Seminário de Estruturação do Observatório do Desenvolvimento Regional Observa-DR. Relato das atividades



Documentos relacionados
II Seminário do Observatório do Desenvolvimento Regional OBSERVA- DR. Relato das atividades desenvolvidas

DIRETRIZES DE FUNCIONAMENTO DO MOVIMENTO NACIONAL PELA CIDADANIA E SOLIDARIEDADE/ NÓS PODEMOS

NÚCLEOS DE EXTENSÃO EM DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL. PARCERIA MDA / CNPq. Brasília, 13 de maio de 2014

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO

Programa Escola Aberta

FACULDADE DE EDUCAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E TECNOLOGIA DE IBAITI

Programa de Capacitação

O Projeto Casa Brasil de inclusão digital e social

Política Nacional de Participação Social

crítica na resolução de questões, a rejeitar simplificações e buscar efetivamente informações novas por meio da pesquisa, desde o primeiro período do

Curso de Engenharia de Produção NORMAS DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES

CHAMADA DE ARTIGOS do SUPLEMENTO TEMÁTICO A EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Carta de Princípios do Comitê das Agendas 21 Locais na Região do Conleste (ComARC)

REGULAMENTO CURSO DESCENTRALIZADO

DIREITOS HUMANOS, JUVENTUDE E SEGURANÇA HUMANA

11 de maio de Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica

Escola Superior de Ciências Sociais ESCS

EDITAL nº 04, de 06 de janeiro de 2015

NOTA TÉCNICA Política Nacional de Educação Popular em Saúde

NÚCLEOS DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL UNISC REGULAMENTO DAS ATIVIDADES DOS GRUPOS DE PESQUISA DA UNISC CADASTRADOS JUNTO AO CNPq

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE ESTUDOS AFRO-BRASILEIROS E INDÍGENAS NEABI

PROGRAMA DE APOIO E APERFEIÇOAMENTO PEDAGÓGICO AO DOCENTE

DECRETO Nº. III - criação de estrutura de financiamento pública e transparente para a extensão universitária;

Revisão Participativa dos Instrumentos de Planejamento. Reunião com Entidades da Subprefeitura de Pinheiros

Sugestões e críticas podem ser encaminhadas para o nape@ufv.br CONSIDERAÇÕES INICIAIS:

Harmonização entre Demanda e Oferta de Cursos Técnicos de Nível médio Orientações às CREs

Sistema de Educação a Distância Publica no Brasil UAB- Universidade Aberta do Brasil. Fernando Jose Spanhol, Dr

Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

Grupo de Trabalho Temático Corpo e Cultura (3) Relatório Parcial de Atividades ( )

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS ELETROBRAS. Política de Responsabilidade Social das Empresas Eletrobras

INDICADORES ETHOS PARA NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS

REGIMENTO INTERNO DO FÓRUM NACIONAL DE PREVENÇÃO E ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL CAPÍTULO I DA FINALIDADE

ANEXO II CONDIÇÕES E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PARA APOIO E/ OU IMPLANTAÇÃO DE ÓRGÃOS COLEGIADOS E APOIO A FÓRUNS E REDES

Faculdade de Direito Ipatinga Núcleo de Investigação Científica e Extensão NICE Coordenadoria de Extensão. Identificação da Ação Proposta

Estratégias para a implantação do T&V

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;

FACULDADES INTEGRADAS TERESA D ÁVILA NÚCLEO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA. Formulário para Registro de Projetos de Extensão Universitária

TERMO DE REFERENCIA Nº 04

MANUAL DE ORIENTAÇÃO DAS LIGAS ACADÊMICAS CURSO DE MEDICINA UNIFENAS BH? ATIVIDADES COMPLEMENTARES

NÚCLEO DE APOIO DIDÁTICO E METODOLÓGICO (NADIME)

REGULAMENTO DO PROGRAMA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

NÚCLEO NÓS PODEMOS BAHIA. Plano de Ação. Articular e integrar os segmentos da sociedade e recursos para desenvolver ações que contribuam

TÍTULO: ALUNOS DE MEDICINA CAPACITAM AGENTES COMUNITÁRIOS NO OBAS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE

REDE CENTRO/SUL/SUDESTE OBJETIVO GERAL: Fortalecer a atuação da Rede Centro/Sul/Sudeste na efetivação das políticas públicas

Minuta do Capítulo 10 do PDI: Relações Externas

REGIMENTO DO CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO DO TERRITÓRIO CANTUQUIRIGUAÇU - CONDETEC CAPÍTULO I DA NATUREZA

PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA e AÇÕES DO PACTO

TEXTO BASE PARA UM POLÍTICA NACIONAL NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL

Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Curitiba DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO REGULAMENTO INTERNO CAPÍTULO I

Campus de Franca TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

COMO SE ASSOCIAR 2014

FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO

Comunidade de Prática Internacional para apoiar o fortalecimento e liderança da BIREME OPAS/OMS Fortalecimento institucional da BIREME OPAS/OMS

Oficina Cebes POLÍTICA, PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL

Política Ambiental janeiro 2010

REGULAMENTO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL I INTRODUÇÃO

Transporte compartilhado (a carona solidária)

Associação Brasileira de Educação Médica ABEM PROJETO DE AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DAS MUDANÇAS NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA ÁREA DE SAÚDE CAEM/ABEM

PRÓ-DIRETORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU - PROPESP POLÍTICA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

grande beleza da nossa parceria é que podemos trabalhar juntos, pela justiça social, sem muita burocracia e hierarquia. E neste início de 2014, a

TERMO DE REFERÊNCIA N.º

UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE UNIPLAC PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, EXTENSÃO E PÓS-GRADUAÇÃO COORDENAÇÃO DE EXTENSÃO E APOIO COMUNITÁRIO

RESOLUÇÃO UnC-CONSUN 031/2013 (PARECER Nº 031/2013 CONSUN)

1ª Conferência Livre da Juventude em Meio Ambiente Foco em Recursos Hídricos

TERMO DE REFERÊNCIA. Local de atuação: Brasília/DF com disponibilidade para viagens em todo o território nacional.

PLANO DE TRABALHO Rede Nacional de Jovens Líderes

Regulamento. Foremor

PLANO DE AÇÃO

PLANO DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO: processo, participação e desafios. Seminário dos/as Trabalhadores/as da Educação Sindsep 24/09/2015

Plano de Ação do Centro de Educação e Letras

INDICADORES ETHOS PARA NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS. Conteúdo

Valorizando ideias e experiências participativas que promovam o direito humano à educação REGULAMENTO

TERMO DE REFERÊNCIA SE-001/2011

CURSO FERRAMENTAS DE GESTÃO IN COMPANY

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM CONTABILIDADE DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA (NEPEC/UCB)

COMUNICADO n o 003/2012 ÁREA DE GEOGRAFIA ORIENTAÇÕES PARA NOVOS APCNS 2012

DIRETRIZES DO FUNCIONAMENTO DO MOVIMENTO NACIONAL PELA CIDADANIA E SOLIDARIEDADE/NÓS PODEMOS. (aprovada em 2010 e 1ª revisão em agosto de 2012)

Projeto Empreendedores Cívicos

MANUAL DE ATIVIDADES COMPLEME MENTARES CURSO DE ENFERMAGEM. Belo Horizonte

CURSOS ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS

A construção da. Base Nacional Comum. para garantir. Direitos e Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento

Regulamento de Criação e Funcionamento dos Grupos de Trabalho da Sopcom

O QUE É? Um programa que visa melhorar a Gestão dos CFCs Gaúchos, tendo como base os Critérios de Excelência da FNQ (Fundação Nacional da Qualidade).

Agenda Regional de Desenvolvimento Sustentável Eixo 4: Gestão Regional Integrada

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

1º Mapeamento Nacional das Iniciativas de Educação Financeira

A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO ÂMBITO DA PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO NO BRASIL Régis Henrique dos Reis Silva UFG e UNICAMP regishsilva@bol.com.br 1.

Programa É DA NOSSA CONTA Estado e Cidadania

VICE-DIREÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO REGIMENTO INTERNO DA COORDENAÇÃO DE EXTENSÃO

A Academia está alinhada também aos Princípios para Sustentabilidade em Seguros UNPSI, coordenados pelo UNEP/FI órgão da ONU dedicado às questões da

Área de conhecimento: Economia Doméstica Eixo Temático: Administração, Habitação e Relações Humanas;

O que é Planejamento?

