1. INTRODUÇÃO...1 2. HISTÓRIA E PRINCIPAIS CONCEITOS...2 3. O CORREIO ELECTRÓNICO (E-MAIL)...9 4. O WORLD-WIDE-WEB (WWW)...15



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Transcrição:

Índice 1. INTRODUÇÃO...1 2. HISTÓRIA E PRINCIPAIS CONCEITOS...2 2.1 O QUE É A INTERNET? INTER + NETS?...2 2.2 BREVE NOTA HISTÓRICA...2 2.3 AS NORMAS TÉCNICAS DA INTERNET: PROTOCOLOS E SERVIÇOS...4 2.4 MORADAS, NÚMEROS DE TELEFONE, ENDEREÇOS IP, NOMES E DNS...5 2.5 SERVIÇOS, CLIENTES, SERVIDORES E BROWSERS...7 2.6 SERVIÇOS DISPONÍVEIS...8 3. O CORREIO ELECTRÓNICO (E-MAIL)...9 3.1 O QUE É O CORREIO ELECTRÓNICO (E-MAIL)...9 3.2 COMO LER E ENVIAR CORREIO ELECTRÓNICO...10 3.3 FORMATO DAS MENSAGENS...11 3.4 MÚLTIPLOS DESTINATÁRIOS, CÓPIAS DE CORTESIA, PASTAS DE CORREIO...12 3.5 LISTAS DE CORREIO...12 3.6 CORREIO E ETIQUETA...13 4. O WORLD-WIDE-WEB (WWW)...15 4.1 O QUE É O WORLD-WIDE-WEB (WWW)...15 4.2 COMO FUNCIONA...16 4.3 ENCONTRAR A INFORMAÇÃO QUE PROCURA...16 4.4 COMO REGISTAR PONTEIROS INTERESSANTES - OS BOOKMARKS...17 4.5 AUMENTAR A VELOCIDADE DE NAVEGAÇÃO PELA WEB...18 5. COMO ACEDER À INTERNET...19 5.1 ACESSO, LIGAÇÃO, E FORNECEDORES DE SERVIÇO...19 5.2 ACESSOS PARA PARTICULARES...20 5.3 ACESSOS PARA INSTITUIÇÕES...22

1. Introdução Este documento aborda alguns dos aspectos associados à Internet, pressupondo que o utilizador domina já os conceitos básicos de informática e do ambiente Windows. Pretende-se, assim, atingir os seguintes objectivos: - transmitir ao leitor conhecimentos que lhe permitam utilizar a Internet na sua sua casa e no seu local de trabalho; - dar-lhe uma perspectiva das potencialidades abertas pela Internet; - e torna-lo apto a produzir e colocar informação na Internet. Este manual divide-se em várias secções. Na primeira (capítulo 2) tentar-se-á dar a noção do que é a Internet. Será apresentada uma breve nota histórica da sua génese e serão discutidos, sucintamente, os seus suportes tecnológicos, as suas potencialidades e as suas limitações. De seguida serão descritos os serviços e aplicações que o utilizador da Internet tem ao seu dispor. O correio electrónico, a World-Wide-Web (WWW), o hipertexto, os grupos e listas de discussão, a transferência de ficheiros, os talkers, e os serviços de pesquisa de informação serão alguns dos aspectos focados nos capítulos seguintes (3 a 7). As diferentes formas de ligar um computador pessoal ou uma pequena rede de computadores à Internet serão discutidas no capítulo 8. Introdução - 1 -

2. História e principais conceitos 2.1 O que é a Internet? Inter + Nets? A Internet é uma gigantesca nuvem onde estão ligados alguns milhões de computadores pertencentes a empresas, instituições públicas, associações, escolas e universidades e, também, utilizadores particulares. Apesar de permitir a comunicação entre todos estes computadores, a Internet não é uma simples rede de computadores. Na realidade ela é uma teia que permite ligar entre diversas redes de computadores, tornando-os, conceptualmente, parte de uma única rede global: a Internet. Do ponto de vista físico, a Internet é apenas um conjunto muito heterogéneo de redes interligadas entre si. Do ponto de vista conceptual, a Internet consiste num conjunto de princípios e normas técnicas, os protocolos e os serviços, que permitem trocar informação entre 2 ou mais computadores de alguma forma ligados na tal nuvem. 2.2 Breve nota histórica Aquilo que hoje conhecemos como a Internet teve a sua origem na rede ARPANET, em 1968. A ARPANET era uma rede experimental subsidiada pela Advanced Research Projects Agency (ARPA), uma agência governamental norte-americana, e interligava um número reduzido de instituições militares e de laboratórios de investigação. A intenção era criar uma rede de computadores (com fins militares) geograficamente dispersos que pudessem continuar a funcionar em situações de crise extrema como, por exemplo, uma guerra nuclear. A ARPANET foi uma bancada de ensaio onde foram lentamente criadas e amadurecidas as diversas soluções tecnológicas actualmente em uso na Internet, tal como FTP e o Telnet (1972), o TCP/IP (1977), e o DNS (1984). Com uma crescimento lento mas continuado, a ARPANET chega aos 213 computadores em 1980, e em 1981 é separada em duas redes: a MILNET, de cariz exclusivamente militar, e a DARPA Internet, mais orientada para a interligação de Universidades e Laboratórios de Investigação. História e principais conceitos - 2 -

