos e adiantamentos. 27 Os registros de que trata o item anterior devem ser organizados e mantidos rigorosamente em dia, contemplando: a) registro de pessoas físicas, relacionando, em ordem alfabética, os nomes, com indicação de parentesco e respectivo grau: e semelhantes; I diretores e membros de conselhos administrativo, consultivo, fiscal, técnico II cônjuges das pessoas enumeradas no inciso anterior; II; III parentes até o 2o. (segundo) grau, das pessoas de que tratam os incisos I e IV participantes do capital do banco com mais de 10% (dez por cento); b) registro de pessoas jurídicas indicando, em ordem alfabética, nome, forma jurídica, sede, capital e administradores das pessoas jurídicas: I participantes do capital do banco com mais de 10% (dez por cento);

II de cujo capital o banco participe com mais de 10% (dez por cento); III de cujo capital participem, com mais de 10% (dez por cento) diretores e administradores do banco comercial, respectivos cônjuges e parentes até o 2o. (segundo) grau. 28 Observadas as condições dos itens 23 e 24, ao banco comercial é facultada a aquisição de créditos oriundos de operações realizadas por sociedades de crédito, financiamento e investimento.