PROJETO OUVIDORIA VAI À ESCOLA

Núcleo de Pesquisa e Estudos em Ciências Contábeis ESTATUTO

COMUNICADO n o 002/2012 ÁREA DE LETRAS E LINGUÍSTICA ORIENTAÇÕES PARA NOVOS APCNS 2012 Brasília, 22 de Maio de 2012

COORDENADORA: Profa. Herica Maria Castro dos Santos Paixão. Mestre em Letras (Literatura, Artes e Cultura Regional)

Carta Documento: pela construção e implementação de uma Política de Educação do Campo na UNEB

Transcrição:

Seminário de Estruturação do Observatório do Desenvolvimento Regional Observa-DR Relato das atividades No dia 16 de abril de 2012 realizou-se o Seminário de Estruturação do Observatório do Desenvolvimento Regional o OBSERVA- DR, promovido pelo Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Regional da UNISC (PPGDR-UNISC), com apoio da CAPES e FINEP. O evento ocorreu no Campus de Santa Cruz do Sul-RS, da Universidade de Santa Cruz do Sul e foi altamente positivo, reunindo 35 participantes entre coordenadores, pesquisadores e discentes vinculados a 15 Programas de Pós- Graduação, relacionados à temática do Desenvolvimento Regional, sendo eles: * Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional UFRJ; * Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional FURB; * Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Desenvolvimento Regional UNITAU; * Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional UnC; * Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento UNIJUI; * Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional- PROPUR-UFRGS; * Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente UNIR; * Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio UNIOESTE; * Mestrado em Educação UNOESC; * Programa de Pós-Graduação em Direito - UFPR; * Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimentos Sustentável do Trópico Úmido PPDSTU UFPA; * Programa de Pós-Graduação em Políticas e Dinâmicas Regionais UNOCHAPECÓ; * Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional - UTFPR;

* Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sócioespacial e Regional - UEMA e * Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional - UNISC. Inicialmente, às 9 horas, após a acolhida e boas vindas aos participantes, foi realizada uma mesa de abertura do evento que contou com a presença da Dra. Virginia Elisabeta Etges Coordenadora do PPGDR-UNISC, Dr. Rainer Randolph IPPUR/UFRJ e Coordenador da Área de Planejamento Urbano e Regional/Demografia da CAPES e Dr. Ivo Theis PPGDR/FURB e Subcoordenador da Área de Planejamento Urbano e Regional/Demografia da CAPES. Os integrantes da mesa destacaram a importância da proposta de criação do Observatório do Desenvolvimento Regional para a área do Planejamento Urbano e Regional/Demografia da CAPES, bem como para os demais programas que atuam na temática do Desenvolvimento no país, e saudaram a iniciativa por parte da UNISC de realização desse Seminário, e a presença dos que aceitaram o convite para vir discutir a proposta de organização e o funcionamento do Observatório. Logo após, às 9h30min, foi apresentada a proposta de criação do Observatório do Desenvolvimento Regional, por parte do Dr. Rogério Leandro Lima da Silveira (PPGDR-UNISC) e Dra. Heleniza Ávila Campos (PROPUR-

UFRGS), quando foi apresentada a justificativa, os objetivos, a proposta inicial do modelo de gestão, de estrutura organizacional e de funcionamento do Observatório. Também foram relatadas as atividades realizadas até então, desde o ano passado, pela equipe do PPGDR-UNISC, responsável pelo projeto do OBSERVA-DR. O projeto do OBSERVA-DR tem como principal objetivo: estruturar o observatório de desenvolvimento regional, a partir da articulação com centros de pesquisa, instituições públicas e entidades regionais, visando estabelecer uma rede de pesquisa e de extensão a cerca de questões teóricometodológicas, bem como contribuir para a reflexão e a interação institucional sobre processos, dinâmicas e políticas regionais de desenvolvimento no país. Já os objetivos específicos são: 1)Qualificar e integrar grupos de pesquisa de diferentes instituições voltadas ao tema, otimizando o acesso a fontes e dados; 2) Reunir, sistematizar e divulgar a produção científica na área de Desenvolvimento Regional; 3) Organizar e disponibilizar dados, indicadores e estudos referentes a realidades regionais em que se encontram inseridos os PPGs que integram a rede de pesquisa. Os professores também apresentaram a proposta de estrutura organizacional do OBSERVA-DR, que consiste em criar um Conselho Gestor constituído por uma coordenação geral (um coordenador e um vicecoordenador) que seriam os responsáveis por coordenar o trabalho de articulação e de integração das instituições constituintes e participantes da rede de pesquisa e extensão e por representá-la oficialmente no âmbito do país. Também constituiriam o Conselho Gestor cinco coordenações regionais a serem criadas nas cinco macrorregiões brasileiras: Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Assim, esse Conselho Gestor seria a instância responsável por organizar, articular e integrar as ações de pesquisa e de extensão da rede desenvolvidas nas regiões e no país, e de divulgar e difundir junto aos órgãos públicos e à sociedade os resultados das ações e atividades desenvolvidas. A estrutura organizativa também prevê a existência de Núcleos Estaduais do OBSERVA-DR, nível base de organização e funcionamento da rede. Os Núcleos seriam responsáveis por articular e integrar os programas de pósgraduação associados e parceiros, cujas áreas de concentração estejam relacionadas ao Desenvolvimento Regional e ao Desenvolvimento, às demais