Muito embora surjam outras arquitecturas de redes durante a década de 80, as qualidades da Internet permitem-lhe continuar a crescer e a evoluir, ultrapassando os 5000 computadores em 1986, 80.000 computadores em 1989 e 188.000 computadores por 1990, altura em que já estava praticamente vulgarizada nas Universidades norte-americanas. Em 1991 também os europeus, que até aí tinham apostado numa outra tecnologia entretanto ultrapassada, o OSI, aderem à Internet com o arranque do EBONE, uma Internet que interligava diversos países da Europa entre si e à Internet dos EUA. O EBONE chega a Portugal por 1992, por meio da Rede para o Cálculo Científico Nacional (RCCN). Apesar de já largamente difundida nos meios universitários, a Internet ainda era de difícil utilização para o utilizador normal, dado que o interface de utilização era pouco amigável e exigia consideráveis conhecimentos. Até que surge, em 1993 a ferramenta que iria permitir levar a Internet ao grande público: a partir do conceito de hipertexto, investigadores do CERN desenvolvem uma aplicação gráfica de navegação na Internet (o Mosaic) que permite interligar de documentos de modo simplificado. Surge uma teia de ligações cruzadas entre informação que passa a ser designada por Word-Wide-Web (WWW). Agora que navegar na Internet passa a exigir conhecimentos mínimos, tornam-se óbvias as potencialidades comerciais da Internet, levando ao surgimento de vários programas análogos ao Mosaic (Netscape, Internet Explorer, etc.) os browsers e a uma corrida à Internet por parte das empresas, quer pela instalação de sites para promoção de imagem e melhor comunicação com os seus clientes, quer pelas primeiras tentativas de comércio electrónico. O crescimento da Internet torna-se ainda mais rápido, ultrapassando os 5 milhões de computadores no início de 1996 e os 80 milhões no primeiro trimestre de 2000. A tabela 2-1 sintetiza a cronologia dos principais acontecimentos na história da Internet. História e principais conceitos - 3 -

Data Factos 1957 a URSS lança o Sputnik e os EUA criam a Advanced Research Projects Agency (ARPA) 1964 é inventado, por P. Baran, o princípio da comutação por pacotes, base das futuras tecnologias de base da Internet. 1968 a ARPA cria a rede ARPANET, embrião da Internet 1969 a ARPANET tem 4 computadores e é motivo de contestação dos activistas pela paz 1971 a ARPANET tem 13 computadores 1972 a ARPANET atinge os 35 computadores, e são inventados os protocolos FTP e TELNET 1973 é inventada a Ethernet por R. Metcalfe da XEROX. A ethernet é ainda hoje a tecnologia usada na maioria das redes locais 1975 a ARPANET tem 63 computadores e passa a ser subsidiada directamente pelo DoD (Department of Defense) dos EUA 1977 surgem os protocolos TCP e IP na ARPANET. Estes protocolos são ainda hoje a base universal de comunicação da Internet. 1980 os Europeus tentam criar a sua própria arquitectura de rede: o OSI. Entretanto, a ARPANET chega aos 213 computadores 1983 a ARPANET é separada na MILNET (militar) e na DARPA Internet (investigação) 1984 é inventado o serviço de nomes da Internet (DNS) aparece a TELEPAC em Portugal 1986 a DARPA Internet tem 5089 computadores. Aparecem as primeiras redes OSI na Europa 1988 a Internet (perdeu-se o DARPA) atinge os 56.000 computadores 1990 a Internet atinge os 188.000 computadores. é inventado o archie para aceder a arquivos FTP 1991 os europeus (cansados de esperar pelo OSI) descobrem a Internet, que atinge os 376.000 computadores. Surge a rede EBONE. 1992 é criada a RCCN e Portugal liga-se à Internet (pelo EBONE) 1993 a Internet atinge os 1.313.000 computadores e surge o WWW com o interface Mosaic. 1994 13.5 milhões de utilizadores em 70 países, 2.217.000 computadores em Janeiro e 3.864.000 em Outubro 1995 a Internet chega a 4.852.000 computadores e 16,5 milhões de utilizadores em Janeiro 1999 44 milhões de computadores e cerca de 150 milhões de utilizadores 2000 no primeiro trimestre, a Internet interligava cerca de 80 milhões de computadores Tabela 2-1 - Cronologia da Internet 2.3 As normas técnicas da Internet: Protocolos e Serviços Para que os computadores possam trocar informação entre si é necessário dispor de um conjunto de regras comuns protocolos, na gíria informática de comunicação. A Internet funciona de acordo com um conjunto de vários protocolos, e para dois História e principais conceitos - 4 -

