CONTABILIDADE GERAL Demonstrações Contábeis Demonstração do Fluxo de Caixa Parte 1 Prof. Cláudio Alves
A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) é um relatório contábil que tem por fim evidenciar as transações ocorridas em um determinado período e que provocam modificações no saldo da Conta Caixa. Trata-se de uma demonstração sintetizada dos fatos administrativos que envolvem os fluxos de dinheiro ocorridos durante um determinado período, devidamente registrado a débito (entradas) e a crédito (saídas) da conta caixa. Fluxo de Caixa, portanto, compreendem o movimento de entradas e saídas de dinheiro na empresa. DFC segregará as alterações no caixa da empresa por meio de três fluxos: das operações, dos financiamentos e dos investimentos.
Conceito de Caixa e Equivalentes de Caixa Entende-se por fluxos de Caixa os ingressos e saídas de Caixa e equivalentes. Assim, para fins da DFC, o conceito de Caixa engloba todas as disponibilidades da empresa existentes nas contas: Caixa (dinheiro da empresa em poder da própria empresa), banco conta movimento (dinheiro em poder de estabelecimentos bancários, depositado em contas-correntes) e Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata (dinheiro da entidade investido em aplicações de altíssima liquidez). Essas três contas integram o grupo das Disponibilidades no Ativo Circulante do Balanço Patrimonial. Equivalentes de Caixa compreendem as contas representativas de aplicações financeiras que possuem as mesmas características de liquidez e de disponibilidade imediata.
Desse modo, Equivalentes de Caixa abrangem todos os investimentos efetuados pela empresa, resgatáveis em até três meses e que tenham altíssima liquidez. São sobras de Caixa aplicados no mercado financeiro, cujas operações se caracterizam pela finalidade não especulativa, bem como pela possibilidade de serem resgatadas imediatamente, no momento em que a entidade desejar. Exemplos de investimentos financeiros que podem ser considerados como Equivalentes de Caixa: caderneta de poupança, CDB e RDB.
Classificação das entradas e saídas de Caixas por atividades Atividades operacionais compreendem as transações que envolvem a consecução do objeto social da entidade. Elas podem ser exemplificadas pelo recebimento de uma venda, pagamento de fornecedores por compra de materiais, pagamento de funcionários, etc. Atividades de investimentos compreendem as transações com os ativos financeiros, as aquisições ou vendas de participações em outras entidades e de ativos utilizados na produção de bens ou na prestação de serviços ligados ao objeto social da entidade.
Atividades de financiamentos incluem a captação de recursos dos acionistas ou cotistas e seu retorno em forma de Lucros ou Dividendos, a captação de empréstimos ou outros recursos, sua amortização e remuneração.
Ao olhar para uma DFC, o usuário deve compreender com facilidade qual foi a origem de todos recursos financeiros que passaram pelo Caixa da empresa em um determinado período, bem como dos recursos financeiros que ingressaram e não permaneceram para compor o saldo do Caixa no final do mesmo período.
Métodos da DFC Método direto Por este método são demonstrados os pagamentos e recebimentos que entraram no Caixa. (disponibilidades)
Modelo de DFC DIRETO Demonstração do Fluxo de Caixa Parte 1 DFC da em /12/XX: I - Fluxos das Operações: (+) Recebimento de Vendas (-) Pagamento de Compras (-) Pagamentos de impostos (-) Pagamento de Despesas Operacionais (=) Caixa Gerado pelas Operações II - Fluxos dos Investimentos: (-) Aquisição de Investimentos /imobilizado (+) Vendas de Investimentos /imobilizado (=) Caixa Gerado pelos Investimentos
III - Fluxos dos Financiamentos: (+) integralização do capital (+) Empréstimos Bancários (-) Amortização de Financiamentos (-) Pagamentos de dividendos (=) Caixa Gerado pelos Financiamentos Variação Total das Disponibilidades: (I + II + III) Saldo Inicial das Disponibilidades: Saldo Final das Disponibilidades: Demonstração do Fluxo de Caixa Parte 1
DFC MÉTODO INDIRETO Também denominado de método da reconciliação, serve para evidenciar os fluxos operacionais no método indireto, partindo do lucro líquido do exercício da DRE, isto é, partimos do resultado econômico da companhia. Após sucessivos ajustes, chegamos ao valor de fluxo gerado pelo caixa.
MODELO DFC INDIRETO DFC em /12/XX: I - Fluxos das Operações: Resultado do Exercício (+) Depreciação (-) aumento das duplicatas a receber (+) Diminuição dos estoques (-) diminuição de fornecedores (-) diminuição de contas a pagar e impostos a recolher (=) Caixa Gerado pelas Operações II - Fluxos dos Investimentos: (-) Aquisição de Investimentos /imobilizado (+) Vendas de Investimentos /imobilizado (=) Caixa Gerado pelos Investimentos
III - Fluxos dos Financiamentos: (+) integralização do capital (+) Empréstimos Bancários (-) Amortização de Financiamentos (-) Pagamentos de dividendos (=) Caixa Gerado pelos Financiamentos Variação Total das Disponibilidades: (I + II + III) Saldo Inicial das Disponibilidades: Saldo Final das Disponibilidades:
Entendendo o método Indireto O método indireto não apresenta diretamente as variações nas disponibilidades (daí o nome indireto),mas efetua a análise por meio das variações corridas nas demais contas do Ativo Circulante e do Passivo Circulante.
CONCLUSÃO A diferença entre o modelo indireto e o modelo direto da DFC está apenas na evidenciação dos fluxos gerados pelas operações. Não há diferença no que diz respeito aos fluxos gerados pelos financiamentos e pelos investimentos
QUESTÃO: Especialista em Gestão de Telecomunicações Contador Cespe 2013 Com base nas Leis n.º 6.404/1976, n.º 11.638/2007 e n.º 11.941/2009, julgue os itens que se seguem. A companhia que for fechada com patrimônio líquido, computado na data do balanço, superior a R$ 2.000.000,00 não é obrigada a elaborar e publicar a demonstração dos fluxos de caixa. ( ) Certo ( X ) Errado