instituições de pesquisa e de planejamento, e às organizações governamentais ou não-governamental que atuam no planejamento territorial e no desenvolvimento regional, existentes nos Estados. Tais Núcleos Estaduais teriam o destacado papel de construir, desenvolver e implementar a agenda de pesquisa e de extensão do OBSERVA-DR, dando-lhe funcionalidade, concretude e efetividade. Após a apresentação dos professores, abriu-se espaço para comentários, sugestões, criticas e discussão entre os presentes, quando se levantaram importantes contribuições que possibilitaram destacar algumas diretrizes e encaminhamentos norteadores, a serem considerados na definição da forma de organização e no funcionamento inicial do OBSERVA-DR, a saber: - Necessidade de que o modelo de gestão a ser adotado possa garantir a flexibilidade e a autonomia no desenvolvimento da rede de pesquisa, a partir da valorização das experiências e das práticas de pesquisa dos diferentes Programas de Pós-Graduação nas regiões onde estão inseridos; - Importância de iniciar a rede de pesquisa e de extensão de modo gradual com a associação e participação dos Programas de Pós-Graduação e Instituições de Pesquisa que assim manifestarem formalmente o interesse em participar, e na medida em que for se desenvolvendo, a estrutura de gestão vai se constituindo. - Importância de haver, desde o começo da constituição do Observatório e da formação da rede de pesquisa e extensão, uma Coordenação Geral para coordenar o projeto, para chamar e organizar as reuniões, encontros e seminários, de modo a possibilitar sua efetivação, e também para que sirva de referência em termos de representação e de contato do Observatório em relação às demais instituições e organizações; - É também muito importante que se possa constituir junto com a Coordenação Geral, um colegiado ou fórum de representantes dos Núcleos Estaduais que possa se reunir periodicamente para discutir, planejar e avaliar o desenvolvimento das ações do OBSERVA-DR. Foi destacada a importância de adotar-se a regionalização das macrorregiões, na constituição dessa representação colegiada; - A participação e articulação dos Programas de Pós-Graduação e instituições de pesquisa e de planejamento existentes nos Estados será de fundamental importância para a constituição e desenvolvimento dos Núcleos Estaduais do OBSERVA-DR.

Após pausa para o almoço, o Seminário retomou sua programação através da realização de um painel cujo tema foi Oportunidades e desafios na implementação da agenda inicial de pesquisa do OBSERVA-DR. A coordenação do painel ficou a cargo da Dra. Virginia Etges (Coordenadora do PPGDR-UNISC), que contou com as participações dos professores Dr. Ivo Theis (PPGDR/FURB e CAPES), Dra. Edna Maria Ramos de Castro (PDTU/NAEA/UFPA) e Dra. Liana Maria da Frota Carleial(PPGD/UFPR). Os painelistas apresentaram importantes contribuições sobre a agenda de pesquisa e sobre as iniciativas que o OBSERVA-DR poderia desenvolver. A esse respeito, Liana Carleial destacou a importância de se abordar o tema do desenvolvimento regional, que, segundo ela, se encontra fora da agenda política, empresarial, acadêmica e da sociedade civil, e de que no momento o país não possui nem políticas de desenvolvimento regional, nem políticas de combate às desigualdades regionais. Assinalou ainda que o OBSERVA-DR deve aproveitar a articulação dos Programas de Pós- Graduação para o desenvolvimento da análise das políticas públicas. Destacou também que se deve pensar o arranjo da gestão do Observatório a partir da experiência e articulação dos Programas de Pós-Graduação, e que se deve igualmente buscar integrar à rede entidades que em muito podem contribuir e colaborar nas ações da mesma, embora não sejam diretamente vinculadas à área do Desenvolvimento Regional, como a ANPEC, ANPOCS, ANPEGE. Sugeriu que o desenvolvimento inicial da rede de pesquisa se dê através da articulação dos integrantes a partir de temas e ou projetos de interesse comum como: qual o ganho da utilização de conceitos como os de território e de região na análise e na avaliação das políticas regionais? Ou sobre como se dá a participação da cidadania na concepção e implementação e avaliação das políticas públicas? Propôs também que se possa promover um seminário periódico (anual) e itinerante para se propor e pensar a agenda de pesquisa em diferentes regiões do país. Edna Castro destacou que o OBSERVA-DR pode fomentar o debate sobre questões macro do país como as políticas e o papel do Estado, superando o olhar, a abordagem superficial ou somente local. Para ela, é preciso articular a abordagem local/regional com a abordagem macro/geral.