computadores poderem comunicar, basta suportarem/cumprirem esses protocolos, independentemente das restantes características de cada um deles. Os protocolos principais da Internet são o IP (Internet Protocol) e o TCP (Transmission Control Protocol), também designados por TCP/IP. Qualquer que seja o tipo de ligação física usada pelo computador (rede local, linha telefónica, circuitos dedicados, etc.), se ele suporta TCP/IP pode ser ligado à Internet. Sobre o TCP/IP surgem depois outros protocolos destinados a tarefas específicas, como o FTP (para transferir ficheiros entre computadores), o SMTP (para trocar mensagens de correio electrónico) e o DNS (para associar nomes textuais aos endereços de computadores). Da utilização directa ou indirecta desses protocolos surgem os serviços disponíveis na Internet. Utilizador Aplicações de navegação (WWW) Correio Electrónico (SMTP) Transferência de Ficheiros (FTP) Acesso Remoto (Telnet) Resolução de Nomes (DNS) Outras Aplicações (SNMP, NTP, Talk,...) Protocolo de Transporte (UDP) Protocolo de Transporte (TCP) Protocolo de Rede (IP) Redes Locais (ex. ethernet) Circuitos Dedicados (ex. HDLC) Redes Públicas (ex. Frame Relay) Rede Telefónica (ex. PPP/SLIP) Meio Físico de Comunicação Figura 2-1 - Protocolos da Internet 2.4 Moradas, números de telefone, endereços IP, nomes e DNS Para que tantos milhões de computadores possam trocar informação entre eles, é necessário que cada um possa ser identificado de forma inequívoca. A solução é História e principais conceitos - 5 -

fornecer um código numérico único a cada computador (grosseiramente, podemos considerar esse código equivalente ao número de telefone do computador). Esse código é designado por endereço IP (ou simplesmente endereço), e consiste numa sequência de quatro números separados por pontos, por exemplo: 193.136.212.3. Habitualmente os primeiros três números indicam a rede local do computador (indicativo) e o último o número do computador na sua rede local (telefone), mas nem sempre assim sucede. Embora sejam o ideal para os computadores, esta identificação por números é bastante complicada para utilizadores humanos: quantos números de telefone consegue memorizar? Por essa razão, foi criada uma forma alternativa de identificar as máquinas: um nome textual mais simpático para os seres humanos. Com este mecanismo, a máquina com endereço 193.136.212.3 passa a ter o nome de eden.dei.uc.pt, sendo esse nome constituído por dois componentes: - o nome do computador propriamente dito (eden), que é único na sua rede local; - e o nome da sua localização (dei.uc.pt Dep. Eng. Informática; Universidade de Coimbra, Portugal). A localização de cada computador está estruturada em zonas hierárquicas (domínios). O domínio de topo indica o país (pt), o segundo a instituição (uc) e o terceiro o departamento (dei). A hierarquização de domínios pode ultrapassar os três níveis. Por exemplo, em lct.dei.uc.pt, lct é um subdomínio de dei. Por meio de um dos protocolos da Internet (o DNS: Domain Name Service) torna-se possível traduzir o nome em endereço IP e vice-versa. Embora a maior parte dos domínios de topo indique o país em que está localizado o computador (pt - Portugal; fr - França, etc.), razões históricas fazem com que a maior parte dos computadores norte-americanos não estejam num domínio usa mas antes sob domínios temáticos: edu para instituições ligadas ao ensino, gov para organismos governamentais, com para entidades comerciais, mil para redes militares, etc. História e principais conceitos - 6 -

A Figura 2-2 exemplifica a árvore de subdomínios do DNS. "." GOV EDU PT JP FR SONAE UC PUBLICO DEI DEC DEM CI Figura 2-2 - Árvore de Domínios DNS 2.5 Serviços, Clientes, Servidores e Browsers Como foi referido, do aproveitamento dos diversos protocolos disponibilizados pela Internet resultam os serviços disponíveis na Internet, que podem ir da simples troca de mensagens de texto entre utilizadores até a video-conferência. Geralmente, esses serviços são baseados no paradigma cliente/servidor: existe o computador que aguarda e responde a pedidos de informação (o servidor) e existe o computador de onde partem esses pedidos de informação (o cliente). Para poder solicitar esses serviços aos servidor, o utilizador do cliente necessita, habitualmente, de aplicações específicas de software, também designadas por cliente (ou, para certos serviços, por browsers). Actualmente, existem browsers tão completos e genéricos que permitem solicitar um conjunto bastante completo de serviços, em simultâneo. História e principais conceitos - 7 -

2.6 Serviços Disponíveis Os serviços disponíveis na Internet podem ser divididos entre os serviços tradicionais, já amadurecidos e amplamente divulgados, e os novos serviços surgidos recentemente que, mesmo em estado embrionário, abrem novas e entusiasmantes perspectivas sobre a Internet. Dos serviços tradicionais, destacam-se: - comunicação entre utilizadores, por correio electrónico (e-mail), grupos de notícias (newsgroups), e conversação interactiva (talkers, IRCs, MUDs, etc.); - acesso a sistemas remotos: telnet, rlogin; - transferência de ficheiros (FTP); - pesquisa de ficheiros (motores de pesquisa); - a navegação por hipertexto (World Wide Web); - e serviços auxiliares (DNS, NTP). Dos novos serviços emergentes, sobressaem: - transmissão de voz e vídeo em tempo real (video-conferência, difusão de rádio e televisão pela Internet, etc.); - realidade virtual, jogos e outras aplicações multimédia; - e computação distribuída de alto desempenho. Nas próximas secções deste manual serão descritos alguns destes serviços. História e principais conceitos - 8 -

3. O Correio Electrónico (E-Mail) 3.1 O que é o Correio Electrónico (e-mail) O correio electrónico indiscutivelmente, o serviço mais utilizado da Internet é bastante semelhante ao correio postal, com a vantagem de ser bastante mais rápido (as mensagens são entregues na caixa de correio do destinatário passados poucos segundos) e mais económico. As mensagens de e-mail são ficheiros podem conter apenas texto ou outros elementos (sons, imagens, outros ficheiros, etc.), e são encaminhadas através da Internet até chegarem ao seu destino. Para usar o e-mail, cada utilizador deverá ter uma caixa de correio (mailbox): o local onde são depositadas as mensagens que lhe foram enviadas. Embora seja possível criar caixas de correio nos próprios computadores pessoais, é mais aconselhável mantê-las em computadores mais sofisticados e permanentemente ligados designados por servidores de correio. Cada caixa de correio está associada a um endereço, um login e uma password: - o endereço identifica a caixa de correio na Internet; - o login corresponde ao nome do utilizador; - e a password é uma chave (ou senha) de acesso à mailbox. O endereço de correio electrónico do utilizador consiste na concatenação do seu login (nome) com a localização da sua caixa de correio (morada), separados pelo símbolo @ (que em Inglês se pronuncia at). Por exemplo: - francisco + dei.uc.pt -> francisco@dei.uc.pt (Francisco, at Dep. Engenharia Informática, Universidade de Coimbra, Portugal); - herman.jose + rtp.pt -> herman@rtp.pt (Herman José, at RTP, Portugal). O Correio Electrónico (E-Mail) - 9 -

A password destina-se a impedir acessos ilegítimos à sua caixa de correio, e deve ser por isso tão mantida tão secreta como o código de um cartão multibanco: quem souber a sua password pode interceptar o seu correio! Na escolha de uma password existem certas regras básicas que diminuem o risco de descoberta: não deixar a password escrita em locais acessíveis a terceiros; não usar passwords que consistam numa única palavra ou nome próprio; não colocar nas passwords referências a dados pessoais facilmente acessíveis (exemplo: nome_ano_de_nascimento, xico65); usar misturas de maiúsculas, minúsculas e algarismos. 3.2 Como ler e enviar correio electrónico Para usar o e-mail necessita de uma caixa de correio e de um cliente de e-mail (integrado num browser WWW, como o Netscape ou o Internet Explorer, ou especializado, como o Eudora e o Pine), que deverá parametrizar com os dados relativos a essa caixa de correio e à sua identificação, nomeadamente: - o endereço do servidor de correio (mail server, por vezes decomposto em outgoing mail server e incoming mail server, para utilizadores que recorram a servidores diferentes para receber e enviar correio); - o seu login no servidor de correio (também designado por user name); - os protocolos usados na comunicação entre o cliente e o servidor de correio (quase sempre o SMTP, para envio de mensagens, e o POP3, para recepção); - o seu nome completo (exemplo: Alberto Santos Costa); - o seu endereço de correio (exemplo acosta@dei.uc.pt); - o endereço de correio para onde devem ser enviadas eventuais respostas (quase sempre idêntico ao endereço de envio); - e o nome da sua organização (exemplo: Universidade de Coimbra). O Correio Electrónico (E-Mail) - 10 -