Chamou a atenção para se levar em conta as vantagens e desvantagens existentes nas redes de pesquisa nacionais, tendo presente a concorrência dos pesquisadores entre si. Propôs que se deve refletir em que o OBSERVA-DR pode ser diferente dos demais observatórios. Ou ainda, qual a concepção de desenvolvimento regional que deve sustentar as ações do Observatório. Para ela, essa rede não deve se limitar aos Programas de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, mas estar aberta aos programas que abordem a temática do desenvolvimento. Sugere que ao invés de linhas de pesquisa, o OBSERVA-DR desenvolva suas ações e se organize a partir de temas de interesse. Nesse aspecto, sugeriu alguns temas gerais que entende serem importantes de se abordar como a discussão conceitual território-região, os sistemas produtivos locais, as desigualdades regionais e desigualdades sociais, as relações e os processos no mundo do trabalho e seus reflexos no desenvolvimento regional. Destacou a importância do OBSERVA-DR em desenvolver atividades de pesquisa que valorizem a transdisciplinaridade advinda das diferentes experiências dos Programas de Pós-Graduação, atualização contínua de dados, a produção cartográfica multidimensional, a produção e divulgação de teses e dissertações, a construção de banco de dados e a realização de oficinas temáticas com as comunidades.

Ivo Theis destacou que o projeto do OBSERVA-DR deve dialogar e se inserir nas demais ações em prol do Desenvolvimento Regional, como a agenda da ANPUR e o Observatório do Desenvolvimento Regional do Centro Celso Furtado. Sugere ao OBSERVA-DR uma agenda política do ponto de vista das relações de poder. Que se deva problematizar o desenvolvimento regional a partir da experiência concreta brasileira, pensando as dimensões cultural, ambiental e social do desenvolvimento regional. Destacou a importância da interlocução com os distintos níveis de governo e com a sociedade civil. Como agenda de pesquisa destacou a importância de se abordar e refletir sobre a região em sua dimensão política, sobre a natureza do desenvolvimento e das desigualdades regionais, sobre a importância em se valorizar e retomar o pensamento social brasileiro e latino-americano como base para interpretar e analisar o desenvolvimento regional. Após as apresentações dos painelistas ocorreu intensa discussão sobre suas contribuições e sobre os desafios e as oportunidades da definição e implementação da agenda de pesquisa do OBSERVA-DR que, em linhas gerais, reforçaram as colocações dos painelistas. No encerramento do Seminário, os presentes aprovaram os seguintes encaminhamentos finais: - Lançamento imediato do site do OBSERVA-DR para que se possa colher novas sugestões sobre a proposta e também para servir de meio de comunicação e divulgação dessa importante iniciativa. Nesse aspecto, se solicitou aos painelistas as suas apresentações para que as mesmas sejam disponibilizadas no site; - Formalização da solicitação à coordenação do I SEDRES (I Seminário de Desenvolvimento Regional, Estado e Sociedade), que ocorrerá em agosto de 2012, no IPUR-UFRJ, um espaço na programação do evento para que se possa dar continuidade à organização e estruturação do OBSERVA-DR; - Envio de oficio aos Programas de Pós-graduação da área de Desenvolvimento Regional e aos demais que ainda não se manifestaram quanto a sua integração na rede de pesquisa do OBSERVA-DR, solicitando formalização de sua adesão; - Encaminhamento aos Programas do pedido de informações sobre as áreas temáticas de pesquisa e de extensão que os mesmos vêm desenvolvendo, a fim de que a equipe do PPGDR-UNISC sistematize essas informações para

serem apresentadas no evento do SEDRES, como tema de discussão para a definição das áreas temáticas de atuação do OBSERVA-DR; - Que a coordenação pró tempore do OBSERVA-DR esteja a cargo do PPGDR-UNISC até a realização do SEDRES. Esse é o relato das atividades e encaminhamentos que ocorreram durante o Seminário de Estruturação do Observatório do Desenvolvimento Regional OBSERVA-DR, no dia 16 de abril de 2012, no PPGDR-UNISC, em Santa Cruz do Sul-RS. Rogério Leandro Lima da Silveira PPGDR-UNISC