3.3 Formato das Mensagens As mensagens de correio electrónico compõem-se de duas partes: - o cabeçalho, ou header, que equivale ao envelope do correio postal, com campos necessários ao correcto funcionamento do sistema de correio (endereços do destinatário e remetente, data de envio, etc.); - e a mensagem propriamente dita (corpo, message body), constituída por texto e, opcionalmente, ficheiros. Subject: revistas Date: Wed, 27 Aug 1997 15:20:00 +0200 cabeçalho From: To: Luisa Cabral <lcabral@bguc.pt> pedrosilva@dei.uc.pt ola', corpo da mensagem Agradeco que passe pela Biblioteca Geral para levantar artigos copiados. Luisa Cabral Os cabeçalhos podem tornar-se bastante extensos, dificultando a leitura do corpo da mensagem. Por essa razão, a maior parte dos clientes de correio permite seleccionar o nível detalhe com que pretende ver os cabeçalhos no seu écran: completos, normais, ou reduzidos. Verifique como fazer isso no seu cliente. Para incluir ficheiros na sua mensagem bastará, na maior parte dos clientes de correio, activar o comando attach file, indicando de seguida qual o ficheiro a incluir na mensagem. O Correio Electrónico (E-Mail) - 11 -

Experimente enviar uma mensagem com ficheiros incluídos em attach. 3.4 Múltiplos destinatários, cópias de cortesia, pastas de correio - se pretende enviar a mesma mensagem a vários destinatários, basta indicar vários endereços de correio no campo To: da mensagem (a forma de fazer isto varia de cliente para cliente); - se, para além do(s) destinatário(s) da mensagem pretender enviar uma cópia de cortesia a alguém, basta colocar o seu endereço no campo Cc:; - se pretender enviar essa cópia de cortesia sem que os restantes destinatários tomem conhecimento dessa cópia, use o campo Bcc:; - para organizar as mensagens recebidas, pode criar pastas (folders) separadas por assunto ou remetente e arquivar cada mensagem numa dessas pastas. a maioria dos clientes de correio dão-lhe a possibilidade de responder a uma mensagem de forma simplificada, acrescentando o prefixo Re: ao assunto da mensagem e, opcionalmente, colocando na resposta o texto da mensagem original quotado. Se a mensagem original foi enviada para vários destinatários, pode ainda optar por enviar a resposta a todos eles (Reply to Sender and All Recipients ou Reply All) ou apenas ao seu Remetente (Reply to Sender ou, normalmente, simplesmente Reply). 3.5 Listas de Correio Ao enviar mensagens para grupos alargados de utilizadores é pouco prático escrever manualmente o endereço de cada um dos utilizadores. Para resolver essa questão, foram criadas as Listas de Correio. Uma lista de correio é um conjunto de destinatários agrupados num único endereço electrónico colectivo: basta enviar a mensagem para esse endereço para que ela seja difundida por todos os elementos da lista. O Correio Electrónico (E-Mail) - 12 -

docentes@dei.uc.pt nuno@dei.uc.pt psimoes@dei.uc.pt luis@dei.uc.pt... Algumas listas são estáticas (é necessário que o seu gestor adicione ou remova manualmente os seus elementos) enquanto outras são mantidas de forma dinâmica, podendo cada utilizador solicitar automaticamente a inclusão (ou remoção) na lista. As listas dinâmicas podem ser abertas (se qualquer utilizador pode aderir à lista) ou fechadas (quando a inclusão na lista tem que ser previamente autorizada); e moderadas (quando as mensagens careçam de moderação prévia que assegure que está dentro do espírito de funcionamento da lista) ou livres (se as mensagens enviadas para a lista são imediatamente difundidas pelos seus membros). As listas dinâmicas costumam ter dois endereços: o da própria lista (para onde são enviadas as mensagens a difundir) e o administrativo (para solicitar adesão ou exclusão de uma lista). Habitualmente, a adesão à lista é solicitada enviando uma mensagem com o corpo subscribe LISTA endereco_pessoal para o endereço administrativo. Este conceito de lista de correio pode ser usado à escala local (exemplo: alunos de uma cadeira ou de um grupo) ou global (exemplo: todas as pessoas na Internet interessadas num determinado tema podem subscrever a mesma lista). 3.6 Correio e Etiqueta Tal como outros serviços da Internet, ao correio electrónico estão associadas algumas regras básicas de utilização: - evite usar acentos, dado que não é garantido que o cliente do seu destinatário consiga lidar correctamente com eles; - se enviar uma mensagem para uma lista de correio, assegure-se que ela é do interesse da maioria dos membros dessa lista. Tal como nas news, não se esqueça de que a audiência pode ser de dezenas ou centenas de utilizadores; O Correio Electrónico (E-Mail) - 13 -

- NÃO ESCREVA EM MAIÚSCULAS: A LEITURA É MAIS DIFICIL E PARECE QUE ESTÁ A GRITAR COM O SEU INTERLOCUTOR. Para destacar frases ou palavras podem ser usados os **asteriscos**. - pode expressar sentimentos usando os conhecidos smileys: :-) :-( ;-) - seja claro e conciso nas suas mensagens. O Correio Electrónico (E-Mail) - 14 -

4. O World-Wide-Web (WWW) 4.1 O que é o World-Wide-Web (WWW) O WWW é um sistema de informação distribuído cujo acesso é baseado no principio do hipertexto e do hipermédia. Um hipertexto é um documento que contém texto normal e ligações (links) para outros documentos ou outras localizações do mesmo documento. Daqui resulta a possibilidade de ler o documento por qualquer ordem significativa para o leitor. Se o documento também incluir imagens, sons, gráficos e outros objectos não textuais, passa a designar-se por hipermédia, mantendo-se as evidentes vantagens de utilização. O hipertexto foi introduzido na Internet por um centro de investigação europeu (o CERN) para facilitar o acesso electrónico a informação científica cheia de referências a outros documentos, chamadas para figuras, e notas de rodapé. Para navegar pelos documentos hipertexto foi desenvolvido um cliente específico (o Mosaic, pai dos actuais Netscape e Internet Explorer) a que se deu o nome genérico de browser. A quantidade de documentos hipertexto disponíveis cresceu rapidamente, dando origem a uma vasta teia de referências cruzadas (links) entre eles: a World Wide Web. O WWW foi o ponto de viragem na Internet: com a navegação a tornar-se mais simples chegam os utilizadores domésticos e, com eles, as empresas comerciais. Na Internet, o hipertexto é transferido entre o servidor e o seu browser na linguagem html (HiperText Markup Language), que contém o texto propriamente dito, informação de formatação desse texto, e os links para outros documentos. Se quiser ver o ficheiro html, seleccione no seu broswer a opção View Source. O World-Wide-Web (WWW) - 15 -

4.2 Como funciona O browser é um cliente que compreende a maior parte dos protocolos da Internet, podendo saltar entre documentos em hipermédia, serviços de transferência de ficheiros (FTP), ligações remotas (telnet), grupos de notícias (newsgroups), etc. Cada documento é referido pelo seu URL (Uniform Resource Locator), que tem um formato bastante simples: protocolo://nome_do_servidor/nome_documento Por exemplo: http://www.uc.pt/index.html por defeito, o seu browser usa o protocolo http e tenta obter o ficheiro default.html ou index.html do servidor. Assim, se solicitar o URL endereço_do_servidor, o seu pedido é interpretado como http://endereço_do_servidor/default.html ou http://endereço_do_servidor/index.html. É por isso que basta digitar o nome do servidor para aceder à sua página principal. 4.3 Encontrar a Informação que procura Com milhões de documentos dispersos pela Internet, torna-se difícil localizar a informação que procuramos: mais fácil seria procurar uma agulha num palheiro. Por essa razão foram criados servidores cuja principal função é ajudar o utilizador a localizar informação na Internet. Esse servidores dividem-se nos directórios de ponteiros (Internet Directory) e nos motores de pesquisa (Search Engines). Os directórios de ponteiros são repositórios de links para recursos interessantes organizados por áreas temáticas. Apresentam a vantagem de ter a informação relativamente organizada, mas dificilmente terão ponteiros para todos os recursos existentes sobre determinado assunto. Já os motores de pesquisa funcionam de forma diferente: eles permitem-lhe efectuar pesquisas (por exemplo uma frase ou um conjunto de palavras) sobre um conjunto muito alargado de documentos (no limite, todos os disponíveis na Internet). O World-Wide-Web (WWW) - 16 -

Embora sejam potencialmente mais poderosos que os directórios (indicam maior quantidade de ponteiros), a sua pesquisa menos precisa (grande parte dos ponteiros que indicam é pouco interessante). Actualmente, a maioria dos directórios de ponteiros encontram-se dotados de um motor de pesquisa. Pode experimentar alguns dos motores de pesquisa mais conhecidos: - www.sapo.pt (português) - www.google.pt (português) - www.altavista.com Procure: Eis algumas dicas para tornar a pesquisa mais eficaz: seja cuidadoso com as chaves de pesquisa: se forem muito genéricas dão origem a milhares de links, se forem muito restritas pode estar a excluir páginas interessantes; use expressões lógicas. Por exemplo: Pessoa E (poema OU poemas); leia a ajuda de cada motor de pesquisa: os 15 minutos que gasta podem poupar-lhe muito tempo no futuro. 4.4 Como registar ponteiros interessantes - os Bookmarks Se consulta frequentemente as mesmas páginas na Internet (por exemplo um Jornal) não irá querer digitar o seu URL de cada vez que pretende aceder a essas páginas. A maior parte dos browsers podem memorizar o URL de uma página por meio de marcadores designados por Bookmarks. O utilizador pode adicionar bookmarks de modo a aceder mais facilmente aos seus locais favoritos. Para além de manter a lista de bookmarks, os browsers permitemlhe também organizar esses ponteiros em pastas temáticas. Experimente criar bookmarks para 2 ou 3 jornais electrónicos e agrupeos posteriormente numa pasta designada Imprensa. O World-Wide-Web (WWW) - 17 -

4.5 Aumentar a velocidade de navegação pela Web Se tiver uma ligação lenta à Internet, arrisca-se a navegar a passo de caracol. Felizmente, existem alguns truques para aumentar, na medida do possível, a rapidez de acesso. A mais directa é dispensar as imagens. Muitas vezes a informação propriamente dita reside no texto, sendo as imagens apenas um complemento estético. Assim, se optar por não receber as imagens, os tempos de espera ficam mais curtos. Outra forma de melhorar o acesso são as réplicas. Certos servidores são muito procurados, tornando-se extremamente lentos. Para resolver essa situação, são por vezes criadas réplicas desses servidores (mirrors) geograficamente dispersas. Se cada utilizador procurar a réplica mais próxima, obtém um acesso mais rápido. Por último, existem os mediadores (proxies) de acesso, destinados a optimizar os acessos à Internet a partir de redes locais. O World-Wide-Web (WWW) - 18 -

5. Como aceder à Internet 5.1 Acesso, Ligação, e Fornecedores de Serviço Para estar ligado à Internet são sempre necessários três elementos distintos, quer se trate de um utilizador particular com um único computador quer se trate de uma instituição com algumas centenas de computadores. Esses três elementos são um fornecedor de serviço, que lhe proporcione o acesso à Internet, e uma ligação entre o(s) computador(es) e esse fornecedor de serviço. O fornecedor de serviço Internet (Internet Service Provider: ISP) é uma entidade com ligações à espinha dorsal da Internet e legalmente habilitada a comercializar serviços Internet. Ligando-se ao seu ISP o utilizador fica, indirectamente, ligado à Internet. O acesso à Internet é o tipo de conectividade fornecida pelo ISP a cada cliente, que pode ser ajustado à ligação temporária de um único computador, à ligação permanente de uma pequena rede local, ou à ligação permanente de uma grande rede. A ligação é a tecnologia que permite ao(s) computador(es) do cliente comunicar com a rede do ISP, e pode ser temporária (por linha telefónica normal ou digital RDIS) ou permanente (circuito dedicado). Particular Internet POP ISP POP Instituição POP Como aceder à Internet - 19 -

Para minimizar os custos de ligação do cliente, o ISP pode dispersar a sua rede, criando vários pontos de entrada mais próximos do cliente. Cada um destes pontos é um POP (Point of Presence). 5.2 Acessos para particulares Para utilizadores individuais, a forma de acesso à Internet mais comum é a ligação temporária, ou acesso dialup, que necessita de um acesso à Internet, um computador com modem, e uma linha telefónica (normal ou RDIS). Sempre que seja desejado aceder à Internet é efectuada uma ligação telefónica para um POP e é atribuído um endereço temporário ao computador do utilizador, que pode então usar todos os serviços da Internet como se estivesse ligado em permanência. Contudo, não tendo um endereço IP permanente, o computador do utilizador não pode funcionar como servidor de e-mail, FTP ou WWW. Se o particular pretende ter uma conta de correio ou uma homepage, terá que usar espaço cedido em servidores dedicados. Habitualmente os ISPs incluem no acesso dialup uma conta de correio e um pequeno espaço onde os utilizadores podem criar homepages. Se pretender ter mais caixas de correio ou mais páginas WWW, o utilizador terá que alugar as contas ou espaço em disco ao seu ISP ou a outras empresas que comercializem esse serviço. Embora a hospedagem de páginas WWW ou contas de correio seja habitualmente um serviço comercial, existem alguns servidores gratuitos espalhados pela Internet. Experimente: www.hotmail.com (endereços de correio gratuitos) www.terravista.pt (páginas WWW e correio) www.geocities.com (páginas WWW e correio) A principal distinção, para particulares, entre o acesso RDIS e o acesso por linha telefónica convencional é a velocidade de acesso: enquanto estas permitem ligações até um máximo teórico de 56 Kbps, as linhas RDIS suportam 64 Kbps ou 128 Kbps, dependendo do tipo de acesso negociado com o ISP. Note-se que, utilizando uma Como aceder à Internet - 20 -

linha RDIS a 128 Kbps, o custo da comunicação é o dobro da chamada normal (64 Kbps). Para além de custos de acesso mais elevados, a assinatura mensal de uma linha RDIS também é mais cara que a de uma linha analógica, fazendo com que esta solução só seja atractiva para utilizadores mais intensivos. As velocidades de ligações são medidas em bits por segundo (bps). Como cada caracter ocupa 8 bits, uma velocidade de acesso nominal de 56 Kbps corresponde a 7.000 caracteres por segundo (56.000 / 8), ou 7.000 bytes por segundo. Estas velocidades físicas nem sempre correspondem à velocidade efectiva de transmissão de informação, porque é efectuada compressão de dados antes da transmissão (aumentando a velocidade líquida) e porque é necessário usar parte do canal de comunicação para controlar a própria comunicação (diminuindo a velocidade líquida). A cada canal de comunicação também está associada uma taxa de erro que é variável e que, naturalmente, também contribui para a diminuição da velocidade líquida. Para determinar os custos de uma ligação particular, é necessário contar com o investimento inicial (computador, modem analógico ou adaptador RDIS, instalação da linha telefónica ou RDIS, abertura do acesso Internet) e com os custos de exploração, que consistem: - na taxa mensal de acesso Internet, a pagar ao ISP; - e os custos da ligação, a pagar ao operador de telecomunicações. Actualmente, existem bastantes ISPs que não cobra taxa mensal de acesso Internet a particulares (para ligações dialup). Os custos de ligação telefónica variam consoante a localização do POP, que pode estar à distância de uma chamada local, de uma chamada regional, ou de uma chamada interurbana. Naturalmente, deve optar-se sempre por um ISP que ofereça POPs acessíveis por chamadas locais sob risco de aumentar drasticamente a factura telefónica. A maioria dos ISPs oferecem o número único nacional que permite aceder aos POPs pagando sempre chamadas locais. Como aceder à Internet - 21 -

Para os utilizadores que tenham acesso à NetCabo, por cabo, esta é uma solução de ligação permanente bastante atractiva em termos de custos e desempenho. Os custos são calculados em função da quantidade de informação enviada (upload) e recebida (download), nacional ou internacional, e não do tempo de utilização. Geralmente, existem uma taxas fixas mensais para determinados limites de uploads e downloads. Quando estes limites são ultrapassados, é cobrado o tráfego adicional. Para mais detalhes, pode consultar o seguinte URL: http://www.tvcabo.pt/internet/internet.asp 5.3 Acessos para instituições Para uma instituição, as limitações impostas pelos acessos temporários não são, em princípio, aceitáveis, sendo necessário instalar ligações permanentes que possibilitem a plena utilização da Internet. Por razões económicas (seria necessário manter a ligação telefónica ligada 24 horas por dia) e de desempenho, as ligações ao ISP deverão ser permanentes e efectuadas por um circuito dedicado com uma taxa mensal fixa. O tarifário praticado para circuitos dedicados varia com a distância entre os dois pontos a ligar. A título de exemplo, um acesso de 64 Kbps de Coimbra para Coimbra ronda os 130,00 mensais. Naturalmente, também a taxa cobrada pelos ISPs por um acesso permanente é substancialmente superior. Desta forma, os custos de exploração consistem no circuito dedicado até ao POP e no acesso IP. A estes custos acresce a manutenção técnica da rede local e da ligação à Internet. Como aceder à Internet - 22 -